GEA debateu formas de fazer frente à crise no sector
Mais de 380 pessoas juntaram-se no Hotel Mirage, em Cascais, para debater o futuro das agências de viagens… A primeira convenção ibérica do Grupo GEA reuniu mais de 330 agências […]
Paulo Correia
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Mais de 380 pessoas juntaram-se no Hotel Mirage, em Cascais, para debater o futuro das agências de viagens…
A primeira convenção ibérica do Grupo GEA reuniu mais de 330 agências de viagem (acima de 380 pessoas), no Hotel Cascais Mirage, em Cascais.
O evento celebrou também o 5º aniversário da GEA em Portugal e 15º em Espanha sob o tema “A importância de melhorar e avançarmos, juntos”.
Pedro Gordon, director geral do grupo para Portugal e América Latina, David Cáceres, director comercial da GEA em Espanha, e Pilar Bernabéu, conselheira delegada do Grupo GEA, revelaram que as vendas deste ano deverão apresentar uma quebra de cerca de 5% em Portugal e 8% em Espanha, com a facturação em terras lusas a ficar pelos “87 ou 88 milhões de euros”.
Pilar Bernabéu enfatizou o crescimento da GEA em Portugal, representando 25% das agências de viagens em solo luso, enquanto que em Espanha, o maior mercado do grupo, representa apenas 10%. A responsável aplaude a realização desta iniciativa visto ambos, Portugal e Espanha, “terem os mesmos problemas”.
David Cáceres revelou que a renegociação de contratos com os operadores turísticos vai ser “difícil” dada a actual conjuntura de crise que se vive.
Pedro Gordon enfatiza a necessidade de serem “mais eficientes, aumentar a competitividade, trabalhar mais e melhor, haver uma maior instrução e uma maior colaboração entre todos” para fazer frente aos tempos difíceis que se avizinham.
Depois de questionar a plateia sobre “qual o futuro das empresas durante esta crise?”, Pedro Gordon apontou algumas formas que considera serem as melhores para a sobrevivência no sector. “Prestar um serviço melhor e mais personalizado, criando uma maior fidelização, implementar as ferramentas tecnológicas B2B, desenvolver áreas de negócio até agora inexploradas para complementar as áreas que têm sido desenvolvidas, desenvolver estratégias de captação de novos clientes”, foram algumas das medidas apontadas por Pedro Gordon como fundamentais para permitir a sobrevivência das agências de viagem.
O dirigente foi mais longe, considerando “imprescindível um maior rigor e eficiência num direccionamento de vendas adequado”, onde a experiência é vista como uma “mais-valia nas recomendações”.
TAXA IBERIA PODE SER FRAUDE
Outro dos oradores foi José Manuel Martínez, consultor IATA, que falou sobre a actualidade BSP, a taxa YQ e as políticas de administração das companhias aéreas. Martínez afirmou que os clientes devem estar atentos e que a taxa YQ da Iberia “pode ser fraude, porque em caso de cancelamento o passageiro está a pagar uma taxa por algo que não vai usufruir”, o que vai chocar com os direitos dos passageiros.
NOVOS TURISTAS SÃO VOLÁTEIS
Vítor Neto, presidente do Nera e vice-presidente da AIP, falou das previsões para o turismo mundial até 2020, revelando que, segundo um estudo da OMT, dentro de 12 anos são estimados 1.600 milhões de turistas no mundo, com a Europa a continuar a dominar como o maior destino turístico mundial (54% de todo o turismo).
O responsável considera o turismo um sector diferente de todos os outros, pois trata-se de uma “necessidade dos consumidores”. Neto destaca a forma como as transportadoras aéreas têm evoluído, com o aparecimento das low cost, assim como a transformação da forma de vender produtos turísticos, que se faz cada vez mais através da internet, sem esquecer a diferença entre os turistas mais velhos e os mais jovens, considerando os segundos “voláteis”.
Vitor Neto afirma que o sector turístico tem de “se adaptar às tendências de mercado e a estes novos clientes para sobreviver”, tornando-se cada vez mais necessário “perceber as tendências de negócio” e “saber investir”. O dirigente vai ainda mais longe ao considerar que “as empresas deveriam criar parcerias entre si”. “O associativismo empresarial é importante, os governos têm de se habituar a falar com as associações e estas terão de ser fortes para isso”, asseverou Vitor Neto.
Formação
APAVTForm em negociação para os Açores
A formação foi o ponto focado por Pedro Moita, professor da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril e director da APAVTForm. O responsável considera essencial o papel do e-Learning no turismo como uma das muitas formas de providenciar a constante aprendizagem dos seus profissionais, e defende que as áreas mais importantes são a “produção de destinos turísticos (know-how), melhorar as atitudes e comportamentos, por exemplo no atendimento, fazer uma correcta gestão e vendas, utilização correcta das TIC e GDS, além de diversas acções de formação”.
Para isso está já em marcha o “Madeira Specialist”, uma iniciativa da APAVTForm e da Direcção Regional de Turismo da Madeira, “para formar agentes de viagem em know how do destino Madeira”. Para os agentes de viagem se inscreverem têm apenas que se dirigir ao site www.apavtform.pt/geams e depois proceder à sua formação online em regime EAD (ensino à distância) e EAC (ensino assistido por computador), sendo o curso totalmente subsidiado. Dado o sucesso desta iniciativa já estão em curso negociações para a implementação deste sistema nas ilhas dos Açores. Trata-se de um projecto a curto prazo, embora Pedro Moita não tenha avançado para quando o arranque.