Talonotel e Sol Meliá criam solução global de reservas
Mais de 1.000 agências em Portugal vão estar a realizar reservas de hotéis através da Dobleroom, até ao final deste ano. O novo sistema de reservas chegou ao mercado pelas […]
Patricia Neves
Universidade do Algarve recebe última sessão das conferências “Estratégia Turismo 2035 – Construir o Turismo do Futuro”
Turismo do Alentejo e Ribatejo aprova plano de atividade com acréscimo de 50%
Soltrópico anuncia novos charters para Enfidha no verão de 2025
Concorrência dá ‘luz verde’ à compra da Ritmos&Blues e Arena Atlântico pela Live Nation
Número de visitantes em Macau sobe 13,7% para mais de três milhões em outubro
Pipadouro ganha prémio como melhor experiência inovadora em enoturismo a nível mundial
Mercado canadiano está em “franco crescimento nos Açores”, diz Berta Cabral
Boost Portugal leva Spinach Tours para Espanha, Países Baíxos, EUA e América do Sul
Filme promocional do Centro de Portugal premiado na Grécia
Enoturismo no Centro de Portugal em análise
Mais de 1.000 agências em Portugal vão estar a realizar reservas de hotéis através da Dobleroom, até ao final deste ano. O novo sistema de reservas chegou ao mercado pelas mãos da Tradyso. O director geral, Vicente Silvestre, explicou a estratégia ao Publituris, na sua passagem por Lisboa
Como nasceu a Dobleroom?
Os grupos Talonotel e a cadeia hoteleira Sol Meliá lançaram no ano passado uma joint-venture 50%/50% que tem a designação Tradyso (Travel Dynamic Solutions). Esta empresa detém duas linhas de negócio: a IDISO (Global Distribution for Hotels) e a Dobleroom, lançadas no início deste ano.
A IDISO é uma plataforma tecnológica de distribuição hoteleira e a Dobleroom é uma central de reservas destinada exclusivamente aos agentes de viagem. A Sol Meliá percebeu que o seu core-business não é dedicar-se aos processos de reservas, mas sim dar consistência ao produto hoteleiro, reforçar as suas marcas, conhecer o cliente e prestar-lhe o melhor serviço possível. Deste modo, a cadeia decidiu há cerca de dois anos estabelecer esta joint-venture, constituída no ano passado, com o objectivo de alienar todo o serviço de reservas, tornando-se cliente da IDISO e fornecedora da Dobleroom.
A Tradyso iniciou actividade com um capital de quatro milhões de euros, o que é um investimento forte, pois pretendemos ser líderes no desenvolvimento tecnológico.
Qual a estratégia da IDISO?
O objectivo da IDISO é oferecer aos hotéis uma capacidade global de distribuição, dirigida essencialmente a hotéis e cadeias independentes e de pequena dimensão, e em última instância, ajudá-los a melhorar o GOP. Entre os serviços que proporcionamos aos hoteleiros encontram-se: o acesso a um call-center 24h por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano, em seis línguas na Europa; um motor de reservas directas e online; integração nos GDS e em todas as agências de viagens online; e integração nos sistemas de reservas próprios das agências de viagens, como a Viajes El Corte Inglés, Marsans, Halcon, Viajes Iberia, Viajes Barceló, Expedia, Bookings.com, entre outras. Estamos a integrar muitas agências online e offline na nossa plataforma. E a grande vantagem da IDISO é estar disponível para as agências de viagens, cliente final e para empresas.
Deste modo, os hoteleiros apresentam na IDISO a sua disponibilidade e preços, que ficam acessíveis a todos os canais de distribuição com que trabalhamos, o que lhes dá uma grande capacidade comercial e sem custos (pagam apenas uma percentagem pequena por cada reserva que passa pelo sistema).
Neste momento, a oferta da IDISO abrange 150 unidades na Europa e 16 na Argentina, onde iniciámos actividade há cerca de dois meses. E para já disponibilizamos o serviço em espanhol e em inglês.
Por outro lado, também prestamos serviços de marketing aos hotéis, ajudando-os a fazer uma página na Internet e a integrá-los em motores globais de busca, como o Google.
NEGÓCIO IBÉRICO
Quando vai chegar a IDISO ao mercado português?
Para já só estamos a trabalhar em Espanha e na Argentina, mas vamos brevemente iniciar todo o trabalho comercial em Portugal. Neste mercado, tal como em Espanha, existem muitas unidades independentes, e pensamos que a nossa oferta lhes vai aportar muito valor, dando-lhes uma capacidade de distribuição mais directa e global.
Entraram no País primeiro com a Dobleroom. Porquê?
Iniciámos a actividade em Espanha no ano passado e depois expandimo-nos para Portugal em 2008, porque é um mercado natural, pela proximidade, identidade cultural e por o conhecermos, isto acontece com qualquer actividade económica de Espanha.
Temos aqui um representante, o Fernando Bernardo (Select Aviation), e estamos a assinar acordos com as agências de viagem espanholas que trabalham no País (Viajes El Corte Inglés, Marsans, Halcon e Viajes Iberia) e com agências portuguesas, como a Top Atlântico, Best Travel e GEA, para potenciar a utilização da Dobleroom como ferramenta de reservas, em resposta às necessidades da agência para chegar mais facilmente aos hotéis de todo o mundo. Mas até fecharmos o negócio e integrarmos a tecnologia nestas agências, é uma questão de dois ou três meses.
O negócio está a corresponder às expectativas que tinham?
Este ano é mais um ano de investimento em Portugal e 2009 será então o primeiro ano de operação propriamente dito. Por enquanto estamos a cumprir totalmente as expectativas que tínhamos, apesar da situação económica geral ser complicada. Por outro lado, o que está a ser mais difícil é a mudança de hábitos. As agências estão habituadas a trabalhar há muitos anos com certas centrais de reservas e a Dobleroom é um produto novo. Mas estamos no caminho certo. Lançámos um programa de fidelização permanente para os agentes, que permite ganhar pontos pelas reservas, que podem ser trocados por prémios, de modo a incentivá-los a recorrer à Dobleroom.
Como se posicionam no mercado?
Queremos ser uma solução global de distribuição hoteleira para o agente de viagens, que integra a Talanotel, Dobleroom e IDISO. Pretendemos chegar ao ponto em que o agente de viagens quando tiver que pensar em algo ligado a reservas de hotéis se lembre logo do grupo Talonotel.
Temos uma estratégia comercial mais agressiva e as nossas soluções são vantagens competitivas. Dominamos o mundo da Internet, pois já nascemos no mundo online.
EXPANSÃO
Quantos hotéis compõem a oferta da Dobleroom e em quantas agências de Portugal está disponível?
Até ao final do ano vamos atingir uma oferta de 5.000 hotéis na Europa e temos entre 300 e 400 unidades em Portugal. Por outro lado, estamos a registar uma média de 1.000 reservas por dia.
Por enquanto estão a trabalhar com a Dobleroom mais de 800 agências em Portugal, o que representa cerca de 50% do mercado. Pela grande aceitação que temos tido, podemos prever que até ao final do ano, mais de 1.000 agências de viagem outgoing estarão a vender o produto, ou seja, 70% do mercado. Por outro lado, cerca de 10% do total de reservas que a Dobleroom regista foram geradas em Portugal.
Quais os próximos destinos?
Na Europa, vamos entrar em 2009 nos mercados inglês, francês e italiano. Depois vamos apostar no Brasil e México.