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Enoturismo

Sogevinus aposta forte no Enoturismo

Depois de um investimento de dois milhões de euros nas Caves Barroca, inseridas nas Caves Cálem, a Sogevinus passou a disponibilizar uma área para experiências dedicadas única e exclusivamente para grupos. Maria Manuel Ramos, diretora de Turismo da Sogevinus, justifica este investimento com o crescimento que o Enoturismo tem registado no grupo e globalmente em Portugal e espera uma consolidação das visitas. No início do próximo ano, será inaugurado o Tivoli Kopke Porto Gaia Hotel.

Victor Jorge

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Sogevinus aposta forte no Enoturismo

Depois de um investimento de dois milhões de euros nas Caves Barroca, inseridas nas Caves Cálem, a Sogevinus passou a disponibilizar uma área para experiências dedicadas única e exclusivamente para grupos. Maria Manuel Ramos, diretora de Turismo da Sogevinus, justifica este investimento com o crescimento que o Enoturismo tem registado no grupo e globalmente em Portugal e espera uma consolidação das visitas. No início do próximo ano, será inaugurado o Tivoli Kopke Porto Gaia Hotel.

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Mais de 330 mil visitantes, de várias nacionalidades, passaram pelas Caves Cálem no ano 2023, tornando as caves de Vinho do Porto, pertencentes ao grupo Sogevinus, as mais visitadas no país. Até junho de 2024, as caves receberam mais de 150 mil visitantes.

Recentemente e para melhorar o fluxo de turistas que diariamente visitam as caves, a Sogevinus decidiu intervencionar os armazéns do século XIX, em Vila Nova de Gaia, para criar uma experiência única e exclusivamente para grupos, representando um investimento de dois milhões de euros e que, segundo Maria Manuel Ramos, diretora de Turismo do grupo Sogevinus, “tem como primeiro objetivo não desvirtuar a experiência da visita individual”.

A diretora de Turismo da Sogevinus indica que este “novo circuito”, inédito dentro das Caves Cálem, foi desenhado para ser apenas usufruído por grupos de turistas e em estreita colaboração com operadores turísticos, considerados “fundamentais” para prestar esta melhor experiência e fazer crescer o número de visitantes nas caves.

“Em seis anos crescemos 44% em visitas”, salienta a responsável, revelando que “sentimos que a atividade estava estagnada e que, continuando com o mesmo espaço, seria impossível continuarmos a crescer”, reconhecendo, por isso, que “dispúnhamos de espaço físico suficiente para expandir-nos e oferecer uma experiência melhor aos grupos que nos visitavam, sem afetar a experiência proporcionada aos visitantes individuais”. Assim, depois de uma análise, o grupo percebeu que poderia “melhorar bastante o serviço” se existisse uma separação destes dois segmentos – individual e grupos -, compreendendo, também, que estes têm necessidades diferentes. “Percebemos que nos grupos há sempre pressa, há sempre horários a cumprir devido aos diversos programas”.

Maria Manuel Ramos considera que, “muitas vezes, as pessoas que compõem esses grupos nem escolhem a visita, está tudo englobado num pacote que, por vezes, o próprio visitante não controla. Já o cliente individual vem por ele próprio, tem mais tempo, é mais interessado e curioso, questiona muito mais, quer e procura perceber toda a dinâmica do Vinho do Proto e podemos dedicar mais tempo a esse visitante individual”.

Por isso e para dar experiências idênticas a ambos os segmentos, “estava na altura de mudar e tentar prestar um serviço melhor a ambos” e, no final, “mostrar da melhor maneira o que temos para oferecer”.

Dividir para crescer
Com o passar dos anos, a bilhética “já representa algum valor”, indicando Maria Manuel Ramos que “as nossas lojas de vinho representam 50% da faturação e a bilhética outros 50%”. A diretora de Turismo da Sogevinus reconhece que a venda de vinhos é, de certa forma, “prejudicada” pelas políticas das companhias aéreas low cost que, devido às regras mais rigorosas relativamente à bagagem, impossibilitam os clientes de levarem mais vinho aquando do regresso a casa.

Por isso, a bilhética “foi ‘obrigada’ a aumentar o seu peso, a sua representatividade nas contas, porque as lojas acabaram por perder, já que os clientes, embora queiram comprar, são prejudicados por não conseguirem levar o vinho. Mas ficámos a ganhar na venda de bilhetes”, justifica Maria Manuel Ramos. E se como já referido, nos últimos seis anos o crescimento ficou acima dos 40%, estima-se que o recente investimento possa trazer mais 10% em visitas, bem como em faturação, admitindo a diretora de Turismo da Sogevinus esta como uma “meta realista e alcançável”.

Mas se nas Caves Cálem o número de visitantes foi de perto de 340 mil, em 2023, na globalidade do grupo, esses visitantes ultrapassaram o meio milhão de pessoas, já que para além das Caves Cálem o grupo detém as Caves Burmester e um espaço com a marca Kopke que, em breve, será, igualmente, contemplada com umas caves exclusivas da marca fundada em 1638, ou seja, mais de um século antes da demarcação do Douro Vinhateiro, em 1756, tornando-a a mais antiga Casa de Vinho do Porto do mundo.

Mas regressando ao investimento feito nas Caves Cálem e ao espaço dedicado exclusivamente aos grupos, Maria Manuel Ramos revela ao Publituris que, após a já entraram mais de 17 mil visitantes, numa média de 400 pessoas por dia, “números que estão dentro do esperado”, diz a diretora de Turismo do grupo Sogevinus.

O novo espaço, com 800 metros quadrados de área, possui uma entrada própria, bem como uma sala de provas com capacidade para 170 pessoas, uma loja dedicada, “tudo em função deste ‘novo’ visitante”. O novo espaço dedicado aos grupos tem a particularidade de ser um armazém onde os trabalhos continuam a realizar-se, “o que dá uma certa mística ao local e à própria visita”, enriquecendo muito a experiência, com o visitante a passar por balseiros e pipas cheias de vinho, “o que para quem está a realizar a visita é um ‘plus’”, reconhece Maria Manuel Ramos. “É isto que enriquece uma visita e é isto que o visitante leva quando sai das nossas caves. O cheiro do vinho, o sabor do vinho, o sentir o vinho. No fundo, isto é que é enoturismo”.

Além deste espaço ser uma resposta a diversas solicitações feitas por operadores turísticos, mas também empresas que trabalham com a Sogevinus e que procuram um espaço com história e diferente para os seus eventos, Maria Manuel Ramos diz que 90% dos operadores turísticos com quem a Sogevinus trabalha são nacionais. E para enriquecer as visitas e as experiências proporcionadas, a diretora de Turismo da Sogevinus frisa que “muito do investimento foi feito em tecnologia”, justificado com o facto de “na Cálem termos sido pioneiros ao nível da experiência de juntar tecnologia com a autenticidade e a história do Vinho do Porto. E esse foi o caminho que seguimos no novo espaço, tentamos não ser demasiado tradicionalistas e conservadores na apresentação da história e do Vinho do Porto. Uma história com tantos anos merece alguma modernidade e não ser demasiado aborrecida. Há que adaptar-nos aos novos tempos, sempre com a preocupação de honrar e homenagear um vinho com vários séculos de história”, diz Maria Manuel Ramos.

De Gaia ao Douro
A responsável pelo turismo na Sogevinus revela que “ainda há quem desconheça por completo esta ligação entre Douro e Gaia, ficando, por vezes confuso de neste local não haver vinhas” e não percebe como é que o vinho chegou até às caves. Por isso, Maria Manuel Ramos indica que “há cada vez mais visitantes que ficam com curiosidade em, depois de visitar as caves, prolongarem a visita ao Douro, ver as vinhas, ficarem por dentro do processo de produção do vinho. A visita às caves desperta, de facto, uma maior curiosidade, já que, embora se mostre o processo de produção de Vinho do Porto, uma coisa é ver em vídeo, outra é ter a experiência in loco”.

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Daí Mara Manuel Ramos admitir que a região vinhateira do Douro “possui um enorme potencial de crescimento a nível turístico”, ou melhor, enoturístico, até porque considera que a “oferta hoteleira ainda tem muito por onde crescer, quantitativa e qualitativamente”.

De regresso à Caves Cálem, e ao investimento realizado, aproveitando duas paredes da sala, a Sogevinus propõe uma cenografia dinâmica, através da qual são projetados conteúdos que permitem aos guias lançarem as temáticas através de sensores, solução interativa que é complementada pela dimensão da sonoplastia. Dentro do armazém, e com recurso a uma vídeoprojeção em cortina, a solução permite mergulhar os visitantes numa experiência imersiva e sensorial, relacionada com o fascinante mundo do Vinho do Porto e da marca Cálem. Através da vídeoprojeção de alta-definição, aparecem imagens da marca, fotos de tempos antigos e tradições estrategicamente projetadas, envolvendo os visitantes numa narrativa visualmente cativante.

Já na Tanoaria, uma videowall composta por seis ecrãs projeta conteúdos exclusivos sobra a arte da tanoaria, existindo ainda um espaço com um inovador ecrã transparente de grandes dimensões, devidamente enquadrado numa caixa cenografada, onde os visitantes poderão saber mais acerca das diversas famílias de vinhos e cores.

Aqui, e durante a visita feita ao novo espaço das Caves Cálem, notou-se, contudo, a falta de um elemento histórico e elementar no Vinho do Porto: a rolha. Ficou a sugestão do Publituris à diretora de Turismo da Sogevinus para a inclusão deste elemento preponderante na conservação do Vinho do Porto.

Mas não se pense que a tecnologia se limita a mostrar aos visitantes toda a história relacionada com o Vinho do Porto. “Parte importante do investimento tecnológico foi para a integração da nossa plataforma de reservas, para os nossos próprios sites”, refere Maria Manuel Ramos, adiantando ainda que “fomos os primeiros a estar nas plataformas, nas OTA, o que nos ajudou imenso a crescer”.

“O universo do enoturismo demorou um pouco mais a atualizar-se. Era só enologia e não se dava grande importância à parte do turismo. Agora não faz qualquer sentido não falar também de turismo quando se aborda o universo do vinho e a parte tecnológica ajuda-nos, igualmente, em algo muito importante que é a gestão dos fluxos das visitas. Não existe nada pior para um visitante do que chegar a um local que quer visitar e confrontar-se com filas intermináveis. A experiência fica logo prejudicada”, considera a diretora de Turismo da Sogevinus. “Por isso, essa foi uma parte que tivemos de enquadrar no investimento e que faz toda a diferença na nossa proposta”.

Universo em torno do Vinho do Porto
Com um portfólio de marca que engloba Cálem Burmester, Kopke, Barros, Velhotes, Maria Manuel Ramos considera que, “ter este universo de marcas é uma grande vantagem” e “enriquece o nosso posicionamento junto do visitante”. Contudo, “cada marca tem o seu espaço e o seu cliente”, diz Maria Manuel Ramos, frisando ainda que, a Quinta de São Luiz, onde são produzidos os vinhos Kopke, “começa a ter um peso crescente no grupo” e que a unidade hoteleira aí instalada, embora pequena, contando somente com 11 quartos, tem uma taxa de ocupação de 60%, “o que para a região, não é mau”, reconhece a diretora da Sogevinus que faz ainda referência à loja Kopke, localizada ao lado das Caves Cálem, que fatura meio milhão de euros por ano, principalmente, com o mercado americano.

Maria Manuel Ramos adianta que “o investimento no turismo não vai parar por aqui. Ainda há muito turista que viaja até ao Porto, mas que não atravessa o rio. Isso significa que ainda temos algum, senão muito, trabalho a fazer. Temos recebido cada vez mais enoturistas jovens, na ordem dos 30 a 40 anos, visitantes individuais e não de grupo, embora se saiba que o consumo de vinho entre os jovens está a baixar”.

E é, precisamente, essa tendência entre os jovens que a diretora de Turismo da Sogevinus encara como um “grande desafio”, embora reconheça que, “quem faz a visita, conhece a história e mostra a intenção de ir até ao Douro. Aí esse turista ou visitante fica completamente conquistado”.

E se as faixas etárias dos visitantes o equilíbrio vai variando, já entre as nacionalidades existe uma estabilidade, com os principais mercados visitantes a pertencerem a Espanha, França, EUA, Reino Unido e Portugal, mantendo-se nos visitantes individuais a “máxima” da reserva ser feita muito em cima da hora, com as visitas de grupos a serem mais organizadas, justificado até pelo facto de já existirem reservas para 2025.

Representando já 25% da faturação do grupo, ou seja, cerca de 12 milhões de euros, o que leva Maria Manuel Ramos a considerar este “um valor significativo”, o segredo do enoturismo do grupo está, agora, em fazer crescer este valor, muito com recurso à bilhética, com o ticket médio a registar subidas na ordem dos 2€ por ano.

“Sabemos que, após o ‘boom’ do pós-Covid, a curva de crescimento não continuará a subir da mesma forma. Por isso, iremos registar um abrandamento desses crescimentos e será pela qualidade dos nossos espaços e na bilhética que iremos consolidar o crescimento”, diz a diretora de Turismo da Sogevinus. “Claro que a abertura do hotel – Tivoli Kopke PortoGaia Hotel – contribuirá para nos promovermos de uma forma melhor e posicionar o nosso produto onde queremos, que é junto de um público premium”, confidencia Maria Manuel Ramos, considerando ainda que a ligação entre a gastronomia e o vinho é “estruturante” para se apresentar “um produto turístico de valor”. “Portugal precisa, efetivamente, de mais turismo em valor e não tanto em volume. Entendemos que a comida não faz sentido sem o vinho e que o vinho não faz sentido sem a gastronomia. É mais fácil viverem em conjunto do que separados”. Por isso mesmo, as Caves Cálem passaram a apresentar alguma oferta gastronómica, embora não se trate de um restaurante. “Não somos um restaurante, não servimos refeições, mas temos de fazer esta ligação com os queijos, os enchidos, os chocolates e outros produtos que ”traduzem uma relação natural com o Vinho do Porto”.

O eterno desafio dos RH
Desafio que a Sogevinus enfrenta, tal como todo o setor do turismo, prende-se com os recursos humanos. Contudo, além da hotelaria, a componente do enoturismo “requer uma grande parte de conhecimentos técnicos, pessoas com conhecimentos sobre vinho, história, que dominem várias línguas”, diz Maria Manuel Ramos. “Evidentemente que para a hotelaria é preciso falar inglês ou francês. Aqui nas caves, é preciso ter pessoas que falem inglês, francês, italiano, espanhol, alemão, é preciso responder a questões nesses idiomas”. Daí a Sogevinus ter alguns estrangeiros, até nativos entre os quadros no setor do enoturismo. “Temos muitas pessoas nativas, alemães, italianos, pessoas que estão a fazer mestrados na Universidade do Porto, pessoas mais seniores, com mais estabilidade. Claro que os jovens, terminando os estudos, não ficam cá e, naturalmente, teremos de iniciar novamente o processo de recrutamento, mas é importante ter nas visitas pessoas que dominem o idioma dos visitantes”. Já na Quinta de S. Luiz, metade dos colaboradores são estrangeiros, metade são locais.

Quando questionada sobre que desafios o enoturismo em Portugal enfrenta, a diretora da Turismo da Sogevinus admite que a promoção seja, eventualmente, o maior. “O Douro e o Alentejo podem concorrer com qualquer região de vinhos do mundo. O Douro terá, possivelmente, um maior caminho a percorrer, até pela própria configuração da região, do terreno, não é tão fácil de chegar como ao Alentejo.

Mas por outro lado, este ‘desconhecido’ é uma vantagem, uma vez que a maioria dos turistas, dos viajantes procuram destinos novos, desconhecidos, genuínos, com experiências diferenciadoras. E isso o Douro consegue oferecer de forma brilhante”, reconhece Maria Manuel Ramos.

 

A aposta no enoturismo da Sogevinus
2017 – Transformação das Caves Cálem para abertura ao público
2019 – Abertura da Quinta de S. Luiz ao público
2019 – Abertura da nova loja na Rua das Flores, no Porto
2020 – Abertura da nova loja de santa Marinha, em Vila Nova de Gaia
2022 – Abertura da unidade hoteleira The Vine House, na Quinta de S. Luiz
2024 – Novo circuito Caves Cálem dedicado a grupos
2025 – Abertura do Tivoli Kopke Porto Gaia Hotel

 

50 milhões para um novo 5 estrelas

Resultado da recuperação de vários edifícios construídos entre meados do século XVIII e inícios do século XX, e de um investimento de 50 milhões de euros, Vila Nova de Gaia terá, no início de 2025 (durante o primeiro trimestre), um novo hotel 5 estrelas: Tivoli Kopke Porto Gaia Hotel.

A nova unidade, que ficará sob gestão do grupo Minor, terá 150 quartos, dos quais 10 serão suites, dois restaurantes, três bares, duas piscinas, ginásio Tivoli Shape e instalações para eventos totalmente equipadas, incluindo seis salas de reuniões, um spa, e 9.000 m2 de jardins exteriores.

Adjacentes ao hotel ficarão as Caves Kopke, uma das atrações exclusivas, permitindo aos hóspedes desfrutar de uma experiência imersiva no mundo do mais reconhecido vinho generoso.

Antes mesmo da inauguração do hotel, Dillip Rajakarier, CEO do Grupo Minor International e CEO da Minor Hotels, empresa-mãe da Tivoli Hotels & Resorts, assegurou estar “satisfeito com esta adição ao portfólio da Tivoli na região do Porto, com uma parceria verdadeiramente especial com a marca Kopke. Com uma localização privilegiada, esta propriedade vai oferecer instalações excecionais para hóspedes em negócios ou em lazer, conectando-os ao mundo do Vinho do Porto de uma forma muito exclusiva”.

Do lado da Sogevinus, Pedro Braga, CEO da empresa-mãe da Kopke, que entrará nesta nova experiência hoteleira, associando uma das marcas mais icónicas do portfólio – Kopke, a casa mais antiga de Vinho do Porto”; salienta que a parceria com a marca Tivoli “trará uma contribuição significativa para o projeto. Esta colaboração reflete as nossas ambições para a propriedade e acreditamos que a parceria com a Minor Hotels será capaz de criar um hotel de classe mundial, que celebra o luxo e o vinho, num local deslumbrante, rodeado por um património mundial único.”

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Porto e Norte com prémio nos Óscares do cinema de turismo

O Porto e Norte de Portugal solidificou a promoção turística com mais um reconhecimento internacional com o 3.º lugar nos World Tourism Film Awards.

O Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) foi distinguido com o 3.º lugar, na categoria Regiões, na 36.º edição World Tourism Film Awards, com o filme promocional “For sure, they are from the north” (Vê-se Mesmo Que São do Norte). Este reconhecimento, cuja gala em Valência (Espanha), coloca a peça videográfica nortenha entre as três melhores do mundo na sua categoria, consolidando o Porto e Norte como um destino de referência global.

O filme é o resultado de uma parceria de excelência entre o TPNP, a criatividade da agência CaetsuTwo e a Lobby Productions, que traduziu essa visão em imagens marcantes e de grande impacto emocional.

“For sure, they are from the north” remete para a origem e a originalidade da região, mas também para a fundação da nação e todo o respetivo património (i)material, transversal aos quatro subdestinos, cada qual com as suas particularidades a funcionar como um todo indivisível.

Emanado do CIFFT – Comité Internacional de Festivais de Filmes de Turismo, o galardão é mais um marco na trajetória deste filme, que já tinha sido premiado em prestigiados festivais internacionais: Muse Awards 2024 (Gold), Telly Awards 2024 (Gold), ambos em Nova Iorque, e o Art&Tur International (Silver), em Portugal, entre outros.

Ao longo do último ano, o filme competiu com produções milionárias e de alto perfil, representando destinos globais como a Suíça, Canadá, Indonésia, Espanha, Estados Unidos da América, entre outros, protagonizadas por estrelas como Roger Federer, Robert De Niro e Anne Hathaway.

Os restantes quatro prémios para a região foram conquistados pelo município de Barcelos, na categoria de Produtos Turísticos; pela empresa PortugalNTN, 1.° Prémio do Público; pela Fundação de Serralves e pelas Conservas Pinhais, ambos na categoria de Serviços de Turismo.

Na altura de receber o prémio, Luís Pedro Martins, presidente do TPNP, reconheceu que “estes prémios são uma celebração da autenticidade e da força das gentes do Norte. Temos muitos atributos, mas as pessoas são o nosso maior ativo. Este é um destino que emociona, que apaixona e que se distingue pela sua alma única. Estes prémios são de todos nós – são das gentes do Porto e Norte de Portugal!”.

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Brasil é País Parceiro da FITUR em 2025

O acordo, que contribuirá para impulsionar o posicionamento global do país, foi assinado pelo Embaixador do Brasil, Orlando Leite Ribeiro, e pelo vice-presidente Executivo da IFEMA Madrid, Daniel Martínez, na Embaixada do Brasil na Espanha.

A Feira Internacional de Turismo, anunciou a participação, pela primeira vez, do Brasil como País Parceiro em sua 45.ª edição, que será realizada de 22 a 26 de janeiro de 2025, organizada pela IFEMA MADRID. O acordo foi firmado na Embaixada do Brasil em Madrid pelo Embaixador do Brasil na Espanha, Orlando Leite Ribeiro, e pelo vice-presidente Executivo da IFEMA Madrid, Daniel Martínez.

Num contexto de crescimento do turismo no Brasil, que, segundo os últimos dados da Embratur, registou um aumento de 13% no número de turistas internacionais até outubro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023, a FITUR surge como o cenário estratégico-chave para desenvolver o seu posicionamento global e impulsionar o potencial da sua oferta turística diversificada.

Celso Sabino, ministro do Turismo do Brasil, afirma que “ser o país homenageado na FITUR é uma conquista extraordinária. Fechamos um ano recorde para o turismo brasileiro, e 2025 promete superar as nossas expectativas, tanto em resultados como em visibilidade global. A FITUR será nossa vitrine para destacar o potencial do país, especialmente num ano em que também seremos sede da COP30 e do BRICS.”

Marcelo Freixo, presidente da Embratur, salienta, por sua vez, que o Brasil aproveitará a FITUR para “ressaltar a nossa diversidade e posicionar o Brasil como líder no turismo global”.

Já o Embaixador do Brasil em Espanha frisa que Brasil e Espanha são “países aliados que mantêm uma cooperação tradicional e multifacetada. No setor turístico, temos trabalhado para fortalecer os nossos laços com o objetivo de combinar o potencial brasileiro com a experiência espanhola. Além de ser um importante emissor de turistas, Espanha deve ser considerada um parceiro estratégico, uma fonte chave de investimentos para o setor turístico nacional e um país com vasta experiência nesta área”.

O vice-presidente Executivo da IFEMA Madrid destacou, por sua vez, que “esta aliança fortalece os laços entre a Espanha e o Brasil, abrindo novas oportunidades de colaboração para a promoção da riqueza turística do Brasil, com uma feira como a FITUR, posicionada como o encontro imprescindível para o mercado global de turismo, que encerrou a sua última edição com 250.000 visitantes e a participação de 152 países e 96 representações oficiais.”

Como País Parceiro, o Brasil não só amplia a sua presença no turismo global, como também reforça o sucesso da sua estratégia promocional em mercados-chave, como o espanhol. A sua participação será destacada na comunicação visual da feira e em campanhas publicitárias distribuídas por Madrid, apresentando uma agenda focada na geração de negócios e na sustentabilidade.

O setor turístico terá a oportunidade de participar em iniciativas como o lançamento de uma campanha publicitária dirigida à Europa, uma plataforma de formação contínua sobre o Brasil e novos acordos estratégicos com organizações internacionais.

Além disso, o Brasil exporá, também, a sua diversidade turística, reunindo destinos de todas as suas regiões, companhias aéreas, operadores e cadeias hoteleiras comprometidas com a inovação e a excelência. A seleção de co-expositores será focada em promover destinos qualificados e variados, consolidando o país como um destino de referência mundial, com o objetivo de diversificar a oferta turística, aumentar a duração da estadia dos visitantes e maximizar o gasto dos turistas internacionais.

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Airbnb tem novo diretor-geral para Portugal e Espanha

Jaime Rodríguez de Santiago é o novo diretor-geral da Airbnb para Espanha e Portugal.

A Airbnb acaba de nomear Jaime Rodríguez de Santiago para diretor-geral da plataforma para o mercado português e espanhol, revelando que o objetivo passa por “continuar a promover as viagens e o alojamento na plataforma, tornando-a na opção preferida para as famílias portuguesas que desejam viajar, bem como para aqueles que desejam tornar-se anfitriões”.

De resto, a Airbnb diz-se “comprometida” com as comunidades e as regiões locais nos 220 países em que opera, ficando Jaime Rodriguez de Santiago responsável por destacar os benefícios que a atividade da plataforma gera nos destinos, especialmente nas zonas menos tradicionais e em áreas rurais.

“A atividade dos anfitriões e os gastos dos viajantes que utilizam a Airbnb contribuem para a criação de centenas de milhares de empregos em Espanha e Portugal, ao mesmo tempo que contribuem para a dispersão do turismo em cerca de 6.000 localidades em ambos os países”, destaca a plataforma, em comunicado.

No seu papel, Jaime também irá defender o trabalho com os governos em regulamentos equilibrados e proporcionais que incentivem o turismo responsável e impulsionem o bem-estar económico dos anfitriões e das comunidades locais.

Com 15 anos de experiência em gestão, empreendedorismo e operações internacionais em empresas do setor tecnológico, o novo diretor-geral da Airbnb para Portugal e Espanha iniciou a sua carreira na Zhilabs, uma empresa de big data. Posteriormente, fundou a 6cero, uma plataforma de jornalismo cidadão, e depois integrou a BlaBlaCar, empresa que atua em viagens partilhadas, onde foi responsável por Espanha, Portugal e Alemanha, sendo também um dos seus primeiros colaboradores. Mais tarde, assumiu a direção geral para a Europa do Sul e Ocidental da FreeNow, empresa de mobilidade urbana da Europa.

Para além das suas responsabilidades empresariais, Jaime está também envolvido na formação em liderança e gestão. Atualmente, é diretor do Programa de Liderança e Gestão do Instituto Tramontana e apresenta o Kaizen, um podcast centrado na aprendizagem contínua que está entre os 100 melhores de Espanha.

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Caminho de Santiago mais inclusivo

Projeto InCASA tem como objetivo principal tornar o percurso mais acessível a peregrinos com necessidades especiais.

Considerado Património Mundial pela Unesco, o Caminho de Santiago acolhe, todos os anos, milhares de peregrinos que têm como objetivo chegar à Catedral de Santiago de Compostela. Com diferentes rotas e podendo ser realizado a pé, de bicicleta, a cavalo ou até de barco, o Caminho continua a apresentar barreiras a todos os peregrinos com algum tipo de deficiência.

Neste contexto, surge o “InCASA – Inclusive Camino de Santiago: An accessible journey for all”, um projeto que conta com a participação da Atlântica – Instituto Universitário e que pretende tornar o Caminho de Santiago acessível a todos os peregrinos, mesmo os que apresentam algum tipo de limitação.

Com a primavera e o outono a destacarem-se como as estações mais populares para realizar o percurso, o Caminho de Santiago tem registado um aumento no número de peregrinos nos últimos anos.

Contido, a jornada que marca a vida dos participantes, apresentando-se como uma experiência transformadora, é também um grande desafio para pessoas com deficiência. Em 2022, menos de 5% dos viajantes que concluíram o caminho revelaram ter algum tipo de incapacidade. Com 438.182 participantes, em 2022 – um número sem precedentes –, apenas 127 foram capazes de realizar a peregrinação em cadeira de rodas.

Tendo em conta estes números, e com a ambição de tornar a experiência mais acessível a todos, nasceu o InCASA que, ainda numa fase inicial, terá a duração de dois anos, e vai, através do mapeamento das principais dificuldades encontradas, desenrolar-se com três objetivos específicos. O primeiro diz respeito à criação de uma aplicação dedicada e aberta a todos os utilizadores, com o intuito de fornecer informações detalhadas sobre a peregrinação. O segundo objetivo passa pelo desenvolvimento de uma plataforma que inclua cursos de formação e recursos gratuitos para cuidadores, técnicos de juventude e profissionais de associações que organizam roteiros com pessoas com incapacidade. Finalmente, o projeto vai culminar com a realização do Caminho, com jovens com incapacidade, testando assim a aplicação, bem como os resultados do trabalho desenvolvido.

O projeto passou, recentemente, por uma fase de focus groups, tendo havido a recolha de dados de participantes de vários países, nomeadamente Portugal, Espanha, Polónia, Eslovénia e Roménia. Os dados obtidos são reveladores, destacando-se a necessidade urgente de criar mais condições para pessoas com cadeiras de rodas, seguindo-se a necessidade de integrar assistentes pessoais e a importância do seu apoio nas atividades diárias ao longo do percurso. Os focus groups permitiram ainda identificar vários desafios encontrados no Caminho de Santiago, tendo sido categorizados em obstáculos ambientais, barreiras arquitetónicas, barreiras ecológicas e barreiras legais.

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Centro de Portugal com três filmes entre os melhores do mundo nos World Tourism Film Awards

Filme da Nazaré foi o grande vencedor na categoria Cidades. Produções da Turismo Centro de Portugal e das Caldas da Rainha também reconhecidas a nível internacional. Portugal foi o país mais premiado.

 

Três filmes promocionais da região Centro de Portugal destacaram-se entre os melhores do mundo na 36.ª edição dos World Tourism Film Awards, que decorreram em Valência, Espanha, consolidando o estatuto do Centro de Portugal como uma referência também no panorama global de filmes de turismo.

Os prémios, organizados pelo CIFFT – Comité Internacional de Festivais de Filmes de Turismo, distinguem os filmes turísticos mais premiados ao longo do ano, num circuito que abrange 10 festivais em diferentes países, incluindo o Festival ART&TUR, realizado no Centro de Portugal.

O filme promocional “Vou Só 3 Dias”, da Turismo Centro de Portugal, produzido pela produtora Lobby Films and Advertising, conquistou o 4.º lugar na categoria “Regiões”, sublinhando Raul Almeida, presidente da Turismo Centro de Portugal, que “este é um filme que aborda, de uma forma única e especial, a diversidade e a riqueza do Centro de Portugal. Assente na lógica de promoção do ‘menos é mais’, daquilo que nos diferencia e nos distingue, das nossas singularidades, tem na sustentabilidade o seu vetor central”.

Também do Centro de Portugal, os municípios de Nazaré e Caldas da Rainha sagraram-se também vencedores na gala, merecendo a preferência dos jurados dos vários festivais internacionais que integram o circuito do CIFFT.

O filme “Nazaré – Bigger Than Life” (“Nazaré – Maior do que a Vida”) foi um dos grandes triunfadores do circuito, terminando em 1.º lugar na categoria “Cidades”, filme produzido pela OONIFY para o Município da Nazaré.

Já o filme “Caldas da Rainha Magnificent” (“Caldas da Rainha Magnífica”), produzido pela Eureka Films para o Município das Caldas da Rainha, conquistou o 5.º lugar também na categoria “Cidades”. De assinalar que este filme resultou do “ART&FACTORY”, iniciativa integrada no festival de cinema de turismo “ART&TUR”, que todos os anos decorre no Centro de Portugal.

De resto, Portugal foi dos países mais premiados nos World Tourism Film Awards, que reconheceram 27 produções de 16 países como os Melhores Filmes de Turismo do Mundo, nas cinco categorias competitivas: Promoção de Cidade, Região e País, Produtos Turísticos e Serviços Turísticos. Os vencedores destacaram-se nos rankings CIFFT, uma lista que reúne os vídeos e campanhas turísticas mais premiados ao longo do ano e revela as principais tendências do setor.

Com oito produções entre os melhores filmes de turismo do mundo, além dos troféus para a Turismo Centro de Portugal e Municípios de Nazaré e Caldas da Rainha, destacaram-se produções de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Rota Vicentina, Museu de Serralves, NURI Conservas Pinhais e um consórcio representando os municípios de Ponte de Lima, Barcelos, Paredes de Coura e Valença. Além disso, a PORTUGALNTN, Lda. recebeu o troféu CIFFT “People’s Choice” Award 2024.

O Turismo da Suíça foi o grande vencedor global, com “The Ride of a Lifetime”, um vídeo promocional protagonizado pelo carismático duo Roger Federer e Trevor Noah. Esta produção destacou-se ao conquistar um duplo reconhecimento, o título de Melhor Filme de Turismo do Mundo, em 1.º lugar na categoria de Produtos Turísticos, e o novo prémio CIFFT Tourism Press Award, um galardão especial atribuído por um painel internacional de jornalistas de viagens.

(Re)veja os filmes.

 

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Euroairlines assina acordo com a GOL

Com esta parceria, a GOL terá acesso a agregadores, consolidadores e agências de viagens na rede de mais de 50 BSP em que a Euroairlines está presente.

A GOL Linhas Aéreas, do Brasil, lançou uma parceria ‘interline’ com a companhia aérea espanhola Euroairlines, que permitirá à primeira comercializar as suas rotas em diferentes países através da segunda. Com esta parceria, a GOL terá acesso a uma extensa rede de agências de viagens, OTA, agregadores e consolidadores em mais de 60 países, através da placa IATA Q4-291 da Euroairlines.

A companhia brasileira opera atualmente uma média de 610 voos por dia e é uma das principais empresas da América Latina, tendo transportado mais de 8 milhões de passageiros no 3.º trimestre de 2024.

Atualmente, a GOL, nascida em 2021 e a primeira companhia aérea a introduzir o modelo de low cost no Brasil, opera em 65 aeroportos no Brasil e outros 13 fora do país, abrangendo as Américas do Sul e Central, além do Caribe e da Flórida, nos EUA. Além disso, a GOL foi a primeira companhia aérea a introduzir o modelo de low cost no Brasil, democratizando o transporte aéreo na região.

Para o CEO da Euroairlines, Antonio López-Lázaro, o acordo consolida a autoridade da Euroairlines na prestação de serviços na América Latina, bem como o crescimento significativo da empresa espanhola na região. “A GOL é uma das maiores companhias aéreas do Brasil, voando também para as Américas e Caraíbas, o que a torna um parceiro ideal para o serviço de distribuição da Euroairlines nestas regiões”, reconhece o responsável.

“A Euroairlines fornecerá à GOL capilaridade local e regional para consolidar seu crescimento global”, acrescenta a diretora comercial da Euroairlines, Amanda Machado.

Atualmente, a GOL possui 47 acordos ‘interline’ e 17 acordos de’ codeshare’ com diversas companhias aéreas parceiras globais em todo o mundo.

“Este acordo com a Euroairlines irá expandir a rede da GOL e aumentar o alcance global da nossa marca, permitindo que novos passageiros em todo o mundo experimentem nossos serviços de voo no Brasil, nas Américas e no Caribe”, reconhecendo André Gaspar, diretor de Alianças e Distribuição da GOL Linhas Aéreas, que “este é um passo importante para proporcionar maior acesso aos viajantes que visitam o Brasil e exploram as Américas e o Caribe”.

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Transportes

Procura nacional faz FlixBus reforçar oferta em 25% para Vigo

A FlixBus reforça a oferta de viagens para Vigo para dar resposta ao aumento de 25% na procura de viagens para esta cidade galega.

ace à procura por viagens para a Vigo, especialmente depois do arranque da iluminação de Natal, no passado dia 16 de novembro, a FlixBus decidiu reforçar a oferta em 25% para a cidade galega.

Assim, a partir desta semana, passa a haver até 14 ligações diárias diretas a Vigo a partir de cidades como Lisboa, Fátima, Coimbra, Aveiro, Porto e Braga.

“Vigo tem-se afirmado cada vez mais como um destino de Natal dos portugueses, sobretudo os que vivem no Norte do País, e a prova disto é este aumento da procura das viagens para esta cidade galega nesta quadra natalícia”, refere Pablo Pastega, vice-presidente para a Europa Ocidental e diretor-geral da FlixBus em Portugal.

Para o responsável do operador de mobilidade alemão a atuar no nosso mercado, “este é um aumento significativo, quando comparado com o ano passado, o que levou a FlixBus a reforçar a oferta”. Assim, a partir do Porto, a FlixBus oferece até 14 viagens diárias, sendo duas delas noturnas, adiantando Pastega que, “para além de ser uma opção mais sustentável e económica, é também mais confortável, já que a viagem dura pouco mais de duas horas, e evita os constrangimentos de trânsito e estacionamento que se verificam nesta época devido à grande afluência de visitantes”.

Nos últimos anos, a cidade de Vigo tornou-se um dos destinos europeus de referência na quadra natalícia. Este ano, as decorações de Natal desta cidade galega contam com 2.500 árvores iluminadas e mais de 4.000 grinaldas e objetos luminosos, num total de mais de 11,5 milhões de LED distribuídos por 420 ruas.

Mas não é só para Vigo que a FlixBus está a registar uma grande procura. Por cá, a “Óbidos Vila Natal” é, de acordo com os dados internos da FlixBus, o mercado de destaque em Portugal, já que a partir do próximo dia 6 de dezembro, data de início do evento, e até ao final do mês, se verifica um aumento de 33% na procura de viagens na FlixBus com destino às Caldas da Rainha.

“Aquilo que verificamos é que, apesar de não haver autocarros expresso a parar em Óbidos, as pessoas estão a viajar para as Caldas da Rainha, e a partir daí usam outros meios de transportes públicos para chegar até à vila de Óbidos”, frisa Pablo Pastega. “Este aumento da procura coincide com o início do mercado de Natal, o que prova o dinamismo e a importância destas atividades para o turismo da região”, acrescenta o responsável, revelando que a FlixBus disponibiliza diariamente 12 viagens entre Lisboa e Caldas da Rainha.

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Meeting Industry

78% das viagens de negócios sofreram perturbações em 2024

O “Travel Disruption Report” da TravelPerk mostra que 43% dos viajantes de negócios sofreram atrasos superiores a uma hora. O número mais elevado de cancelamento de voos foi registado nos EUA, enquanto os europeus afirmam que são as greves nos transportes que mais impactam.

As interrupções de viagens continuam a afetar significativamente as empresas e os respetivos funcionários em todo o mundo, com 78% dos viajantes de negócios a serem, de alguma forma, afetados durante as viagens de trabalho em 2024.

Os resultados do “Travel Disruption Report” da TravelPerk mostram que, embora as taxas gerais de perturbação permaneçam semelhantes às de 2023, as causas variam significativamente por região, com cancelamentos e greves a afetar particularmente os mercados europeus.

As conclusões baseiam-se numa pesquisa global encomendada pela TravelPerk no Reino Unido, EUA, Alemanha e Espanha, que inquiriu 4.000 viajantes de negócios, bem como em dados de aviação global de terceiros analisados pela TravelPerk.

O estudo de 2024 revela que mais de um em cada quatro (27%) viajantes de negócios enfrentou cancelamentos durante 2024 quando viajou em trabalho, enquanto mais de um quinto (21%) sofreu interrupções devido a eventos climáticos e greves nos transportes.

O impacto significativo das perturbações nas viagens afeta as empresas e os trabalhadores. Dos inquiridos, 41% perderam ou chegaram atrasados a uma reunião presencial com um cliente devido a perturbações nas viagens e 40% incorreram em custos adicionais, como o pagamento de um hotel e taxas de remarcação. Para compensar o tempo perdido, mais de um terço (36%) dos viajantes de negócios tiveram de trabalhar horas extra para recuperar o trabalho perdido e 85% afirmaram que a sua produtividade no trabalho foi afetada por estas perturbações. Talvez para combater estas perturbações, cada vez mais viajantes (23%) estão a prolongar as suas viagens para pernoitar, em vez de regressar no mesmo dia.

Os dados regionais da plataforma mundial em gestão de viagens de negócios, mostram disparidades notáveis na forma como os diferentes mercados são afetados. Os viajantes de negócios britânicos e alemães enfrentaram o maior impacto das greves dos transportes (27% e 29%, respetivamente), em comparação com apenas 9% nos EUA. Entretanto, os viajantes norte-americanos registaram o maior número de cancelamentos durante o período analisado (139.777 voos foram cancelados de março a setembro de 2024) e a taxa mais elevada de perturbações relacionadas com o clima, 30%, significativamente acima da média global de 21%.

E não são apenas as condições meteorológicas e as greves que estão a afetar as viagens. Em julho deste ano, o setor das viagens a nível mundial sofreu um abalo devido a uma falha informática causada por um Crowdstrike. Em julho, apenas 57% dos voos foram efetuados sem atrasos.

Embora os EUA tenham o maior volume de cancelamentos, a análise dos dados de voos de terceiros revela que a China lidera agora em termos de taxas de cancelamento, com quase 5%, seguida do Canadá (3%) e dos EUA (3%). Isto representa uma mudança em relação a 2023, quando a Indonésia liderou a lista com 13%.

Tomasz Wrzaszcz, Travel Intelligence Specialist da TravelPerk, revela que, embora ada região enfrente desafios únicos, o resultado final para os viajantes de negócios é o mesmo: “mais tempo passado em aeroportos, estações de comboio ou terminais de autocarros e menos horas de trabalho produtivo ou de tempo em casa”.

Por isso, Kamil Jagodzinski, vice-presidente de Customer Care da TravelPerk, admite que nos tempos que correm, “viajar pode ser imprevisível”, reconhecendo que “a qualquer momento, os viajantes têm de lidar com alterações meteorológicas, impactos geopolíticos ou falhas técnicas”.

Com 85% das pessoas a afirmar que as interrupções afetaram a sua produtividade, a oportunidade perdida pelas empresas pode ser “significativa”, concluindo Yasmine Bratt, Chief Revenue Officer da TravelPerk, que “as empresas que permitem que os seus empregados sejam mais flexíveis, chegando na noite anterior ou utilizando o meio de transporte mais eficiente, podem mitigar mais eficazmente o impacto das perturbações, tanto nos seus colaboradores como nos resultados”.

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Figuras

“Chapéu de Ouro do Município” de Águeda para Carlos Costa

A Câmara Municipal de Águeda entregou o “Chapéu de Ouro do Município” a Carlos Costa, doutor e mestre em Turismo, diretor do Programa Doutoral em Turismo na Universidade de Aveiro, durante a cerimónia que encerrou as Jornadas Internacionais de Turismo, realizada naquela cidade.

“Despertamos consciências e alertamos para o que temos de bom, sobretudo quem temos com muita qualidade”, disse o presidente da autarquia de Águeda Jorge Almeida, sublinhando que atribuir o “Chapéu de Ouro” a Carlos Costa “ajuda para continuar a dignificar esta iniciativa do Município”.

Sendo o docente um investigador na área, desafiou a que “o fenómeno de Águeda” seja estudado. “Somos um caso de estudo. No vosso lugar, como académicos, estaria curiosíssimo, porque contrariámos tudo o que os livros dizem e não estudámos em nenhum”, declarou autarca, salientando que o trabalho de marketing territorial que tem sido desenvolvido pelo Município de Águeda, nos últimos anos, tem sido “extraordinário e tem sido apontado como exemplo, nacional e internacionalmente”.

O turismo, há poucos anos, “passava completamente ao lado de Águeda” e, hoje, “a cidade está inundada de turistas, de todas as nacionalidades, de todas as cores, que se juntam a este colorido que soubemos criar”, continuou, para destacar o cuidado que o Município coloca no que faz e que torna “tão especial as experiências vividas aqui”.

“Portugal tem um PIB per capita elevadíssimo por causa do turismo”, afirmou Edson Santos, vice-presidente da Câmara de Águeda com o pelouro do turismo, salientando que a cidade tem contribuído para essa realidade, com a promoção e desenvolvimento territorial, de que o “Águeda é Natal” (a decorrer até dia 12 de janeiro) e o “AgitÁgueda” são exponentes maiores.

As Jornadas Internacionais de Turismo são um espelho disso mesmo, com oradores de vários pontos do país e de outras partes do mundo (Madeira, Lisboa, Cabo Verde, Costa Rica e Malta), numa troca de experiências “muito enriquecedora, de parte a parte. Águeda está a fazer o seu caminho, com uma estratégia definida e com uma vontade imensa de continuar a surpreender a cada dia”, concluiu Edson Santos.

O galardoado com o “Chapéu de Ouro” 2024, declarou que “Águeda, temos de o dizer, é um dos Municípios [do país] que mais tem feito por esta área [do turismo]”, com “a sua gastronomia, o rio e estas imagens que tem vindo a criar, dos chapéus e do Pai Natal, que atrai muitas pessoas”.

Carlos Costa define o turismo como “combustível” que precisa “de um motor que acione o seu desenvolvimento”, apontando a Câmara de Águeda como um bom exemplo neste domínio e o resultado é este: “Águeda tem vindo a crescer de uma forma excecional e ímpar nesta área”.

O “Chapéu de Ouro”, que vai na sua 4.ª edição, distingue aqueles que, pelo trabalho desenvolvido, contribuíram para o desenvolvimento do setor turístico. A cada ano o júri desta iniciativa seleciona projetos, personalidades ou entidades, que se destacam neste setor.

Carlos Costa, o homenageado deste ano, é ainda editor da Revista Turismo & Desenvolvimento, membro da Direção da Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas e diretor técnico-científico da empresa spin-off em turismo “IDTOUR – Unique Solutions”. Recentemente, foi distinguido na lista dos 2% de cientistas mais influentes do mundo, de acordo com o estudo realizado pela Universidade de Standford (EUA).

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Tourist visiting Spain

Análise

Portugueses fazem retrospectiva das suas viagens de 2024 à Preply e já olham para 2025

Num recente estudo levado a cabo pela Preply, os turistas portugueses de todas as regiões do país refletiram sobre as suas viagens realizadas ao longo do ano que está a terminar, e fizeram as suas expectativas para 2025.

Os dados divulgados pela Preply, plataforma que, para compreender as experiências turísticas da população no ano que está prestes a terminar, pediu a inquiridos de Norte a Sul que partilhassem as suas retrospectivas anuais de viagens, bem como as expectativas no que toca a fazer as malas em 2025. Para este estudo foram entrevistados 400 portugueses residentes em todas as regiões do país.

Ao longo do levantamento, seis em cada 10 inquiridos pela especialista em idiomas disseram estar a encerrar 2024 menos stressados graças ao hábito de viajar, que também os ajudou a fortalecer as suas relações pessoais, expandir o conhecimento cultural e, ainda, aumentar a autoconfiança, enquanto, os seus planos para os próximos doze meses, nesse sentido, podem ser resumidos num único objetivo: relaxar e descansar, dentro ou fora do país.

Entre a maioria dos inquiridos pela plataforma, oito em cada 10 disseram ter viajado pelo menos uma vez durante o ano, no geral por lazer (89%), para 62,9% deles, viver boas experiências enquanto viajantes nos últimos doze meses reduziu os seus níveis de stress consideravelmente, cooperando para dias de maior bem-estar, mesmo perante desafios.

Os efeitos positivos, de toda a forma, se estendem a outras áreas, sobretudo considerando a quantidade de inquiridos que relataram também terem se tornado pessoas com mais conhecimento cultural (57,7%), autoconfiança (26,9%) e proximidade com os seus relacionamentos pessoais (47,4%) graças aos dias passados fora de casa em 2024, sem contar todos os ganhos no que se refere à capacidade de adaptação a outras realidades (24,9%).

Por outro lado, segundo a maioria dos inquiridos, a preparação levou em conta as mais diversas ferramentas — das plataformas de reservas online (65,4%), ao Youtube (15,2%), blogs e sites de viagem (35,6%) e, claro, as redes sociais (23,5%), que os ajudaram a recolher dicas e contornar possíveis imprevistos.

Ao serem indagados sobre possíveis surpresas, muitos inquiridos não só se mostraram positivamente impactados por certas localidades, como fizeram questão de eleger os três destinos nacionais que mais excederam suas expectativas: Porto (13,4%), Aveiro (11%) e Braga (10,7%) — distritos que, seja pelo custo-benefício, acolhimento da população local ou experiências fora do comum, revelaram-se muito melhores do que o esperado.

Entretanto, provando que os portugueses desejam aproveitar ao máximo as folgas e férias para novas experiências turísticas, quando questionados pela Preply, 84,5% partilharam ter a meta principal de viajar para outros países, parcela mais expressiva que à de respondentes cujo objetivo será visitar novos lugares dentro de Portugal (47%).

Independentemente do destino escolhido, tanto o tipo de viagem quanto a sua finalidade parecem aproximar-se entre os mais diversos viajantes: para o ano que vem, a maioria dos inquiridos espera embarcar rumo a praias paradisíacas (55,4%), cidades históricas (55,6%) e destinos de natureza e aventura (37%), em todas elas com o intuito de relaxar e descansar (79,7%), viver experiências únicas e marcantes (42,7%) e, ainda, explorar novas culturas (50%).

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