Inteligência Artificial para operadores de viagens tem guia prático
Um guia prático intitulado “IA ao serviço dos operadores de viagens”, foi apresentado durante a IFTM TOP RESA, que acaba de ter lugar em Paris.
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Qual o potencial da inteligência artificial e como integrá-la no seu negócio? Estas duas questões estão no cerne do guia prático “IA ao serviço dos operadores de viagens” divulgado pelos franceses Les Entreprises du Voyage (EDV) em parceria com a SETO, a OPCO Mobilités e a empresa SILAMIR.
“O objetivo é permitir que os operadores de viagens identifiquem o seu posicionamento face à IA (observador, oportunista ou pioneiro) bem como as possibilidades de integração na sua empresa, qualquer que seja a sua dimensão”, declarou Isabelle Maimbourg, diretora geral da OPCO Mobilités.
Eis as principais lições deste guia de dez páginas:
– Os consumidores agora esperam imediatismo e hiperpersonalização dos serviços. A IA permite que os operadores de viagens cumpram estes novos requisitos, oferecendo ofertas personalizadas, adaptadas a cada segmento de clientes em cada fase da jornada do cliente.
– Através da recolha de dados e da análise preditiva, a IA pode responder melhor às necessidades específicas dos viajantes. Isto resulta em melhor satisfação do cliente e melhores taxas de conversão.
– A interação humana continua a ser crucial para as trocas mais complexas, especialmente nas relações com os clientes.
– As agências de viagens, sejam elas pequenas ou grandes, devem adaptar a sua estratégia de IA para melhorar a eficiência operacional. Chatbots para responder perguntas frequentes e sistemas de recomendação ultrapersonalizados podem ser configurados.
– Poucas profissões desaparecerão com o desenvolvimento da IA, mas muitas evoluirão para funções mais estratégicas e de maior valor acrescentado. A IA liberta os funcionários de tarefas repetitivas, permitindo-lhes concentrar-se mais no relacionamento com o cliente e na personalização dos serviços. Essas mudanças exigem formação contínua das equipes para dominarem essas novas tecnologias.
– O desenvolvimento da inteligência artificial está a criar um novo paradigma no mundo do trabalho. Surgem dúvidas sobre o seu potencial, as suas possibilidades dentro das empresas, para explorar plenamente as suas capacidades. Ao mesmo tempo, cria oportunidades sem precedentes, redefinindo práticas e abrindo caminho para inovações transformadoras. Os impactos da integração desta nova tecnologia nas empresas no emprego, nas competências, na segurança e na ética ainda não foram totalmente identificados.
Foi para responder a estas questões que a OPCO Mobilités, operadora de competências nas profissões de mobilidade, encomendou um estudo à empresa SILAMIR, especializada na gestão de projetos de transformação, com o apoio das Empresas de Viagens e do Sindicato das Empresas Operadoras de Turismo (SETO) franceses. O guia está estruturado em torno de três eixos principais: “Viajar na era digital – como fazer da hiperpersonalização um vetor de excelência operacional”; “A integração da IA em todas as fases da jornada do cliente”; e “Quais as oportunidades para 2030?”.
Muitas questões surgem sobre o potencial da IA nas empresas. “Os casos de aplicação ainda não são muito concretos, sentimos que a tecnologia ainda não está madura. Observamos aplicações interessantes para identificar as melhores oportunidades”, avalia Alain Alvarez, co-gerente da Rueil Voyages e gerente geral da D4A – La Carte des Voyages. “É uma questão de maturidade, daqui a alguns anos vai tornar-se padrão. De momento ainda existe um pequeno travão”, sublinha Jean-François Michel, presidente do Cap Monde, ambos líderes empresariais que contribuíram para o desenvolvimento deste guia.