Receitas turísticas sobem 16,4% em junho mas ficam abaixo do mês anterior
Apesar de terem voltado a ficar acima dos dois mil milhões de euros, naquela que foi a primeira vez para o mês de junho, as receitas turísticas desceram 3,3% face a maio, traduzindo uma descida nos gastos dos turistas estrangeiros que visitaram o país no sexto mês de 2023. Positivo continua o resultado acumulado, que chegou aos 10.382,82 milhões de euros no primeiro semestre.
Inês de Matos
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Em junho, as receitas turísticas somaram 2.111,21 milhões de euros, valor que indica um aumento de 16,4% face a mês homólogo de 2022, mas que traduz uma descida de perto de 73 milhões de euros face ao apurado no mês imediatamente anterior, segundo os dados do Banco de Portugal (BdP), divulgado esta segunda-feira, 21 de agosto.
Os dados do BdP mostram que, face ao apurado em maio, quando este indicador somava 2.184,19 milhões de euros, as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, caíram 72,98 milhões de euros ou 3,3% em junho.
No entanto, apesar da descida das receitas turísticas, que não é normal uma vez que junho costuma dar início às férias de verão de muitos turistas, o certo é que, em comparação com junho de 2022, houve um aumento de 16,4% ou mais 296,91 milhões de euros.
Segundo o BdP, o sexto mês do ano apresentou mesmo o “valor mais elevado da série para um mês de junho”, num aumento que teve reflexo no “incremento das exportações” da balança de serviços.
“As exportações e as importações de serviços aumentaram, respetivamente, 22,3% e 1,9% relativamente a junho de 2022. O incremento das exportações reflete, sobretudo, o contributo das viagens e turismo (+297 milhões de euros) e dos serviços de transporte (+214 milhões de euros). As exportações de viagens e turismo totalizaram 2111 milhões de euros, o valor mais elevado da série para um mês de junho”, lê-se no comunicado do BdP.
Os resultados são ainda mais positivos numa comparação com o mesmo mês de 2019, quando as receitas do turismo somavam 1.578,09 milhões de euros, o que traduz um aumento de 34% ou mais de 533 milhões de euros face a mês homólogo do último ano antes da pandemia da COVID-19.
Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que se encontram pelos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, subiram no sexto mês do ano face a igual período do ano passado, totalizando 581,06 milhões de euros, valor que indica um aumento de 9,2% face aos 532,34 milhões de euros apurados em junho de 2022.
Face a maio, quando este indicador somava 546,87 milhões de euros, as importações do turismo também subiram e apresentaram um aumento de 6,3%, o que corresponde a um aumento de pouco mais de 84 milhões de euros.
Numa comparação com junho de 2019, também nas importações do turismo há boas notícias, uma vez que este indicador apresenta um aumento de 20,3% face aos 483,20 milhões de euros apurados no sexto mês do último ano pré-pandemia.
Já o saldo da rubrica Viagens e Turismo somou 1.530,15 milhões de euros, valor que fica 19,4% acima de igual mês do ano passado, quando este indicador estava nos 1.281,96 milhões de euros.
Face a maio, o saldo desta rubrica também apresenta uma descida, já que, no mês anterior, este indicador somava 1.637,33 milhões de euros, o que traduz uma descida de 6,5% ou menos cerca de 107 milhões de euros.
No entanto, numa comparação com o mesmo mês de 2019, o saldo da rubrica Viagens e Turismo apresenta um crescimento de 39,8%, uma vez que, em junho de 2019, este indicador estava nos 1.094,89 milhões de euros.
Acumulado continua a bater recordes
Apesar de uma ligeira descida das receitas turísticas face ao mês anterior, o certo é que, no acumulado do primeiro semestre de 2023, as receitas turísticas somam já 10.382,82 milhões de euros, o valor mais elevado de sempre para o primeiro semestre e que traduz um aumento de 29,6% face aos 8.013,64 milhões de euros apurados até junho de 2022.
A subida das receitas turísticas acumuladas é ainda mais expressiva quando comparada com o primeiro semestre de 2019, quando este indicador somava 7.393,23 milhões de euros, o que revela um crescimento de 40,4%.
Nas importações turísticas, o cenário mantém-se e, no primeiro semestre, este indicador somou um valor acumulado de 2.562,23, o que indica um aumento de 16,7% face aos 2.196,41 milhões de euros apurados na primeira metade de 2022. Comparativamente ao primeiro semestre de 2019, quando este indicador somava 2.272,99 milhões de euros, houve ainda um aumento de 12,7%.
No que diz respeito ao saldo da rubrica Viagens e Turismo, a tendência volta a ser semelhante, uma vez que, no acumulado até junho, este indicador soma já 7.820,6 milhões de euros, enquanto em igual período de 2022 estava nos 5.817,23 milhões de euros, o que traduz um aumento de 34,4%. Face ao primeiro semestre de 2019, a subida é de 52,6% uma vez que, no primeiro semestre de 2019, o saldo desta rubrica somava 5.124,03 milhões de euros.