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Transportes

Transportes mostram-se otimistas para 2023, apesar da guerra, inflação e incerteza

O setor dos transportes turísticos faz um balanço positivo de 2022, que acabou por ser um ano de regresso à normalidade e mostra-se entusiasmado quanto ao futuro, apesar dos muitos desafios que deverão marcar 2023, com destaque para os aumentos nos preços dos combustíveis, a que os transportes estão particularmente expostos.

Inês de Matos
Transportes

Transportes mostram-se otimistas para 2023, apesar da guerra, inflação e incerteza

O setor dos transportes turísticos faz um balanço positivo de 2022, que acabou por ser um ano de regresso à normalidade e mostra-se entusiasmado quanto ao futuro, apesar dos muitos desafios que deverão marcar 2023, com destaque para os aumentos nos preços dos combustíveis, a que os transportes estão particularmente expostos.

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Por vezes, muita coisa muda em muito pouco tempo e o ano de 2022 é a prova provada disso mesmo. Há um ano, a grande ameaça à atividade turística continuava a ser a COVID-19. A pandemia que parou o mundo em 2020 e restringiu as viagens um pouco por todo o lado no ano seguinte, continuava, no início do ano passado, a ser vista como o principal desafio que o setor do turismo precisava de ultrapassar para regressar à normalidade.

No entanto, menos de dois meses depois do arranque do ano, estalou uma guerra na Ucrânia, com a invasão da Rússia ao país vizinho, num evento a que a Europa não assistia havia mais de sete décadas e que veio, mais uma vez, destabilizar a economia e, consequentemente, as empresas do setor do turismo, com especial destaque para as que se dedicam aos transportes, que passaram a lidar, também em consequência da guerra, com aumentos quase diários nos preços dos combustíveis, entre outras subidas de custos ditadas pela escalada da inflação.

Além da pandemia, que ainda não está completamente ultrapassada, da guerra e consequente inflação, as empresas de transportes turísticos têm de lidar ainda com a escassez de recursos humanos, que surgiu durante a pandemia e se agravou com a guerra, num cenário repleto de incerteza que torna difícil traçar expectativas concretas para 2023.

A todos estes problemas, é preciso juntar ainda a escassez de viaturas disponíveis no rent-a-car, assim como os desafios inerentes à sustentabilidade que, este ano, promete voltar a estar na linha da frente enquanto uma das principais preocupações dos transportes.

Mais uma vez o setor foi posto à prova e respondeu de forma positiva, Paulo Geisler (RENA)

Ainda assim, o otimismo parece estar em alta, uma vez que os clientes mantêm a vontade de viajar e isso tem-se vindo a traduzir no aumento das faturações e da rentabilidade nas várias áreas dos transportes turísticos em Portugal. Saiba que balanço de 2022 e que expectativas para 2023 traça a aviação, os cruzeiros, o rent-a-car e os autocarros de turismo.

Aviação
Na aviação, 2022 acabou por ser um ano “desafiante”, diz ao Publituris Paulo Geisler, presidente da RENA, associação que representa as companhias aéreas que operam em Portugal. “Mais uma vez o setor foi posto à prova e respondeu de forma positiva”, diz o presidente da RENA, considerando que, apesar dos problemas que a aviação enfrentou em 2022, este setor “mais uma vez deu mostras de preparação e resiliência”.

De acordo com o responsável, 2022 acabou por ser um ano positivo, como mostram “os números globais do turismo” e que provam que este é já “um sector fundamental para a economia portuguesa”, considerando que também a “união dos diversos operadores” foi um dos aspetos mais positivos do ano que agora terminou.

Tal como a RENA, também a easyJet faz um balanço favorável de 2022, com José Lopes, country manager da companhia para Portugal, a explicar que o ano foi “bastante positivo” porque a easyJet fechou “este ano fiscal com o melhor resultado de sempre em Portugal” no número de passageiros transportados. No total, a easyJet chegou aos 7.431.928 passageiros nas 71 rotas que realiza de e para o país, valor que, segundo José Lopes, “ultrapassa os níveis de 2019 e que se traduz num crescimento de 174%”. “Estamos a viver agora o inverno mais movimentado da nossa história em Portugal e somos a primeira escolha de passageiros que viajam entre Portugal e França, Portugal e Suíça e Portugal e o Reino Unido”, acrescenta.

Somos a companhia de aviação que mais vai investir e crescer em Portugal em 2023, José Lopes (easyJet)

José Lopes destaca os 18 slots conseguidos no aeroporto de Lisboa como um dos momentos mais positivos de 2022, desde logo porque isso permitiu que a transportadora se tornasse na segunda maior operadora no aeroporto da capital. Com esses slots, a easyJet abriu várias rotas em Lisboa, num total de 33 no conjunto dos aeroportos onde opera, incluindo a primeira ligação para fora da Europa desde Portugal, com destino a Marraquexe, em Marrocos, e os voos para o Porto Santo, desde Lisboa e Porto, “acabando com o monopólio nessas rotas”.

O aumento de capacidade em várias rotas, a passagem para o terminal 1 do aeroporto da capital e o aumento dos aviões baseados em Portugal foram também, segundo José Lopes, momentos positivos para a easyJet em 2022.

As expetativas para 2023 também são positivas, com José Lopes a mostrar-se convicto de que o ano será “de forte investimento e crescimento de capacidade da easyJet em Portugal”. “Continuaremos a estimular o mercado, para que as pessoas voltem a voar e a conhecer mais destinos. Fazer isto num momento em que ainda estamos a sair da pandemia, adicionalmente ao impacto da guerra nos custos de energia e combustível, é um desafio”, diz José Lopes, que acredita que a relação qualidade/preço oferecida pela easyJet será valorizada. “Somos a companhia de aviação que mais vai investir e crescer em Portugal em 2023. Daqui a um ano, estaremos de novo aqui a falar de mais um ano com resultado recorde”, acredita o responsável, indicando que a companhia vai continuar a investir na sustentabilidade.

Tal como a easyJet, também a RENA se mostra otimista, ainda que Paulo Geisler prefira chamar-lhe “otimismo (moderado)”, uma vez que se prevê que exista, ao longo deste ano, algum “crescimento sustentado”. No entanto, diz o responsável, o “cenário macroeconómico e inflação vão desempenhar um papel importante” para a aviação em 2023, “a par da guerra na Ucrânia” e também da sustentabilidade. “A expectativa é que o setor do transporte continue a recuperar e que haja uma preocupação maior com sustentabilidade e incentivos para que o setor possa avançar rumo ao “Net-zero””, conclui o presidente da RENA.

Rent-a-car
No rent-a-car, o balanço de 2022 é igualmente positivo, com Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da ARAC – Associação Nacional dos Locadores de Veículos, que representa 96% das empresas de rent-a-car em Portugal, a considerar que 2022 foi “um ano memorável”.

A performance das empresas de rent-a-car em foi foi excelente, Joaquim Robalo de Almeida (ARAC)

No rent-a-car, acrescenta, foram atingidos “valores recorde de rentabilidade”, o que leva a que se perspetive que, “também nesta atividade, 2022 seja o seu melhor ano de sempre”, com uma faturação a rondar os 800 milhões de euros.

Apesar da escassez de viaturas que se mantém, por culpa da crise dos semicondutores, e que levou a que a frota de pico em 2022 tenha ficado 32 mil viaturas abaixo do que acontecia em 2019, Joaquim Robalo de Almeida revela que a procura esteve em alta, traduzindo um aumento da rentabilidade. “Apesar da frota disponível para aluguer ter sido menor, se tivermos em atenção a subida de preços operada pela forte procura, ter-se-á registado um crescimento da faturação face a 2019, que assim gerou uma melhor rentabilidade”, explica, sublinhando que “a performance das empresas de rent-a-car em 2022 foi excelente” e o seu “desempenho foi dos melhores de sempre”. Contudo, o aumento da rentabilidade foi acompanhado pela subida da inflação, que se traduziu num crescimento generalizada dos custos, que “atingiram valores nunca antes vistos”, acrescenta.

A somar à inflação, no ano passado, o rent-a-car teve também de lidar com a falta de recursos humanos e com uma fiscalidade automóvel que é “das mais elevadas da Europa”, o que leva a que o rent-a-car em Portugal perca competitividade face a outros países europeus. Por isso, a ARAC volta a insistir na “redução dos impostos aplicáveis ao automóvel”, a exemplo do ISV e do IUC, mas também do IVA para os 13%.

Foi um ano muito bom para a marca e, felizmente, os pontos positivos sobrepõem-se aos negativos, Paulo Pinto (Europcar)

E se 2022 acabou por ser mais positivo do que se previa, Joaquim Robalo de Almeida espera que também o próximo ano “venha na sua continuidade”, apesar da urgência na construção do novo aeroporto de Lisboa e dos desejos que a ARAC gostaria de ver realizados: o fim da guerra na Ucrânia e a continuação do combate às alterações climáticas.

E também a Europcar, uma das principais empresas de rent-a-car em território nacional, diz que 2022 foi um “ano muito positivo”, com Paulo Pinto, Head of Portugal do Europcar Mobility Group (EMG), a explicar que o grupo solidificou a sua posição, até porque “houve alguma renovação da estrutura” em Portugal, a exemplo da nomeação do próprio como responsável pela operação no país. Em Portugal, merece também destaque a transformação da estação da Maia em ‘hub profissional’ e a abertura da estação em Vila Real, investimento que deu “início a uma ambiciosa estratégia de expansão, com grande foco no Norte do país”.

A nível global, 2022 fica marcado pela integração do EMG na Green Mobility Holding, que veio trazer à empresa “novas perspetivas e um ciclo de expansão e inovação”. “Fazer parte deste consórcio está a ser um grande impulso do ponto de vista financeiro, o que está a permitir acelerar os projetos tecnológicos”, explica Paulo Pinto.

Apesar de positivo, Paulo Pinto admite que 2022 foi um ano “com muita instabilidade”, com um primeiro trimestre marcado pela pandemia e o início de uma guerra na Europa, que deu origem a “uma subida da inflação que ainda não estagnou e se perspetiva como um fator negativo também em 2023”, sendo mesmo vista pela empresa como o “maior desafio” que se deverá colocar ao rent-a- car. “Tem impacto direto nos orçamentos das empresas e das famílias, condicionando em larga medida a atividade económica”, explica Paulo Pinto, prevendo que os “condicionamentos na produção automóvel” voltem a dar dores de cabeça.

Paulo Pinto diz que “a verdade é que, mesmo com estas condicionantes, este foi um ano “muito bom para a marca e, felizmente, os pontos positivos sobrepõem-se aos negativos”.

A Europcar diz que “vai continuar focada em manter a liderança em mobilidade sustentável”: “Impulsionada pela inovação, tecnologia, dados e colaboradores, com uma frota ajustada às necessidades, que será cada vez mais “verde”, 2023 vai ser um ano decisivo”, conclui.

Cruzeiros
Nos cruzeiros, o balanço de 2022 volta a ser positivo, com Marie-Caroline Laurent, diretora-geral da CLIA – Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros para a Europa, a explicar que “2022 foi um ano crucial de recuperação para a indústria” e que marcou o regresso a praticamente “100% de atividade”, o que demonstra a “força coletiva” dos cruzeiros.

Apesar da volatilidade da economia, podemos dizer que atingimos os objetivos a que nos tínhamos proposto, Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros)

Na CLIA, 2022 foi marcado pela sustentabilidade, pois, no início do ano, a associação estabeleceu o “compromisso de, até 2050, alcançar a meta de emissões carbónicas nulas” nas viagens de cruzeiros. A diretora da CLIA diz que a “indústria está a fazer progressos concretos para alcançar as suas ambições climáticas”, o que é visível pelo maior número de navios equipados para se ligarem à eletricidade em terra, enquanto “uma quantidade enorme de recursos está a ser investida” na viabilidade de combustíveis sustentáveis.

As preocupações com a sustentabilidade vão continuar a marcar este ano, com a responsável a explicar que as prioridades da associação para 2023 são a sustentabilidade e o envolvimento das comunidades. “Teremos de articular uma abordagem abrangente de sustentabilidade que mostre que estamos a tomar medidas práticas que já estão a fazer uma diferença real”, afirma, explicando, contudo, que estas ações “não se limitam aos navios”, pois estão a ser adotadas “práticas sustentáveis em terra para apoiar o turismo sustentável nos locais” visitados.

Além da sustentabilidade, a CLIA aponta como desafios as “incertezas relacionadas com a guerra” e “o preço da energia e a escassez de oferta” que, diz a responsável, “também podem afetar a capacidade de obter combustíveis alternativos”. Além disso, é preciso não esquecer que ainda há destinos com restrições devido à pandemia, nomeadamente na Ásia, o que leva a que as companhias tenham de trabalhar para garantir a “retoma segura” das operações.

Conseguimos estimular a antecipação do negócio a níveis ligeiramente superiores a 2019, Francisco Teixeira (Melair Cruzeiros)

Também as companhias se mostram satisfeitas com 2022 e confiantes para 2023. No caso da Melair, que representa em Portugal a Royal Caribbean International e a Celebrity Cruises, 2022 acabou por ser “bastante positivo, apesar das incertezas durante o primeiro trimestre”. Segundo Francisco Teixeira, director-geral da Melair, “a procura comportou-se muito bem”, o que levou a que toda a frota das companhias representadas pela empresa tenha regressado à operação. Além disso, acrescenta, a Melair conseguiu lançar para venda os cruzeiros para 2023 ainda no ano passado, “tendo já concretizado 37% do objetivo de negócio para este ano”. “Conseguimos estimular a antecipação do negócio, a níveis ligeiramente superiores a 2019”, revela.

O regresso da frota à operação foi, segundo o diretor-geral da Melair, o aspeto mais positivo para a empresa em 2022, enquanto o mais negativo foram as dificuldades de recrutamento.

E também a MSC Cruzeiros faz um balanço positivo, ainda que Eduardo Cabrita, diretor-geral da companhia para Portugal, diga que 2022 foi “desafiante” porque os primeiros meses foram de incerteza devido à pandemia e à guerra na Ucrânia. “Tivemos dois meses com uma incerteza tremenda, entre fevereiro e abril, ninguém sabia o que iria acontecer e o mundo parou perante esta atrocidade. Isso fez com que a inflação disparasse”, explica, revelando que só a partir de abril a companhia notou “algo muito mais positivo”. A partir daí, a MSC Cruzeiros viveu “três meses” de “vendas muito fortes e estimulantes para o verão”, que ditaram que 2022 tenha sido “um ano muito positivo”, praticamente em linha com 2019 nos passageiros.

Teremos de articular uma abordagem abrangente de sustentabilidade que mostre que estamos a tomar medidas práticas, Marie-Caroline Laurent (CLIA)

A ajudar ao balanço do ano, esteve ainda o lançamento do MSC World Europa, o primeiro navio da MSC Cruzeiros movido a GNL, que foi inaugurado em novembro, no Qatar, assim como os cruzeiros com partida e chegada a Lisboa que, pela primeira vez, a companhia promoveu no verão, entre junho e novembro, ao contrário do que acontecia noutros anos. “Apesar da volatilidade da economia, podemos dizer que atingimos os objetivos a que nos tínhamos proposto, agora está ainda mais consolidado e vamos para o segundo ano de cruzeiros em Lisboa, com este período de tempo”, explica Eduardo Cabrita, que espera que 2023 já seja um “ano bastante dinâmico e saudável” e “muito melhor que 2019”, até porque os recentes estudos da CLIA mostram que continua a existir predisposição para este tipo de viagem, já que 84% dos passageiros que já fizeram um cruzeiro querem voltar, enquanto 67% dos inquiridos que ainda não fizeram nenhum cruzeiro querem fazer, o que traduz aumentos face ao período pré-pandemia. “Estas são grandes notícias para o setor”, considera.

Quanto a desafios, para o responsável, a “economia mundial e a inflação continuam a ser dos aspetos mais difíceis de prever” e que podem afetar a dinâmica dos cruzeiros, ainda que acredite que vai ser possível “ultrapassar estes ventos menos favoráveis”, até porque, em maio, chega o MSC Euribia, o segundo navio a GNL da companhia.

Confiante está ainda a Melair, com Francisco Teixeira a revelar que “o objetivo para 2023 é voltar com as dinâmicas comerciais e marketing pré-pandemia, e conseguir elevar o volume de negócio face a 2019”, apesar de também a Melair estar preocupada com o impacto da guerra e do aumento das energias, entre outros desafios que podem “reduzir os fluxos da procura”.

Autocarros de turismo
Nos autocarros de turismo, o ano de 2022 começou com “um otimismo moderado”, diz Amaro Correia, diretor de Marketing e Comunicação da Iberobus, explicando que este sentimento levou a empresa a repensar a sua estratégia, ajustando o Plano de Marketing e de Negócios.

O responsável diz que a Iberobus apostou, em 2022, na formação interna e na oferta de experiências inesquecíveis nos seus autocarros, o que beneficiou a experiência do cliente.

O aumento exponencial dos combustíveis está a atingir o coração da empresa, Amaro Correia (Iberobus)

O ano ficou marcado pela certificação enquanto Biosphere Sustainable Life Style, que comprova que a empresa cumpre integralmente as práticas sustentáveis na indústria do turismo. “Foi uma aposta visionária e importante, até porque, cada vez é mais importante o turismo sustentável”, defende, considerando que 2022 foi ainda o ano da “reativação do mercado em força”, que existe “um forte potencial de crescimento para 2023” e para o “aumento do número de vendas efetivas”.

Como aspetos menos positivos, o responsável destaca os recursos humanos, que estão cada vez mais escassos, assim como a carga fiscal e o “aumento exponencial dos combustíveis”, que está a atingir o “coração da empresa”. Amaro Correia pede, por isso, que a tutela tome “soluções rápidas e sem dor”, sob pena de se alienarem, em pouco tempo, os ganhos de 2022.

Apesar de tudo, a Iberobus diz que as expectativas para 2023 são “positivas se a guerra acabar”, uma vez que, apesar da empresa já ter um aumento de 35% nas marcações prévias, em circuitos e viagens para 2023, as indefinições económicas ditadas pelo conflito armado são uma ameaça e trazem incerteza à gestão da empresa.

Para tomar o pulso ao mercado, a Iberobus vai participar na FITUR 2023, integrada no stand do Turismo do Porto e Norte de Portugal e, ao longo do ano, pretende apostar na inovação e tecnologia, assim como numa comunicação com “fluxos mais rápidos e simples” e num serviço “pós-venda útil e assertivo”, estratégias que visam “manter os clientes fidelizados”.

 

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Fly Angola muda horário dos voos para São Tomé

A Fly Angola é uma companhia aérea angolana privada, que foi constituída em 2018 e tem sede em Luanda, sendo representada em território nacional pela APG Portugal.

A Fly Angola alterou o horário dos voos entre Luanda, capital angolana, e São Tomé, que passa a ser realizado às quintas-feiras no período da manhã, informou a APG Portugal, que representa a companhia aérea angolana em Portugal.

“O voo da Fly Angola das quintas-feiras entre Luanda e São Tomé passou para o período da manhã”, lê-se na informação divulgada pela Fly Angola, que convida os passageiros a aproveitarem o novo horário para irem tomar o pequeno-almoço a São Tomé.

Segundo a APG Portugal, a Fly Angola é uma companhia aérea angolana privada, que foi constituída em 2018 e tem sede em Luanda, contando com uma frota de dois aviões, um Embraer 5421SW e um Dash 8-300.

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Ryanair transporta mais de 19 milhões de passageiros em setembro

Em setembro, o tráfego de passageiros da Ryanair cresceu 10% face ao mesmo mês do ano passado e, no acumulado de 2024, a companhia aérea soma já 193.6 milhões de passageiros, mais 8% que em período homólogo de 2023.

A Ryanair transportou, em setembro, 19,1 milhões de passageiros, número que traduz um aumento de 10% face aos 17,4 milhões de passageiros que a companhia aérea tinha transportado em igual mês do ano passado.

Numa nota informativa enviada à imprensa, a Ryanair revela que, em setembro, realizou mais de 106 mil voos, nos quais registou uma ocupação de 94%, valor que se manteve inalterado face a mês homólogo do ano passado.

No acumulado do ano, a Ryanair soma já 193.6 milhões de passageiros transportados, o que equivale a uma subida de 8% face ao mesmo período do ano passado, quando o total de passageiros estava nos 178,9 milhões de passageiros.

Já a taxa de ocupação dos voos da Ryanair até setembro manteve-se nos 94%, o mesmo valor que já tinha sido registado em igual período do ano anterior.

 

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Air France-KLM e TotalEnergies estabelecem “um dos maiores contratos de compra de SAF”

O novo acordo entre a Air France-KLM e a TotalEnergies prevê que as companhias aéreas do grupo recebam até 1,5 milhões de toneladas da SAF num período de 10 anos, naquele que é “um dos maiores contratos de compra de SAF assinados pela Air France-KLM até à data”. 

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A Air France-KLM e a TotalEnergies anunciaram um novo acordo para o fornecimento de SAF – Combustível Sustentável para a Aviação, que prevê que as companhias aéreas do grupo recebam até 1,5 milhões de toneladas da SAF num período de 10 anos, naquele que é “um dos maiores contratos de compra de SAF assinados pela Air France-KLM até à data”.

“Em 2022 e 2023, a Air France-KLM foi o principal utilizador mundial de combustível mais sustentável, respetivamente com 17 e 16% da produção global”, refere o grupo de aviação em comunicado, explicando que o novo contrato surge na sequência de um memorando de entendimento assinado em 2022 e que, na altura, dizia respeito ao fornecimento de 800 mil toneladas de SAF pela TotalEnergies.

Segundo a Air France-KLM, esse acordo foi agora revisto em alta, com o objetivo de “limitar o impacto climático do transporte aéreo o mais rapidamente possível, para reduzir as emissões de CO2”.

“O SAF fornecido à Air France-KLM será produzido a partir de resíduos e desperdícios da economia circular, tratados em biorrefinarias e por coprocessamento nas refinarias francesas e europeias da TotalEnergies. Este será utilizado para comportar os voos das companhias do Grupo Air France-KLM a partir de França, Países Baixos e outros países europeus. O desenvolvimento do SAF está no centro da estratégia de transição da TotalEnergies para satisfazer a procura do setor da aviação”, explica a Air France-KLM.

Recorde-se que o SAF permite uma redução de pelo menos 75% e de até 90% das emissões de CO₂ ao longo de todo o ciclo de vida do combustível, face ao seu equivalente fóssil, sendo, por isso, considerado o combustível mais sustentável que existe atualmente para a aviação.

“A garantia dos volumes de SAF necessários para a nossa descarbonização é um grande desafio. Este acordo com a TotalEnergies é mais um passo neste sentido, e uma demonstração do nosso apoio de longa data ao desenvolvimento de uma fileira de produção de SAF em França e na Europa. Dispor de uma fileira sólida, capaz de satisfazer as necessidades da indústria, é uma questão de soberania e independência energética de primeiro plano para a Europa”, afirma Benjamin Smith, CEO da Air France-KLM.

Na informação divulgada, a Air France-KLM lembra que a sua colaboração com a TotalEnergies no âmbito do SAF está em vigor há 10 anos e teve início em 2014 com a “Lab Line for the Future”, uma experiência de dois anos durante a qual 78 voos da Air France entre Paris-Orly e Toulouse, e entre Paris-Orly e Nice, foram equipados com 10% de SAF fornecido pela TotalEnergies.

Em janeiro de 2020, a TotalEnergies e a Air France, juntamente com a Safran e a Suez, participaram no Apelo à Manifestação de Interesse lançado pelo governo francês para o surgimento de um setor francês de produção de SAF e, desde 2022, a TotalEnergies fornece SAF às companhias do Grupo Air France-KLM em França, no âmbito do mandato de incorporação francesa.

A Air France-KLM lembra ainda que a TotalEnergies está “a investir massivamente e a multiplicar os projetos de produção de SAF em França e na Europa”, a exemplo de Grandpuits, que a TotalEnergies está a transformar numa plataforma de petróleo-zero com um investimento de 400 milhões de euros e que vai produzir 210 mil toneladas de SAF a partir de 2025 e mais 75 mil toneladas até 2027.

Na Normandia, a TotalEnergies iniciou também a produção de SAF na sua refinaria de Gonfreville, e planeia aumentar a produção em 2025 para atingir até 160.000 toneladas/ano, enquanto em La Mède foram investidos 340 milhões de euros para transformar a refinaria da TotalEnergies numa biorrefinaria. Nas suas outras refinarias europeias, a TotalEnergies está ainda a estudar a produção de SAF a partir de 2025.

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TAAG recebe primeiro avião A220-300

O novo aparelho da TAAG, que chega à companhia aérea no âmbito de um plano de renovação da frota, tem capacidade para transportar 137 passageiros, incluindo 12 em classe executiva e 125 em classe económica, e vai assegurar as ligações domésticas e conexões intra-África.

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A TAAG – Linhas Aéreas de Angola já recebeu, em Luanda, a primeira aeronave modelo A220-300, avião que foi recebido com uma cerimónia no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, na qual marcaram presença convidados institucionais, representações
diplomáticas, entidades do ecossistema da aviação civil, parceiros e clientes corporate.

“No âmbito do processo de renovação da frota, assente numa estratégia multimarca, esta é a primeira vez, ao longo dos seus 86 anos de história, que a Companhia introduz a Airbus, incorporando em regime de leasing (Air Lease Corporation) a aeronave A220-300, para assegurar as ligações domésticas e conexões intra-África”, explica a TAAG, num comunicado enviado à imprensa.

A TAAG diz que esta renovação visa dotar a companhia de uma “frota mais versátil e maior disponibilidade de aeronaves para atender a demanda crescente de passageiros e clientes”.

O novo aparelho da TAAG tem capacidade para transportar 137 passageiros, incluindo 12 em classe executiva e 125 em classe económica, sendo uma aeronave moderna que permite também uma poupança de combustível na ordem dos 25%, além de ter uma reduzida emissão de gases nocivos ao ambiente e provocar menor poluição sonora.

“A aeronave A220-300 tem igualmente a particularidade de ser a primeira a incorporar a nova identidade visual da TAAG, conservando na sua decoração toda a angolanidade, com o reforço da visibilidade da Palanca na cauda do avião e asas”, revela ainda a TAAG.

Com a incorporação do novo aparelho, a TAAG passa a contar com 22 aeronaves de passageiros, incluindo oito Boeing 777, sete Boeing 737-700, seis Dash-8 Q400, e agora um Airbus A220-300.

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Aviação

Bruxelas aconselha companhias aéreas a evitarem espaço aéreo do Líbano e Israel

A recomendação da Comissão Europeia e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA) está em vigor até 31 de outubro, mas pode ser revista, adaptada ou retirada consoante o evoluir da situação.

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A Comissão Europeia e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA) estão a aconselhar as companhias aéreas a evitar o espaço aéreo do Líbano e de Israel, devido à escala do conflito na região.

“A Comissão Europeia e a EASA decidiram emitir Boletins de Informação sobre Zonas de Conflito (CZIB), recomendando a não operação no espaço aéreo libanês e israelita a todos os níveis de voo”, afirmaram ambas as entidades, citadas pela Lusa.

A recomendação está em vigor até 31 de outubro e pode ser revista, adaptada ou retirada na sequência de uma “análise de avaliação revista”, segundo a agência espanhola Europa Press.

A AESA sublinhou que está a “acompanhar a situação” na região e as consequências para a aviação civil do confronto militar entre Israel e o Hezbollah, mas já assinalou que se está a verificar uma “intensificação dos ataques aéreos” e a “degradação da situação de segurança”.

A organização diz que “continuará a acompanhar de perto a situação para avaliar se é necessário aumentar ou diminuir o alerta de risco para os operadores da UE em consequência da evolução da ameaça”.

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Aviação

TAAG lança promoção e reduz preços até 50% para todos os destinos

A promoção da TAAG aplica-se a reservas realizadas entre 30 de setembro e 4 de outubro, em todas as rotas da companhia aérea, incluindo classe económica e executiva.

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A TAAG lançou uma nova promoção com uma redução de até 50% nos preços dos voos para todos os destinos da sua rede, redução que está em vigor para reservas entre 30 de setembro e 4 de outubro.

“Os bilhetes já estão à venda e agora cabe a si decidir para onde vai aproveitando preços fantásticos”, lê-se numa nota da TAAG, onde se explica que a oferta abrange bilhetes para classe económica e executiva.

Portugal, África do Sul, Brasil e Moçambique são alguns dos destinos incluídos nesta promoção, cujas reservas podem ser realizadas aqui, onde é também possível consultar todas as condições desta oferta.

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Qualidade do ar no Terminal de Cruzeiros do Porto de Lisboa recebe boa classificação

A APL – Administração do Porto de Lisboa revela que os valores de qualidade do ar na área do Terminal de Cruzeiros da capital portuguesa mantiveram-se dentro dos limites legais estabelecidos pela legislação nacional, entre setembro de 2022 e agosto de 2023.

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O presidente da APL, Carlos Correia, destacou a propósito que os resultados do Índice de Qualidade do Ar diário (IQAr) no Porto de Lisboa “apontam, para todos os pontos de medição, classificações maioritárias de “Muito Bom” e/ou “Bom”. Em alguns momentos, registaram-se classificações de “Médio” ou de “Fraco”, com os parâmetros dióxido de azoto (NO2) e de poluição por partículas finas (PM2,5) a serem os principais responsáveis por essas variações”.

Esta monitorização da qualidade do ar na área do Terminal de Cruzeiros realizou-se durante um ano, de forma contínua e em locais distintos, no âmbito dos resultados preliminares de um estudo técnico realizado por um laboratório acreditado para a monitorização da qualidade do ar.  O estudo integra o Plano de Monitorização da Qualidade do Ar na Atividade de Cruzeiros do Porto de Lisboa, segundo os critérios de avaliação da Agência Portuguesa do Ambiente e cuja versão final será apresentada em breve pela APL.

Como noticiado recentemente, a APL reforçou o seu compromisso com a transição marítima verde, investindo 31 milhões de euros na eletrificação do Terminal de Cruzeiros, com o projeto OPS – Onshore Power Supply, que estará operacional em 2026. Este investimento demonstra a aposta do Porto de Lisboa na promoção de práticas sustentáveis para reduzir o impacto ambiental da atividade portuária, permitindo que os navios de cruzeiro atracados se liguem à rede elétrica em terra, podendo desligar os motores enquanto permanecem no porto e reduzir dessa forma as emissões de CO2.

A tecnologia de ligação à eletricidade em terra, utilizada no setor há mais de 20 anos, já está disponível em 60% da frota de cruzeiros (em 146 navios), um aumento de quase 20% face a 2022. Em 2028, espera-se que um total de 239 navios já possuam esta capacidade.

De acordo com dados divulgados ao longo deste verão da CLIA – Associação Internacional de Cruzeiros, verificamos que a indústria e as companhias de cruzeiros estão a investir fortemente na descarbonização, desenvolvendo novos navios e tecnologias de motores para utilizar combustíveis de baixas ou nulas emissões de gases com efeito de estufa. Exemplo disso é a redução da utilização de fuelóleo pesado (HFO), de 74% em 2019 para 54% em 2023.

Na Europa, estas iniciativas já resultaram numa redução média de 16% nas emissões de CO2 por navio, demonstrando que o crescimento do setor pode ser dissociado do aumento das emissões, e espera-se que, até 2028, 72% da frota mundial esteja equipada para utilizar eletricidade em terra.

 

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Transportes

Greve no aeroporto de Bruxelas afeta 50.000 pessoas

As companhias aéreas cancelaram todos os voos previstos para o dia 1 de outubro, tendo em conta a elevada probabilidade de uma paralisação total no aeroporto da capital belga.

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No dia 1 de outubro, o aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, vai parar, deixando em terra as 50.000 pessoas que normalmente passam pela infraestrutura aeroportuária da capital belga num dia normal. É a primeira paragem que pretende estender-se a outros aeroportos europeus, porque os organizadores dizem que as suas queixas são partilhadas por toda a Europa.

Devido a esta realidade, as companhias aéreas cancelaram todos os voos em Bruxelas para esse dia, dada a elevada probabilidade de uma paralisação total.

Os sindicatos protestam porque afirmam que os aeroportos estão numa corrida para o fundo do poço e enumeram os problemas comuns ao setor: pressão elevada sobre o pessoal para que trabalhe mais; manutenção deficiente do equipamento aeroportuário, dificultando, em alguns casos, as condições de trabalho; falta de transportes públicos ou aumento do seu preço para chegar ao aeroporto e falta de estacionamento para os trabalhadores; falta de serviços para os empregados do aeroporto; e falta de negociações com a entidade patronal, apesar das queixas dos sindicatos.

Os sindicatos denunciam que, para além desta degradação das condições de trabalho, os lucros da Brussels Airport Company estão a aumentar, o que constitui uma outra queixa importante.

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Destinos

Madeira, Canárias, Cabo Verde e Açores criam associação para atrair cruzeiros para as ilhas da Macaronésia

A Associação Internacional dos Portos da Macaronésia foi criada a partir da marca Cruise Atlantic Islands (CAI) para promover o itinerário entre a Madeira, as Canárias, Cabo Verde e Açores, afirmando as ilhas da Macaronésia como um novo destino para cruzeiros.

Inês de Matos

Os arquipélagos da Madeira, Canárias, Cabo Verde e Açores formalizaram, a 6 de agosto, a constituição da Associação Internacional dos Portos da Macaronésia, com o objetivo de “criar um novo destino turístico em termos de cruzeiros, que é a Macaronésia”, explicou esta sexta-feira, 27 de setembro, Paula Cabaço, presidente da Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM).

Paula Cabaço explicou que esta associação nasceu da marca Cruise Atlantic Islands (CAI), que foi criada há mais de 30 anos e que pretendia “promover o itinerário entre a Madeira e as Canárias, ao qual mais tarde se juntou Cabo Verde e, muito recentemente, o arquipélago dos Açores”.

“Estes quatro arquipélagos têm noção do potencial do seu território, das suas características únicas, autênticas e, ao mesmo tempo, diversificadas entre si e querem afirmar-se e posicionar-se na indústria do turismo de cruzeiros e reforçar o seu posicionamento com este sonho de criar um novo destino turístico em termos de destino de cruzeiros, que é a Macaronésia”, explicou a responsável, na abertura da conferência que assinalou os 30 anos da criação da CAI e que decorreu no Funchal.

Paula Cabaço indicou que a constituição da Associação Internacional dos Portos da Macaronésia vem conferir personalidade jurídica à marca CAI, o que permite, por exemplo, candidaturas a fundos comunitários para a promoção do destino, ainda que o plano de atividade para 2025 esteja ainda para ser definido, o que deverá acontecer a 11 de novembro, data da primeira assembleia geral da nova associação.

“A primeira assembleia geral está marcada para o próximo dia 11 de novembro. Vamos juntar-nos todos para, no fundo, dar posse aos órgãos sociais e direção, assim como ao secretariado e para definir o plano de atividades para o próximo ano”, revelou a presidente da APRAM, que é também a primeira presidente da Associação Internacional dos Portos da Macaronésia.

Os mandatos da nova associação vão ter a duração de dois anos, sendo rotativos entre todos os membros que compõem a nova associação, concretamente os Portos da Madeira, Canárias, Cabo Verde e Açores.

A nova associação será também importante para falar com as companhias de cruzeiros a “uma só voz”, uma vez que, a partir de agora, as companhias sabem que “neste itinerário comum têm um único interlocutor, que é a Associação Internacional dos Portos das Ilhas da Macaronésia”.

Durante a abertura da conferência que assinalou os 30 anos da CAI, Paula Cabaço fez ainda um balanço positivo destas três décadas desde a criação da marca, revelando que, quando a CAI foi criada, “este itinerário movimentava perto de 280 mil passageiros, hoje, este itinerário é responsável por mais de 3,5 milhões de passageiros”.

“Temos motivos de celebração porque estes 30 anos foram um caminho de sucesso”, congratulou-se, defendendo que os números provam que esta foi uma ideia acertada e que estes quatro destinos são “muito mais fortes” se estiverem juntos.

Além de recordar a história e homenagear os fundadores, a conferência do 30.º aniversário da CAI debateu também o futuro deste novo destino turístico que, segundo Paula Cabaço, tem um “grande potencial”.

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Destinos

Funchal confirma taxa turística para cruzeiros a partir de 1 de janeiro de 2025

A taxa turística para passageiros de cruzeiro vai ter um valor de dois euros e foi decidida depois de um acordo com a CLIA – Cruise Lines International Association, que se mostra satisfeita com a transparência do processo.

Inês de Matos

A partir de 1 de janeiro de 2025, a Câmara Municipal do Funchal começa a cobrar uma taxa turística de dois euros por cada passageiro de cruzeiro que desembarque na capital madeirense, confirmou esta sexta-feira, 27 de setembro, Cristina Pedra, presidente da autarquia.

A autarca do Funchal adiantou que a taxa aplicada aos passageiros de cruzeiro vai ter o mesmo valor da que, partir de 1 de outubro deste ano, começa a ser também cobrada sobre as dormidas na hotelaria e estabelecimentos de alojamento local da cidade.

“Para já, aplicamos nos hotéis e alojamento local, a partir de 1 de outubro deste ano, dois euros por noite e por hóspede. E houve um compromisso com a CLIA, que honramos porque somos pessoas que honram os seus compromissos, de aplicar o mesmo valor de taxa turística, a partir de 1 de janeiro de 2025”, adiantou Cristina Pedra, durante a assinatura de um protocolo com a Cruise Lines International Association (CLIA), que prevê a plantação de plantas endémicas da Madeira no Parque Ecológico do Funchal.

A autarca do Funchal explicou que a adoção da taxa pretende fazer face “ao acréscimo de custos do próprio turismo e da pressão do turismo” na cidade, já que, apesar de ter apenas 115 mil habitantes, o Funchal recebe diariamente 100 mil turísticas, aos quais se juntam “mais de 50 mil pessoas que vivem entre a Ribeira Brava e Santa Cruz e que vêm para o Funchal trabalhar ou por razões de negócio”.

“Isto é uma pressão enorme sobre o Funchal”, lamentou a autarca, lembrando que o valor encontrado, de dois euros por noite ou por passageiro de cruzeiro, é “muito mais baixo do que em algumas zonas do país e, seguramente, na Europa”.

Já Nikos Mertzadinis, vice-presidente de portos e destinos da CLIA Europa, destacou a importância do acordo alcançado com a autarquia do Funchal neste tema, considerando que “os destinos devem estar em ótimas condições e os residentes locais devem estar satisfeitos para receber os cruzeiristas”.

Por isso, segundo o responsável, a CLIA está satisfeita quanto ao acordo alcançado relativamente à taxa turística a aplicar aos passageiros de cruzeiros, uma vez que “todos devem pagar a sua justa parte de taxas”.

“Foi isso que nos foi pedido pelo município e que foi feito com uma grande transparência. Os nossos passageiros sabem o que estão a pagar e, desta forma, temos tempo para adaptar o nosso modelo de negócio e para as companhias de cruzeiros se adaptarem às novas taxas turísticas. Isto foi alcançado de forma graciosa graças ao município do Funchal”, considerou o responsável da CLIA.

Nikos Mertzadinis disse ainda esperar que este acordo o “quanto as companhias de cruzeiros estão comprometidas com a Madeira e com os destinos”, de forma a garantir não só a sustentabilidade ambiental, como também social.

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