Sindicato dos Pilotos denuncia “milhões de erros” na TAP
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) diz que os erros na gestão da TAP “desperdiçam as receitas geradas este verão, fruto de uma elevada atividade operacional” e “comprometem a recuperação e o futuro da empresa”.
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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), que representa os pilotos da TAP, veio esta quarta-feira, 10 de agosto, chamar a atenção para os erros na gestão da companhia aérea de bandeira nacional que, segundo o sindicato, “desperdiçam as receitas geradas este verão, fruto de uma elevada atividade operacional” e “comprometem a recuperação e o futuro da empresa”.
De acordo com o SPAC, este ano, a TAP praticamente “triplicou a contratação externa com contratos de ACMI a várias companhias aéreas”, à semelhança do que já tinha acontecido em 2018, quando a TAP se deparava com o problema da falta de aviões.
“As contas deste ano vão refletir a profundidade desta ação com bastante mais que os 200 milhões de euros pagos em 2018”, denuncia o SPAC, que fala também num aumento do valor a pagar em indemnizações aos passageiros.
O sindicato lembra que, em 2018, “a TAP pagou cerca de 55 milhões de euros em indemnizações a passageiros” e alerta que, este ano, devido ao caos nos aeroportos nacionais, a TAP já cancelou quase 500 voos, pelo que “o valor de 55 milhões de 2018 irá seguramente ser superado em 2022”.
Além disso, acrescenta o SPAC, continuam parados os dois aviões A330 que tinham sido convertidos em ‘cargueiros’, o que, segundo o sindicato, só serve para “acumular prejuízo a um ritmo alucinante de um milhão de euros por mês”.
“Um prejuízo acumulado a ultrapassar os 21 milhões de euros. Assumido o falhanço da conversão, serão agora reconvertidos para aviões de passageiros, com o inerente custo adicional de material, mão de obra especializada e homologações, com custos que representam mais alguns milhões de euros perdidos, neste processo inútil de converte/desconverte”, explica o SPAC.
Aos custos já referidos, o sindicato junta ainda os “gastos com os trabalhos de Manutenção, pagos agora a empresas que contrataram os Técnicos despedidos pela TAP em 2020”, assim como “os gastos desnecessários com a mudança da sede da Empresa do Aeroporto de Lisboa para o Parque das Nações”.
“Tudo isto são valores que a gestão não divulga, a tutela não vigia e os contribuintes portugueses pagam. Valores que podem somar centenas de milhões de euros, apenas em 2022, enquanto a TAP afunda”, conclui o SPAC.