Fórum Vê Portugal coloca acento tónico na recuperação da atividade turística e no valor do turismo interno
A recuperação da atividade turística pós-pandemia esteve em destaque, esta terça-feira, no Fórum Vê Portugal, que decorre em Tomar, tanto nas intervenções na sessão solene de abertura, como nos diversos painéis que se seguiram. A importância e o valor do turismo interno também não foram esquecidos, principalmente em regiões como o Centro de Portugal, territórios do interior e de baixa densidade.
Carolina Morgado
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Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, entidade que promove esta iniciativa, que já vai na sua oitava edição, realçou na sua intervenção, na sessão de abertura, os objetivos deste encontro de Tomar, que passam por “restaurar a confiança e o crescimento, reforçar a coesão e criar felicidade”.
O dirigente regional lembrou que no Centro de Portugal, os dados mais recentes de procura turística, de abril, mostram que “estamos num processo de recuperação da confiança dos visitantes, em particular dos visitantes internos. Este dado faz-nos reforçar a importância do mercado interno ao longo de todo o ano, o que constitui uma oportunidade para os territórios de baixa densidade, de interior”.
Segundo Pedro Machado, “percebemos hoje que os portugueses encontraram nestes territórios novas experiências e novas motivações”, reforçando o papel do turismo na coesão territorial e no combate das assimetrias que ainda persistem. “O turismo é a atividade mais democrática de todas, uma vez que exportamos todas as parcelas do território. E é essencial que o turismo assegure que haja felicidade para as comunidades que recebem os turistas”.
O mercado nacional, conforme adiantou, representa praticamente 55% do mercado turístico do Centro de Portugal, números que têm vindo a traduzir-se “num aumento substantivo”. Assim, disse, em abril de 2022, face ao mesmo mês do 2019, “tivemos um aumento de 50 mil dormidas só do mercado nacional, e se não fosse ainda a recuperação mais ténue do mercado internacional, já estaríamos com valores muito acima de 2019”.
Afiançou que “há mais portugueses a consumirem Centro de Portugal em 2022 do que em 2019. Se há mais portugueses a consumirem o destino Centro de Portugal em fevereiro, março e abril de 2022, comparativamente aos dados de 2019, significa que há uma tendência crescente para fidelização do mercado nacional”, reforçou.
Por isso, “vamos continuar a fazer o que estamos a fazer hoje que é esta aposta no mercado interno e que está a dar os seus resultados e vamos continuar a apostar na promoção daqueles produtos turísticos que estão em linha com as tendências da procura: o Turismo Ativo, o Turismo de Natureza, Saúde e Bem-Estar, Turismo cultural, Ecoturismo, Enoturismo e Turismo Religioso”.
Num momento em que se fala na possível integração do turismo nas CCDR e na regionalização do país, o presidente do Turismo Centro de Portugal destacou o “trabalho notável” que as entidades regionais de turismo têm feito no crescimento da atividade turística, acrescentando que “o turismo é um dos setores mais bem regionalizados nas últimas décadas. Nos seus órgãos estão presentes os decisores locais, que são parte ativa dos programas. Os destinos regionais reforçam a marca Portugal”.
Depois da sessão de abertura seguiram-se painéis dedicados, nomeadamente, às novas tendências no comportamento do turista, ao capital humano nas organizações: impactos e mudanças, e sobre a Covid-19 e a emergência de novos produtos turísticos, assuntos que o Publituris publicará em destaque na sua próxima edição.