O que as companhias aéreas deviam ter aprendido com a pandemia em termos de contratação
Com o aumento do número de voos para este verão de 2022, foram muitas as companhias aéreas que não conseguiram acompanhar a procura com a contratação de pessoal.
Publituris
AHP debate restrições à circulação de autocarros no centro histórico do Porto com a Câmara Municipal
Nova Edição: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Edição Digital: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Madeira recebe 11.ª edição dos World Golf Awards
Alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganham medalhas internacionais
Universidade do Algarve recebe última sessão das conferências “Estratégia Turismo 2035 – Construir o Turismo do Futuro”
Turismo do Alentejo e Ribatejo aprova plano de atividade com acréscimo de 50%
Soltrópico anuncia novos charters para Enfidha no verão de 2025
Concorrência dá ‘luz verde’ à compra da Ritmos&Blues e Arena Atlântico pela Live Nation
Número de visitantes em Macau sobe 13,7% para mais de três milhões em outubro
Muitas companhias aéreas apostaram no regresso dos funcionários quando as viagens começaram a ser retomadas em 2022 e, como resultado, aumentaram rapidamente os horários de primavera/verão. No entanto, segundo revela a GlobalData, “as companhias aéreas deveriam ter aprendido com a pandemia que nada é certo no clima atual”.
Para Ralph Hollister, analista de viagens e turismo da GlobalData, “é compreensível a razão que levou as companhias aéreas a aumentar rapidamente os seus horários de primavera/verão para 2022, já que os programas de vacinação mostraram um forte progresso em muitos mercados-chave para o setor de viagens, resultando no aumento da confiança nas reservas em 2021”.
No entanto, o responsável da consultora, salienta que “muitas companhias aéreas têm encontrado dificuldades para contratar, avaliar e formar novos funcionários para atender à procura imprevista de voos internacionais e agora estão a ver-se obrigadas a cancelar centenas de voos”.
A consultora aponta exemplo como a Delta, Wizz Air, e easyJet que já estão ou preparam-se para reduzir os horários de primavera/verão devido à falta de pessoal. No caso da easyJet, a GlobalData refere que a empresa “anunciou em novembro de 2021 que iria adicionar milhares de lugares para voos com destino à Grécia para o verão de 2022. Contudo, olhando para as tendências de contratação da companhia [através do GlobalData Job Analytics Database], verifica-se que não está a aumentar o número de vagas [empregos ativos] no site tanto durante o mês de novembro de 2021, como nos meses a seguir ao anúncio”, diz a consultora.
Mas Hollister destaca que “a falta de contratação no final de 2021, seguida de um aumento repentino nos meses que antecederam o verão de 2022, sugere que companhias aéreas podem estar a sofrer com problemas de escala, o que levou ao excesso de vendas. Essas companhias aéreas poderiam ter escalado as suas operações de forma mais provisória para evitar ter que cancelar voos adicionais em grande número devido a pressões sobre a contratação”.
Com muitos viajantes a perguntarem qual a razão dessas companhias terem aumentado o número de voos sem terem capacidade para realizar os voos adicionais, “é necessário garantir reembolsos oportunos para limitar os danos à reputação”, frisa o responsável da GlobalData.
Hollister diz ainda que são “muitos os viajantes ainda desagradados por causados obstáculos que tiveram que enfrentar para receber reembolsos durante o primeiro período de cancelamentos causados pela pandemia. Se as companhias aéreas demorarem a processar os reembolsos após cancelamentos repentinos neste verão, os clientes podem nunca mais voltar a usar os seus serviços”.
E conclui: “Os viajantes podem ter dado às companhias aéreas o benefício da dúvida durante o pico da pandemia, mas é improvável que sejam tão indulgentes se problemas semelhantes ocorrerem a partir de agora”.