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“Portugal está na moda, mas o estar na moda dá muito trabalho”

Banco oficial da BTL desde 2016, o BPI volta a marcar presença no maior evento do turismo em Portugal. Para Pedro Barreto, administrador do banco, é “verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo”, frisando que “é fundamental continuarmos a melhorar a qualidade, porque temos um potencial enorme”.

Victor Jorge
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“Portugal está na moda, mas o estar na moda dá muito trabalho”

Banco oficial da BTL desde 2016, o BPI volta a marcar presença no maior evento do turismo em Portugal. Para Pedro Barreto, administrador do banco, é “verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo”, frisando que “é fundamental continuarmos a melhorar a qualidade, porque temos um potencial enorme”.

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Otimista quanto ao futuro do setor do turismo em Portugal, o administrador do BPI com o pelouro do turismo, Pedro Barreto, salienta que não se pode olhar para a retoma como uma “corrida de 100 metros”. Além do tempo que é preciso dar, o executivo do BPI destaca os desafios que o setor do turismo ainda terá de enfrentar, com os recursos humanos, desburocratização, formação e requalificação à cabeça.

De que forma é que um banco como o BPI olha para o setor do turismo e para as dificuldades e desafios que o setor enfrentou nestes dois anos? É inegável que temos um setor do turismo até março de 2020 e um setor do turismo pós março de 2020.
O setor do turismo é, a par da agricultura, um dos dois setores estratégicos para o BPI. Temos equipas dedicadas a este setor, temos uma oferta dedicada e uma série de eventos importantes. Portanto, é, claramente, um setor em que o banco quer estar, quer apoiar, e quer apoiar de forma crescente.

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Como todos sabemos, foi o setor mais impactado pela pandemia e isso levou a quebras brutais quer do número de hóspedes, quer de receitas. É verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo.

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Confesso que, se me dissessem que o número de visitantes cairia 50% e que as receitas cairiam para menos de metade, iríamos ter uma série de problemas muito sérios.

Na minha opinião, é evidente que houve casos extramente difíceis e graves, mas a situação geral do setor ficou muito acima das minhas expectativas, pela positiva. O trabalho feito foi espetacular, de ajustamento, de melhoria da qualidade, de inovação e até de mudança de atitude acima de tudo.

Lembro-me de uma reunião que tivemos em que participou o Ferran Adrià [conhecido chef catalão, considerado um dos melhores e mais inovadores do mundo, ex-proprietário do restaurante El Bulli agora à frente do Bulli Lab] com uma série de clientes. Na altura, alguém perguntou, relativamente ao setor da restauração, o que é que pensava que, perante esta pandemia, deveríamos, em Portugal, mudar em termos de inovação. E a resposta dele foi muito interessante, salientando que somos muito bons a cozinhar. A questão, segundo Adriá, é de atitude. Dizia ele que, se em Portugal estavam habituados a fechar ao domingo, mas se têm clientes, têm de abrir ao domingo. Se não faziam take away, pois bem, têm de fazer take away. Foi esta adaptação, esta atitude de enfrentar os problemas que mais distinguiu o setor do turismo nestes últimos dois anos.

Foi, então, preciso uma pandemia para o setor, e não diria só do turismo, englobando a restauração, hotelaria, agências e operadores, acordar?
As crises fazem despertar essas mudanças, às vezes estruturais, e penso que o turismo fez isso muito bem.

Felizmente visito muitos clientes e tenho verificado que o aumento da qualidade da nossa oferta, nos últimos dois anos, é absolutamente notável. A melhoria dos procedimentos e dos processos. É fantástico.

Temos um grande desafio que são os recursos humanos. Mas eu acho que o balanço é francamente positivo e muito melhor do que as expectativas iniciais.

Um dos aspetos que mais se fala é, de facto, tentar perceber quando é que este setor volta ao que era, nomeadamente, ao ano de 2019, ano histórico no turismo em Portugal. Eu não vou perguntar quando é que essa retoma se vai dar, mas a minha pergunta é, teme que se possa perder alguma coisa do que se ganhou em termos desses processos, da qualidade, da inovação, ganhos com a pandemia.
Não. Estou muito otimista e tenho falado com vários hoteleiros e há expectativas quanto ao aumento das reservas já a partir de abril.

Acho que vai ser um ano, mesmo tendo um trimestre muito difícil, absolutamente fantástico. A própria Organização Mundial do Turismo (OMT) admite que se possa atingir, já em 2023, os números de 2019, quando anteriormente se apontava somente para 2024.

Sinceramente, acredito que vai ser mais rápido e que conseguimos uma coisa que é muito difícil de conseguir: aumentar a qualidade e termos mais turistas que estão mais tempo em Portugal. Isso é muito importante para captar quem tem capacidade para investir mais em Portugal.

 

É verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo

 

Mas acredita que possamos atingir a tão falada meta do Plano “Reativar o Turismo | Construir o Futuro” de, em 2027, ultrapassar os 27 mil milhões de euros de receitas turísticas e 80 milhões de dormidas?
Estou e sou otimista. Nós portugueses temos qualidades fantásticas como a capacidade de falar línguas, a capacidade de sermos simpáticos, de receber bem, temos um clima absolutamente fantástico – neste momento até bom demais porque não chove e isto pode vir a ser um problema para a agricultura, mas para o turismo é muito bom.

Vamos ter investimentos também na oferta para a terceira idade e vamos, claramente, ser um destino que vai ganhar muitos visitantes por essa via.

Responder às necessidades com tempo
Mas voltando atrás e a um tempo não tão positivo e otimista, quais foram, de facto, as maiores necessidades que uma entidade bancária como o BPI sentiu por parte dos seus clientes?
Acima de tudo, e não se aplica só ao turismo, é preciso dar tempo. Mais do que dar dinheiro, é preciso dar tempo.

Naturalmente, houve uma questão muito importante para resolver e que se prendeu com a questão laboral. Foi muito importante. Agora, o trabalho a fazer está na parte fiscal. Mas lá está, temos de dar tempo. Os projetos que avançaram mesmo antes da pandemia, o que eles precisam é de tempo, porque o potencial está lá, a qualidade está lá, e, muitas vezes, o que não está lá ou não se dá é tempo.

Há que olhar para esta situação não como uma corrida de 100 metros, mas como uma maratona?
Claro. Não pode ser vista como uma corrida de 100 metros, senão muitos ficarão pelo caminho.

E além do fator tempo, é fundamental o fator da comunicação e aqui o trabalho do Turismo de Portugal melhorou imenso e tem feito um excelente trabalho nessa matéria. Portugal está na moda, mas o estar na moda dá muito trabalho. E não é uma coisa que aparece de um dia para o outro, não é uma questão de sorte. Resulta de muito trabalho e os vários stakeholders do setor do turismo têm feito um trabalho fantástico. E é isso que temos de continuar a fazer.

Mas o importante não é só estar na moda, é conseguir manter-se na moda.
Temos de continuar a fazer o que temos feito e melhorar permanente a qualidade.

É impressionante vermos o nível da oferta que temos hoje de restaurantes e de hotéis. E não falo de tudo o que apareceu de novo. É o que já cá estava. Tenho amigos estrangeiros que vêm cá e ficam boquiabertos, porque achavam que iam encontrar um país muito menos desenvolvido, com uma oferta muito menos rica e ficam verdadeiramente encantados.

Exposição excessiva ao turismo?
Relativamente ao banco, o BPI aumentou a exposição às empresas de alojamento e restauração para o nível mais alto. Esta realidade vivida em 2020 e 2021 foi muito diferente em relação ao ano de 2020?
O que fizemos foi manter essa lógica de apoio ao setor, não só pelo lado da oferta, mas muito pelo lado da procura.

Houve vários empresários que estavam a pensar avançar com novos hotéis e que pararam. Pararam para pensar de forma prudente. Agora voltamos a verificar que esses projetos estão novamente a avançar e o banco está totalmente disponível para voltar a apoiá-los como já fazia anteriormente.

Mas o Banco de Portugal colocou a banca como um dos setores com maior probabilidade de incumprimento do crédito. Essa análise, na sua ótica, mantém-se ou é algo que não deve ser visto por esse prisma?
Não. Há um fator que influenciou o Banco de Portugal que foi o tema das moratórias, pois os bancos tiveram um volume muito elevado de moratórias. A verdade é que, por grande mérito das empresas, as moratórias acabaram e não se sente o problema.

Por isso, como em todas as crises, quando temos uma percentagem muito elevada de clientes que pedem moratória, vemos que essas pessoas vão voltar a pagar. Mais uma vez, reforço, precisamos, ou melhor, precisam de tempo e no caso do setor do turismo isso é claro.

Como disse, estou muito otimista já em relação a 2022 e, concluindo, penso que se trata de um setor onde não vamos ter muitos problemas.

Portanto, não teme o desaparecimento de muitos players do setor do turismo?
Sinceramente, acho que isso não vai acontecer. Os problemas que existem, já existiam antes da pandemia. Não são ou foram provocados pela pandemia.

Dou-lhe o exemplo da restauração onde, mal a crise apareceu, houve logo uma série de restaurantes que fecharam, mas outros, empresas familiares, que demonstraram uma grande flexibilidade. Houve logo esse ajustamento da oferta.

 

Acima de tudo, e não se aplica só ao turismo, é preciso dar tempo. Mais do que dar dinheiro, é preciso dar tempo

 

Esse ajustamento era necessário?
Sim, esse ajustamento era necessário, mas não tenho dúvidas que, o que sai desse ajustamento, são empresas mais fortes, de maior qualidade e mais focadas. É fundamental continuarmos a melhorar a qualidade, porque temos um potencial enorme.

Temos um potencial enorme de captar o segmento mais alto do turismo e acho que o estamos a fazer e bem.

O desafio da qualidade
É aí que Portugal deve apostar as “fichas”, nesse segmento mais alto, de qualidade?
Não deve, tem de apostar. E tem de fazê-lo não só externamente como internamente.

Até porque há muitos portugueses que desconhecem ou desconheciam o seu próprio país.
Nas minhas funções, estive durante sete anos à frente da rede balcões, tenho há quatro a banca de empresas, e andava sempre a viajar e garanto-lhe que temos um país fantástico.

Claro que esses destinos têm ainda um longo caminho a percorrer e estão a fazê-lo muito bem. Mas reconheço que ainda estamos no início.

No final do ano passado a diretora da Organização Mundial do Turismo (OMT) para a Europa, Alessandra Priante, dizia que a vantagem de Portugal, neste momento, era ser ainda um destino desconhecido e, por isso, a procura pelo país Portugal, pelo destino Portugal, só tenha um caminho: crescer.
Não tenho dúvidas nenhumas. E isso vai continuar a acontecer. Diria que temos um desafio no número de visitantes, mas temos um desafio e um potencial ainda maior na receita.

O que poderá acontecer é que para o português, Portugal está a ficar mais caro, mas para os turistas estrangeiros, para a qualidade que oferecemos, a relação preço/qualidade é ímpar.

Acredita que isso fará com que o setor do turismo volte a esquecer um bocadinho o turismo interno?
Não, porque há muitos portugueses que não conheciam bem o seu país e a pandemia permitiu conhecerem coisas fantásticas que existem em Portugal.

Mas temos o problema do arranque das viagens de longo curso e das viagens de negócios?
As viagens de um dia para fazer negócios poderão sofrer um pouco, sem dúvida. Mas recordo aquando do ataque às Torres Gémeas que se dizia que as pessoas não iriam viajar mais de avião.

Claro que as empresas não vão deixar os custos voltar ao que eram, já que apareceram alternativas que funcionam. O digital trouxe um ajustamento na forma de olhar para essas viagens de negócios. Lá está novamente o ajustamento.

Posicionamento pró-ativo
Regressando ao BPI, qual foi a solução ou produto mais procurado pelo setor do turismo durante este período de pandemia?
De facto, houve uma inflexão. Houve uma maior procura, e não só pelo setor do turismo, pelas linhas de apoio à economia e que permitiram a clientes e empresas ter créditos mais longos (mais uma vez, o tema de dar tempo) a taxas mais baratas e com um período importante de carência.

Os bancos têm um grande desafio de serem relevantes para os clientes, têm de trazer valor acrescentado. Passou a existir uma especialização e uma segmentação clara da oferta que não havia, de forma tão acentuada, há uns anos. Por isso, lançámos uma equipa dedicada só aos setores da agricultura e turismo e também para a parte do imobiliário.

Os clientes têm o seu dia-a-dia que não permite conhecer todas as linhas de apoio e todos os serviços. Daí termos essas equipas dedicadas para ajudá-los a organizar melhor os seus investimentos.

Dou-lhe o exemplo da agricultura onde o banco apostou a sério há mais de 10 anos. Não era um setor evidente. Agora toda a gente diz que é evidente.

Decidimos investir no turismo ainda antes da pandemia. Com base naquilo que vejo hoje, acho que foram duas decisões absolutamente acertadas.

Atualmente, temos quotas de 20% no setor da agricultura e queremos isso para o turismo.

Isso faz-se com mais produtos, mais soluções, mais serviço, mas também com uma simplificação de oferta. Não é por termos mais produtos, mais serviços que somos relevantes. É por termos uma oferta ajustada ao que o setor precisa e apresentá-la de forma simples.

 

Não é por termos mais produtos, mais serviços que somos relevantes. É por termos uma oferta ajustada ao que o setor precisa e apresentá-la de forma simples

 

E, de certa forma, desburocratizar os processos?
Sem dúvida. Explicar porque é que, quando o Governo lançou as linhas de apoio à economia, o dinheiro não chegava à economia. Não chegava precisamente, porque o processo era muito complexo.

Foram tomadas decisões importantes pelo Governo para simplificar os processos, mas ainda assim, em Portugal exige-se papéis a mais. No caso das linhas para a economia era preciso entregar 17 documentos para uma empresa candidatar-se a uma linha de emergência.

Que, como o nome indica, é de emergência?
Exato. Mantivemos contactos com as autoridades para agilizar processos e mesmo internamente o BP foi proativo e não ficou à espera.

Falou no Governo, Governo esse que toma posse no próximo dia 23 de fevereiro. Se tivesse que indicar algumas medidas a tomar rapidamente para ajudar o setor do turismo, quais seriam?
Desburocratização é absolutamente fundamental. Além disso, formação e requalificação. Também aqui, os cursos existentes são excessivamente longos.

Uma pessoa que queira mudar de vida e queira aprender a trabalhar na área do turismo, demora muito tempo a conseguir essa requalificação.

Essa questão dos recursos humanos é um dos problemas colocados pela pandemia. Como é que olha para essa renovação e/ou requalificação dos quadros?
Vejo-o como um grande desafio. Não existem cursos pensados para o curto prazo.

Temos pessoas muito bem formadas, mas depois a oferta continua a ter salários muito baixos e rapidamente se começa a pensar em ir lá para fora. Há que pensar na questão fiscal.

Viagens sustentáveis
Inovação e sustentabilidade são outros dos temas.
Sim, mas na questão da sustentabilidade até estamos bem. As pessoas, cada vez mais, procuram experiências, turismo inovador e autêntico. No BPI tenho, também, a responsabilidade da sustentabilidade. Acabámos de concluir o nosso Plano Diretor de Sustentabilidade, feito em cooperação, obviamente, com o CaixaBank, e que inclui já uma série de ideias de ajustamentos dos nossos serviços e da nossa oferta. Na nossa comunicação temos perto 120 ideias nesse sentido e, a questão da sustentabilidade vai transformar o mundo.

É uma pena que a Europa esteja sozinha na vanguarda deste tema. Estamos mais avançados que os EUA, por exemplo, e é muito importante que outros países e continentes invistam nesta questão que é um movimento incontornável e imparável.

Há, por exemplo, objetivos muito claros que estão definidos, quais são as metas a atingir pelos bancos.

 

Desburocratização é absolutamente fundamental

 

No BPI analisa-se os projetos também por esse prisma da sustentabilidade?
Claramente. Também aqui vamos ser pró-ativos e, mais uma vez, iremos falar com os nossos clientes no setor do turismo para fazer investimentos no sentido da sustentabilidade quer seja no aproveitamento das águas, na parte energética, minimizar o desperdício.

Diria que é um grande desafio, mas uma grande oportunidade e o banco que está, precisamente, a estruturar muito bem a informação e a preparar-nos para cada um dos principais setores.

As pessoas irão viajar em função da sustentabilidade do destino?
Sem dúvida, principalmente nas camadas mais jovens. Nós temos condições absolutamente excecionais para sermos um dos países que mais vai beneficiar com esta alteração de mentalidade.

O patrocínio do BPI à BTL não é de hoje, vem de 2016. Que tipo de patrocínio é esse e que benefício é que o BPI, de facto, retira do patrocínio à BTL. Como é que o BPI de facto se posiciona naquela que é a maior evento do setor do turismo em Portugal?
Tal como referi, há anos que decidimos apostar em dois setores estratégicos: agricultura e turismo. Na agricultura, estamos na Feira Nacional da Agricultura e na Ovibeja. No turismo, estamos na BTL e é um apoio para manter.

É um local que nos permite estar com os clientes do banco, falar com eles. Não é só ouvir, mas é também aconselhar. Lá está a proatividade. Os bancos têm que ser proativos e as equipas comerciais não podem estar à espera que os clientes entrem pela porta do banco.

Para o BPI o que seria uma BTL de sucesso?
Seria uma BTL com o número de participantes, pelo menos igual, a 2019, com a qualidade que eu tenho visto, com uma oferta muito bem organizada e com os expositores de elevada qualidade. Essa imagem de qualidade é fundamental, do país, dos destinos, das pessoas.

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Descobrir o Algarve através de 18 experiências de Turismo Industrial

Associando-se à agenda nacional “À Descoberta do Turismo Industrial”, o Turismo do Algarve oferece 18 atividades inseridas neste programa.

O Turismo do Algarve, enquanto membro do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial desde 2020, associa-se à 4.ª edição da agenda nacional “À Descoberta do Turismo Industrial”, que de 5 a 19 de abril de 2025 oferece 150 experiências de norte a sul do país e nos Açores.

Na região do Algarve estão programadas 18 atividades com a colaboração de 13 parceiros regionais, com atividades exclusivas em locais de indústria viva e património industrial.

Entre as experiências disponíveis no Algarve destacam-se visitas guiadas a fábricas de cortiça e de transformação de azeitonas, a espaços museológicos que contam e interpretam a história da indústria conserveira na região, tours por adegas e lagares com provas de vinhos e azeites premiados, percursos em salinas tradicionais com observação da biodiversidade local e aventuras subterrâneas na mina de sal-gema de Loulé. Incluem-se ainda workshops criativos, desafios fotográficos e momentos gastronómicos únicos que reforçam a autenticidade e diversidade do património económico e cultural algarvio.

Esta iniciativa visa reforçar a coesão territorial, promover a diversificação da oferta turística ao longo de todo o ano e destacar o Algarve como um destino que valoriza as suas tradições produtivas e industriais, contribuindo também para a sustentabilidade económica local.

“O Algarve possui uma riqueza extraordinária no seu património industrial, com forte potencial para se afirmar através de experiências turísticas diferenciadoras. Estamos empenhados em continuar a capacitar e promover os nossos parceiros, consolidando uma oferta turística diversificada e sustentável”, refere André Gomes, presidente do Turismo do Algarve.

Com um total de 230 recursos a nível nacional na Rede Portuguesa do Turismo Industrial, distribuídos por áreas como agroalimentar, cortiça, vinho, cerâmica, entre outras, o Algarve destaca-se pela qualidade e singularidade das suas propostas.

A agenda completa está disponível em português, inglês e espanhol, constituindo um convite aberto à descoberta e valorização das tradições e inovação tecnológica da região.

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ISCE reúne 34 parceiros na “Global Tourism TechEDU Conference 2025”

O Departamento de Turismo do ISCE – Instituto Superior de Lisboa e Vale do Tejo reúne 34 parceiros internacionais de 18 países de 5 continentes para a organização conjunta da 1.ª edição da Global Tourism TechEDU Conference 2025.

O Departamento de Turismo do ISCE – Instituto Superior de Lisboa e Vale do Tejo reuniu 34 instituições de ensino superior e centros de investigação internacionais, de 18 países distribuídos pelos cinco continentes, que lecionam e investigam a grande área do turismo, para a organização conjunta da conferência internacional Global Tourism TechEDU Conference 2025, sob o mote “Advanced Technologies in Tourism Education”. Esta conferência internacional visa apresentar e discutir as melhores práticas de ensino do turismo com o uso das tecnologias mais avançadas e aplicadas em todo o mundo, em que cada um dos parceiros apresentará os seus exemplos reais da aplicação de tecnologias avançadas no ensino do turismo.

Este evento global, coorganizado em parceria por um dos maiores consórcios mundiais de Turismo, coordenado pelo Departamento de Turismo do ISCE, terá lugar a 8 e 9 de abril de 2025, transmitido integralmente online e com acesso totalmente gratuito

Presentes estarão as seguintes instituições:

Conheça aqui as instituições parceiras: Escola de Hotelaria e Turismo da Universidade Agostinho Neto (Angola); The University of Newcastle (Austrália); Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Parnaiba Delta Federal University – UFDPar, Federal University of Pernambuco (Universidade Federal de Pernambuco – UFPE), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (Brasil); Universidade do Mindelo (Cabo Verde); Panevropská univerzita, Fakulta Vysoká škola obchodní (Pan-European Univerzity, Faculty of Business) 8Chéquia); Universidad Pedagógica Nacional de Colombia (Colômbia); Universidad de Guayaquil, Facultad de Administración, Carrera de Licenciatura en Turismo (Equador);Universidade de Santiago de Compostela, Facultad de Ciencias Empresariales y Turismo, Universidad de Vigo (Espanha); Department of Hospitality, Hotel Management, & Tourism at Texas A&M University, USA (EUA); Dr Babasaheb Ambedkar Marathwada University (Índia); University of Northampton (Reino Unido); Ritsumeikan Asia Pacific University (Japão); Vytautas Magnus University (Lituânia); Universidad Santander (México); UnISCED (Moçambique); Jagiellonian University, Institute of Entrepreneurship, Faculty of Management and Social Communication, Institute of Spatial Management and Socio-Economic Geography, University of Szczecin (Polónia); CIDEHUS, Universidade de Évora, CiTUR – Centre for Tourism Research, Development and Innovation, Estoril Higher Institute for Tourism and Hotel Studies, ISCE Douro – Instituto Superior de Ciências Educativas do Douro, ISCE – Instituto Superior de Lisboa e Vale do Tejo, ISEC Lisboa – Instituto Superior de Educação e Ciências, ISLA – Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia /ISLA – Polytechnic Institute of Management and Technology, Instituto Politécnico de Beja, Instituto Politécnico da Guarda, Instituto Politécnico de Tomar, Portucalense University, Universidade Católica Portuguesa, Centro Regional da Braga. Faculdade da Filosofia e Ciências Sociais (FFCH) (Portugal); Department of Geography, Tourism (Sérvia).

Mais informações em https://tourismconf.com

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AVK adquire Pixel Light e consolida liderança no setor audiovisual

Numa operação estratégica que marca um passo decisivo na consolidação da sua liderança no setor audiovisual em Portugal, a AVK adquiriu a Pixel Light.

A AVK comprou a Pixel Light numa operação estratégica que vai marcar o futuro dos audiovisuais, integrando-se na estratégia de crescimento sustentado da AVK, alargando a sua presença nos principais segmentos de mercado e reforçando a sua capacidade de resposta a todas as necessidades técnicas do setor.

A operação insere-se numa lógica de complementaridade e sinergia entre duas empresas de referência, permitindo à AVK diversificar a sua atividade em segmentos nos quais até agora tinha uma presença menos expressiva como, por exemplo nos espetáculos musicais, no entretenimento e na televisão.

Com esta integração, o grupo AVK-ONE, que integra também a Euroservice, a Global Setup e a AVK, passa a reunir mais de 300 profissionais altamente qualificados, alguns deles com mais de 35 anos de experiência no mercado, e dispõe de equipamentos distribuídos por mais de 60.000 m² de instalações em Lisboa, Porto, Algarve e Galiza.

“A aquisição da Pixel Light representa não apenas o reforço da nossa capacidade operacional, mas também um passo estratégico no sentido de garantir uma oferta mais abrangente, mais inovadora e de maior qualidade aos nossos clientes”, afirma Inês Aguiar, administradora da AVK. “Estamos agora ainda melhor posicionados para responder aos desafios do mercado, com soluções técnicas adaptadas a cada evento, independentemente da sua dimensão ou complexidade.”

A integração da Pixel Light trará ganhos significativos em eficiência, através da partilha de recursos técnicos e humanos, e permitirá mitigar os efeitos da sazonalidade, dada a complementaridade das dinâmicas de negócio das duas empresas. As sinergias que vão ser geradas possibilitarão ainda ganhos operacionais que se traduzirão numa melhoria direta na qualidade e competitividade dos serviços.

Do lado da Pixel Light, o administrador da empresa, Tiago Correia, refere que “a entrada no grupo AVK representa uma oportunidade única para expandirmos a nossa visão criativa com uma base tecnológica ainda mais robusta. Partilhamos valores como a inovação, a excelência e o foco no cliente, e estamos entusiasmados por contribuir para uma oferta integrada, mais forte e mais completa no panorama audiovisual”.

As duas empresas, em 2024, tiveram um volume de faturação superior a 30 milhões de euros e realizaram mais de 5.000 eventos. A ampliação da oferta técnica e o reforço do investimento – que deverá duplicar face a 2024 – irão traduzir-se em soluções mais completas, inovadoras e adaptadas às exigências de um setor em constante evolução.

As operações das empresas manter-se-ão autónomas num primeiro momento, salientando Inês Aguiar que “a criação de um grupo com esta dimensão e capacidade terá, inevitavelmente, um impacto positivo no setor audiovisual em Portugal”, concluindo que acrescenta esta movimentação de mercado “criará um ambiente de maior exigência e competitividade, o que, em última análise, beneficiará toda a indústria e os nossos clientes.”

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ARPTA com nova liderança

José Manuel Santos lidera nova direção da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo. Tomada de posse decorre a 7 de abril.

A Assembleia Geral Eleitoral da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA) culminou com a eleição dos novos órgãos sociais para o triénio 2025-2028. A sufrágio apresentou-se uma lista única, encabeçada por José Manuel Santos, atual presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, que assume agora também a liderança da ARPTA.

A nova direção reflete uma ampla representatividade do tecido turístico regional, reunindo associações setoriais, grupos hoteleiros, operadores turísticos e projetos de enoturismo e sustentabilidade, num esforço conjunto para reforçar a coesão e a competitividade do destino Alentejo.

A cerimónia de tomada de posse está marcada para o próximo 7 de abril, pelas 15h00, na Herdade da Malhadinha Nova, em Albernoa, Beja.

“A promoção turística do Alentejo precisa de uma resposta mais ambiciosa e agregadora, à altura dos desafios e oportunidades que temos pela frente. Queremos liderar o futuro com uma estratégia mais integrada, mais internacional e com forte ligação ao território e às empresas que o constroem diariamente”, refere José Manuel Santos, presidente eleito da Direção da ARPTA

O novo ciclo de governação da ARPTA parte de uma visão clara: reforçar a promoção externa do Alentejo, aumentar o peso do turismo internacional, garantir maior eficácia na gestão dos recursos e alinhar-se com uma estratégia de desenvolvimento sustentável para toda a região, incluindo o Ribatejo. A convergência operacional entre a Entidade Regional de Turismo e a ARPTA será um dos pilares para garantir maior coesão, inovação e capacidade de resposta.

O manifesto apresentado propõe uma Agência mais autónoma financeiramente, mais próxima dos associados, mais funcional na promoção externa e mais digital e inovadora. Estão também previstas ações concretas como a criação de clubes de produto, reforço da equipa técnica, novos instrumentos de marketing digital e campanhas de promoção em mercados estratégicos, como o Brasil, EUA e Espanha, bem como a aposta na captação de eventos internacionais e produções audiovisuais.

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Iberia reforça ligações a Roma, Paris e Viena

Os três destinos terão os maiores aumentos em toda a rede de curta e média distância da Iberia.

A Iberia revelou o seu horário de voos para a próxima temporada de inverno, incluindo as rotas de curta e média distância.

Para tália, onde a Iberia oferece voos diretos para dez destinos (Roma, Milão, Veneza, Florença, Bolonha, Nápoles, Turim, Catânia, Olbia e Palermo), sendo sete deles durante todo o ano, por ocasião do Jubileu em Roma em 2025, a Iberia aumentará as suas frequências no inverno para 44 semanais, adicionando duas a mais em relação à oferta do ano passado. Isto representa um total de 380.000 lugares durante a temporada de inverno.

França continua a ser, mais um ano, o mercado para o qual a Iberia oferece o maior número de voos na sua rede. No total, são mais de 180 voos semanais entre Espanha e França. A Iberia disponibiliza voos diretos para Paris, Bordéus, Estrasburgo, Lyon, Marselha, Nantes, Nice e Toulouse.

Paris terá até 11 voos diários neste inverno, com a Iberia a oferecer até 52 frequências semanais para o Aeroporto de Orly, duas a mais do que no ano passado, e até 21 frequências semanais para o Aeroporto Charles de Gaulle.

Este inverno, a Áustria será o terceiro mercado europeu com maior crescimento, com voos para Viena e Innsbruck. A rota entre Madrid e Viena atingirá 23 frequências semanais, duas a mais do que em 2024, com 180.000 lugares disponíveis durante a temporada. Além disso, pelo segundo ano consecutivo, a companhia oferecerá voos diretos para Innsbruck, começando a 21 de dezembro de 2025 e prolongando-se até 5 de abril de 2026, com duas frequências semanais operadas por aviões A320neo, com capacidade para 186 passageiros.

Além disso, a neve e as Auroras Boreais continuarão a ser um dos principais atrativos da temporada de inverno. A Iberia voará diretamente e sem escalas pelo terceiro ano consecutivo para Rovaniemi, a capital da Lapónia. Os voos começarão a 3 de dezembro de 2025 e durarão até 28 de fevereiro de 2026, sendo operados por aeronaves A320neo.

Já os voos para Tromsø, cidade escandinava onde é possível admirar as Auroras Boreais, explorar os fiordes noruegueses ou andar de trenó, entre outras atividades, também regressam neste inverno. Os voos terão início a 3 de dezembro de 2025 e prolongar-se-ão até 1 de março de 2026, com duas frequências semanais.

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Os 3 dias do RoadShow das Viagens do Publituris

Foram três dias de networking com 45 expositores e mais de 450 agentes de viagem a participaram no RoadShow das Viagens do Publituris nas cidades do Porto, Coimbra e Lisboa. (Re)Veja as imagens.

A 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris reuniu, nas cidades do Porto, Coimbra e Lisboa, mais de 450 agentes de viagem que ficaram a conhecer as novidades que os 45 expositores mostraram em três dias de networking.

No primeiro dia, no Porto Palácio Hotel by The Editory, marcaram presença 179 agentes, resultando em mais de 4.400 interações com os expositores.

Já em Coimbra, no Vila Galé Coimbra, foram 108 os agentes de viagem que realizaram perto de 2.400 interações.

No último dia, em Lisboa, no Tazte Secret Spot, 170 agentes realizaram mais de 4.000 interações.

Marcaram presença na 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris as empresas/entidades:

AçorSonho Hotéis
Air Canada
APG Portugal
Avis
Barceló Hotel Group
Be Live Hotels
Bedsonline
Casa de Campo Resort Villas
Civitatis
Consolidador
Europcar
Hotel Continental Angola
Ilha Verde
In Sure Broker
Madeira
Mawdy
MSC Cruzeiros Portugal
Mundomar Cruzeiros
RailClick
Regent Seven Seas Cruises
Republica Dominicana
Royal Air Maroc
SATA Air Azores
Saudi Arabia Tourism Authority
Sixt
Soltrópico
TAAG – Linhas Aéreas de Angola
TAP Air Portugal
The Editory Hotels
Tivoli Estela Golf & Lodges Porto
Transavia
Turismo Alentejo e Ribatejo
Turismo da Gran Canaria
Turismo da Polónia
Turismo de Formentera
Turismo do Centro de Portugal
Turismo do Porto e Norte de Portugal
Turismo Marrocos
Um Mundo de Cruzeiros
United Airlines
Unlock Boutique Hotels
Viajar Tours
Vila Galé
Visit Benidorm – Tourism Board
Wotels

O evento conta com o apoio de: Visit Portugal, Turismo do Centro de Portugal, Turismo do Porto e Norte de Portugal, APAVT, The Editory Hotels, Vila Galé, Tazte, GR8 events, Iberobus e YVU.

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Indústria do turismo dos EUA preocupada com queda nas viagens domésticas e internacionais

O anúncio de diversas medidas por parte da administração dos EUA, liderada por Donald Trump, parece estar a ter impacto nas viagens dos americanos, com as U.S. Travel Association a mostrar-se preocupada com a situação.

A U.S. Travel Association afirmou, recentemente, que a indústria do turismo está a enfrentar tendências preocupantes tanto nas viagens domésticas como nas viagens internacionais para os EUA, atribuindo a situação a vários fatores, incluindo o dólar forte e a atual mensagem transmitida pelos EUA.

As declarações surgem depois de a empresa de dados de aviação OAG ter relatado que as reservas antecipadas entre os EUA e o Canadá – o principal mercado emissor de turismo internacional para os EUA – caíram mais de 70% para a temporada de verão.

No mês passado, a Tourism Economics (TE) reviu a sua previsão para as viagens internacionais aos EUA, prevendo agora uma queda de 5,1% em 2025, em contraste com a projeção inicial de um crescimento de 8,8%.

A Tourism Economics citou o aumento das tensões comerciais globais, alertando que “à medida que as políticas comerciais globais continuam em mudança, os intervenientes da indústria devem reconhecer a ligação crítica entre a política económica e a procura por viagens”. Assim, a análise da Tourism Economics alertam para consequências de “alto risco” para o setor de viagens dos EUA, com amplas implicações económicas para além do turismo. “A colaboração dentro da indústria será essencial para mitigar os impactos negativos”, conclui a TE.

Os dados indicam, igualmente, que os gastos com viagens internacionais para os EUA, em 2025, poderão cair 12,3%, resultando numa perda anual de 22 mil milhões de dólares.

A U.S. Travel Association não mencionou as tarifas ou políticas comerciais entre os potenciais fatores que estão a reduzir as viagens, atribuindo a queda a “uma variedade de fatores, incluindo um dólar forte, longos tempos de espera para vistos, preocupações com restrições de viagem, dúvidas sobre a hospitalidade dos EUA, o abrandamento da economia americana e recentes preocupações com segurança.”

A associação esclareceu que as questões de segurança referem-se “ao sentimento manifestado nos últimos meses por alguns viajantes que expressaram preocupações com a segurança.”

“Estes desafios são reais e exigem ações decisivas”, declarou a U.S. Travel Association, indicando estar a “a trabalhar ativamente com a Casa Branca e o Congresso para promover políticas que impulsionem a expansão económica e mantenham os EUA competitivos a nível global”.

Só em 2024, as viagens injetaram 1,3 biliões de dólares na economia americana e sustentaram 15 milhões de empregos em todo o país.

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Canadianos evitam viagens para os EUA

Conhecida que é a posição do Presidente dos EUA, Donald Trump, relativamente ao Canadá, os vizinhos canadianos estão a evitar viajar para terras de “Uncle Sam”.

O que muitos esperavam que fosse uma queda temporária nas viagens dos canadianos para os EUA parece estar a mostrar sinais de um verdadeiro boicote, à medida que a reação canadiana contra as tarifas e outras tensões políticas com os EUA se intensifica.

A empresa de dados de aviação OAG revelou, recentemente, que as reservas de passageiros nos sistemas GDS para rotas entre o Canadá e os EUA estão atualmente mais de 70% abaixo todos os meses até setembro, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Em fevereiro, o Statistics Canada, por exemplo, relatou que os canadianos fizeram 1,2 milhões de viagens de regresso de carro a partir dos EUA, uma queda de 23% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Muitos canadianos estão a optar por alternativas domésticas, com habitantes da Costa Oeste a viajar para a Costa Leste. Destinos internacionais como a Europa e o México também estão a registar uma maior procura, à medida que os viajantes canadianos se afastam dos EUA.

De referir que os canadianos são a principal fonte de visitantes internacionais para os EUA. Segundo a U.S. Travel Association, 20,4 milhões de visitas de canadianos em 2024 geraram 20,5 mil milhões de dólares em receitas. Em fevereiro, a U.S. Travel estimou que uma redução de 10% nas viagens canadianas poderia significar menos 2 milhões de visitas e uma perda de 2,1 mil milhões de dólares em receitas. Além disso, refere a associação, estas visitas geram cerca de 140.000 empregos nos EUA.

Os dados da OAG mostram ainda que 320.000 lugares foram removidos pelas companhias aéreas que operam entre o Canadá e os EUA até ao final de outubro, com os maiores cortes em julho e agosto, os meses de pico da temporada de verão, quando as companhias reduziram a capacidade em cerca de 3,5%.

O CEO da United, Scott Kirby, afirmara, em meados de março, que a companhia aérea iria reduzir a capacidade entre os EUA e o Canadá devido a uma queda significativa na procura, enquanto a Air Canada já tinha decidido, em fevereiro, reduzir “proativamente” a capacidade para a Florida, Las Vegas e Arizona em março.

No final de março, a WestJet do Canadá cortou rotas transfronteiriças do seu horário de primavera tardia e verão, bem como várias ligações entre o Canadá e os EUA. A Air Canada eliminou a rota Vancouver-Washington Dulles, enquanto a United cancelou o voo Toronto-Los Angeles.

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TAP passa a ligar Faro e Funchal

A partir de 2 de junho, o Algarve e a Madeira ficam mais perto com dois voos por semana da TAP.

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A TAP vai ligar diretamente o Algarve e a Madeira, com dois voos por semana, que têm início a 2 de junho e operam até 11 de setembro.

Às segundas-feiras, o voo entre Funchal e Faro tem partida marcada para as 20h50 e o voo entre Faro e Funchal às 23h15. Às quintas-feiras, o voo parte do Funchal às 6h10 e de Faro às 8h35.

Os voos serão operados com aeronaves E190 de 106 lugares, estando previstos um total de 30 frequências, correspondentes a uma oferta de 3.180 lugares em cada sentido de viagem.

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Mais hóspedes, com menos dormidas, mas proveitos a subir em fevereiro

Embora o mês de fevereiro mostre um ligeiro abrandamento no número de hóspedes e uma descida nas dormidas, os proveitos continuam a subir. No acumulado do ano, os números do turismo em Portugal continuam a crescer em todos os parâmetros.

Victor Jorge

No mês de fevereiro de 2025, o setor do alojamento turístico registou 1,8 milhões de hóspedes e 4,2 milhões de dormidas, correspondendo a variações de 0,6% e -2,5%, respetivamente (+8,2% e +6,3% em janeiro, pela mesma ordem).

As dormidas de residentes totalizaram 1,375 milhões, tendo diminuído 0,8% face às 1,387 milhões de igual mês de 2024 (+11% em janeiro), enquanto os mercados externos apresentaram um decréscimo de 3,3% (+3,9% em janeiro), alcançando 2,795 milhões de dormidas, contra as 2,892 milhões de fevereiro do ano passado.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), “estes resultados foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, por um lado, pelo efeito do período de férias associado ao Carnaval, que este ano ocorreu em março, enquanto no ano anterior se concentrou em fevereiro”. Por outro lado, refere o INE, “o mês de fevereiro deste ano teve menos dia que o ano anterior, uma vez que 2024 foi um ano bissexto”.

Em termos de dormidas, os dados do INE indicam uma liderança de Lisboa, com 1,170 milhões, correspondendo a uma ligeira descida de 5,6% face a fevereiro de 2024, sendo a única região a ultrapassar a fasquia do milhão.

Em segundo lugar, aparece o Algarve, com 776 mil dormidas, o que perfaz um decréscimo de 5,1% face a fevereiro do ano passado, surgindo o Norte em terceiro lugar, com 756 mil dormidas, uma subida de 0,9% face ao mês homólogo de 2024.

A maior subida nas dormidas, no mês de fevereiro, foi conseguida pela Península de Setúbal (+7,8%), enquanto nas descidas, a região do Oeste e vale do Tejo apresenta um decréscimo de 7,1%.

Subida dos residentes compensam descida dos não residentes
No que diz respeito aos hóspedes, contabilizados que foram 1,773 milhões de pessoas, os residentes somaram 817 mil, correspondendo a uma subida de 2,2% face a fevereiro de 2024, enquanto os não residentes totalizaram 957 mil, uma descida de 0,8% relativamente a igual período do ano passado.

Também aqui, a liderança pertence a Lisboa com 533 mil hóspedes numa descida de 1,6% relativamente a fevereiro de 2024, com a região Norte a ocupar a segunda posição com 427 mil hóspedes (+2,5%) e em terceiro lugar o Algarve com, 211 mil hóspedes (+0,9%).

Destaque para a subida a duplo dígito dos Açores (+11,3%), totalizando 49 mil hóspedes, enquanto a maior descida pertenceu à região do Oeste e vale do Tejo (-3,3%).

Dos mais de 957 mil hóspedes não residentes, Espanha liderou com 125 mil, aparecendo o Reino Unido (115 mil) e França (79 mil) em segundo e terceiro lugares, respetivamente.

Já nas dormidas, os 10 principais mercados emissores, em fevereiro, representaram 72,1% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico a manter a liderança (16,4% do total das dormidas de não residentes em fevereiro), com 458 mil, apesar do decréscimo de 7,5% face ao mês homólogo.

As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em fevereiro (11,2% do total), diminuíram 5,1% para 313 mil. Seguiu-se o mercado espanhol, na 3.ª posição (quota de 8,3%), com um decréscimo de 8,4% para 231 mil.

No grupo dos 10 principais mercados emissores em fevereiro, o mercado polaco foi o único a registar crescimento (+23,2%), atingindo os 119 mil. Nos decréscimos, destacou-se a variação registada do mercado brasileiro (-18,9%) para 130 mil.

Dormidas dos não residentes estagnam no primeiro bimestre
No acumulado do ano (janeiro-fevereiro), os dados divulgados pelo INE mostram uma subida de 4,1% no número de hóspedes, totalizando 3,378 milhões. Os residentes em Portugal somaram 1,564 milhões, numa evolução de 5,7%, enquanto os não residentes totalizaram 1,814 milhões, uma subida de 2,7% face aos dois primeiros meses de 2024.

Lisboa liderou no número de hóspedes, com 1,040 milhões (+3% face ao primeiro bimestre de 2024), seguindo-se o Norte com 812 mil (+4,7%) e o Algarve (375 mil, +3,3%). A região que mais cresceu no número de hóspedes neste primeiro bimestre de 2025 foram os Açores (+13,6%), não se registando qualquer descida nas regiões turísticas nacionais.

Nos hóspedes não residentes, Espanha foi quem registou maior número, com 228 mil, seguindo-se o Reino Unido (quase 200 mil) e EUA (152 mil).

Analisadas as dormidas nestes primeiros dois meses de 2025, o mercado nacional registou 7,840 milhões numa subida de 1,4% face ao período homólogo de 2024. Neste parâmetro, os residentes em Portugal somaram 2,642 milhões de dormidas, numa subida de 4,5% face aos primeiros dois meses de 2025. Já as dormidas de não residentes registaram uma descida de 0,1% para 5,198 milhões.

A região da Grande Lisboa aparece novamente a liderar neste campo, com 2,246 milhões de dormidas, embora registe uma descida de 0,3%. O Norte é a segunda região com mais dormidas, com 1,429 milhões, numa subida de 3,5% face a igual período do ano passado. Em terceiro lugar aparece o Algarve, com 1,347 milhões de dormidas, correspondendo a uma descida de 2,5% relativamente a janeiro-fevereiro de 2024.

A maior subida doi registada pela Península de Setúbal, com um incremento de 10,4%, para 164 mil dormidas, enquanto no capítulo das descidas, o Algarve reparte esta posição (-2,5%) com a região do Oeste e Vale do Tejo.

Por mercados emissores, das quase 5,2 milhões de dormidas, quase 810 mil foram de britânicos, surgindo a Alemanha em segundo lugar (580 mil) e Espanha na terceira posição (431 mil).

Mais proveitos
Apesar do decréscimo nas dormidas, os proveitos aumentaram em fevereiro, +4% nos proveitos totais e +3,4% nos relativos a aposento (+13,9% e +14,3% em janeiro, pela mesma ordem), atingindo 287,7 e 208,8 milhões de euros, respetivamente.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34,5% dos proveitos totais – 99,4 milhões de euros – e 36% dos proveitos de aposento – 75 milhões de euros), seguida da Madeira (17,1% – 49 milhões de euros – e 16,7% – 35 milhões de euros, respetivamente) e do Norte (16,4% – 47 milhões de euros – e 16,5% – 34 milhões de euros, pela mesma ordem).

Os aumentos de proveitos mais expressivos ocorreram na Madeira (+16,7% nos proveitos totais e +20,7% nos de aposento) e na Península de Setúbal (+12,2% e +15,4%, pela mesma ordem). Os maiores decréscimos registaram-se no Oeste e Vale do Tejo (-3,1% e -0,7%, respetivamente) e no Alentejo (-2,4% em ambos).

Já no acumulado dos primeiros dois meses de 2025, os proveitos totais somaram quase 550 milhões de euros, numa subida de 8,5% face a igual período de 2024, enquanto os proveitos de aposentos totalizaram 398 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 8,3%.

Lisboa aparece em primeiro lugar com mais de 191 milhões de euros em proveitos totais (+5,1%), seguindo-se a Madeira com 99 milhões de euros (+22,9%) e o Norte com 90 milhões de euros (+8,2%).

No que diz respeito aos proveitos de aposentos, a liderança também pertence a Lisboa com 145 milhões de euros (+4,5%), seguindo-se a Madeira com 69 milhões de euros (+24,6%) e o Norte com 65 milhões de euros (+6,9%).

Estada média continuou a decrescer em fevereiro
Em fevereiro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,35 noites) continuou a diminuir (-3,1%, após -1,8% em janeiro). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,73 noites) e no Algarve (3,68 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,58 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,64 noites).

Em fevereiro, a estada média dos residentes (1,68 noites) diminuiu 3,0% e a dos não residentes (2,92 noites) decresceu 2,6%.

A Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (5,33 noites) quer dos residentes (2,88 noites).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 39,6 euros em fevereiro, registando um aumento de 4,5% (+10,4% em janeiro). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,9 euros (+4,9%, após +7,2% em janeiro).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Madeira (71,5 euros), seguindo-se a Grande Lisboa (64,7 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na Madeira (+22,4%) e na Península de Setúbal (+18,0%), enquanto no Alentejo se registou o maior decréscimo (-5,7%).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (110,2 euros), seguida da Madeira (100,1 euros), tendo esta última apresentado o maior crescimento neste indicador (+18,6%).

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