Rui Rio responde ao Turismo de forma evasiva
O presidente do PSD e candidato a Primeiro-Ministro nestas eleições legislativas, Rui Rio, respondeu de forma evasiva às questões e preocupações do setor do turismo durante um almoço-debate, sexta-feira, em Lisboa, promovido pela CTP, com a presença das suas associadas.

Carolina Morgado
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Rui Rio não deixou muito claro o que vai implementar concretamente no setor do turismo se for Primeiro-Ministro. Num almoço-debate promovido pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), que teve lugar sexta-feira, em Lisboa, o presidente do PSD dedicou a sua intervenção ao tema “mais rigor e menos facilitismo”, questões que em sua opinião “comandam o desenvolvimento de uma sociedade”.
Tal como a CTP, através do seu presidente, Francisco Calheiros, havia colocado num encontro com o secretário-geral do PS, António Costa, as preocupações do setor do turismo passam, designadamente, pela necessidade de estabilidade política no país, racionalização do Estado, pela continuidade e implementação dos apoios às empresas, redução da carga fiscal e dos custos de contexto, bem como de uma decisão definitiva em relação ao novo aeroporto de Lisboa.
Francisco Calheiros questionou também Rui Rio sobre o modelo económico que o PSD preconiza, do que se vai passar em termos da legislação laboral, de que forma e com que dinheiros será feita a promoção turística.
Rui Rio avançou que está disponível para fazer os ajustamentos e as reformas que o país necessita porque “tudo muda com muita rapidez”, melhorar a produtividade e reformular os serviços públicos, ou seja, menos burocracia, manter a flexibilidade da legislação laboral porque “o excesso de rigidez não funciona”, e manter a facilidade dos vistos gold no interior do país.
Sobre a promoção turística, destacou que pretende clarificar quem faz a interna e a externa, para referir que sobre a política de migração, questão que a hotelaria e restauração quer ver resolvida com vista a colmatar a falta de mão-de-obra, o presidente do PSD referiu “propomos estabelecer o perfil dos imigrantes que necessitamos e dar visto para aquelas áreas que o país precisam”. No entanto, acrescentou que essas pessoas deverão ser monitorizadas se estão a fazer aquilo para o qual tiveram o visto.
Prometeu reduzir o IVA na restauração à taxa mínima (6%) mas apenas por um período de dois anos, sendo que os empresários desta atividade devem aumentar os salários dos seus trabalhadores com vista a resolver o problema da escassez de mão-de-obra. Também disse que o IMI iria baixar. Em relação às moratórias disse apenas que “se a pandemia terminar, tudo será mais fácil”.
O presidente do PSD destacou também que para os profissionais portugueses terem melhores empregos e salários é preciso fazer “exatamente o contrário” do que tem sido feito nos últimos anos, ou seja, dirigir os apoios de “uma forma equilibrada” às unidades produtivas, que são as empresas, pois são elas que criam esses empregos que “nós queremos melhorar”.
Assim, defendeu que o motor do crescimento económico é a produção, nomeadamente as exportações, e não o consumo, por forma a reduzir os impostos e o déficit. Neste contexto, se for Primeiro-Ministro vai, nos quatro anos de mandato, primeiro baixar o IRC (produção) e só depois, em 2025-2026, reduzir o IRS (consumo).
Em relação ao novo aeroporto de Lisboa, o PSD está de acordo em alterar a lei que permite que uma Câmara Municipal possa impedir a implementação e de uma infraestrutura estrutural para o país, mas não aprovará uma questão específica. O importante para Rui Rio é a urgência de um estudo para todo o setor aeroportuário e a necessidade de dar um destino ao aeroporto de Beja.