Número de camas no Norte de Portugal pode aumentar depois de terem duplicado em 20 anos
Número de camas, hóspedes e dormidas registaram crescimentos assinaláveis no Norte de Portugal nas últimas duas décadas. Para o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins, “ainda há espaço para crescer”.

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De acordo com Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), o número de camas em hotelaria, turismo rural ou alojamento local praticamente ainda pode crescer, depois de ter duplicado no Douro em duas décadas. “Ainda há espaço para crescer”, admitiu Luís Pedro Martins à agência Lusa, adiantando, contudo, que a aposta terá de passar pela “qualidade”.
Certo é que a classificação do Douro pela UNESCO, há 20 anos, “trouxe mais valias para a região” e ajudou a “despertar algumas consciências” para questões como a sustentabilidade ambiental e a preservação da paisagem”, disse Luís Pedro Martins.
O presidente do TPNP considera, de resto, que estas questões são importantes para que “esta pérola possa existir por muitas gerações”. “É um trabalho contínuo, que não se esgota”, referiu, à margem da inauguração de uma exposição no Museu do Douro, no Peso da Régua, integrada nas comemorações dos 20 anos do Alto Douro Vinhateiro (ADV).
Entre 2002 e 2020, os 19 concelhos da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro território passaram, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), de 2.308 para 4.582 camas de hotelaria, de turismo no espaço rural e de turismo de habitação e alojamento local.
Relativamente à evolução dos hóspedes, a TPNP refere que a hotelaria da CIM Douro registou entre 2002 e 2020 cerca de 3,4 milhões de hóspedes e destacou um crescimento a “dois dígitos nos anos 2013, 2015, 2016, 2018 e 2019”.
A entidade regional referiu ainda que a hotelaria da CIM Douro acolheu entre 2002 e 2020 cerca de 5,3 milhões de dormidas, passando o território de 234.877 dormidas, em 2002, para 501.573, em 2019. Em 2020 houve um decréscimo de 44% para as 278.864 dormidas.
“Temos, no entanto, espaço para crescer (…). O Douro é um território grande e ainda pode receber mais quartos, mas queremos que sejam de um segmento elevado para ter uma oferta de qualidade que deixe valor na economia local”, salientou Luís Pedro Martins.
Este ano foi lançada a Rota dos Vinhos e do Enoturismo do Porto e Norte e, segundo o responsável, foram já apresentadas cerca de 100 candidaturas de toda a região Norte.
“Acreditamos que o Douro pode ser uma referência a nível europeia e até mundial de enoturismo”, salientou.
Para além da aposta nos conteúdos, para que os turistas permaneçam mais tempo no território, é preciso também, na sua opinião, “resolver questões como a mobilidade”.
Nesse sentido, o responsável apontou a eletrificação e a reativação da Linha do Douro até Barca d’Alva e, posterior, ligação a Espanha.
“É importantíssimo ter esta questão tratada e até é estranho não a termos já tratada”, concluiu o presidente do TPNP.