Air Canada retoma voos para Lisboa e regressa ao Porto “assim que as condições o permitirem”
Com a melhoria da situação pandémica, a Air Canada retomou, em julho, as ligações aéreas entre Toronto, Montreal e Lisboa, e conta regressar ao Porto “assim que as condições o permitirem”, até porque a procura pelos voos para Lisboa tem sido elevada e deverá aumentar com a reabertura das fronteiras canadianas.
Inês de Matos
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Com a melhoria da situação pandémica, a Air Canada retomou, em julho, as ligações aéreas entre Toronto, Montreal e Lisboa, e conta regressar ao Porto “assim que as condições o permitirem”, até porque a procura pelos voos para Lisboa tem sido elevada e deverá aumentar com a reabertura das fronteiras canadianas.
Tal como toda a aviação, também a Air Canada sofreu com o forte impacto da COVID-19. Em declarações ao Publituris, Raquel Serra Pinto, Sales Account Manager da Air Canada em Portugal, explica que “a pandemia afetou profunda e globalmente a indústria da aviação” e que a Air Canada não foi exceção. “Por força das circunstâncias, tivemos de cancelar várias rotas; no entanto as rotas de Paris, Londres e Frankfurt mantiveram as as suas operações de/para o Canadá”, realça a responsável, explicando, contudo, que “à medida que as restrições das viagens vão sendo mitigadas em todo mundo, a Air Canada tem vindo a retomar as suas rotas para ligar as comunidades em ambos os lados do Oceano”. Lisboa foi um desses casos e, desde 2 de julho, a capital portuguesa voltou a contar com voos diretos à partida de Toronto e Montreal. Mas, neste regresso, os voos passaram a ser assegurados pela Air Canada Mainline, que substituiu a Air Canada Rouge, que realizava a operação até ao início da pandemia, numa mudança que, segundo Raquel Serra Pinto, se traduz em vantagens para os passageiros, já que “a Air Canada Rouge era um produto direcionado para o mercado de lazer”, enquanto a Air Canada Mainline oferece “um novo produto transversal às necessidades de todo o tipo de passageiros: lazer ou corporativo”. “Estamos a operar com Boeing 787 Dreamliner e Airbus 330, com três cabines diferenciadas: Classe Executiva – com assento-cama, acesso grátis aos Vip Lounges no Canada e em Lisboa, entre outras comodidades; Premium Economy com assentos mais largos e mais espaço para as pernas e possibilidade de adquirir entrada nos Vip Lounges no Canadá e em Lisboa. Na Classe Económica, o novo produto contempla ecrãs individuais e oferta alargada de entretenimento a bordo, que não era disponibilizado na Air Canada Rouge”, resume a responsável. No total, a Air Canada está já a disponibilizar três voos por semana entre Toronto e Lisboa, aos quais se juntam mais duas frequências entre Montreal e a capital portuguesa, numa operação que, de acordo com Raquel Serra Pinto, tem registado “uma elevada taxa de ocupação no sentido Atlântico Norte-Portugal” desde a reabertura das fronteiras portuguesas aos visitantes provenientes da América do Norte, o que leva a companhia aérea a indicar que aguarda “com expetativa” a reabertura das fronteiras canadianas prevista para 7 de setembro 2021, até porque, como refere a responsável, a Air Canada tem registado “aumento na procura à medida que as restrições vão sendo levantadas”.
Porto e inverno
Apesar dos voos para Lisboa já terem sido retomados, o mesmo ainda não aconteceu com as ligações entre o Porto e Toronto, que a companhia aérea disponibilizava antes da pandemia, com Raquel Serra Pinto a indicar que a Air Canada pretende regressar também à Invicta, apesar de este ainda não ser o momento para retomar a operação e de ser ainda prematuro avançar com uma data para esse regresso. “Neste momento é prematuro afirmar com segurança, pois ainda estamos a dar os primeiros passos após o impacto causado pela pandemia. Estamos a retomar as rotas progressivamente a partir dos principais hubs. Iremos retomar algumas rotas anteriores de igual forma progressiva e sustentada e a rota do Porto poderá vir a ser retomada assim que as condições o permitirem. Queremos reforçar a retoma mas é fundamental fazê-lo de forma segura e sustentada”, explica a responsável ao Publituris. Mais certa parece já estar a manutenção dos voos de Lisboa durante o inverno, com Raquel Serra Pinto a adiantar que, no caso das ligações entre a capital portuguesa e Montreal, os voos vão decorrer até final de outubro, enquanto a rota entre Lisboa e Toronto vai vigorar até janeiro de 2022, com “possibilidade de ser ajustada em função da procura”. E procura não tem faltado, seja por parte do mercado corporativo, de lazer ou étnico, pois é preciso lembrar que o Canadá e os EUA contam com uma vasta comunidade portuguesa, que costuma animar os voos entre os dois lados do Atlântico. De acordo com a responsável, Portugal é um “país muito apelativo para o mercado do Atlântico Norte que, pela sua situação geográfica, funciona como ‘porta de entrada’ na Europa”. No que diz respeito à procura de lazer, a responsável de vendas da Air Canada considera que “Portugal, pela sua geo-localização, história, gastronomia e hospitalidade tornou-se num destino de referência para o turista canadiano, que aprecia todos esses atributos”, tendo- -se também assistido, “nos últimos anos, a um crescente interesse corporativo por Portugal, demonstrado por eventos como o Websummit”, que regressa a Lisboa em novembro e que a Air Canada espera que volte a impulsionar a procura pelo voos para a capital portuguesa. “Consciente desse crescimento, a Air Canada quer dar resposta à procura e vê este momento como fulcral para o desenvolvimento da sua atividade em Portugal”, acrescenta.
Novidades e expetativas
Além dos voos para Portugal, a Air Canada anunciou, para este verão, um plano que previa o regresso de 17 rotas e 11 destinos à partida dos seus hubs no Canadá, incluindo a retoma das operações entre Calgary e Frankfurt a 1 de agosto, com quatro frequências semanais, além de voos diretos para Genebra, Telavive e Londres, a partir de Montreal, assim como Viena, Dublin, Paris e Zurique à partida de Toronto, em julho. A companhia aérea retomou também as rotas de Atenas, Emirados Árabes Unidos, Itália, Reino Unido e Marrocos, com aumento de frequências em agosto, mantendo ainda as operações para Bruxelas, Amesterdão, Bogotá, Doha, Hong Kong, Seoul, Xangai e Tóquio. Em fase de retoma estão também os voos entre o Canadá e os EUA, na sequência do abrandamento das restrições às viagens entre os dois países, com a Air Canada a retomar os voos em 55 rotas e 34 destinos nos EUA, num total de 220 voos diários entre ambos os países. A partir de novembro, a companhia vai também dar início a duas novas rotas para os EUA, passando a voar para Orlando e Fort Lauderdale à partida do Quebeque, e conta também retomar, por essa altura, os voos para Punta Cana e Cancun. No caso dos EUA, explica Raquel Serra Pinto, a companhia aérea dispõe também outras vantagens, uma vez que oferece aos “passageiros a possibilidade de efetuarem todos os procedimentos alfandegários de entrada nos EUA nos principais hubs no Canadá (Toronto, Montreal, Vancouver e Calgary)”, pois o “protocolo existente entre os dois países agiliza e optimiza entrada no país vizinho, uma vez que à chegada aos EUA, os passageiros apenas terão de levantar a bagagem e abandonar o aeroporto, pois os procedimentos de entrada no país já foram executados antes do voo. Esta é, sem dúvida, uma mais-valia que a Air Canada oferece aos seus passageiros que voam para qualquer dos 34 destinos nos EUA”. Raquel Serra Pinto prefere, no entanto, ser mais cautelosa na hora de traçar expetativas e, apesar de admitir que a Air Canada está confiante, até pela procura elevada que tem registado nas rotas para a capital portuguesa, considera que, devido “à volatilidade da situação da pandemia, é difícil fazer previsões de data para uma volta aos níveis de 2019”, ainda que não deixe de realçar que a Air Canada acredita que “2022 será muito melhor que 2021”. E cita mesmo o CEO da Air Canadá, Michael Rousseau, que ainda recentemente se mostrou convicto da resiliência da transportadora, afirmando que, “sem dúvida, que a Air Canada se mantém bem posicionada para fazer face aos desafios que a aviação enfrenta”.
Segurança e flexibilidade continuam a ser prioridades
Apesar da melhoria da situação pandémica e do avanço da vacinação contra a COVID-19, o certo é que a segurança continua a ser uma prioridade para a Air Canada. Ao Publituris, a responsável comercial da companhia aérea para Portugal explica que, desde o início da pandemia, a Air Canada elegeu o lema “A segurança é a nossa prioridade” como máxima e continua a tudo fazer para manter “elevados níveis de segurança quer no espaços do aeroporto, quer a bordo”. “Para fazer face à pandemia da COVID-19, reforçámos o modelo de higienização das áreas de circulação nos aeroportos, e de todos os espaços a bordo, incluindo o serviço de refeições embaladas, para garantir a segurança e confiança dos nossos passageiros”, revela. Além das preocupações com a segurança, a transportadora está também a oferecer condições mais atrativas aos passageiros, garantindo, nomeadamente, uma maior flexibilidade das tarifas, que permitem agora “uma alteração de data do voo até duas horas antes da partida e possibilidade alterar o titular do bilhete”, enquanto os AC Travel Vouchers, que não permitem reembolso, vão continuar a ser disponibilizados.
*Artigo publicado originalmente na edição de 3 de setembro do jornal Publituris.