easyJet destaca a necessidade de “ação coordenada” para tornar zero emissões uma realidade
O responsável máximo da easyJet, Johan Lundgren, incentivou esforços conjuntos e coordenados entre a indústria e o governos para tornar os voos com emissões zero uma realidade.
Victor Jorge
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Durante a participação na Cimeira da Airbus, evento que se realiza em Toulouse (França), o CEO da easyJet, Johan Lundgren, incentivou a indústria e os governos a trabalharem em conjunto, de modo a produzir a tecnologia de emissão zero necessária para transformar o setor da aviação no futuro, sobretudo na próxima década.
O responsável máximo da companhia aérea admitiu mesmo que “a visão de voos com emissões zero só estará próxima se houver uma ação coordenada” e que se deve concentrar os esforços em algumas áreas chave.
Para tal e em primeiro lugar, os governos precisam, segundo Lundgren, apoiar o desenvolvimento das infraestruturas e fornecimento de hidrogénio nos aeroportos, assim como os investimentos em energias renováveis para apoiar a criação de hidrogénio verde para a aviação. Até porque, diz Lundgren, “os aviões a hidrogénio e elétricos já estão a voar, com empresas empenhadas em escalar a tecnologia para voos comerciais, com o objetivo de os colocar ao serviço nos anos de 2030”.
Contudo, salienta o CEO da easyJet, “a indústria não o pode fazer sozinha. Precisamos que os governos a ajudem a atingir estes objetivos ambiciosos de redução de emissões, defendendo o apoio financeiro e as regulamentações para tecnologias verdes e ainda investimentos em aviões com emissões zero. Estamos prontos para trabalhar com os nossos parceiros e com a indústria em geral, proporcionando um futuro mais sustentável para a aviação”.
Por isso, foi deixada a mensagem de que as entidades governamentais não só devem “fornecer incentivos financeiros para apoiar o desenvolvimento e a expansão da tecnologia de emissões zero”, como também devem “canalizar os fundos obtidos através de impostos sobre a aviação para toda a investigação e desenvolvimento necessários”.
Além disso, as companhias aéreas que optarem por tornar-se pioneiras na adoção da nova tecnologia devem ser “incentivadas através de redução de taxas aeroportuárias e de controlo de espaço aéreo”. Estas devem ainda beneficiar de “isenções fiscais” se operarem aviões com emissões zero e ter prioridade nas slots dos aeroportos.
A easyJet identificou também como prioridade garantir a existência de uma “rede adequada para assegurar o progresso” e o apoio à adoção generalizada de aviões com emissões zero, sempre que tal seja viável, nomeadamente nas rotas mais curtas, indicando que, até lá, a easyJet utilizará o SAF (combustível de aviação sustentável).
De referir que a easyJet tem trabalhado em parceria com a Airbus desde 2019 para apoiar o desenvolvimento de um avião comercial movida a hidrogénio até 2035. Neste sentido, uma das partes fundamentais do contributo da easyJet tem sido trabalhar com este fabricante para fornecer a perspetiva de uma companhia aérea comercial no desenvolvimento de novas tecnologias de propulsão com emissões zero para aviões de passageiros.
Por último, a easyJet está empenhada em atingir o objetivo da União Europeia de emissões de carbono zero até 2050.