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FlixBus lança primeiras linhas de serviço expresso em Portugal

Os primeiros destinos incluem Fátima, Guimarães, Porto, Albufeira, Faro, Lisboa, Figueira da Foz e Coimbra

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A FlixBus, operador de viagens de autocarros intercidades na Europa que transportou 430.000 passageiros de/e para Portugal no ano passado, vai lançar as primeiras linhas de serviço expresso em Portugal, poucos meses depois de anunciar expansão no país, no seguimento da abertura do mercado.

A partir de 30 de julho, os portugueses poderão viajar com a FlixBus entre algumas cidades portuguesas, com mais destinos a ser adicionados de forma gradual.

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Desta forma, a partir do dia 30 de julho, será possível viajar para Guimarães, Porto, Aveiro, Figueira da Foz, Coimbra, Fátima, Lisboa, Faro e Albufeira com a FlixBus. A empresa informa que todas as ligações serão feitas com “uma frota de autocarros novos e confortáveis, que seguem as mais altas normas de segurança, com Wi-Fi gratuito, espaço extra para as pernas e baixas emissões de gases, em linha com a normativa EURO VI”.

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De forma a contribuir para o impulso da economia portuguesa, a FlixBus fará parcerias com empresas locais portuguesas. De início, a AV Feirense e a Giromundo serão os parceiros a operar as rotas a partir de Guimarães, Porto, Faro e Lisboa com bilhetes a partir de 2,99€. Com o desconfinamento a terminar, a empresa pretende aumentar gradualmente o número de destinos oferecidos. Desde a abertura oficial das fronteiras a 1 de julho que a FlixBus já retomou a operação internacional a partir de Portugal para cerca de 94 destinos na Europa, como Madrid, Paris, Genebra, Dortmund ou Bruxelas.

Para assinalar a data, a FlixBus vai disponibilizar bilhetes a 1€ que poderão ser adquiridos na semana anterior ao lançamento, de 22 a 29 de julho, para viagens entre 30 de julho e 15 de setembro.

Pablo Pastega, Diretor Geral da FlixBus em Portugal e Espanha, diz estar confiante que a empresa será a escolha segura para os portugueses viajarem entre as cidades portuguesas que as primeiras linhas de serviço expresso da FlixBus vão conectar – e espera aumentar a oferta e expandir a rede muito em breve. Comparativamente com outros países na Europa, a utilização do autocarro como meio de transporte em Portugal “ainda é muito baixa, por isso a FlixBus quer contribuir para esta mudança, oferecendo um serviço de viagens seguro, confortável e sustentável2.

“É com enorme satisfação que lançamos as primeiras linhas de serviço expresso da FlixBus em Portugal. Está a ser um ano particularmente difícil para o setor dos transportes em todo o mundo, e é com responsabilidade acrescida que damos este passo em frente. Há uns meses anunciámos a nossa intenção de lançar uma rede doméstica dedicada para ligar o país de Norte a Sul e do interior ao litoral e este é o primeiro passo. Com o processo de desconfinamento em curso, as pessoas vão querer recomeçar a viajar para visitar família e amigos, fazer turismo interno, regressar às universidades ou viajar por motivos profissionais. Em linha com o nosso modelo de negócio, estaremos também a promover o negócio das PMEs com quem trabalhamos que, como sabemos, fazem parte de um dos setores mais afetados pela pandemia do COVID-19”, refere o responsável.

Com o lançamento da operação doméstica, as cidades portuguesas juntam-se à rede da FlixBus de 400,000 ligações diárias para 2,500 destinos na Europa. A combinação da rede doméstica com a internacional resultará num total de 230 viagens por semana em Portugal. Pastega diz: “Para começar, ligaremos, por exemplo, o Porto a Faro e a Fátima, Lisboa a Albufeira e Coimbra, dando mais opções para viajar aos portugueses ainda durante a época de verão. Isto é apenas o começo – temos grandes planos para Portugal e queremos ser líderes de mercado no longo-prazo”.

AV Feirense e Giromundo: parceiros locais 

O modelo de negócio da FlixBus é baseado em parcerias de cooperação estreita com empresas locais com um forte conhecimento e experiência na área dos transportes. “A FlixBus é responsável por todos os aspetos tecnológicos, planeamento de rede, otimização das linhas, marketing, venda de bilhetes, atendimento ao cliente e apoio aos motoristas 24 horas por dia, através de uma equipa dedicada ao controlo de tráfego da operação. Já a empresa parceira fica responsável pela gestão do dia a dia da operação, das frotas e dos condutores, sendo que para o fazer terá apoio equipa portuguesa e também central da FlixBus”, refere o comunicado da Flixbus.

Gabriel Couto, da Autoviação Feirense, disse: “A parceria com a FlixBus é um enorme estímulo para o nosso negócio, que foi fortemente afetado nos últimos meses. Estamos muito satisfeitos com este acordo e por estar a fazer história em Portugal com o lançamento das primeiras linhas domésticas após a abertura do mercado à concorrência. Sabemos que os portugueses estão desejosos de poder visitar a família e os amigos novamente e agora têm mais opções de transporte para o fazer”.

Nuno Silva, da Giromundo, acrescentou: “A indústria das viagens foi fortemente abalada pelo coronavírus, por isso este lançamento é muito aguardado por nós enquanto operador, mas também por todas as pessoas que não puderam viajar nos últimos meses. Queremos voltar às estradas com a FlixBus e estamos a trabalhar para o fazer da forma mais segura possível”.

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Aviação

Aeroportos nacionais movimentam mais de 54 milhões de passageiros até setembro

Em setembro de 2024, os aeroportos nacionais movimentaram 6,9 milhões de passageiros, correspondendo a +3,6% face a setembro de 2023. No acumulado, o total ascende a 54,4 milhões de passageiros.

Em setembro de 2024, movimentaram-se nos aeroportos nacionais 6,9 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos), correspondendo a +3,6% face a setembro de 2023, o que representa uma subida de 0,8 pontos percentuais face à subida de 3,1% registada no mês anterior (face a agosto de 2023), indicam os dados do Instituo Nacional de Estatística (INE).

No 9.º mês do ano, 81,9% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,8 milhões de passageiros (+4,1%), na maioria provenientes do continente europeu (67,1% do total), correspondendo a um aumento de 2,5% face a setembro de 2023. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,8% do total de passageiros desembarcados (+11,1%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 82% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,9 milhões de passageiros (+3,4%), tendo 68,6% do total como principal destino aeroportos no continente europeu, registando um crescimento de 2% face a setembro de 2023. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (9,2% do total; +8,9%).

Em setembro de 2024, registou-se o desembarque médio diário de 115,1 mil passageiros, valor superior em 3,8% ao registado em setembro de 2023 (110,9 mil), apesar do impacto do fecho por 24 horas do aeroporto do Porto, no dia 10 de setembro, para trabalhos de reabilitação da pista.

Já no que diz respeito à movimentação de aeronaves, no mês de setembro, aterraram nos aeroportos nacionais 23,7 mil aeronaves em voos comerciais, com o INE a indicar que “o movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e o sábado foi, no ano passado, o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”.

O aeroporto de Lisboa recebeu, em setembro, 3,280 milhões de passageiros, mais 140 mil que em igual período de 2023 (+4,3%), enquanto o Porto movimentou 1,514 milhões (+22 mil que em setembro de 2023, ou seja, +1,5%) e Faro 1,190 milhões (+28 mil que em igual período do ano passado, +2,4%).

Já entre janeiro e setembro de 2024, o número de passageiros movimentados aumentou 4,4% nos aeroportos nacionais, totalizando 54,440 milhões, ou seja, mais 2,278 milhões face ao acumulado de 2023, indicando o INE que durante este período “verificaram-se máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais”.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais nos primeiros nove meses de 2024, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado crescimentos no número de passageiros desembarcados (+1,6%, num total de 3,824 milhões) e embarcados (+1,7%, no total de 3,783 milhões) face ao mesmo período de 2023. No sentido contrário, França registou decréscimos no número de passageiros desembarcados (-3,1%, total de 3,280 milhões) e embarcados (-3,6%, 3,260 milhões), e ocupou a 2.ª posição. Espanha, Alemanha e Itália ocuparam a 3.ª, 4.ª e 5.ª posições, respetivamente, (+3,4% para 2,816 milhões; +6% para 1,979 milhões; +3,5% para 1,248 milhões, nos passageiros desembarcados; +3,4% para 2,760 milhões; +6,3% para 1,975 milhões; +4,5% para 1,252 milhões, pela mesma ordem) como principais países de origem e de destino.

Nestes primeiros nove meses de 2024, o aeroporto de Lisboa movimentou 49,1% do total de passageiros (26,7 milhões; +4,4% comparando com o mesmo período de 2023). O aeroporto do Porto concentrou 22,5% do total de passageiros movimentados (12,3 milhões; +4,9%). O aeroporto de Faro registou um crescimento de 2,1% no movimento de passageiros, totalizando cerca de 8 milhões.

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Aviação

Entrega de aviões de passageiros estimada em quase 45 mil unidades até 2043

As previsões da Cirium apontam para que, entre 2024 e 2043, sejam entregues 45.900 novos aviões, num valor estimado de 3,3 biliões de dólares, sendo que 44.835 serão de passageiros.

O Cirium Fleet Forecast (CFF) de 2024 prevê a entrega de cerca de 45.900 novos aviões de passageiros e de carga ao longo dos 20 anos, entre 2024 e 2043, num valor estimado de 3,3 biliões de dólares (cerca de 3,1 biliões de euros). Deste total, 98%, ou seja, 44.835 serão aviões de passageiros.

A previsão deste ano foi elaborada numa altura em que o setor da aviação se encontra “no seu próximo ciclo de crescimento”, após a recuperação da Covid-19, mas enfrenta “problemas relacionados com a oferta de capacidade”, refere a previsão.

A recuperação progressiva da frota mundial de passageiros da crise pandémica fez com que o inventário em serviço aumentasse até ao quarto trimestre de 2024 para 26.100 aeronaves – 5% acima do nível registado em janeiro de 2020, quando a pandemia se instalou pela primeira vez. No entanto, este aumento para além do nível pré-Covid foi impulsionado por aeronaves de corredor único (mais 13%), com o inventário ativo de corredor duplo ainda 3% abaixo no 4.º trimestre de 2024, enquanto os aviões regionais estavam 8% abaixo e os turboélices 14% atrás. A expansão da frota de dois corredores, que voltou a crescer, foi limitada pela recuperação mais lenta dos mercados de longo curso, e os mercados internacionais da região Ásia-Pacífico continuam a ficar atrás de outros.

Embora a frota global tenha voltado a crescer, o ritmo do aumento foi atenuado pelas perturbações causadas no fornecimento de novas aeronaves devido a vários fatores, o que fez com que os aumentos de produção dos fabricantes demorassem muito mais tempo do que o previsto, num contexto de elevada procura de capacidade adicional.

Uma das principais causas da interrupção dos volumes de entrega tem sido os problemas da cadeia de abastecimento, que limitaram o volume de componentes essenciais, como motores, interiores de cabina e trens de aterragem, que chegam às linhas de montagem finais. O limite temporário imposto pela Administração Federal de Aviação dos EUA à taxa de produção do Boeing 737 Max também afetou a oferta.

Entretanto, a frota em serviço está a enfrentar o programa de inspeção de motores Pratt & Whitney GTF em curso, que está a fazer com que centenas de aeronaves da família A320neo sejam temporariamente retiradas de serviço.

Comparando a previsão de entregas para 2024 com o CFF de 2023, há cerca de 5% menos entregas no período de 2024-2027, refletindo, principalmente, a aceleração mais lenta dos aviões de corredor único.

Em termos globais, a previsão para 20 anos tem mais 5% de entregas, com uma perspetiva mais positiva para o início da década de 2030, uma vez que a grande carteira de encomendas atual exige uma taxa de entregas mais elevada nesses anos.

Corredor único prevalece
A Airbus e a Boeing continuarão a ser os dois maiores fabricantes de aeronaves comerciais, que fornecendo cerca de 84% das aeronaves e 90% em valor até 2043, prevendo-se que a Comac assuma uma quota de 6% da procura, enquanto outros fabricantes (ATR, Embraer, etc.) irão “lutar” por uma fatia que vale cerca de 180 mil milhões de dólares.

De acordo com a análise da Cirium, é provável que o segmento dos aviões de corredor único com 150-250 lugares registe a atividade mais significativa, em que a Airbus e a Boeing tentarão posicionar-se naquele que é o maior mercado do ponto de vista do volume unitário. Ambos os fabricantes têm estado a avaliar configurações de aeronaves com asas de maior envergadura e maior amplitude para maximizar a eficiência aerodinâmica, incorporando mecanismos dobráveis para permitir operações a partir das atuais infraestruturas aeroportuárias.

A Ásia, no seu conjunto, continuará a ser a principal região de crescimento, com cerca de 45% das entregas, das quais a China contribuirá com cerca de 20%, quase alcançando o total da América do Norte. A Europa, com 18%, ficará imediatamente à frente do resto da Ásia-Pacífico (com exceção da Índia, que terá uma quota de 8%).

“O crescimento previsto do tráfego a longo prazo exigirá que a frota mundial de passageiros aumente em cerca de 24.000 unidades”, diz a Cirium, o que equivale a uma taxa de crescimento anual de 3,4%, elevando o inventário para cerca de 49.000 aviões a jato e turboélice no final de 2043.

Cerca de 84% da frota atual será renovada durante este período, pelo que um pouco menos de metade das entregas será para substituição. A análise da curva de sobrevivência é utilizada para modelar as reformas e prevê uma vida económica média de 23 anos para os aviões de corredor único e de 21 anos para os aviões de corredor duplo. A frota de aviões de corredor único crescerá mais rapidamente, 3,9% ao ano, contra 3,3% para os aviões de corredor duplo, tendo o tráfego de longo curso demorado mais tempo a recuperar o crescimento. A frota de aeronaves regionais aumentará de forma mais modesta, a uma taxa global de 0,8% ao ano.

As ações do setor da aviação para alcançar as emissões líquidas nulas de carbono até 2050, juntamente com quaisquer iniciativas governamentais para abordar a sustentabilidade da aviação, terão, sem dúvida, um impacto nos custos e na regulamentação do setor. “Estes fatores podem, por sua vez, perturbar a procura de viagens aéreas, uma vez que o aumento dos custos se repercute nos clientes sob a forma de tarifas aéreas mais elevadas, bem como restringir potencialmente a capacidade de crescimento do sector”, admite a Cirium.

Contudo, a falta de dados concretos sobre as potenciais consequências da descarbonização e a incerteza quanto ao nível de oferta de SAF na procura de aeronaves comerciais, significa que “a previsão continua a basear-se numa perspetiva sem restrições”, admite a consultora.

A previsão não inclui especificamente quaisquer programas de aeronaves elétricas, híbridas ou movidas a hidrogénio, prevendo-se, assim, que o desenvolvimento de aeronaves comerciais existentes ou totalmente novas se centrará na propulsão convencional (ou seja, baseada na atual arquitetura), embora alimentada por proporções crescentes de Combustível Sustentável para a Aviação (SAF).

A Cirium admite, no entanto, que, “nas últimas fases do período de previsão, poderão ser adotadas configurações de motores não convencionais que poderão incorporar tecnologia de propulsão híbrida”.

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Enoturismo

Portugal com 11 unidades de enoturismo distinguidas nos “World’s Best Vineyards”

Portugal passou de 9 para 11 unidade de enoturismo distinguidas nos “World’s Best Vineyards”, ocupando o 4.º lugar a nível mundial.

Portugal viu a sua presença no ranking dos “World’s Best Vineyards” 2024 reforçada, passando de 9 para 11 unidades distinguidas. Face à edição anterior, a liderança a quatro mantém-se inalterada: Espanha (13), França (12), Argentina (12) e Portugal (11), todos com mais de 10 nomeados. Com seis projetos distinguidos, seguem-se Itália e Chile; e com cinco fica a Nova Zelândia, os Estados Unidos da América e a Alemanha.

Entre as unidades portuguesas distinguidas nesta classificação dos melhores de 2024, 8 são da região do Douro, 1 do Alentejo, 1 dos Vinhos Verdes e 1 da Península de Setúbal. Entre as eleitas estão a Quinta do Crasto – Douro (15.ª), Quinta do Bonfim – Douro (28.ª), Quinto do Noval – Douro (36.ª), Graham´s Port Lodge – Douro (52.ª), Herdade do Esporão – Alentejo (61.ª), Soalheiro – Vinhos Verdes (64.ª), Niepoort – Douro (70.ª), Quinta do Seixo – Douro (71.ª), Quinta N. Sra. do Carmo – Douro (92.ª), Quinta da Pacheca – Douro (96.ª) e Quinta da Bacalhoa – Península de Setúbal (98.ª).

Por continentes, a Europa lidera absolutamente com mais de metade do total das escolhas (56), seguindo-se as Américas (26) e a Oceânia (8). No continente europeu, a esmagadora maioria das unidades localiza-se nos países do sul, onde se incluem os países que maior número de nomeações: Espanha (13), França (12), Portugal (11) e Itália (6). Fora desta região mundial, apenas a Argentina (11) e o Chile (6) conseguiram um elevado número de unidades eleitas.

O enoturismo é uma forma de turismo que tem conquistado uma importância crescente, tanto em Portugal como ao nível global. Este produto envolve visitas a unidades, vinhas e regiões vitivinícolas, onde os visitantes podem experimentar vinhos locais, aprender sobre o processo de produção e explorar a cultura e as tradições das regiões produtoras.

Em Portugal, o enoturismo é uma atividade estratégica para o setor turístico e para a economia local das regiões vinhateiras. Com uma rica tradição vitivinícola que remonta a séculos e regiões emblemáticas como o Douro, o Alentejo, o Dão e os Vinhos Verdes, o país é um dos destinos mais procurados por apreciadores de vinho de todo o mundo. A diversidade de terroirs e de castas nativas faz de Portugal um destino único para explorar vinhos autênticos e de alta qualidade. Além disso, o enoturismo contribui para a preservação da cultura e das tradições locais, ao mesmo tempo que impulsiona a economia regional, promovendo a criação de emprego e o desenvolvimento sustentável.

À escala internacional, o enoturismo também tem um papel crescente na indústria turística. Países como França, Itália, Espanha, EUA e Argentina são destinos de referência e atraem milhões de visitantes todos os anos. Este tipo de turismo é especialmente valorizado porque promove o turismo de experiência, que está em ascensão. Ao envolver os sentidos e proporcionar uma experiência mais pessoal, o enoturismo oferece aos turistas uma conexão mais profunda com o destino. Esse tipo de turismo tem ainda um efeito multiplicador na economia, pois impacta positivamente áreas como a gastronomia, a hotelaria, os transportes e o artesanato local.

Além disso, o enoturismo contribui para uma consciência ambiental e de sustentabilidade, uma vez que muitos produtores de vinho adotam práticas sustentáveis para atrair um público cada vez mais consciente. Com o aumento da procura por viagens que respeitam o meio ambiente, produtores e regiões vitivinícolas têm implementado técnicas de cultivo ecológicas e sustentáveis, promovendo um impacto positivo na preservação ambiental.

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Destinos

“Viajante multifacetado e complexo” viaja mais e combina viagens domésticas e internacionais

Depois de 2024 estar a registar uma recuperação das viagens, um estudo recente da SiteMinder mostra que os viajantes irão explorar o mundo de forma “mais intensa” do que nunca em 2025. O “Changing Traveller Report 2025” revela que a “complexidade” destes novos viajantes exigem novas abordagens por parte de quem os recebe, com a hotelaria a ter de efetuar ajustes.

O ano de 2025 assistirá ao surgimento de viajantes “multifacetados” e (mais) “complexos”, que procuram uma mistura entre destinos novos e clássicos, equilibrando a espontaneidade e praticidade, movidos por experiências e eventos, mas que ao mesmo tempo deseja passar mais tempo nos destinos escolhidos. De acordo com o maior estudo global da SiteMinder sobre comportamento dos consumidores de hotelaria, “Changing Traveller Report 2025”, esta “complexidade” exigirá uma mudança fundamental na forma como os hotéis operam e recebem este “novo hóspede”.

Presentes que estão neste estudo alguns dos principais mercados emissores para Portugal, o relatório revela que os viajantes irão explorar o mundo de forma “mais intensa do que nunca em 2025”, justificado pelos 72% de inquiridos que planeiam aventurar-se no estrangeiro, correspondendo a um aumento significativo de 65% face a 2024 e 62% relativamente a 2023.

Apesar desta vontade de viajar para o estrangeiro, o número de pessoas que pretende viajar exclusivamente para fora do país está a diminuir, indicando o estudo da SiteMinder que a proporção de viajantes que planeiam realizar viagens tanto nacionais como internacionais quase que duplica face a 2024.

Na frente dos países com maior intenção de viajar internacionalmente, surgem os asiáticos, com Singapura, China e Tailândia a lideram com valores acima dos 80%. Nos países mais tradicionais para o mercado português, verifica-se que a Alemanha, apesar da crise que vive, está em crescendo, passando de 65%, em 2024, para 76%, em 2025. Itália (passa de 66% para 75%), Espanha (de 63% para 70%), França (de 59% para 64%) e EUA (de 43% para 51%) são outros dos países a registarem subidas, sendo que os únicos países com números menos positivos são Reino Unido, onde, em 2024, 71% dos britânicos optaram por realizar viagens internacionais, descendo para 69%, em 2025, assim como o México que passa de 57% para 56%.

Quanto aos países que estes viajantes pretendem visitar, e não aparecendo Portugal entre os mercados analisados, o Japão lidera nas intenções de visita, seguido dos EUA e França.

Ajustamento necessário na hotelaria
A pesquisa do destino e do respetivo alojamento, esse está canalizado para o online, com 36% dos inquiridos a iniciarem a sua busca por hotéis através de um site de pesquisa, em comparação com 26% em 2024. E aqui, os “Baby Boomers” lideram com 42%, verificando-se, igualmente, que o uso de fóruns quase duplicou, especialmente entre os jovens viajantes dos EUA e da Alemanha, superando as dicas de familiares e amigos, que caíram pelo terceiro ano consecutivo.

Já na hora de reservar a viagem, 42% dizem optar por uma agência de viagens online (um aumento de 3%), enquanto os que fazem reservas diretamente com o hotel diminuíram 1% (para 27%).

Também o uso de agentes de viagens subiu 1,5%, verificando-se que 52% relata ter abandonado uma reserva online devido a uma má experiência.

Olhando para as principais razões que levam os viajantes a abandonarem as reservas de hotel online, o facto de o site “não parecer seguro” surge em primeiro lugar, seguido de “problemas com o pagamento” e demora no carregamento da página.

E neste particular, as gerações mais novas são, de facto, as mais “irrequietas”, com a “Geração Z” a ser a que mais abandona as reservas de hotel online (70%), seguindo-se os “Millennials” (61%).

Aquando da reserva de hotel, o estudo mostra um certo “downgrade”, com 46% dos inquiridos a planearem reservar um “Quarto Standard”, em 2025, representando um aumento de 12,5% em relação aos que optam por um “Quarto Superior”, “sinalizando um foco na poupança em itens essenciais”, aponta o estudo, ou seja, poupam no alojamento para gastar mais em experiências.

Apesar desta poupança, os viajantes estão dispostos a gastar pelo menos o mesmo valor no alojamento através de extras que enriquecem a sua estadia, com 47% a revelarem-se dispostos a pagar mais por pequeno-almoço, 30% pelo tamanho do quarto, sendo que 70% está aberta a pagar um pouco mais por uma estadia ecológica.

E aqui, novamente, os asiáticos aparecem entre os que se dizem dispostos a pagar mais, sendo os únicos, juntando-se ainda o México, que superam a média global de 70%.

Eventos em alta
Um segmento que está em franca expansão são as viagens para eventos, com 65% das pessoas a afirmarem que estariam mais propensas a viajar para um evento do que há 12 meses. Este número sobe para 83% entre a “Geração Z” e 77% entre os “Millennials”.

O estudo mostra, também, que 58% planeiam reservar o hotel dentro de uma semana após a compra de um bilhete para um concerto, enquanto apenas 7% deixam a reserva para o último minuto.

Em relação aos preços, a grande maioria concorda que os hotéis devem ter a capacidade de ajustar as tarifas durante os períodos de maior movimento, uma perspetiva que é especialmente comum entre os hóspedes jovens de áreas urbanas. No entanto, a maioria (83%) consideraria reservar noutra altura se fosse incentivada a fazê-lo.

Outro dado interessante retirado do “Changing Traveller Report 2025” prende-se com o facto de o número de pessoas que planeia trabalhar no local para onde viaja ter aumentado para 41%, refletindo um crescimento de 5% em relação a 2024 e de 10% em comparação com 2022. A maior mudança verifica-se entre os” Millennials”, 50% dos quais pretendem trabalhar durante as suas estadias em 2025.

Quando se trata de adotar novas tecnologias, 51% acreditam que os hotéis estão à frente na adoção digital, com o uso da Inteligência Artificial a continuar a ser um tema controverso, indicando o relatório que os viajantes da Ásia e da América Latina são, em

geral, os mais recetivos, enquanto os da Oceânia, América do Norte e Europa mostram-se mais cautelosos.

No local, os viajantes sentem-se mais confortáveis com a IA a lidar com tarefas como a limpeza e o serviço de quartos, hesitando em deixar as máquinas assumir responsabilidades, como a cozinha. Globalmente, apenas 12% apoiariam que as máquinas gerissem todas as funções principais de um hotel em 2025.

De referir que o estudo da SiteMinder questionou mais de 12.000 viajantes em 14 dos maiores mercados turísticos do mundo: Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, México, Singapura, Espanha, Tailândia, Reino Unido e EUA.

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Da esquerda para a direita: Jesús Viñuales, Anabela Freitas, Esther Gutiérrez, Miguel Martins

Destinos

Congresso Mundial de Turismo Interior para “eliminar fronteiras”

Na apresentação oficial do I Congresso Mundial de Turismo Interior, os responsáveis pela organização salientaram que o evento pretende “olhar para a frente e encontrar estratégias futuras de desenvolvimento em conjunto”.

Victor Jorge

De 26 a 28 de novembro, Cáceres (Extremadura, Espanha) será o palco do I Congresso Mundial de Turismo Interior, organizado pela Associação Ibérica Turismo do Interior (AITI). Na apresentação oficial à imprensa, em Portugal, Jesús Viñuales, diretor-geral de Turismo da Extremadura, admitiu que “um dos objetivos principais deste evento é, de facto, eliminar fronteiras. Por vezes, falamos de dois países que não se olham olhos nos olhos e que, a partir de agora, passam a trabalhar em conjunto para um bem comum”.

Com o objetivo de “criar um destino conjunto”, Esther Gutiérrez, vice-presidente da Diputación de Cáceres, salientou que “há que olhar para os novos turistas que também nos veem com outros olhos”, explicando que o “segredo” está em “promover territórios mais autênticos, de maior qualidade, que preserve a natureza e a cultura”.

“Temos de ultrapassar um grande desafio que nos é colocado e que tem a ver com a demografia, com o despovoamento dos locais. Precisamos de manter os que lá estão e chamar novas pessoas para nos visitarem e se fixarem no interior”. Para isso, explicou, “precisamos de cooperação e colaboração entre os setores públicos e privados para que possamos desenvolver as oportunidades que estes territórios oferecem”.

Já Miguel Martins, presidente da AITI, considera que “é fundamental estreitar relações entre os dois países, ou melhor, entre as duas regiões”, admitindo que, para tal, “academia, privados e públicos terão de trabalhar em conjunto”.

No que diz respeito ao congresso, Miguel Martins explicou que “não queremos um evento onde as pessoas vão debitar informações sem valor, ou como se costuma dizer, o que se ouve em todos e quaisquer eventos. Queremos que seja um evento de partilha e que no final se possa retirar algo válido para o desenvolvimento futuro destas regiões e pessoas”.

“Teremos uma componente académica muito forte, com 58 comunicações, de 35 universidades”. Além disso, haverá uma zona de exposição, com 39 expositores dos dois países. Em Portugal, já confirmaram a presença expositores de todo o país, desde Guarda a Alcoutim, Coruche, Alfândega da Fé, Ourém ou Tomar, sendo que o mesmo se passa da parte espanhola.

Admitindo que “faltam âncoras” para o desenvolvimento destes territórios, Miguel Martins explicou que “estes têm de oferecer algo. Não basta dizer que temos natureza, somos sustentáveis, que temos cultura. Isso, praticamente, todos afirmam”, destacou.

Um momento alto do evento, revelou o promotor, será a apresentação de uma rota da “Guerra dos Tronos”, que inclui locais de filmagem icónicos ao longo da fronteira ibérica, trazendo visibilidade internacional e um novo atrativo para a região.

Por isso, um dos aspetos fundamentais a melhorar nestes territórios prende-se, entre outros, com a mobilidade. “Não vale a pena estarmos a promover estes territórios do interior quando as pessoas depois levam horas a lá chegar e, muitas vezes, nem sabem como chegar”, salientando Miguel Martins a presença de Pablo Pastega, vice-presidente para a Europa Ocidental da FlixBus, empresa que está a analisar uma possível ligação entre Cáceres e Castelo Branco.

Além da rodovia, Miguel Martins destacou, igualmente, a importância da ferrovia para trazer pessoas a estes territórios, “já que estamos a falar de dois países que, no conjunto recebem 200 milhões de turistas, mas cujo interior só capta 1,3 milhões”. Por isso, admite, “temos de ser práticos e falar de assuntos concretos”.

Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo do Centro, admitiu que “estamos no caminho certo para o desenvolvimento do turismo”, considerando que “é mais o que nos une do que o que nos separa. É preciso ter uma mensagem positiva”. Salientando ainda que “a diferença entre nós é uma mais-valia para todos”, reconheceu que “são os privados que desenvolvem o setor e enfrentam os desafios dos territórios”, apelando ainda a “mais ação”.

No final, Miguel Martins concluiu que o congresso surge “na altura ideal”, indicando que, em breve, será lançada uma plataforma de comunicação efetiva, já que “não podemos promover por promover. Não precisamos de muitos produtos turísticos, mas os que existem, têm de ser bons, de qualidade”.

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Adaptação às alterações climáticas é uma prioridade nacional para os portugueses, revela estudo do BEI

De acordo com o inquérito anual sobre o clima encomendado pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), mais de três quartos dos portugueses reconhecem a necessidade de mudar e adaptar o seu estilo de vida aos efeitos das alterações climáticas.

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À medida que a frequência e a gravidade das catástrofes naturais se intensificam, o custo económico das alterações climáticas aumenta. Os cientistas alertam para o facto de estas catástrofes se tornarem cada vez mais onerosas. De acordo com um relatório da Agência Europeia do Ambiente, “a Europa é, atualmente, o continente que regista o aquecimento mais rápido e prevê-se que os fenómenos meteorológicos extremos se intensifiquem à medida que as temperaturas mundiais aumentam”. Esta escalada coloca desafios significativos em matéria de infraestruturas e ameaça a estabilidade do abastecimento mundial de água e alimentos, o que evidencia a necessidade urgente de estratégias globais de adaptação às alterações climáticas.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) acaba de publicar a sétima edição do seu inquérito anual sobre o clima, que recolheu as opiniões de mais de 24.000 inquiridos na UE e nos EUA sobre as alterações climáticas.

Em Portugal, inquiridos colocam as alterações climáticas entre os cinco maiores desafios que o país enfrenta, a par da instabilidade política e a seguir ao aumento do custo de vida, ao acesso aos cuidados de saúde, à migração em grande escala e ao desemprego.

Embora não as considerem “o maior desafio” quando lhes é dada a possibilidade de as classificarem, uma grande maioria dos portugueses reconhece a necessidade de adaptação às alterações climáticas e considera-a mesmo uma prioridade. 99% dos inquiridos reconhecem a necessidade de adaptação às alterações climáticas (em comparação com a média da UE de 94%). Mais especificamente, dois terços (66%, 16 pontos acima da média da UE de 50%) consideram que essa adaptação é uma prioridade em Portugal nos próximos anos e 33% consideram-na importante.

A adaptação às alterações climáticas é também encarada como uma oportunidade económica e um investimento a longo prazo para o país. 95% dos inquiridos afirmam que o investimento na adaptação às alterações climáticas pode ajudar a criar emprego e a estimular a economia local (em comparação com 86% na UE). Já 95% consideram que essa adaptação exige investimentos no presente para evitar custos mais elevados no futuro (em comparação com 85% na UE).

Embora os inquiridos portugueses reconheçam as oportunidades económicas das medidas de adaptação aos impactos das alterações climáticas, a sua experiência pessoal relativamente a fenómenos meteorológicos extremos aumenta o sentimento de que é urgente agir. Assim, 86% dos portugueses (6 pontos acima da média da UE) foram afetados por, pelo menos, um fenómeno meteorológico extremo nos últimos cinco anos. Mais especificamente, 63% (8 pontos acima da média da UE) foram atingidos por calor extremo e ondas de calor, 48% (27 pontos acima da média da UE) enfrentaram incêndios florestais e 43% (8 pontos acima da média da UE) foram afetados por secas.

Mudanças de estilos de vida
As consequências dos fenómenos meteorológicos extremos são simultaneamente tangíveis e variadas. 71% dos inquiridos portugueses mencionaram ter sofrido, pelo menos, uma consequência direta de fenómenos meteorológicos extremos, 28% tiveram florestas ou espaços naturais destruídos perto das suas habitações (9 pontos acima da média da UE), 24% sofreram problemas de saúde (como insolação ou problemas respiratórios) e 19% enfrentaram perturbações dos transportes.

Neste contexto, os portugueses estão cientes da necessidade de se adaptarem com 77% dos inquiridos (em comparação com 72% na UE) a reconhecerem que terão de mudar e adaptar o seu estilo de vida devido às alterações climáticas. 37% pensam que terão de mudar-se para um local menos vulnerável ao clima, mesmo que seja mesma região (para evitar inundações, incêndios florestais ou outros fenómenos meteorológicos extremos), e 30% afirmam que terão de mudar-se para uma região ou para um país mais fresco.

A adaptação individual às alterações climáticas exige um bom nível de informação, com a maioria dos portugueses (77%, 6 pontos acima da média da UE de 71%) a afirmar estar informada sobre as medidas que pode adotar para adaptar eficazmente os seus lares e estilos de vida. No entanto, a maior parte destes (53%, em comparação com a média da UE de 60%) continua a desconhecer a existência de subvenções públicas ou incentivos financeiros para apoiar esses esforços.

Prioridades
Os inquiridos portugueses identificaram algumas prioridades essenciais para a adaptação às alterações climáticas a nível local. Dessa forma, “educar os cidadãos” no sentido de adotarem comportamentos para prevenir e enfrentar fenómenos meteorológicos extremos foi mencionado por 52% (14 pontos acima da média da UE de 38 %). Já o “arrefecimento das cidades” e a “melhoria das infraestruturas” foram mencionados por 38% e 37%, respetivamente.

Quanto à questão de quem deve pagar a adaptação às alterações climáticas, metade dos inquiridos (49%, 14 pontos acima da média da UE) considera que os custos devem ser suportados pelas empresas e indústrias que mais contribuem para as alterações climáticas. Quase um terço (30%) considera que todos devem pagar o mesmo e somente 8% afirma que as pessoas mais ricas devem suportar os custos através de impostos mais elevados.

Quanto à questão de quem deve beneficiar primeiro da ajuda à adaptação, 38% considera que todos devem beneficiar de igual modo, 32% pensa que deve ser dada prioridade aos idosos, e 25% afirma que os primeiros beneficiários devem ser as pessoas que vivem em zonas de alto risco.

A preocupação sobre quem deve beneficiar da ajuda à adaptação vai para além das prioridades locais. A maioria dos portugueses (67%, 10 pontos acima da média da UE) reconhece a necessidade de apoiar os esforços de adaptação a nível mundial e considera que o seu país deve fazer mais para ajudar os países em desenvolvimento mais vulneráveis a adaptarem-se aos impactos crescentes das alterações climáticas.

As pessoas sabem que temos de agir agora para nos adaptarmos e atenuarmos os efeitos das alterações climáticas, mas uma transição bem planeada é também a que faz mais sentido do ponto de vista económico. Cada euro investido na prevenção e na resiliência permite poupar entre 5 e 7 euros na reparação dos danos”, conclui Nadia Calviño, presidente do BEI.

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Alojamento

Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton já foi inaugurado

A unidade hoteleira insere-se no edifício do antigo Grupo de Teatro Modestos, do qual foi recuperada a fachada e a antiga sala de espetáculos.

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A 6 de novembro a Hilton inaugurou mais um hotel no Porto, o Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton, no antigo Teatro Modestos.

Inspirado pela herança teatral do edifício que ocupa, o Cénica Porto Hotel conta com 126 unidades de alojamento, incluindo suites, além de um restaurante com um menu mediterrânico, o Dramatics Restaurant & Bar, liderado pelo chef Nuno Miguel. A nova unidade hoteleira oferece ainda um spa com piscina interior, jacuzzi, sauna e banho turco, várias salas para tratamentos, um ginásio equipado pela Technogym, um pátio e um jardim.

Dramatics Restaurant & Bar | Créditos: DR

Situado na Rua de Gonçalo Cristóvão, no centro do Porto, o hotel ocupa um edifício que em tempos integrou a Quinta de Santo António do Bonjardim, no início do século XIX. Em 1902, o local tornou-se a casa do Grupo de Teatro Modestos, ativo até à década de 1980.

Para preservar este legado, o hotel preservou a fachada original do edifício, como refere em nota de imprensa, além de transpor a herança teatral do edifício no design de interiores.

O espaço da antiga sala de espetáculos também foi recuperado, de acordo com o hotel, que indica em comunicado que este será um ponto de encontro para planos culturais e eventos privados.

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Turismo

COP29 inclui dia temático sobre alterações climáticas e turismo

O lugar do turismo na ação climática global será o centro das atenções a 20 de novembro na COP29 em Baku, Azerbaijão.

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Pela primeira vez, a Conferência sobre Alterações Climáticas das Nações Unidas acolherá ministros do Turismo, colocando o setor no âmbito da Agenda de Ação da COP29 e proporcionando uma plataforma de diálogo de alto nível – por iniciativa e liderança conjunta da Agência Estatal de Turismo da República do Azerbaijão e do Turismo das Nações Unidas (ONU Turismo).

Este facto reflete o papel de liderança desempenhado pela ONU Turismo na mudança para uma abordagem baseada na ciência para orientar o setor na ação climática do turismo e baseia-se nos esforços da Declaração de Glasgow, que é implementada no âmbito do Programa de Turismo Sustentável “One Planet”. A colaboração dos Estados-Membros empenhados e das partes interessadas do setor do turismo, bem como o apoio prestado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP, sigla em inglês), foram fundamentais para alcançar este marco histórico para o setor do turismo na COP29.

Agendada para 20 de novembro, a Primeira Reunião Ministerial sobre a Ação Climática no Turismo será seguida de três mesas redondas temáticas sobre medição e descarbonização, regeneração (adaptação) e financiamento e soluções inovadoras, com vista a uma agenda climática ousada para o turismo.

Turismo aumenta as suas ambições
A Presidência da COP29 irá liderar o lançamento da Declaração de Baku sobre o reforço da ação climática no turismo. A Declaração é um apelo à ação em resposta à necessidade de desenvolver mais “Contributos Determinados a Nível Nacional” para o Acordo de Paris, tal como solicitado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, pelo secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell, e pelo secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili. Em Baku, os representantes dos governos serão incentivados a subscrever a Declaração e a definir os seus planos para associar as políticas e os esforços no domínio do turismo aos objetivos nacionais em matéria de clima e à Agenda das Nações Unidas para as Alterações Climáticas. A Turismo da ONU e a Agência Estatal de Turismo do Azerbaijão lançarão para consulta pública um documento de posição sobre a exploração de oportunidades para integrar o turismo nos objetivos nacionais de desenvolvimento sustentável, de uma forma determinada a nível nacional.

Impulsionar o envolvimento e a responsabilização
Duas das iniciativas de sustentabilidade emblemáticas da Turismo da ONU também estarão presentes neste dia temático, com as partes interessadas a serem instadas a agir.

A Iniciativa da Declaração de Glasgow sobre a Ação Climática no Turismo é um compromisso voluntário lançado na COP26, implementado no âmbito do Programa de Turismo Sustentável “One Planet” e reconhecido como uma iniciativa de Ação Climática Global pela UNFCCC. Na COP29, a Iniciativa da Declaração de Glasgow deverá receber um novo impulso para incluir mais signatários, concentrando-se especialmente no seu posicionamento como uma ferramenta para apoiar a implementação de políticas climáticas nacionais através da ação climática no turismo, estruturada em torno de cinco vias estratégicas: medição, descarbonização, regeneração/adaptação, colaboração e financiamento.

Também em Baku, o Quadro Estatístico para Medir a Sustentabilidade do Turismo (MST. Sigla em inglês), adotado pela Comissão de Estatística das Nações Unidas em fevereiro de 2024, será formalmente reconhecido como a ferramenta para medir os impactos da ação climática do setor. “O Quadro MST é um exemplo vivo de como ir além do PIB e incluir também dados ambientais, como as emissões de gases com efeito de estufa e a utilização de energia”, refere a organização da COP29.

Em reconhecimento deste facto, o MST será posicionado na sua capacidade de impulsionar a produção de dados mais fiáveis, de propriedade nacional e internacionalmente comparáveis sobre o impacto do turismo nas alterações climáticas, lançando as bases necessárias para o progresso na mitigação das emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE) relacionadas com o turismo e na eficiência energética.

 

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Turismo

Portugal ultrapassará, em 2024, 27MM€ em receitas e SET aponta para crescimento de 9% em 2025

Na penúltima conferência do ciclo “Construir o Turismo do Futuro”, uma iniciativa nacional promovida pelo Turismo de Portugal, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo (SET), apontou para que Portugal atinja os 27 mil milhões de euros de receitas ainda este ano, meta anteriormente prevista para 2027.

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O Centro de Congressos de Aveiro acolheu a sexta conferência do ciclo “Construir o Turismo do Futuro”, uma iniciativa nacional promovida pelo Turismo de Portugal que percorrerá as sete regiões turísticas de Portugal para definir a “Estratégia Turismo 2035”, que sucede à anterior “Estratégia Turismo 2027”, e que tem por objetivo ser um referencial estratégico atualizado para enfrentar os desafios emergentes no setor do turismo, tanto a nível nacional como global.

Na sessão de abertura da Conferência, o secretário de Estado do Turismo (SET), Pedro Machado, que esteve acompanhado por Raul Almeida, presidente da Turismo Centro de Portugal, Isabel Damasceno, presidente da CCDR Centro, e José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, destacou o crescimento expressivo do turismo em Portugal, referindo que “à data de hoje sabemos que o país estima atingir, até ao final deste ano de 2024, qualquer coisa como 27 mil milhões de receitas [no turismo] – meta anteriormente prevista para 2027 – e a perspetiva para 2025 é de crescer na ordem dos 9%”.

“O Turismo é uma atividade que cresce em todo o mundo. Há cerca de 30 anos, o número de pessoas que viajavam era de 500 milhões de pessoas, atualmente são 3 mil milhões. Isto é uma oportunidade para o nosso país, embora seja também um desafio”, afirmou Pedro Machado. “Estamos aqui a receber contributos para estabelecermos uma estratégia que aproveite as oportunidades e diminua os riscos do crescimento turístico”, acrescentou.

O SET sublinhou ainda que a estratégia que está agora a ser construída não se esgota no ciclo de conferências e recordou os 10 principais ativos estratégicos do país: Clima e Luz; Natureza; História, Cultura e Identidade; Mar; Água; Gastronomia e Vinhos, Eventos Artístico-Culturais, Desportivos e de Negócios; Bem-Estar; Living; e um ativo transversal a todos os anteriores, que são as Pessoas.

Raul Almeida salientou a evolução do perfil turístico do país e da região, com um foco crescente nos destinos de interior e turismo de natureza. “Durante muito tempo, privilegiava-se o produto ‘Sol e Mar’. Hoje, promovem-se mais os destinos de interior, a natureza e o turismo cultural. Estamos a transformar a diversidade em oportunidade”.

Mas para levar os turistas a descobrirem o território, são necessárias melhores acessibilidades, lembrou: “É necessário um Plano de Mobilidade, que permita direcionar os fluxos turísticos que chegam aos aeroportos de Lisboa e Porto para todo o país. Para isso, precisamos de investimento na ferrovia, mas também na rodovia”.

Já Isabel Damasceno enfatizou a importância do turismo para a região Centro, destacando o papel estruturante do setor na coesão territorial. “O sucesso da região é fruto da organização e colaboração entre as várias entidades do turismo, como as Comunidades Intermunicipais, as empresas e a Turismo Centro de Portugal, que assume um papel central de agregador e fazedor na estratégia regional”, afirmou.

José Ribau Esteves, salientou que “o turismo é uma atividade que atravessa uma onda positiva e, no papel de cada um, temos conseguido somar. Esta conferência demonstra que o turismo é uma atividade aberta, que estimula o debate entre todos e em que o contributo de um pequeno parceiro é tão importante como o de uma grande cadeia empresarial”.

Por fim, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, apresentou as linhas-mestras da “Estratégia Turismo 2035”, destacando o peso crescente do setor na economia nacional, representando já 16,5% do PIB e 20% das exportações. Carlos Abade apresentou, também, 10 desafios prioritários para o futuro do setor que incluem, entre outros, o fortalecimento da relação entre turismo e as comunidades locais, o reforço das competências de gestão, o aproveitamento da tecnologia, e a promoção de um turismo responsável e inovador.

Recorde-se que o ciclo de conferências “Construir o Turismo do Futuro” teve início em Lisboa, a 3 de outubro, e termina em Faro, a 25 de novembro.

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Créditos: Enoturismo do Centro de Portugal

Enoturismo

Bairrada recebe 12.ª edição das Jornadas de Enoturismo

Nos dias 20 e 21 de novembro realiza-se no Centro de Congressos de Aveiro a 12.ª edição das Jornadas de Enoturismo com diversas palestras, workshops e visitas na Bairrada vitivinícola.

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O enoturismo é, cada vez mais, apontado como um caminho de desenvolvimento e aumento de receitas no setor do vinho, bem como do turismo. Com o objetivo de mostrar a mais-valia do desenvolvimento do enoturismo em Portugal, todos os caminhos vão dar à Bairrada, nos dias 20 e 21 de novembro, com a realização da 12.ª edição das Jornadas de Enoturismo, no Centro de Congressos de Aveiro.

Uma iniciativa conjunta das cinco regiões, rotas e comissões vitivinícolas (CVR) do Centro de Portugal – Bairrada, Beira Interior, Dão, Lisboa e Tejo –, que nesta edição celebram o vinho e o enoturismo enquanto motor de desenvolvimento económico, cultural e sustentável dos territórios.

As Jornadas reúnem empresários, agentes públicos, profissionais e entusiastas do setor vitivinícola, turismo e gastronomia, oriundos de todo o país. Destinado a um público cada vez mais vasto, e jovem, na medida em que há muito para explorar ao nível do mercado de trabalho, este encontro serve ainda o propósito de celebrar a caminhada lado-a-lado das cinco CVR na promoção do entourismo. Um trabalho com 12 anos, iniciado, precisamente na Bairrada, e realizado ainda em parceria com diversas entidades da região Centro, sempre com a ajuda e o entusiasmo de muitos rostos que, alguns deles, se vão reencontrar nesta edição e fazerem um balanço desta viagem.

O programa das Jornadas de Enoturismo do Centro de Portugal 2024 já está fechado e pode ser consultado em https://www.enoturismodocentro.pt/pt/programa. Um dos temas a ser desenvolvido, da teoria à prática, é o storytelling. Para isso, o evento vai contar com a presença da brasileira Elaine de Oliveira, que para além de jornalista da Marie Claire é sommelier, dominando de fio a pavio as duas “artes”.

De manhã, integra o segundo painel (12h00) e, à tarde, promove um workshop, sob o mote “A história perfeita, criação de conteúdos com storytelling”. Ainda no primeiro dia, a perfumista e criadora do projeto Portugal by Nose, Cláudia Camacho, vai dar uma aula sobre aromas e perfumes e promover uma prova olfato-vínica. De manhã, há um painel mais dirigido à reflexão do setor, em que o enoturismo é debatido do ponto de vista do percurso e das perspetivas.

No segundo dia vai falar-se da ótica do enoturismo como uma experiência que impera ser memorável e dos desafios associados a isso, acreditando-se em três fatores chave de sucesso: ser autêntico, inteligente e sustentável. O papel dos sommeliers, importantes embaixadores do vinho e do território de origem, vai também aportar valor a estas Jornadas.

O acesso às Jornadas de Enoturismo é gratuito, à exceção das refeições (10 euros os almoços e 30 euros o jantar) e dos workshops (10 euros cada um; são em horários simultâneos, pelo que cada pessoa terá de eleger apenas um deles; máximo de 25 pessoas), que têm a duração de 1h30 e são precedidos de uma visita ao produtor onde se realizam, feitas pelo enólogo ou pelo proprietário da empresa anfitriã.

Em qualquer das situações, a inscrição obrigatória e é feita, digitalmente, no site www.enoturismodocentro.pt, acedendo ao ‘campo’ XII Jornadas de Enoturismo.

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