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“Temos que reconstruir a confiança na SATA”

Chegou à SATA em Maio, com o objectivo de recuperar a confiança do mercado na companhia, depois dos problemas que marcaram o Verão. Em entrevista ao Publituris, Gavin Eccles, director […]

Inês de Matos
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“Temos que reconstruir a confiança na SATA”

Chegou à SATA em Maio, com o objectivo de recuperar a confiança do mercado na companhia, depois dos problemas que marcaram o Verão. Em entrevista ao Publituris, Gavin Eccles, director […]

Inês de Matos
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Chegou à SATA em Maio, com o objectivo de recuperar a confiança do mercado na companhia, depois dos problemas que marcaram o Verão. Em entrevista ao Publituris, Gavin Eccles, director comercial da transportadora aérea açoriana, falou sobre a nova estratégia da companhia, a importância da América do Norte e sobre o futuro da SATA, que pode passar pela abertura do capital ao investimento privado.


É o director comercial da SATA desde Maio. Como é que está a correr esta experiência e qual é o seu principal objectivo?
Queria voltar à aviação, que foi algo que fiz durante grande parte da minha carreira. Quando cheguei a Portugal, dediquei-me à consultoria e, nos últimos quatro ou cinco anos, fui conselheiro do Turismo de Portugal para a aviação, mas queria mesmo voltar a uma companhia aérea e agarrei esta oportunidade. Já conhecia muito bem a SATA do tempo em que estive no Turismo de Portugal, em que tivemos projectos conjuntos e de trabalhos de consultoria que fiz para a SATA sobre a Madeira e sobre o desenvolvimento de uma estratégia para a companhia no Algarve, que nunca se chegou a concretizar. Portanto, queria voltar a uma companhia aérea e como a minha área é comercial, fiquei com a missão de coordenar a rede de destinos, os mapas de voo e as questões relacionadas com o preço, bem como as vendas e o marketing. Desde que me juntei à SATA, já fiz algumas mudanças e espero ajudar a voltar a pôr a companhia aérea no caminho certo.

E como espera conseguir esse objectivo, como é que vai pôr a SATA no caminho certo?
Penso que a companhia perdeu um pouco a relação que tinha com o mercado e, por isso, o meu papel passa também por tentar recuperar esta relação de proximidade com o trade português e com operadores turísticos internacionais. Claro que temos um website e obviamente que as vendas online são importantes, mas em algumas rotas os operadores turísticos fazem a diferença. É por isto que tenho escritório em Ponta Delgada, onde está a administração da empresa, mas também em Lisboa, porque todo o trade está aqui e é preciso estarmos perto do mercado. Temos tentado estabelecer também uma maior proximidade face aos operadores internacionais. Já estive duas semanas na Alemanha a estabelecer contactos, estive também duas semanas nos EUA e em Barcelona para reunir com operadores turísticos, assim como no Canadá. Precisamos de manter um contacto mais próximo com o trade para saber como podemos ajudar os nossos parceiros a tornar a SATA melhor e, para isso, temos que conhecer as necessidades dos operadores e agentes de viagens. Precisamos do trade, não podemos acreditar que a estratégia online é suficiente.

E que tipo de medidas vai tomar para alterar a actual relação com o trade?
Já houve algumas alterações. Em Ponta Delgada, temos um novo director de vendas, cargo que resultou de uma mudança introduzida por mim, porque a nossa equipa comercial não estava suficientemente focada no trade. O novo responsável de vendas é uma pessoa bem conhecida do trade nos Açores e também aqui no continente, cuja principal função é ser a voz das agências de viagens e operadores turísticos na SATA. Criámos também um novo departamento para os operadores turísticos em Ponta Delgada, que está a trabalhar com os nossos maiores parceiros, vamos ter famtrips e estamos a preparar campanhas de Inverno com alguns operadores turísticos para aumentar as vendas para os Açores no Inverno. Voamos duas vezes por dia, no Inverno, entre Lisboa e Ponta Delgada, uma vez entre o Porto e Ponta Delgada, e temos seis voos por semana para as ilhas do grupo Central, o que representa muitos lugares para vender e, por isso, precisamos do apoio dos operadores. Não é fácil, mas a minha equipa de vendas já está a trabalhar com os maiores operadores turísticos do continente para criar um projecto conjunto.

Este tipo de campanhas são uma oportunidade para a SATA se afirmar, uma vez que o Turismo nos Açores está a crescer muito?
É verdade, o Turismo nos Açores está a crescer muito, houve muitos turistas no Verão. Mas a SATA não é como uma companhia aérea normal, que tem uma oferta muito forte no Verão, mas que depois baixa muito durante o Inverno. A nossa oferta não varia muito, por exemplo, voamos três vezes por dia para Lisboa no Verão e, no Inverno, passamos para duas vezes por dia, o mesmo no Porto, onde temos 10 voos por semana no Verão e sete no Inverno. Podemos dizer que mantemos uma boa oferta no horário de Inverno, num destino que, em teoria, tem mais procura entre Março e Outubro. Estamos também a desenvolver um projecto para preencher os lugares vazios e que passa pelo segmento de MI. Sabemos que ninguém escolhe o lugar de um evento devido à companhia aérea, mas a forma como estamos preparados para dar apoio às DMC e PCO, pode atrair estes eventos para os Açores. Temos uma boa oferta de voos em Boston, Toronto, Frankfurt e no continente português e, por isso, são mercados onde esperamos conseguir atrair eventos de MI para os Açores. É algo que não temos feito e é uma nova área em que nos queremos focar.

Recuperar confiança
A SATA teve, este ano, um Verão complicado, com vários problemas a afectarem a operação. Esses problemas reflectiram-se nas vendas?

É verdade, tivemos um Verão com alguns problemas, particularmente nos meses de Junho e Julho, que foram duros. Tivemos uma série de eventos imprevistos, que obviamente afectaram a companhia, problemas com aviões, com o fornecimento de catering e tivemos duas greves em Maio e em Junho. Foram problemas graves, que nos levaram a ter uma maior atenção ao mercado. Como os Açores são um destino turístico, muitas das vendas tinham já acontecido antes dos problemas começarem. No caso do tráfego étnico, principalmente à partida da América do Norte, a maioria das reservas são feitas em Fevereiro e Março, pelo que esses problemas não afectaram as vendas, o que temos que fazer é garantir que os passageiros não ficam desiludidos com a companhia. Portanto, em termos das vendas, os problemas operacionais não tiveram grande impacto, mas temos que reconstruir a confiança na SATA e sabemos que temos muito trabalho a fazer. Todas as companhias aéreas têm problemas, mas, no caso da SATA, aconteceu tudo ao mesmo tempo e há coisas que não dependem de nós, como as greves. Temos que trabalhar para reconstruir a confiança na companhia e colocar a SATA de volta no mercado.

A recuperação da confiança na companhia aérea é o seu principal objectivo na SATA?
Não diria que a recuperação da confiança seja o meu principal objectivo, mas tivemos problemas e temos que reconhecer isso. Falhámos com alguns clientes, mas temos 75 anos de história e dois meses não fazem uma companhia. Temos que perceber o que se passou e seguir em frente, já o estamos a fazer. Claro que o facto de estes problemas terem acontecido no pico do Verão não foi bom, mas agora é tempo de perceber o que se passou e resolver cada problema. Isto é também parte da nossa visão de recuperar a sustentabilidade. Fizemos algumas alterações aos horários e queremos focar-nos nas ligações entre Ponta Delgada e a América do Norte, trazendo também pessoas para o Continente. Este é o nosso principal objectivo.

Recentemente, o Governo Regional dos Açores admitiu a hipótese de abrir o capital da SATA a investimento privado. O que pensa desta hipótese e que vantagens poderia trazer à companhia?
Como em qualquer negócio, é sempre bom quando surge alguém com novas ideias. Creio que, nesta fase, há muita especulação, mas para qualquer companhia aérea, nos dias de hoje, a sustentabilidade é muito importante. Por isso, se conseguirmos encontrar parceiros que possam ajudar ao crescimento desta visão da companhia de apostar na América do Norte como forma de trazer passageiros para os Açores e do continente para o arquipélago, é sempre positivo, porque nós somos uma companhia regional, que tem os Açores no nome. É um pouco como a Emirates como o Dubai, a companhia representa o Dubai e o Dubai representa a Emirates, há uma troca de sinergias. Por isso, se a companhia precisa de novo capital para poder ajudar o arquipélago, isso é positivo para toda a gente, creio que estamos todos a prosseguir o mesmo objectivo. Temos que definir agora para onde queremos ir e temos uma nova oportunidade de nos afirmarmos pela qualidade com o avião que está a chegar.

Lisboa mantém liderança
No ano passado, a SATA transportou 1,5 milhões de passageiros. Qual é a expectativa para este ano?
Não sei quantos passageiros vamos transportar, mas este ano tivemos um significativo crescimento da capacidade, a questão não passa tanto pelo número de passageiros que transportamos, é o rendimento que conseguimos com o transporte desses passageiros que interessa. A SATA tem duas companhias, a Azores Airlines, para os voos para fora dos Açores, e a SATA Air Azores, para os voos regionais. Em 2017, a Azores Airlines aumentou o número de lugares na sua rede internacional e doméstica em 31%. Foi um aumento de 327.744 lugares. Já a SATA Air Azores aumentou o número de lugares em 9%, o que corresponde a mais 81.784 lugares, incluindo voos de ida e de volta. Houve um crescimento significativo na nossa rede.

A liberalização do mercado aéreo nos Açores atraiu muitos turistas e também as low cost. Como está a SATA a reagir à concorrência por partes destas companhias?
É uma concorrência com base no preço e nós somos uma companhia aérea tradicional ou ‘full service’, que oferece o transporte de 23 kg de bagagem. Apesar de termos várias categorias de tarifas, permitimos que os passageiros escolham o lugar sem custos e oferecemos uma refeição a bordo. Por isso, somos a única companhia a voar para os Açores que oferece estes três benefícios e não queremos combater a concorrência pelo preço, queremos antes dar aos clientes um bom produto. Queremos posicionar-nos como uma companhia ‘full service’, não queremos ser conhecidos só pelo preço. Penso que continua a haver mercado para este tipo de oferta, porque há sempre passageiros que querem viajar com estes benefícios. Mas isto não quer dizer que o nosso preço seja muito superior, até porque com a maior oferta que existe, o preço vai descer. Actualmente, há oito voos para os Açores por dia e, este Verão, com os voos diários da easyJet, houve nove ou 10 voos por dia. Isto tem vindo a criar nas pessoas a percepção de que os preços estão a descer, mas não queremos entrar numa guerra de preços, preferimos ser reconhecidos pelos benefícios que oferecemos.

Qual é, actualmente, a rota mais rentável da SATA e aquela em que a companhia transporta mais passageiros?
A nossa principal rota é Lisboa, seguida por Boston. Temos dois voos por dia para Lisboa e nove voos por semana desde Boston e acredito que assim vai continuar porque temos que nos focar nas ligações ao Continente português, que é onde existe a mais fácil associação ao nosso nome, Azores Airlines, como uma companhia que voa para os Açores, os portugueses já sabem disso. Temos que nos afirmar no mercado português como uma alternativa e temos que fazer um grande trabalho com o mercado para sermos a companhia preferida do trade em voos para todo o arquipélago dos Açores. Ponta Delgada tem, obviamente, o maior número de lugares mas, no Inverno, temos seis voos por semana para a região do triângulo central e nenhuma outra companhia aérea tem esta oferta, são qualquer coisa como mil lugares por semana. Por isso, Lisboa é a nossa principal rota para os Açores e temos que proteger esta posição. Em Boston, o que temos a fazer agora, uma vez que esta rota tem muito tráfego étnico, é atrair o restante tráfego, não apenas o étnico, e os Açores são um produto fácil de vender, a apenas quatro horas e meia de distância. Para isso, precisamos de atrair o trade e é isso que tenho tentado fazer, estamos a tentar mostrar que os Açores são um grande destino para os norte-americanos.

Importância da América do Norte
Falando da América do Norte, a SATA tem uma importante presença nesta região, com destaque para as rotas de Boston, nos EUA, e Toronto, no Canadá. Como têm corrido estas rotas?
Em Toronto não temos tido problemas, tivemos uma temporada muito boa. Já o voo de Boston não tem estado tão bem, devido a problemas com o avião e, quando temos um problema em Boston, isso não afecta apenas um voo, não é só esse voo que não sai a horas. Temos nove voos por semana de Boston para Ponta Delgada, mas aquilo que estamos a fazer nos EUA é tentar vender uma visão da Macaronésia, por isso, lançámos conexões para Cabo Verde – o que está a correr muito bem –, voamos diariamente para o Funchal e duas vezes por semana para Las Palmas, somos a única companhia com voos que cobrem todos os arquipélagos da Macaronésia, mas quando temos um problema com o avião de Boston, isso reflecte-se nas outras ligações, por isso, a nova estratégia é pôr o novo A331neo no voo de Boston a partir de meados de Dezembro, o que vai fazer uma grande diferença, porque é um avião completamente novo. Acreditamos que vai ajudar a recuperar a confiança na SATA, porque é um grande avião para voos entre quatro a sete horas, o que para a rota de Boston-Ponta Delgada, que tem quatro horas e meia, é uma oportunidade fantástica.

No ano passado, a SATA lançou também uma rota para Providence, nos EUA. Como correu e o que está previsto para o futuro?
Estamos agora a analisar, porque Providence é uma rota sazonal. Na América do Norte, temos voos durante todo o ano para Boston e Toronto e, depois, voamos para Montreal, Providence e Oakland sazonalmente, de Junho a Setembro. Em relação a Providence, estamos a analisar o comportamento da rota e estamos em conversações com o aeroporto de Providence sobre a hipótese de continuarmos a operação. Mas Providence é um desafio porque fica a apenas uma hora de distância de Boston e não queremos que uma canibalize a outra. Estamos a ver se vale a pena manter ambas as rotas, porque, em teoria, Providence poderia atrair um cliente diferente. Boston é um aeroporto de rede, onde temos codeshare com a Jetblue e com a United, o que quer dizer que apanhamos passageiros de todo o país, em Providence não. Aquilo que fizemos foi um teste, correu bem e agora estamos a ver como podemos usar Boston e Providence no próximo Verão. Temos também rotas para Montreal e Oakland, que correram bem e acredito que vão continuar na nossa rede no Verão de 2018. A rota de Oakland é para a Terceira e há uma longa tradição de tráfego entre a Califórnia e a Terceira, o que me leva a acreditar que ainda podemos melhorar bastante nesta região. Em sentido contrário é mais difícil. Ninguém sabe que há um voo directo para São Francisco, mas existe, o nosso voo para Oakland. O aeroporto de Oakland fica na baía de São Francisco e este é o único voo directo de Lisboa para as empresas tecnológicas da região. É um voo via Terceira, mas tem o mesmo código, por isso, para o cliente é um voo directo, mas ninguém sabe que ele existe, é uma questão de marketing. É também por isso que o voo não chega aos operadores, temos que trabalhar esta questão, porque já provámos que há tráfego, a rota correu muito bem. Outro dos objectivos na América do Norte é chamar a atenção para o nosso programa de Stopover, que tem cinco anos, mas, mais uma vez, ninguém sabe que ele existe. Aquilo que vamos fazer é relançar este programa, mantendo as mesmas condições e permitindo fazer uma paragem nos Açores de um a sete dias, sem custos. Acreditamos que este programa pode ter sucesso na América do Norte. Lisboa tornou-se um destino muito conhecido nos EUA e queremos convidar os americanos que vêm a Lisboa a passar pelos Açores, chamando a atenção para aquilo que estão a perder se voarem directamente. Estamos já a preparar uma campanha de marketing para passar esta mensagem e espero que, em breve, possamos ter novidades sobre este programa.

E como estão a correr as operações para Barcelona e Cabo Verde, lançadas também este ano?
Vamos manter Cabo Verde, tivemos um grande Verão nesta rota, há uma grande comunidade de cabo-verdianos em Massachusetts e este serviço aéreo foi muito utilizado pelos emigrantes. O voo decorre duas vezes por semana, às sextas e segundas-feiras. Fomos muito bem recebidos em Cabo Verde e, por isso, é uma rota que continua no Inverno, passando a um voo por semana, mas na altura do Natal e Ano Novo voltaremos a ter dois voos por semana. Gostaríamos de ter dois voos por semana durante todo o ano, mas para isso temos que nos focar também na vertente turística e é por isso que vamos negociar com as autoridades de Cabo Verde, para que nos apoiem em workshops em Boston e Toronto, de forma a que o trade norte-americano olhe para Cabo Verde como um destino de Inverno. No caso de Barcelona, infelizmente, não correu tão bem e decidimos suspender a rota no Inverno. Deveria funcionar todo o ano, mas vai ser suspensa a partir de Novembro, porque não é sustentável. Quando pensámos nesta rota, pensámos que ela poderia ganhar com o mercado de cruzeiros de Barcelona, que é muito forte no Verão. Estamos a voar para Barcelona duas vezes por semana, mas a verdade é que em alguns voos tivemos apenas 20 ou 30 pessoas e precisamos de mais ocupação, mas isso significa que teríamos que investir muito mais em Barcelona e, neste momento, não temos os recursos suficientes para trabalhar o mercado norte-americano e Barcelona ao mesmo tempo. Temos que definir prioridades e, para nós, a prioridade actual é afirmar o nome dos Açores na América do Norte.

A época de Inverno está a chegar. Que novidades é vão ter?
Não vamos ter grandes novidades na temporada de Inverno porque o que estamos a fazer é a consolidar a operação e, para isso, vai ser importante a chegada do avião A321neo. Não estamos à procura de novas rotas, queremos consolidar e recuperar a sustentabilidade da companhia. Por isso, é uma óptima altura para recebermos o novo avião e para recuperar o nosso programa de Stopover, o que vai revitalizar a rota de Boston e recuperar a confiança na companhia, tanto em termos do tráfego étnico como do trade.

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easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025

A easyJet anunciou a abertura, a partir de 31 de março de 2025, de uma nova rota entre o Reino Unido e o Sal, em Cabo Verde, assim como o início das ligações entre Londres-Luton e a Madeira, que arrancam a 2 de junho do próximo ano.

A easyJet anunciou que, a partir de 31 de março de 2025, vai passar a ligar diretamente o Reino Unido a Cabo Verde, numa rota entre o aeroporto de Gatwick, em Londres, e a ilha do Sal, em Cabo Verde, que vai contar com três voos por semana.

A rota para o Sal desde Gatwick, sublinha a easyJet num comunicado enviado à imprensa, surge depois do arranque dos voos da companhia aérea para o destino com partida de Lisboa e Porto, que arrancaram a 29 e 30 de outubro, respetivamente.

Os voos da easyJet entre o Aeroporto de Gatwick e o Sal vão acontecer três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras.

“A abertura de novas rotas é sempre um passo significativo e reflexivo do nosso compromisso com a acessibilidade e a ampliação das opções de viagem mais acessíveis e convenientes para os nossos passageiros”, refere José Lopes, diretor-geral da easyJet Portugal.

A par da nova rota desde o Reino Unido para o Sal, a easyJet anunciou também, a partir de 2 de junho de 2025, uma nova rota entre Londres-Luton e a Madeira, numa operação que vai contar com dois voos por semana, às segundas e sextas-feiras.

“Estamos entusiasmados por oferecer conexões diretas que refletem o crescimento da procura por viagens internacionais e permitem a ligação entre Portugal e mais destinos atrativos”, acrescenta José Lopes.

Mais informações e reservas disponíveis através do website da companhia aérea, que está disponível aqui.

 

 

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Etihad Airways vive “momento histórico” com anúncio de 10 novos destinos

Praga, Varsóvia e Al Alamein são três dos novos destinos da Etihad Airways que já foram anunciados para 2025, esperando-se que os restantes sejam conhecidos a 25 de novembro.

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A Etihad Airways anunciou a abertura de 10 novos destinos, num “momento histórico” para a companhia aérea de Abu Dhabi, que representa também um “importante marco no desenvolvimento estratégico da companhia”.

Num comunicado enviado à imprensa, a Etihad Airways explica que Praga, Varsóvia e Al Alamein são três dos novos destinos para 2025 que  já tinham sido anunciados, esperando-se que os restantes sejam revelados a 25 de novembro.

“Este anúncio marca uma expansão significativa da nossa rede de rotas. Após termos anunciado as novas ligações para Praga, Varsóvia e Al Alamein para 2025, damos agora um novo passo. Com a introdução simultânea de dez novos destinos, prosseguimos determinadamente a nossa estratégia de crescimento”, afirma Antonoaldo Neves, CEO da companhia aérea.

Segundo a Etihad Airways, esta expansão reflete o compromisso da companhia aérea em “melhorar continuamente a experiência de voo” dos seus clientes e visa oferecer aos “viajantes destinos atrativos com horários e frequências otimizados”.

Recorde-se que, atualmente, a Etihad Airways opera para 83 destinos em todo o mundo, numa rede que vai passar a contar com 93 destinos em breve e que visa criar “novas oportunidades tanto para viajantes corporativos como de lazer, reforçando simultaneamente a posição de Abu Dhabi como destino internacional”.

O  anúncio da abertura de 10 novos destinos foi acompanhado por uma campanha no TikTok, que será acompanhada por um vídeo detalhado a publicar na próxima sexta-feira, 22 de novembro, enquanto a apresentação completa dos novos destinos terá lugar a 25 de novembro.

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“Brasil é o campeão dos Stopovers” da TAP e corresponde a quase 50% dos passageiros

Segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, “o Brasil tem cerca de 49% ou 50% dos passageiros em Stopover”, o que torna este programa numa “ferramenta de vendas importantíssima” para a companhia aérea.

Inês de Matos

O mercado brasileiro é o que mais adere ao Stopover da TAP e representa cerca de 50% dos passageiros que usufruem deste programa, revelou Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, considerando que esta é uma “ferramenta de vendas importantíssima” para a companhia aérea.

“As pessoas podem ficar até 10 dias, são duas viagens numa só e entre todos esses passageiros que transportamos, o Brasil é o campeão dos Stopovers. O Brasil tem cerca de 49% ou 50% dos passageiros em Stopover, para nós é uma ferramenta de vendas importantíssima”, afirmou o responsável, em declarações aos jornalistas, à margem da 36.ª edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado, que decorreu entre 7 e 10 de novembro.

Carlos Antunes explicou que, em 2022 e no início de 2023, “Portugal foi o principal destino dos brasileiros”, algo que tem vindo a mudar com o regresso à operação  de outras companhias aéreas no pós-pandemia, pelo que a TAP tem vindo a promover ainda mais este programa que permite ficar uns dias em Portugal, em viagens cujo destino final não é o território nacional.

“Portugal ainda é o nosso principal foco, mas temos vindo a diversificar a venda para outros destinos. Hoje, há uma componente muito significativa de venda para outros destinos, diria que até superior a 50% do total dos nossos passageiros porque acompanhamos o mercado. E o Portugal Stopover é uma ferramenta espetacular para dizer: vai para Roma, então vá connosco e fique uns dias em Portugal”, explicou o responsável.

Por isso, o diretor da TAP para as Américas defende que o programa deve ser reforçado “com mais parceiros e benefícios, com mais comunicação”, motivo pelo qual a parceria entre a TAP e o Turismo de Portugal “é fundamental”.

Programa “é naturalmente um aspeto muito positivo”, reconhece Turismo de Portugal

Tal como Carlos Antunes, também Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, considerou durante o Festuris que o Portugal Stopover “é naturalmente um aspeto muito positivo”, uma vez que ajuda a trazer mais turistas para Portugal.

“É sempre bom porque a capacidade aérea que a TAP tem instalada em todo o território do Brasil é imensa, é a companhia que mais tem presença no Brasil para a Europa e para Portugal em particular. Aproveitar toda essa capacidade para que as pessoas que se dirigem a outros destinos fiquem em Portugal o máximo de tempo possível, é naturalmente um aspeto muito positivo”, defendeu a responsável.

Lídia Monteiro explicou que, por isso, o Turismo de Portugal tem vindo a apoiar este programa da TAP, ajudando também à sua promoção, uma vez que existe uma relação próxima entre as duas entidades, principalmente no que diz respeito ao mercado brasileiro.

“Sempre apoiámos muito essa iniciativa da TAP do Stopover e temos estado empenhados com eles na promoção. Aliás, a TAP é uma parceira por excelência de Portugal no Brasil. Fazemos muitas ações de promoção de Portugal juntamente com a TAP e em todas as ações de capacitação e roadshows que fazemos no Brasil, a TAP está sempre presente”, acrescentou.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

 

 

 

 

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Ryanair lança programação de inverno com 5,2 milhões de lugares para Portugal

A programação da Ryanair para o verão de 2025 já se encontra disponível para reserva no website da companhia aérea e conta com 5,2 milhões de lugares para Portugal.

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A Ryanair lançou esta sexta-feira, 15 de novembro, a sua programação para o verão de 2025, que já se encontra disponível para reserva no website da companhia aérea e que conta com 5,2 milhões de lugares para Portugal.

“A Ryanair tem o prazer de anunciar o lançamento de nossa programação de verão de 2025 com 5,2 milhões de assentos disponíveis para cidadãos/visitantes portugueses aproveitarem, enquanto continuamos a oferecer mais opções, confiabilidade e as tarifas mais baixas da Europa”, destaca Elena Cabrera, chefe de comunicações da Ryanair para Portugal.

Os voos da Ryanair para o verão de 2025 já estão disponíveis para reserva aqui.

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TAP com lucros no 3.º trimestre e no acumulado do ano, mas abaixo dos resultados de 2023

A TAP Air Portugal registou lucros de 117,8 milhões de euros no 3.º trimestre de 2024, ficando 34,8% abaixo do registado no mesmo período de 2023, apontando as “perdas cambiais” como principal fator. No acumulado do ano, os lucros somam 118,2 milhões de euros.

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01A TAP Air Portugal alcançou um resultado líquido de 117,8 milhões de euros no 3.º trimestre de 2024, correspondendo a menos 34,8% face aos 180,5 milhões de euros alcançados no mesmo período de 2023. Esta diminuição de 62,8 milhões de euros deve-se, segundo a companhia, “ao impacto de perdas cambiais” que nos três meses de 2024 foram de 22 milhões de euros, mas que no acumulado do ano já somam 39,5 milhões de euros.

No acumulado do ano (janeiro a setembro), os resultados da companhia aérea nacional indicam lucros de 118,2 milhões de euros, o que corresponde a uma quebra de 41,9% face aos 203,5 milhões de euros alcançados em período homólogo de 2023.

No que diz respeito às receitas operacionais, a TAP cresceu 2%, passando e 1.258,5 milhões de euros para 1.284,1 milhões de euros, significando um aumento de 25,6 milhões de euros.

No acumulado do ano, o aumento das receitas operacionais é ligeiramente superior, cifrando-se nos 2,8%, o que significa que se passou de 3.164,7 milhões de euros para 3.252,6 milhões de euros, correspondendo a mais 87,9 milhões de euros.

Com as receitas provenientes dos passageiros a aumentar 0,5% no 3.º trimestre, passando de 1.181,3 milhões de euros para 1.187,5 milhões de euros (+6,2 milhões de euros), a grande subida deu-se na manutenção, onde a TAP cresceu 48% no 3.º trimestre e 39,8% no acumulado do ano. Assim, as receitas provenientes desta alinha passaram de 32,9 milhões de euros para 48,7 milhões de euros no 3.º trimestre, enquanto no acumulado do ano passou de 118,4 milhões para 165,5 milhões de euros.

Mas se as receitas operacionais registaram um crescimento, também os gastos operacionais aumentaram, totalizando 1.056,9 milhões de euros no trimestre em análise (+6,5%) e 2.914,5 milhões (+4,4%) no acumulado do ano.

Nos gastos operacionais, a TAP viu as despesas com combustíveis aumentar em 2% no 3.º trimestre, passando de 285,4 milhões de euros para 291,2 milhões de euros, mais baixou em 2,4% esta despesa no acumulado do ano, passando de 828,2 milhões de euros para 808,3 milhões de euros.

O EBITDA recorrente totalizou 372 milhões de euros no 3.º trimestre de 2024, representando uma margem de 29%, diminuiu em 18,7 milhões de euros (-4,8%) em comparação com o 3.º trimestre do exercício anterior. O EBIT recorrente diminuiu em 37,7 milhões de euros (-13,6%) face ao 3.º trimestre de 2023, totalizando 238,6 milhões de euros, representando uma margem de 18,6%.

Quanto aos passageiros transportados no 3.º trimestre, o número ascende a 4,6 milhões, correspondendo a uma subida de 1,3% ou 60 mil face a igual período de 2023. Já no acumulado do ano, a TAP transportou 12,3 milhões de passageiros de janeiro a setembro de 2024, o que significa um aumento de 1,5% (+178 mil) que os 12,1 milhões de período homólogo de 2023.

Em comunicado, a TAP informa, também que, a 30 de setembro de 2024, o Balanço apresentava uma posição de caixa e equivalentes de caixa “robusta” no valor de 943,1 milhões de euros, um aumento de153,7 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2023.

No mesmo comunicado de imprensa, Luís Rodrigues, presidente executivo da TAP, afirma que estar “satisfeito com a performance no terceiro trimestre de 2024, apesar dos dois grandes desafios enfrentados: a situação difícil de gestão do espaço aéreo europeu, e as desvalorizações cambiais significativas. A melhoria da pontualidade e do NPS (Índice de Satisfação do Cliente) e a estabilização da regularidade, confirmam uma operação mais robusta e com um melhor serviço para os nossos clientes, que se traduz em aumentos de receitas e consolidação de resultados operacionais.”

Luís Rodrigues salienta ainda que, “o sucesso na emissão de obrigações, com uma clara criação de valor para a TAP, dado a redução significativa do spread implícito, resultou de uma resposta positiva por parte dos investidores à performance financeira da empresa.”

E o presidente executivo da TAP conclui que, “apesar do atual contexto desafiante do setor, mantemo-nos focados na transformação da TAP, com o apoio das nossas pessoas e dos nossos stakeholders, numa companhia sustentadamente rentável e numa das mais atrativas da indústria”.

Para o quarto e último trimestre de 2024, a TAP informa que “as reservas encontram-se ligeiramente acima do ano anterior, sendo expectável que compensem alguma pressão sobre as yields”.

Ainda neste mês de novembro, a companhia recorda que se concluiu “com sucesso a emissão de senior notes no valor de 400 milhões de euros, com um cupão de 5,125%, o que permite à TAP otimizar a sua estrutura financeira e cumprir com os compromissos do Plano de Reestruturação”.

Também neste 4.º trimestre, a TAP salienta que “o investimento no mercado brasileiro continua, com a abertura da nova rota para Manaus”, bem como, o investimento na modernização da frota, “com a entrega de duas novas aeronaves A320neo, em substituição de duas aeronaves da família A320ceo”, concluindo ainda que “o compromisso com o plano estratégico continuará”.

 

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Turismo de Portugal reconhece que aeroporto de Lisboa impede maior crescimento do mercado brasileiro

A falta de slots no aeroporto de Lisboa tem impedido a recuperação da capacidade aérea para números pré-pandemia, o que, segundo Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, prejudica o mercado brasileiro, que “depende da ligação aérea”. Mas nem tudo é negativo, já que as receitas deste mercado continuam a crescer.

Inês de Matos

O mercado brasileiro ainda não recuperou o número de hóspedes pré-pandemia em Portugal, admite Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, que atribui o menor crescimento às dificuldades do aeroporto de Lisboa, que não permite a total recuperação das ligações aéreas ao Brasil e este é um mercado que “depende da ligação aérea”.

“É verdade que ainda não atingimos, do ponto de vista dos hóspedes, os números de 2019, e isso está diretamente relacionado com o facto da acessibilidade aérea ainda não estar totalmente recuperada. Além da TAP, voam para Portugal a Azul e a LATAM. A LATAM tem vindo a pedir sucessivamente novos slots no aeroporto de Lisboa e não existem”, explicou Lídia Monteiro, à margem do Festuris 2024, que decorreu em Gramado, no Rio Grande do Sul, Brasil, entre 7 e 10 de novembro.

De acordo com a responsável, a conta é simples e permite perceber que, “se fosse possível ter mais uma ligação da LATAM, se ultrapassariam imediatamente os números de 2019”.

No entanto, Lídia Monteiro considera que esta dificuldade de crescimento no número de hóspedes provenientes do Brasil não é “problemática”, uma vez que o mercado brasileiro continua a crescer em Portugal ao nível da receita, sendo que, este ano, já foi registado um aumento de 13% nas receitas dos turistas brasileiros em Portugal até agosto.

“Não nos parece que seja problemático, uma vez que continuamos a crescer do ponto de vista das receitas, o que é muito positivo. Temos 13% a mais que em 2023, portanto, do ponto de vista da receita estamos a conseguir crescer”, explicou a responsável.

Apesar do número de hóspedes do mercado brasileiro ainda estar “ligeiramente abaixo dos dados de 2019”, Lídia Monteiro realçou que a subida das receitas geradas por este mercado vai ao encontro da “estratégia de crescimento do turismo com valor” definida pelo Turismo de Portugal, que tem vindo também a apostar na diversificação de mercados.

“O nosso objetivo é continuar a crescer sustentavelmente no mercado. O que temos vindo a fazer do ponto de vista da estratégia, é a diversificar os mercados. O mercado brasileiro já foi o nosso quinto mercado, hoje, é o sexto, ocupou o seu lugar os EUA. Portanto, isto não é um problema, antes pelo contrário, porque significa que estamos a conseguir ser mais sustentáveis porque estamos a diversificar a capacidade de crescer em mais mercados”, explicou.

A vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal revelou que Portugal tem atualmente um conjunto de seis mercados que apresentam uma performance semelhante, o que é positivo pois se existir algum problema num desses mercados, os outros estão em condições de compensar.

“Temos, neste momento, seis grandes mercados com performances muito equivalentes, destacando-se o Reino Unido, claramente, e a seguir a Espanha, pela proximidade. Se passarmos a ter sete ou oito, quer dizer que, havendo um problema em algum destes mercados, os outros vão compensar”, defendeu, considerando, por isso, que “o mercado brasileiro é muito importante, mas todos são importantes porque todos contribuem” para que Portugal seja um destino sustentável.

Segundo Lídia Monteiro, o mercado brasileiro ocupa, atualmente, a sexta posição em termos de mercados para Portugal, depois do Reino Unido, Espanha, Alemanha, França e EUA.

“O britânico continua a ser o nosso primeiro mercado, o americano passou para quinto e, em alguns sítios e momentos, é o quarto. O americano já é o primeiro mercado em Lisboa, no Porto é o segundo ou terceiro”, indicou ainda a responsável.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

 

 

 

 

 

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Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas

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TAP prevê ultrapassar 2 milhões de passageiros nas rotas do Brasil em dezembro

Segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, a companhia aérea deverá atingir a marca dos dois milhões de passageiros transportados nas rotas do Brasil por volta da “semana 50 do ano, ou seja, lá para 20 de dezembro”, o que corresponde a um feito inédito.

Inês de Matos

Pela primeira vez, a TAP deverá ultrapassar os dois milhões de passageiros transportados nas rotas do Brasil num ano, o que deverá acontecer por volta do dia 20 de dezembro, estima Carlos Antunes, diretor da companhia aérea para as Américas.

“Em número de passageiros, vamos, este ano, ultrapassar, se tudo correr bem, os dois milhões de passageiros transportados entre o Brasil e a Europa”, indicou o responsável, à margem do Festuris 2024, que decorreu em Gramado, no Rio Grande do Sul, entre 7 e 10 de novembro.

Segundo Carlos Antunes, a TAP deverá atingir esta marca por volta da “semana 50 do ano, ou seja, lá para 20 de dezembro”, o que corresponde a um feito inédito, uma vez que a companhia aérea nunca ultrapassou os dois milhões de passageiros transportados nas rotas do Brasil.

“Nunca ultrapassámos os dois milhões, também é uma marca e um objetivo que nos colocámos. No ano passado, transportámos 1,920 milhões de passageiros, então o ano vai ser melhor que o ano passado”, acrescentou Carlos Antunes.

Apesar de os voos para Porto Alegre terem sido suspensos devido à inoperacionalidade do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que foi destruído com as inundações de maio, a TAP passou a contar com duas novas rotas no Brasil este ano, concretamente Florianópolis, no estado de Santa Catarina, e Manaus, cujos voos foram retomados já este mês de novembro, via Belém.

Estas operações, acrescentou o responsável, têm contribuído para compensar os passageiros perdidos em Porto Alegre, sendo que também a operação para São Paulo foi reforçada, o que dá boas perspectivas à companhia aérea.

“Vai ser um ano muito positivo, pelo volume de passageiros transportado, pela forma como consolidámos a maioria das nossas rotas”, acrescentou o responsável, indicando que, em média, entre 60 a 65% dos passageiros são gerados no Brasil.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

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TAP já soma mais de 12 mil passageiros para Florianópolis e 7.300 para Manaus

Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, revelou que a companhia aérea está a estudar o aumento de frequências para Florianópolis e a passagem dos voos de Manaus a diretos, o que poderia acontecer a partir de 2025.

Inês de Matos

A TAP já vendeu cerca de 12 mil lugares nos voos para Florianópolis, que arrancaram a 3 de setembro, e outros 7.300 para Manaus, rota que regressou à rede da companhia aérea a 4 de novembro, números que, segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, surpreenderam a companhia aérea pela positiva.

“Em Florianópolis, temos dois meses de rota, surpreendeu-nos pela positiva e continua a surpreender-nos. Os voos estão com um fator de ocupação extremamente positivo. 85% dos passageiros são brasileiros”, indicou o responsável aos jornalistas, durante o Festuris 2024, que decorreu em Gramado, no Rio Grande do Sul, Brasil, entre 7 e 10 de novembro.

Carlos Antunes revelou que, na capital do estado brasileiro de Santa Catarina, a ligação da TAP corresponde ao “único voo internacional para a Europa à saída de Florianópolis, o que faz uma diferença brutal” e tem ditado os elevados números que os voos apresentam, levando mesmo a companhia aérea a equacionar um futuro aumento de ligações.

“As nossas expetativas são aumentar para quatro voos, vamos ver como corre, está a correr bem mas vamos relançar Porto Alegre e ainda temos passageiros de Porto Alegre que estão a ir por Florianópolis. Por isso, quando tivermos os dois a funcionar ao mesmo tempo é que vamos ver”, explicou.

O diretor da TAP para as Américas indicou que os voos para Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, devem regressar em finais de março ou início de abril, até porque a parte internacional do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que foi destruído pelas inundações de maio, só deverá reabrir a 16 de dezembro.

“A TAP volta logo, mas não volta imediatamente porque há uma série de coisas que temos de fazer antes de voltar com a rota”, explicou Carlos Antunes, destacando que, além de precisar de ter a garantia de que a pista vai estar operacional, a companhia aérea precisa também “de tempo para vender o voo”.

“Acreditamos que estamos a falar de alguma coisa como o voo estar de volta entre fim de março e início de abril, é o que vemos tendo em atenção este timeline. A pista estará pronta em dezembro, precisamos de dois meses e pouco para vender”, resumiu.

O responsável considera também que o regresso dos voos de Porto Alegre não vai “canibalizar” as ligações de Florianópolis, até porque “vão operar em dias alternados”.

“Essa é a nossa perspetiva, voltar a ter muito rapidamente os 13 destinos, as 13 cidades no Brasil. E vamos manter Florianópolis, as duas convivem muito bem”, acrescentou Carlos Antunes.

Manaus pode vir a ganhar voo direto

O diretor da TAP para a Américas mostrou-se ainda satisfeito com os números gerados pelos voos para Manaus, no estado do Amazonas, que foram retomados a 4 de novembro, via Belém, numa operação em que a TAP já vendeu cerca de 7.300 passageiros, apesar de não contar com voos diretos, o que poderá vir a acontecer no futuro.

“Não é o ideal, o ideal seria o voo direto, mas Manaus não tinha voo nenhum para a Europa e um voo via Belém está muito bem. Talvez com o aumento da procura vejamos se há outras alternativas e passar o voo a direto”, explicou Carlos Antunes, explicando que a decisão de colocar o voo via Belém se deveu à restrição de aeronaves.

Apesar de não serem diretos, os voos para Manaus tem vindo a registar uma procura positiva e oferecem à TAP “a possibilidade de explorar mais uma rota, ligar duas cidades e a capital do Estado do Amazonas, no coração da Amazónia, com Lisboa e, atender Manaus e as comunidades que estão próximas e gerar mais passageiros”.

Carlos Antunes explicou ainda que a decisão de passar o voo de Manaus a direto só deverá ser tomada “a partir de 2025”, uma vez que a partir do próximo ano a companhia aérea deixa de “estar ao abrigo das restrições do plano de reestruturação”, que impõem limites de frota.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

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Aeroportos nacionais movimentam mais de 54 milhões de passageiros até setembro

Em setembro de 2024, os aeroportos nacionais movimentaram 6,9 milhões de passageiros, correspondendo a +3,6% face a setembro de 2023. No acumulado, o total ascende a 54,4 milhões de passageiros.

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Em setembro de 2024, movimentaram-se nos aeroportos nacionais 6,9 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos), correspondendo a +3,6% face a setembro de 2023, o que representa uma subida de 0,8 pontos percentuais face à subida de 3,1% registada no mês anterior (face a agosto de 2023), indicam os dados do Instituo Nacional de Estatística (INE).

No 9.º mês do ano, 81,9% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,8 milhões de passageiros (+4,1%), na maioria provenientes do continente europeu (67,1% do total), correspondendo a um aumento de 2,5% face a setembro de 2023. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,8% do total de passageiros desembarcados (+11,1%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 82% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,9 milhões de passageiros (+3,4%), tendo 68,6% do total como principal destino aeroportos no continente europeu, registando um crescimento de 2% face a setembro de 2023. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (9,2% do total; +8,9%).

Em setembro de 2024, registou-se o desembarque médio diário de 115,1 mil passageiros, valor superior em 3,8% ao registado em setembro de 2023 (110,9 mil), apesar do impacto do fecho por 24 horas do aeroporto do Porto, no dia 10 de setembro, para trabalhos de reabilitação da pista.

Já no que diz respeito à movimentação de aeronaves, no mês de setembro, aterraram nos aeroportos nacionais 23,7 mil aeronaves em voos comerciais, com o INE a indicar que “o movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e o sábado foi, no ano passado, o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”.

O aeroporto de Lisboa recebeu, em setembro, 3,280 milhões de passageiros, mais 140 mil que em igual período de 2023 (+4,3%), enquanto o Porto movimentou 1,514 milhões (+22 mil que em setembro de 2023, ou seja, +1,5%) e Faro 1,190 milhões (+28 mil que em igual período do ano passado, +2,4%).

Já entre janeiro e setembro de 2024, o número de passageiros movimentados aumentou 4,4% nos aeroportos nacionais, totalizando 54,440 milhões, ou seja, mais 2,278 milhões face ao acumulado de 2023, indicando o INE que durante este período “verificaram-se máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais”.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais nos primeiros nove meses de 2024, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado crescimentos no número de passageiros desembarcados (+1,6%, num total de 3,824 milhões) e embarcados (+1,7%, no total de 3,783 milhões) face ao mesmo período de 2023. No sentido contrário, França registou decréscimos no número de passageiros desembarcados (-3,1%, total de 3,280 milhões) e embarcados (-3,6%, 3,260 milhões), e ocupou a 2.ª posição. Espanha, Alemanha e Itália ocuparam a 3.ª, 4.ª e 5.ª posições, respetivamente, (+3,4% para 2,816 milhões; +6% para 1,979 milhões; +3,5% para 1,248 milhões, nos passageiros desembarcados; +3,4% para 2,760 milhões; +6,3% para 1,975 milhões; +4,5% para 1,252 milhões, pela mesma ordem) como principais países de origem e de destino.

Nestes primeiros nove meses de 2024, o aeroporto de Lisboa movimentou 49,1% do total de passageiros (26,7 milhões; +4,4% comparando com o mesmo período de 2023). O aeroporto do Porto concentrou 22,5% do total de passageiros movimentados (12,3 milhões; +4,9%). O aeroporto de Faro registou um crescimento de 2,1% no movimento de passageiros, totalizando cerca de 8 milhões.

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Entrega de aviões de passageiros estimada em quase 45 mil unidades até 2043

As previsões da Cirium apontam para que, entre 2024 e 2043, sejam entregues 45.900 novos aviões, num valor estimado de 3,3 biliões de dólares, sendo que 44.835 serão de passageiros.

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O Cirium Fleet Forecast (CFF) de 2024 prevê a entrega de cerca de 45.900 novos aviões de passageiros e de carga ao longo dos 20 anos, entre 2024 e 2043, num valor estimado de 3,3 biliões de dólares (cerca de 3,1 biliões de euros). Deste total, 98%, ou seja, 44.835 serão aviões de passageiros.

A previsão deste ano foi elaborada numa altura em que o setor da aviação se encontra “no seu próximo ciclo de crescimento”, após a recuperação da Covid-19, mas enfrenta “problemas relacionados com a oferta de capacidade”, refere a previsão.

A recuperação progressiva da frota mundial de passageiros da crise pandémica fez com que o inventário em serviço aumentasse até ao quarto trimestre de 2024 para 26.100 aeronaves – 5% acima do nível registado em janeiro de 2020, quando a pandemia se instalou pela primeira vez. No entanto, este aumento para além do nível pré-Covid foi impulsionado por aeronaves de corredor único (mais 13%), com o inventário ativo de corredor duplo ainda 3% abaixo no 4.º trimestre de 2024, enquanto os aviões regionais estavam 8% abaixo e os turboélices 14% atrás. A expansão da frota de dois corredores, que voltou a crescer, foi limitada pela recuperação mais lenta dos mercados de longo curso, e os mercados internacionais da região Ásia-Pacífico continuam a ficar atrás de outros.

Embora a frota global tenha voltado a crescer, o ritmo do aumento foi atenuado pelas perturbações causadas no fornecimento de novas aeronaves devido a vários fatores, o que fez com que os aumentos de produção dos fabricantes demorassem muito mais tempo do que o previsto, num contexto de elevada procura de capacidade adicional.

Uma das principais causas da interrupção dos volumes de entrega tem sido os problemas da cadeia de abastecimento, que limitaram o volume de componentes essenciais, como motores, interiores de cabina e trens de aterragem, que chegam às linhas de montagem finais. O limite temporário imposto pela Administração Federal de Aviação dos EUA à taxa de produção do Boeing 737 Max também afetou a oferta.

Entretanto, a frota em serviço está a enfrentar o programa de inspeção de motores Pratt & Whitney GTF em curso, que está a fazer com que centenas de aeronaves da família A320neo sejam temporariamente retiradas de serviço.

Comparando a previsão de entregas para 2024 com o CFF de 2023, há cerca de 5% menos entregas no período de 2024-2027, refletindo, principalmente, a aceleração mais lenta dos aviões de corredor único.

Em termos globais, a previsão para 20 anos tem mais 5% de entregas, com uma perspetiva mais positiva para o início da década de 2030, uma vez que a grande carteira de encomendas atual exige uma taxa de entregas mais elevada nesses anos.

Corredor único prevalece
A Airbus e a Boeing continuarão a ser os dois maiores fabricantes de aeronaves comerciais, que fornecendo cerca de 84% das aeronaves e 90% em valor até 2043, prevendo-se que a Comac assuma uma quota de 6% da procura, enquanto outros fabricantes (ATR, Embraer, etc.) irão “lutar” por uma fatia que vale cerca de 180 mil milhões de dólares.

De acordo com a análise da Cirium, é provável que o segmento dos aviões de corredor único com 150-250 lugares registe a atividade mais significativa, em que a Airbus e a Boeing tentarão posicionar-se naquele que é o maior mercado do ponto de vista do volume unitário. Ambos os fabricantes têm estado a avaliar configurações de aeronaves com asas de maior envergadura e maior amplitude para maximizar a eficiência aerodinâmica, incorporando mecanismos dobráveis para permitir operações a partir das atuais infraestruturas aeroportuárias.

A Ásia, no seu conjunto, continuará a ser a principal região de crescimento, com cerca de 45% das entregas, das quais a China contribuirá com cerca de 20%, quase alcançando o total da América do Norte. A Europa, com 18%, ficará imediatamente à frente do resto da Ásia-Pacífico (com exceção da Índia, que terá uma quota de 8%).

“O crescimento previsto do tráfego a longo prazo exigirá que a frota mundial de passageiros aumente em cerca de 24.000 unidades”, diz a Cirium, o que equivale a uma taxa de crescimento anual de 3,4%, elevando o inventário para cerca de 49.000 aviões a jato e turboélice no final de 2043.

Cerca de 84% da frota atual será renovada durante este período, pelo que um pouco menos de metade das entregas será para substituição. A análise da curva de sobrevivência é utilizada para modelar as reformas e prevê uma vida económica média de 23 anos para os aviões de corredor único e de 21 anos para os aviões de corredor duplo. A frota de aviões de corredor único crescerá mais rapidamente, 3,9% ao ano, contra 3,3% para os aviões de corredor duplo, tendo o tráfego de longo curso demorado mais tempo a recuperar o crescimento. A frota de aeronaves regionais aumentará de forma mais modesta, a uma taxa global de 0,8% ao ano.

As ações do setor da aviação para alcançar as emissões líquidas nulas de carbono até 2050, juntamente com quaisquer iniciativas governamentais para abordar a sustentabilidade da aviação, terão, sem dúvida, um impacto nos custos e na regulamentação do setor. “Estes fatores podem, por sua vez, perturbar a procura de viagens aéreas, uma vez que o aumento dos custos se repercute nos clientes sob a forma de tarifas aéreas mais elevadas, bem como restringir potencialmente a capacidade de crescimento do sector”, admite a Cirium.

Contudo, a falta de dados concretos sobre as potenciais consequências da descarbonização e a incerteza quanto ao nível de oferta de SAF na procura de aeronaves comerciais, significa que “a previsão continua a basear-se numa perspetiva sem restrições”, admite a consultora.

A previsão não inclui especificamente quaisquer programas de aeronaves elétricas, híbridas ou movidas a hidrogénio, prevendo-se, assim, que o desenvolvimento de aeronaves comerciais existentes ou totalmente novas se centrará na propulsão convencional (ou seja, baseada na atual arquitetura), embora alimentada por proporções crescentes de Combustível Sustentável para a Aviação (SAF).

A Cirium admite, no entanto, que, “nas últimas fases do período de previsão, poderão ser adotadas configurações de motores não convencionais que poderão incorporar tecnologia de propulsão híbrida”.

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