B the travel brand abre em Portugal
A rede de agências de viagens do Grupo Barceló vai ter lojas em Lisboa e no Porto, baseadas num conceito premium. Constantino Pinto é o responsável pela marca de lazer do grupo espanhol em Portugal.
Publituris
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Portugal é o destino escolhido para a expansão internacional da B the travel brand, rede de agências de viagens do Grupo Barceló dedicada ao segmento de lazer, que anteriormente se denominava por Viajes Barceló. Depois de consolidar a marca em Espanha, o grupo espanhol optou pelas cidades de Lisboa e Porto para abrir as duas primeiras lojas internacionais da B the travel brand até à Páscoa. Constantino Pinto é o responsável pela marca em Portugal, exercendo as funções de director comercial no nosso país.
Em entrevista ao Publituris, o responsável explicou quais os objectivos que o grupo tem para o mercado português e como se vai proceder a expansão das lojas em Portugal. Constantino Pinto começa por explicar que, por ser um mercado de proximidade, Portugal foi a escolha natural para se iniciar esta expansão internacional,
cuja denominação B the travel brand já foi desenvolvida com esse propósito. O facto de já ter uma estrutura montada em Portugal, com a existência da Barceló Escalatur, dirigida por Mafalda Bravo, dedicada ao segmento corporate, e o “potencial reconhecido” do mercado português foram motivos suficientes para este avanço. “O nosso objectivo, numa primeira fase, é a abertura de duas lojas em Lisboa e outras duas no Porto, com um conceito um pouco diferente do habitual”. Até ao Verão, prevê-se que as quatro lojas estejam todas operacionais.
Conceito diferenciador
Em Espanha, a agência de viagens tem implementado o conceito de agências tradicionais B the travel brand e, mais recentemente, um conceito premium com uma loja em Madrid. Para Portugal, o objectivo é implementar apenas o conceito premium com lojas em Lisboa e no Porto.
“Estas lojas premium em Espanha estão orientadas para um segmento de cliente médio-alto, mas não há neste tipo de conceito qualquer tipo de pretensiosismo. Aquilo que se pretende é criar um espaço diferente para que, quem quer pensar a sério na sua viagem de férias, tenha um espaço adequado para o fazer”. Privilegiando todos os canais possíveis, desde o tradicional, ao online, as agências vão ter três zonas diferenciadoras: a de acolhimento, onde os clientes possam fazer as suas consultas, seja de forma tradicional ou digital através de tablets; a de atendimento, que prima pelo espaço oferecido, de forma a privilegiar a privacidade de cliente no momento da escolha das suas férias; por último, uma área com soluções multimédia para fazer apresentações sobre os destinos a pequenos grupos ou famílias com um atendimento personalizado. Contudo, o responsável esclarece que as lojas premium em Portugal “não vão ao extremo da exclusividade como temos em Espanha, mas estão muito próximas disso”. A ideia, explica, “não é ser mais uma rede de agências e, repito, não há qualquer tipo de pretensiosismo nisto, apenas uma estratégia que julgamos ser a adequada. Queremos ser uma rede diferente e que diga algo diferente ao cliente”. O responsável acredita que este conceito não vai conflituar com o que já existe no mercado, pois aposta num conceito mais exclusivo, um mercado que acredita haver cada vez mais potencial. “As empresas que, em Portugal, se dedicam exclusivamente a este segmento são todas elas sólidas.” Constantino Pinto explica que “atenderemos todo o tipo de cliente [e não apenas o de classe alta], o que queremos é trazer para o cliente a qualidade de atendimento a que ele eventualmente não teria acesso numa loja tradicional”. No que diz respeito à programação, o director comercial para Portugal esclarece que, sendo uma estrutura vertical, a B the travel brand vai dar prioridade à programação própria do grupo, mas não irá descurar as parcerias com outros operadores turísticos e fornecedores. “O grande objectivo é servir o cliente e dar-lhe aquilo que pretende, mas é uma prioridade vender o produto que é construído por nós por vários motivos: Primeiro, porque envolve investimento, tem risco; em segundo lugar, porque é um produto de qualidade, e somos nós que o construímos”, tornando-se assim mais competitivo. Esta implementação da marca de lazer do Grupo Barceló em Portugal vai também consolidar a presença do grupo no País, onde já estão com a Barceló Escalatur, como já referido, empresa do grupo com a qual vão fomentar sinergias. Mas não só para a rede de agências está prevista a expansão do grupo, pois a operação turística do Grupo Barceló em Portugal também será reforçada em Portugal. Segundo o responsável, com a B the travel brand, o grupo conta com uma estrutura própria no mercado que “ajude a distribuir esse produto”.
“Queremos é trazer para o cliente a qualidade de atendimento a que ele eventualmente não teria acesso numa loja tradicional”
Franchising e associação
O processo de expansão da B the travel brand vai fazer-se, numa fase posterior, por mais lojas próprias. O número de agências não é o que interessa à B the travel brand em Portugal, mas sim a qualidade das mesmas. “O que nos interessa é ter uma presença nas zonas onde realmente seja necessário estar”, indica, justificando que existe abertura e condições do projecto para abrir lojas noutras cidades do país se for considerado estratégico para o grupo. Constantino Pinto sublinha que “a base de tudo isto é a sustentabilidade, fazer com que o negócio seja rentável e compense”, acrescentando que “a nossa estrutura própria será sempre uma estrutura moderada, até porque hoje em dia não se justifica ter agências por tudo quanto é sítio. Optamos por ter agências muito mais representativas, mais visíveis”. Também o franchising da marca e a associação vão ser “partes importantes da nossa expansão”, faltando apenas ultimar os moldes concretos dos mesmos. “O que pretendemos é que os níveis e os padrões de exigência sejam muito semelhantes no que diz respeito à qualidade de atendimento. É evidente que não seremos tão exigentes no que diz respeito à dimensão das lojas”.
Questionado sobre os acontecimentos que marcaram algumas empresas espanholas da distribuição também no mercado português e se estes podem afectar a receptividade do cliente português à agência do Grupo Barceló, o responsável refere que “é óbvio que houve alguma preocupação por parte do mercado em relação às empresas espanholas, mas isto foi fruto duma época, de um contexto e de um estilo de gestão que hoje em dia já não se pratica e que no Grupo Barceló não existe seguramente”. O mesmo sublinha que “o Grupo Barceló tem pautado a sua conduta pela prudência, associada a uma gestão muito rigorosa. E esta é, pelo que tenho entendido, a filosofia do Grupo Barceló, ou seja, crescer com uma estratégia muito bem delineada, dando passos muito pensados e firmes”, sustenta. ¶