Os aeroportos do Porto e de Faro foram os que registaram o tráfego mais elevado em Portugal no primeiro trimestre do ano, avança a Vinci Airports, concessionária da ANA Aeroportos de Portugal, revelando que, entre janeiro e março, foram registados perto de 73 milhões de passageiros nas infraestruturas aeroportuárias geridas pela empresa.
“Quase 73 milhões de passageiros passaram pelos aeroportos da rede VINCI Airports no primeiro trimestre de 2025, 4 milhões a mais que em 2024 (+6%)”, lê-se num comunicado da Vinci Airports, que explica que o crescimento foi “impulsionado principalmente pela Ásia e pelo regresso do tráfego com a China a níveis acima dos níveis pré-Covid”.
Entre os destaques encontram-se os aeroportos portugueses geridos pela Vinci Airports, que apresentaram, nos três primeiros meses de 2025, um crescimento do tráfego de 2,4%, sendo que, tendo apenas em conta o mês de março, a subida do tráfego foi de 2,0%.
“Em Portugal, os aeroportos do Porto e de Faro registaram níveis elevados de tráfego, graças ao aumento das ofertas da Ryanair e da Transavia”, refere a Vinci Airports, num comunicado divulgado esta quarta-feira, 16 de abril.
Na informação divulgada, a Vinci Airports sublinha o “aumento significativo do tráfego na Europa”, principalmente “em aeroportos que beneficiam do dinamismo das companhias aéreas de baixo custo”, como é o caso de Portugal.
No entanto, esta afirmação também é válida para as infraestruturas aeroportuárias do México e do Chile, onde o crescimento estabilizou em fevereiro e março, enquanto na Ásia foi o tráfego com a China que “acelerou fortemente”, tendo mesmo superado e permanecido acima dos níveis pré-Covid, pela primeira vez, o que levou a aumentos particularmente no Japão.
“O tráfego nos aeroportos de Kansai, com rotas para a China, foi impulsionado pelos feriados do Ano Novo Chinês e atingiu em janeiro mais de 35% acima dos níveis de 2019. O tráfego regional também continua muito dinâmico (Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong), assim como o tráfego doméstico japonês”, acrescenta a Vinci Airports.
Tal como no Japão, também no Camboja o tráfego com a China conheceu uma trajetória ascendente, sendo que também aqui “foi o principal impulsionador do crescimento neste trimestre”.
“O bom desempenho deste trimestre também é explicado pelo recorde de público em diversas plataformas da rede, associado ao dinamismo das companhias aéreas de baixo custo”, refere ainda a Vinci Airports, explicando que, no México, por exemplo, o tráfego atingiu novos recordes neste trimestre (+30% em relação a janeiro de 2019).
A nível europeu, também o aeroporto de Budapeste continuou “a registar excelentes resultados”, o que resulta do “dinamismo da Ryanair, easyJet e especialmente da Wizz Air nas rotas europeias e para o Médio Oriente”.
Já o tráfego entre a Europa e Cabo Verde continua a acelerar, com a abertura de novas rotas diretas da easyJet e da Transavia, a partir de Lisboa, Porto, Nantes e Londres Gatwick, com a operadora aeroportuária a sublinhar que, em Nantes, neste trimestre, “o tráfego subiu pela primeira vez acima dos níveis pré-Covid, beneficiando do reforço das ofertas da EasyJet, Volotea e Ryanair em destinos domésticos e na região do Mediterrâneo”.
Mas houve mais crescimentos a nível europeu, já que também no aeroporto de Edimburgo o tráfego “cresceu rapidamente”, o que se deveu essencialmente “às rotas para as principais cidades europeias e destinos no sul da Europa (Espanha, Itália, Holanda)”.
“O aumento acentuado do tráfego em Londres Gatwick em janeiro, impulsionado tanto por voos de curta distância (domésticos, sul da Europa) quanto por voos internacionais de longa distância (Oriente Médio, Ásia), estabilizou- se no final do trimestre. Em Belgrado , o tráfego está ligeiramente acima do nível de tráfego do primeiro trimestre de 2024, que já estava em níveis recordes (+56% neste trimestre em relação a 2019)”, refere também a Vinci Airports.
Na América do Sul, o mercado internacional regional também continuou “a contribuir significativamente para o crescimento do tráfego em Santiago do Chile”, ainda que, neste caso, isso se tenha devido “ao aumento da capacidade de diversas companhias aéreas, especialmente a LATAM (+13%)”, enquanto no Brasil é “a vitalidade do mercado doméstico” que está “a suportar o crescimento do tráfego na Amazónia e em Salvador da Bahia”.
Já na República Dominicana o tráfego foi penalizado neste trimestre pela estratégia de atribuição de frota da Arajet e pela desaceleração do mercado americano, associada à incerteza económica.