Foto: Depositphotos.com
Emprego e Formação

Formação em turismo já nada é o que era

O turismo mudou e a formação nesta área está longe de ser como era. Quatro opiniões de profundos conhecedores da área formativa em turismo, em Portugal, que nos ajudam a responder algumas dúvidas.

Carolina Morgado
Foto: Depositphotos.com
Emprego e Formação

Formação em turismo já nada é o que era

O turismo mudou e a formação nesta área está longe de ser como era. Quatro opiniões de profundos conhecedores da área formativa em turismo, em Portugal, que nos ajudam a responder algumas dúvidas.

Sobre o autor
Carolina Morgado
Artigos relacionados
Picos de Aventura reorganiza estrutura interna
Figuras
Disney anuncia sétimo parque temático em Abu Dhabi
Destinos
2025 promete trazer novos e cada vez melhores navios de cruzeiro
Transportes
Cruzeiros esperam verão positivo e já navegam rumo ao inverno e a 2026
Transportes
Marina de Vilamoura volta a ser palco do International Boat Show
Destinos
ÉvoraWine celebra 10ª edição com 300 vinhos em prova
Enoturismo
Estratégia do turismo de VRSA mantém foco na sustentabilidade, inovação e valorização do território
Destinos
Movimentação de passageiros na Europa impulsionada por voos internacionais com tráfego doméstico estagnado
Aviação
V Convenção do Grupo DIT marcada para 30 de outubro a 2 de novembro em Huelva
Distribuição
easyJet assina acordo com ATOBA e World Fuel para fornecimento de SAF
Aviação

“A formação turística tem sofrido mudanças significativas, nomeadamente impulsionadas pela evolução tecnológica, por preocupações de sustentabilidade (ambiental, económica e social) e por alterações nas preferências dos consumidores” reconhece o presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHT), Flávio Ferreira.

É como confirma Mafalda Patuleia, diretora do Departamento de Turismo e investigadora no Intrepid Lab (CETRAD) da Universidade Lusófona, realçando que “observamos uma transição de abordagens tradicionais para as chamadas metodologias inovadoras, mais práticas e dinâmicas, que integram a utilização da tecnologia, de princípios ligados à sustentabilidade e à inovação, à liderança, à literacia financeira, à gestão e às soft skills”.

Sobre esta questão, Sofia Almeida, coordenadora da Área de Turismo & Hospitalidade na Universidade Europeia aponta que “o digital ganhou destaque, levando à integração de ferramentas tecnológicas nos currícula, como a inteligência artificial, o big data e as plataformas digitais de gestão, essenciais para a tomada de decisões informadas e estratégicas”. Por outro lado, disse, “houve um aumento da ênfase em temas como sustentabilidade, ética e inclusão, refletindo as exigências de um mercado cada vez mais consciente e exigente”.

Além disso, “a formação tem passado de um modelo tradicional para abordagens mais práticas e centradas no estudante, com uma maior aposta na aprendizagem experiencial e no desenvolvimento de soft skills, como liderança, comunicação intercultural e adaptabilidade”, realçou Sofia Almeida, defendendo que o modelo académico da Universidade Europeia “é o reflexo desta realidade, permitindo que os alunos respondam a desafios reais do mercado de trabalho através de técnicas ativas e mentorias constantes”.

A coordenadora da Área de Turismo & Hospitalidade na Universidade Europeia entende que os jovens em Portugal continuam a demonstrar interesse pela formação na área do turismo, especialmente em subáreas que refletem as tendências e desafios atuais do setor, como a gestão hoteleira, turismo sustentável, gestão de eventos e experiências e, mais recentemente, o turismo digital. A oferta atual do estabelecimento de ensino onde leciona cobre as subáreas iniciais, sendo que “estamos a ultimar esforços para responder à procura na área do turismo digital. Estas áreas atraem estudantes por oferecerem perspectivas de carreira diversificadas e pela ligação com setores emergentes que valorizam a inovação e criatividade”.

Sofia Almeida, coordenadora da Área de Turismo & Hospitalidade na Universidade Europeia

Os desafios, para Susana Mesquita, coordenadora da Licenciatura em Turismo no ISAG – European Business School “incluem a necessidade de atualização constante dos planos de estudos para acompanhar a procura do mercado resultante, nomeadamente das mudanças ocorridas no comportamento dos consumidores”, indicando que “são muitos os jovens portugueses que demonstram interesse pela área de turismo, especialmente em áreas como gestão hoteleira, marketing digital e organização de eventos”.

Há, no entanto, “uma grande preocupação com uma possível quebra na procura devido a perceções de instabilidade ou falta de progressão na carreira. Por isso é necessário motivar cada vez mais os jovens e, para isso, importa reforçar, junto dos mesmos, as oportunidades de progressão e a relevância estratégica do turismo para a economia nacional, criando programas de formação mais dinâmicos e mais alinhados com as necessidades do mercado. Ainda assim, os cursos superiores continuam a ser muito procurados”, acentuando que algumas instituições já começaram a implementar essas mudanças, mas “ainda há um longo caminho a percorrer. As parcerias entre o ensino e as empresas podem acelerar este processo. É necessário reforçar o networking”.

Alguns dos principais desafios passam, segundo a coordenadora da Licenciatura em Turismo no ISAG, pela existência de uma concorrência com outros setores mais tecnológicos, a ideia de que os salários são baixos e que existem poucas oportunidades de crescimento, por um lado, ao mesmo tempo que “existe alguma dificuldade em atrair talentos qualificados para áreas específicas necessidade de maior flexibilidade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional dos profissionais deste setor”.

Em termos de níveis de formação, observa-se, considerou a formadora da UE, “uma procura equilibrada entre licenciaturas e pós-graduações, com um crescente interesse por cursos mais especializados que ofereçam uma vantagem competitiva no mercado de trabalho”. Não obstante, Sofia Almeida acrescenta que todos os cursos da área do turismo, cursos conferentes de grau e não conferentes de grau subiram em termos de alunos, “o que nos deixa particularmente orgulhosos do trabalho realizado até aqui”.

 

“A valorização das profissões do turismo passa, em primeiro lugar, pela identificação de todas as suas profissões, depois pela definição de novas estratégias de comunicação por forma a melhorar a imagem e o branding das mesmas, a par da recuperação do atraso salarial e da flexibilidade da carga horária”, Mafalda Patuleia

No entanto, há desafios. “Apesar de o turismo ser uma área de elevada empregabilidade, assiste-se a sinais de desmobilização de alguns jovens, influenciados por perceções de instabilidade, sazonalidade e falta de valorização em determinadas funções”, assim, “para combater este fenómeno, é essencial reforçar a atratividade do setor, promovendo carreiras que valorizem competências técnicas e pessoais, oferecendo condições de trabalho mais apelativas e sublinhando a importância do turismo como motor económico e social”, opina Sofia Almeida, para reforçar que, enquanto universidade, “a forma como temos contribuído para ultrapassar estas dificuldades é criar discussão à volta destas questões, organizando mesas-redondas, debates e conferencias para que os profissionais sejam convidados a refletir sobre os temas estruturantes do setor e apresentar soluções”.

Por sua vez, a diretora do Departamento de Turismo da UL sublinha que “hoje, o principal desafio é garantir que a formação acompanhe a evolução rápida da atividade, respondendo às necessidades emergentes, como a gestão de experiências personalizadas, sustentabilidade, acessibilidade e o uso de tecnologias inovadoras, como por exemplo a Inteligência Artificial e a realidade virtual”. Além disso, “são igualmente desafiantes, a constante proximidade ao mercado de trabalho, o desenvolvimento das soft skills, a retenção de talento e a criação de percursos formativos alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que contribuam para a criação de uma nova geração de gestores e profissionais nesta área”.

Entre os desafios, já Flávio Ferreira aponta por alguns que passam por  incorporar soluções para minimizar a pegada de carbono do turismo, com foco em práticas de turismo regenerativo; A  necessidade de preparar profissionais para lidar com a constante evolução tecnológica, em particular o uso de IA; Preparar os futuros profissionais em relação a tendências como turismo de bem-estar, viagens conscientes, turismo de experiências e personalização de serviços; e ainda enfrentar a falta de profissionais qualificados em certas áreas, particularmente na hotelaria e restauração, e tornar o setor mais atrativo como carreira.

Mafalda Patuleia, diretora do Departamento de Turismo da Universidade Lusófona

Há interesse pela formação na área do turismo?
O presidente ESHT do Porto não tem dúvidas que os jovens portugueses “continuam a demonstrar interesse pela formação na área do turismo, especialmente devido ao peso significativo do setor na economia nacional”, até porque “o turismo é uma das indústrias mais dinâmicas em Portugal, responsável por uma elevada empregabilidade e oportunidades de crescimento”. Contudo, diz, “o nível de atração varia de acordo com a perceção das condições de trabalho e do potencial de carreira”, lembrando que as áreas mais procuradas são hotelaria, gastronomia e restauração, turismo sustentável, gestão de eventos, e que a maior procura acontece ao nível de cursos de licenciatura”.

Mafalda Patuleia também concorda, e lembra que “os últimos dados estatísticos apontam para um decréscimo no número de matriculados nos cursos superiores”, lembrando que segundo o Turismo de Portugal, em 2023 estavam matriculados no Ensino Superior 9,7 mil alunos (-10,3% tvh 2022). Ou seja, “estamos perante um desalinhamento preocupante entre a crescente competitividade da atividade turística e o interesse dos jovens em construir uma carreira nesta área.

Em sua opinião, “existem possíveis razões para este decréscimo, relacionadas com a perceção das condições de trabalho pouco atrativas na atividade, como os baixos salários em termos reais, a falta de uma melhor descrição das funções e das categorias profissionais, a inexistência de uma carreira profissional, a sazonalidade e horários exigentes, que podem desencorajar os jovens a apostar numa formação académica em áreas relacionadas com o turismo”. Além disso, “a falta de visibilidade de percursos profissionais mais diversificados e de oportunidades de ascensão na atividade pode contribuir para o afastamento dos estudantes”, apontou.

Para esta questão, o presidente da ESHT defende que “a instabilidade vivida durante a crise da COVID-19 levou a uma queda na procura por cursos de turismo em alguns anos, com estudantes optando por áreas consideradas mais estáveis”, para avançar que “muitos jovens veem o turismo como uma área exigente, com horários irregulares e pouca previsibilidade, o que pode desencorajá-los”, por isso “é oportuno reforçar a motivação dos jovens para a formação em turismo, especialmente considerando que é a área profissional que mais emprega em Portugal”. E sublinha que “a valorização da profissão, a melhoria das condições e a ligação a temas como sustentabilidade e inovação podem ser fundamentais para captar e motivar uma nova geração de talentos para o setor”.

Para Sofia Almeida, não há dúvidas da necessidade de adaptação da formação, questão que já está a ser reconhecida e implementada em diversas instituições de ensino e formação, incluindo na Universidade Europeia. Nos últimos anos, “temos assistido a uma evolução significativa na forma como os cursos são estruturados, com uma maior personalização das ofertas formativas e a integração de abordagens pedagógicas inovadoras que respondem às expectativas de estudantes e profissionais.

 

“A implementação de ofertas formativas atualizadas e adaptadas às necessidades reais do setor do turismo e da hospitalidade tem sido progressivamente colocada em prática em Portugal, mas ainda enfrenta desafios, como iniciativas de formação contínua, como cursos especializados em sustentabilidade, enoturismo e tecnologias digitais, Flávio Ferreira

Um exemplo claro é a inclusão de metodologias de ensino centradas no estudante, como o problem-based learning (aprendizagem baseada em problemas) e projetos colaborativos com empresas do setor, que permitem aos alunos desenvolver competências práticas alinhadas com as reais necessidades do mercado. Adicionalmente, têm surgido formações modulares e de curta duração, como pós-graduações que permitem aos profissionais atualizar conhecimentos de forma flexível, ao mesmo tempo que conciliam as suas carreiras”.

Por outro lado, admite que “as instituições de ensino têm trabalhado na criação de percursos mais individualizados, levando em conta as motivações, necessidades e aspirações de cada estudante. Isto inclui o acesso a programas de mentoria, coaching de carreira e estágios personalizados, bem como a utilização de ferramentas tecnológicas, como plataformas de aprendizagem adaptativa, que ajustam os conteúdos às preferências e progressos de cada aluno”, tendo apresentado dois exemplos: “O primeiro, o programa SUPERA da Universidade Europeia é uma iniciativa de apoio à inclusão e ao desenvolvimento de competências para estudantes com necessidades educativas especiais. O segundo, o programa exclusivo da UE em oferecer aos finalistas de Gestão Hoteleira a possibilidade de efetuar um estágio de direção hoteleira. Criámos 10 posições de estágio em funções de direção para os nossos alunos e desta forma tentamos ir ao encontro das suas expectativas e dos novos tempos”.

Conhecer as múltiplas profissões que existem na atividade turística
Mas será que, efetivamente, os jovens conhecem as múltiplas profissões que existem na atividade turística? A resposta da diretora do Departamento de Turismo da Lusófona, é negativa e descreve: “Os jovens associam maioritariamente o Turismo, às áreas da hotelaria e da restauração, que infelizmente e segundo o Turismo de Portugal (2024) são as duas áreas onde a média dos vencimentos é mais baixa (1.068 euros) e as condições laborais são mais incertas”, a acrescentar que apesar do esforço que tem sido feito por parte dos empregadores destas áreas em relação ao aumento do salário médio e à melhoria das condições laborais, “a verdade é que a situação continua precária e socialmente desinteressante”.

Como referimos, as conclusões do estudo recente “O perfil do profissional de Turismo e Hospitalidade-Competências e Formação” apontam para a necessidade de criação de ofertas formativas atualizadas e adaptadas às necessidades reais do setor, através da adoção de abordagens diferenciadas na gestão de carreiras e expectativas, levando em consideração as necessidades específicas de cada estudante e de cada profissional. Isto já está a acontecer? Flávio Ferreira responde que “a implementação de ofertas formativas atualizadas e adaptadas às necessidades reais do setor do turismo e da hospitalidade tem sido progressivamente colocada em prática em Portugal, mas ainda enfrenta desafios, como iniciativas de formação contínua, como cursos especializados em sustentabilidade, enoturismo e tecnologias digitais, são exemplos de adaptações às necessidades do setor, e uma  integração mais forte entre instituições de ensino, empregadores e estudantes é fundamental para garantir que as necessidades específicas do setor e dos profissionais sejam plenamente consideradas”.

Flávio Ferreira, presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHT) Porto

Por sua vez Mafalda Patuleia dá-nos conta que a Universidade Lusófona “tem desempenhado um papel ativo nesta transformação”. E está a adaptar os currículos para incorporar competências práticas e transversais, trabalhando em estreita colaboração com empresas do setor e associações profissionais para garantir que os seus programas estão alinhados com as exigências do mercado, promovendo formações flexíveis e personalizadas. Exemplo disso, referiu, “é o trabalho que fazemos com algumas associações profissionais e de empregadores”, (APAVT, APOTEC e ADHP) na verificação prévia dos conteúdos programáticos de unidades curriculares como agências de viagens e operadores turísticos, contabilidade, gestão e análise financeira de empresas turísticas, gestão da restauração e gestão hoteleira.

Por outro lado, na aprendizagem baseada em problemas (PBL), em que, conforme contou, os alunos são desafiados a resolver problemas reais ou simulados pelo mercado de trabalho, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades práticas, colaborativas e também o pensamento crítico.

Em termos de competências, os profissionais de turismo devem desenvolver em áreas como, segundo Mafalda Patuleia, formação intercultural, fundamental numa atividade tão global; tecnologia e digitalização, com destaque para sistemas de gestão de reservas, big data, realidade virtual e inteligência artificial; sustentabilidade e responsabilidade social, integrando práticas que respeitem o ambiente e as comunidades locais; gestão de experiências personalizadas, respondendo às expectativas de clientes cada vez mais exigentes; resiliência e capacidade de adaptação, face à volatilidade do mercado.

Já o presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHT) do Politécnico do Porto elenca: Digitalização e tecnologias de informação, gestão de sustentabilidade, análise de dados, comunicação intercultural, liderança e trabalho em equipa, inovação e criatividade, foco no cliente e personalização, gestão ética e responsável, sublinhando que a instituição de ensino que dirige estabelece uma forte ligação com o mercado de trabalho, “garantindo que os seus estudantes estejam preparados para responder às necessidades reais do setor”, apontando que essa ligação é realizada através de diversas iniciativas e estratégias que promovem a integração entre a formação académica e o ambiente profissional.

Entre as principais ações destaca: Todos os cursos incluem períodos de estágio obrigatórios em empresas do setor (nacionais e estrangeiras), proporcionando uma experiência prática essencial; A organização de almoços, jantares e eventos enogastronómicos permite que os estudantes coloquem em prática os seus conhecimentos em situações reais; O bar e restaurante de aplicação são espaços utilizados pelos estudantes para simular o ambiente de trabalho, sob a orientação de docentes e em colaboração com profissionais convidados”. Além disso, a ESHT “mantém uma relação próxima com confrarias gastronómicas e associações do setor, envolvendo os estudantes em atividades e eventos que promovem networking e reforçam a ligação ao mercado”.

 

“Estamos a ultimar esforços para responder à procura na área do turismo digital. Estas áreas atraem estudantes por oferecerem perspetivas de carreira diversificadas e pela ligação com setores emergentes que valorizam a inovação e criatividade”, Sofia Almeida

Atualmente, as competências mais valorizadas no setor do turismo refletem, conforme sublinha Sofia Almeida “a necessidade de adaptação às rápidas mudanças e à diversificação do mercado. O domínio de competências digitais, como o uso de plataformas de reservas online, inteligência artificial e análise de dados, é essencial para melhorar a experiência do cliente e otimizar operações”, e o grande desafio deste ano letivo foi abrir o primeiro e único curso de licenciatura em Turismo, lecionado 100% em inglês. “Estamos sozinhos nesta oferta, mas arriscámos. E sabemos que estamos no caminho certo, pois houve um aumento do interesse dos alunos de Erasmus nesta licenciatura, e isto reflete-se no aumento da procura relativa aos anos anteriores”.

Indicou, ainda, e em primeira mão que a Universidade Europeia viu este ano letivo, as suas duas licenciaturas em Turismo e Gestão Hoteleira serem (re)acreditadas pela A3Es pelo período máximo de 6 anos sem alterações. Para o próximo ano letivo, 2025-2026 “posso já adiantar que o nosso grande desafio é ter uma Licenciatura em Gestão turística e hoteleira e um Mestrado em Gestão do Turismo e Hotelaria acreditados no Ensino à Distância (EAD)”.

Na opinião da coordenadora da Licenciatura em Turismo no ISAG, algumas das competências mais valorizadas “passam pela orientação para o cliente e pela excelência no atendimento, a capacidade de trabalhar em ambientes multiculturais, os conhecimentos em marketing digital e redes sociais, a resiliência e proatividade perante novos desafios e as habilidades em inovação e sustentabilidade”.

Recorrer às escolas para os melhores talentos
Refira-se, ainda, que as empresas do setor recorrem à ESHT para obter apoio na implementação de estratégias inovadoras, envolvendo docentes e estudantes nesses processos, ao mesmo tempo que esta instituição de ensino superior organiza eventos onde empresas do setor turístico e hoteleiro apresentam as suas ofertas e realizam entrevistas com os estudantes, facilitando o recrutamento. De destacar que ex-estudantes da ESHT que já atuam no mercado de trabalho frequentemente retornam à Escola para partilhar experiências, criar parcerias e motivar os atuais estudantes.

Também o Turismo da Lusófona estabelece parcerias estratégicas com empresas nacionais e internacionais, proporcionando estágios curriculares, projetos de investigação aplicada e programas de mentoria. A sua diretora do Departamento de Turismo conta-nos que, nos últimos anos, a UL tem dado muito ênfase ao estabelecimento de parcerias internacionais, proporcionando aos seus alunos a realização de estágios curriculares em contextos fora do país. Neste sentido, verificou-se um aumento do número de alunos em mobilidade (out) que passou de 8 alunos em 2022 para 20 alunos em 2023.

Por outro lado, disse, “estimulamos o desenvolvimento de projetos de investigação aplicada com parceiro internacionais, como é o exemplo da candidatura vencedora, na qual a Universidade Lusófona faz parte, ao Programa Horizon Europe, FUTOURWORK – Improving Tourism and Hospitality Worker Well-Being Through Social Dialogue, com o objetivo estudar e promover um maior bem-estar e melhores condições de trabalho para os trabalhadores do Turismo e Hospitalidade”.

 

“Os desafios incluem a necessidade de atualização constante dos planos de estudos para acompanhar a procura do mercado resultante, nomeadamente das mudanças ocorridas no comportamento dos consumidores”, Susana Mesquita

Também “achamos relevante o desenvolvimento de Programas de Certificação, como por exemplo o Protocolo que temos com a Travelport, na Certificação do Programa de GDS/Galileo, através da formação indoor e respetivo exame na empresa”.

Além disso, “promovemos eventos regulares, como feiras de emprego, workshops e palestras com profissionais da área, para encurtar a distância entre a academia e o mercado”. Por outro lado, “incorporamos no nosso corpo docente, profissionais da área que estimulam a aquisição de competências práticas e o desenvolvimento de uma rede de contactos relevante”, explicou.

Formação em contexto de trabalho precisa-se
Na ESHT há uma ampla gama de programas de formação contínua e cursos de especialização para profissionais em exercício, permitindo-lhes: atualizar competências técnicas e comportamentais; adaptar-se às novas exigências tecnológicas e ambientais do setor; desenvolver uma visão estratégica sobre gestão e liderança.

Através de iniciativas como workshops, dias de recrutamento e mentoring, a ESHT promove a retenção de talento ao criar oportunidades de crescimento profissional, ao mesmo tempo que utiliza plataformas digitais, simulações e ferramentas tecnológicas para preparar os profissionais para os desafios digitais no turismo, como gestão de reservas, marketing digital e análise de dados. Por outro lado, a Escola participa ativamente em iniciativas como o programa Eco-Escolas, que fomenta a educação ambiental, e desenvolve projetos de investigação aplicada que promovem a sustentabilidade no setor turístico.

Também a Lusófona oferece programas de Mestrado e de Pós-Graduação. Atualmente há dois Mestrados a funcionar: O Mestrado em Desenvolvimento e Gestão de Destinos Turísticos e o Mestrado online em Gestão e Inovação em Turismo e Hospitalidade. É o primeiro mestrado online na área do Turismo e funciona em parceria com o Centro Universitário Lusófona do Porto e com o ISMAT em Portimão, que, entre outras razões, assenta num modelo de ensino que permite a gestão do tempo de forma eficiente entre a vida profissional e pessoal.

Com todas as valências destes dois exemplos de ensino superior, o facto é que existe um número bastante elevado de pessoas a trabalhar no setor sem formação.

Mafalda Patuleia explica que, “infelizmente, os dados estatísticos, divulgados pela tutela são sistematicamente referentes ao alojamento, à restauração e similares e não ao turismo. Provavelmente esta situação não tem lugar nas agências de viagens e nos operadores turísticos, nos guias intérpretes, nos transportes aéreos, nos cruzeiros e outros que compõem a constelação do turismo”. No entanto, lembra que segundo o Turismo de Portugal (2024) pela 1ª vez a maioria (55%) dos empregados nas áreas do alojamento, restauração e similares têm o ensino secundário e superior.

Com o setor das viagens e turismo em constante mutação, numa indústria de pessoas para pessoas, os recursos humanos são a chave do seu desenvolvimento, e acarreta desafios, como é óbvio. Assim sendo, Mafalda Patuleia defende que “é preciso identificar quais são as profissões que existem e criar um plano de carreiras no turismo por forma a promover a sua valorização e, por conseguinte, conquistar o reconhecimento social”.

A ligação com o mercado de trabalho é essencial na estratégia formativa da Universidade Europeia. A coordenadora da Área de Turismo & Hospitalidade daquela instituição de ensino superior dá conta que “criamos pontes entre a academia e o setor de turismo e hospitalidade, preparando os estudantes para os desafios do mercado e oferecendo oportunidades de carreira, colaboramos com empresas do setor para estágios, projetos e aprendizagem prática, muitos dos nossos docentes trazem experiências do mercado, enriquecendo o ensino, e organizamos eventos como feiras de emprego e workshops para promover o networking e o conhecimento de tendências”. Igualmente, o Gabinete de Empregabilidade “orienta os estudantes na definição de objetivos e facilita o acesso a vagas. Projetos integradores e consultoria com empresas fortalecem as competências dos alunos. Focamo-nos também no desenvolvimento de competências transversais, como liderança e comunicação, essenciais para o sucesso profissional. Essa abordagem prepara os estudantes para se destacarem no mercado de trabalho e contribuírem para a evolução do setor”.

Da mesma forma, na Universidade Europeia, “temos desempenhado um papel ativo na formação contínua dos profissionais de turismo, focando-nos em áreas essenciais como a retenção de talento, inovação tecnológica e sustentabilidade. Oferecemos programas de pós-graduação, mestrados e cursos especializados que integram as últimas tendências e desafios do setor, capacitando os profissionais para lidar com as mudanças rápidas e as novas exigências do mercado. Sobre as pós-graduações, gostava de acrescentar que apesar da nossa oferta presencial, temos duas pós-graduações em Gestão Hoteleira e Gestão de Eventos, lecionadas 100% online”.

E vai mais além. “Através da nossa colaboração com empresas do setor, proporcionamos experiências práticas que ajudam os alunos a desenvolver competências digitais e a aplicar soluções inovadoras, particularmente no uso de tecnologias emergentes”. Por outro lado, “destacamos a importância da sustentabilidade, oferecendo formação em práticas responsáveis que promovem o turismo sustentável e a responsabilidade social, fruto de uma parceria com uma instituição com o mercado”. Neste sentido, segundo Sofia Almeida, “acreditamos que a formação contínua é essencial para garantir que os profissionais de turismo possam não só adaptar-se, mas também liderar as transformações que o setor exige, contribuindo assim para a evolução e o sucesso da indústria”.

Susana Mesquita, coordenadora da Licenciatura em Turismo no ISAG – European Business School

Por sua vez, comenta Susana Mesquita, existem várias formas de estabelecer a ligação entre as instituições e o mercado do trabalho. “No nosso caso temos várias parcerias com empresas de diversos subsetores, promover estágios curriculares, realizar eventos de networking e desenvolver programas de mentoria com profissionais do setor entre outras iniciativas”. Assim, considera que este aspeto constitui uma oportunidade para fomentar a formação contínua, criando programas acessíveis que capacitem os profissionais e elevem o padrão do setor.

Uso da Inteligência Artificial
Parece que, em alguns casos, os planos de estudos ainda não incluem tecnologias com inteligência artificial, “no entanto, não invalida que não sejam utilizadas como exemplos nas aulas”, conforme diz Flávio Ferreira, mas esclarece que os professores começaram a utilizar no ano passado exemplos de plataformas de geração de conteúdos (textos, imagens e vídeos), em particular nas unidades curriculares de informação e comunicação tecnológica, nos cursos de licenciatura, e de tecnologias e marketing digital, nos cursos de mestrado.

Contrapondo, Mafalda Patuleia refere que a UF já integra formação em inteligência artificial, análise de dados, automação e outras tecnologias emergentes, nas unidades curriculares de tecnologias digitais aplicadas ao turismo (1º Ano) e de transformação digital no turismo (3º Ano). Estas competências são abordadas em aulas práticas, simulações e projetos em parceria com o setor, preparando os alunos para os desafios da digitalização.

Finalmente, colocámos aos responsáveis pela área formativa em turismo, no Porto e em Lisboa, a seguinte questão: Quais são as competências mais valorizadas atualmente no setor do turismo?

Para o presidente da ESHT, elencou as seguintes: competências digitais; habilidades para implementar práticas de turismo sustentável; capacidade de gerir experiências e lidar com feedbacks negativos; saber criar pacotes turísticos inovadores e roteiros adaptados a diferentes públicos; habilidades de comunicação e interculturalidade.

Mas para a diretora do Departamento de Turismo da UL, além de competências técnicas, as competências transversais são cada vez mais valorizadas. Assim, no seu entender, “um profissional de turismo, enquanto mediador cultural, tem de possuir uma compreensão profunda das diferenças culturais, demonstrar empatia e capacidade de adaptação, e promover o respeito mútuo. Deve ter uma comunicação eficaz, empatia, trabalho em equipa, resolução de problemas e capacidade de adaptação”. Adicionalmente, a literacia financeira, a literacia digital e o domínio de línguas estrangeiras continuam a ser requisitos fundamentais”, enalteceu.

Também, na Universidade Europeia, alguns planos de estudo já incluem formação sobre o uso de tecnologias como a Inteligência Artificial, refletindo a crescente digitalização do setor do turismo. Na Universidade Europeia, esclareceu, “abordamos ferramentas como análise de dados, sistemas de gestão baseados em IA, chatbots, automação de processos e tecnologias de personalização da experiência do cliente. Estas tecnologias são introduzidas através de projetos práticos, simulações e estudos de caso, permitindo que os estudantes desenvolvam competências aplicáveis e compreendam como utilizá-las para melhorar a eficiência, a tomada de decisões e a experiência dos clientes. Já existe esta oferta noutras áreas da Universidade, mas o nosso desafio é trazer esta realidade para dentro dos cursos de Turismo”.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Artigos relacionados
Picos de Aventura reorganiza estrutura interna
Figuras
Disney anuncia sétimo parque temático em Abu Dhabi
Destinos
2025 promete trazer novos e cada vez melhores navios de cruzeiro
Transportes
Cruzeiros esperam verão positivo e já navegam rumo ao inverno e a 2026
Transportes
Marina de Vilamoura volta a ser palco do International Boat Show
Destinos
ÉvoraWine celebra 10ª edição com 300 vinhos em prova
Enoturismo
Estratégia do turismo de VRSA mantém foco na sustentabilidade, inovação e valorização do território
Destinos
Movimentação de passageiros na Europa impulsionada por voos internacionais com tráfego doméstico estagnado
Aviação
V Convenção do Grupo DIT marcada para 30 de outubro a 2 de novembro em Huelva
Distribuição
easyJet assina acordo com ATOBA e World Fuel para fornecimento de SAF
Aviação
Figuras

Picos de Aventura reorganiza estrutura interna

A Picos de Aventura, empresa de animação turística do Grupo Newtour, sediada nos Açores, acaba de proceder a uma reorganização estratégica na sua estrutura interna, com vista a fortalecer a integração entre os departamentos e garantir a excelência operacional.

Nesta restruturação da equipa de coordenação da Picos de Aventura, Leandro Silva é nomeado coordenador de Operações, enquanto Pedro Tadeu passa a exercer as funções de coordenador das Atividades de Mar.

Leandro Silva iniciou o seu percurso na Picos de Aventura em outubro de 2017, como assistente de vendas, dividindo o seu tempo entre o departamento de vendas e o de terra, onde adquiriu conhecimentos práticos sobre a operação. No final de 2018, assumiu maior responsabilidade pelo departamento de reservas e durante este período, o profissional começou a trabalhar com grupos e incentivos, desempenhando não só funções de planeamento e orçamentação, mas também de execução no terreno. N m passado mais recente, acumulou novas responsabilidades, tendo assumido a coordenação comercial.  Agora, em 2025, Leandro Silva assume oficialmente a coordenação Operacional da Picos de Aventura, acumulando esta função com a de coordenador Comercial.

Por sua vez, Pedro Tadeu regressa à empresa onde esteve entre 2008 e 2018 como skipper e guia turístico. Com mais de 15 anos de experiência no setor, este profissional traz consigo uma sólida formação em Relações Públicas e Comunicação, complementada por um Minor em Gestão pela Universidade dos Açores. Além disso, a sua experiência como gestor de projetos na Direção Regional de Apoio ao Investimento e Competitividade consolidou o seu perfil como um profissional versátil e orientado para resultados.

Na sua nova função, Pedro Tadeu será responsável pela gestão da equipa, organização logística e supervisão das operações marítimas. A sua visão estratégica e competências práticas serão determinantes, segundo a Pico de Aventura, para garantir a excelência na entrega de serviços e criar experiências memoráveis aos clientes.

Adicionalmente, Luís Botelho mantém-se como coordenador das Atividades de Terra, função que desempenha desde janeiro de 2024.

Carlos Baptista e João Rodrigues, administradores da Picos de Aventura, referem que a empresa de animação turística inicia agora uma nova fase organizacional e não poderiam estar mais satisfeitos com a atual equipa de coordenação, para sublinhar que destacar que “asseguramos as condições necessárias para continuar a inovar com responsabilidade, mantendo a qualidade de serviço que nos caracteriza.”

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Foto: The Walt Disney Company
Destinos

Disney anuncia sétimo parque temático em Abu Dhabi

A The Walt Disney Company e a Miral anunciaram ter chegado a acordo para a construção do sétimo parque temático Disney em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), mais concretamente, na ilha de Yas.

Depois de Orlando, Califórnia, Paris, Tóquio, Hong Kong e Xangai, a The Walt Disney Company anunciou o sétimo parque temático a ser construído em Abu Dhabi, tornando-se no primeiro complexo de parques temáticos da empresa no Oriente Médio.

Sem divulgar quando ficará pronto e nem qual o seu nome oficial, sabe-se que o futuro parque Disney ficará localizado na ilha de Yas onde já figuram o Ferrari World, o Waterworld, o Warner Bros. World e o Sea World.

Certo é que a construção do parque ficará sob responsabilidade da Miral, o principal criador de destinos e experiências imersivas em Abu Dhabi, destacando Robert A. Iger, Chief Executive Officer da The Walt Disney Company, e Mohamed Khalifa Al Mubarak, Chairman da Miral, que “os Emirados Árabes Unidos estão localizados a apenas quatro horas de voo de um terço da população mundial, o que os torna um importante ponto de entrada para o turismo”.

Já Josh D’Amaro, presidente da Disney Experiences, refere no site da Disney que “o nosso resort em Abu Dhabi será o destino mais avançado e interativo do nosso portefólio. A localização do nosso parque é verdadeiramente única – situado junto a uma deslumbrante zona ribeirinha – o que nos permitirá contar as nossas histórias de formas totalmente novas. Este projeto irá chegar a um público completamente novo, acolhendo mais famílias do que nunca para viverem a magia da Disney. No fundo, será uma celebração do que é possível quando a criatividade e o progresso se unem.”

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
0.9.142
Transportes

2025 promete trazer novos e cada vez melhores navios de cruzeiro

Para este ano, está prevista a inauguração e respetiva entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiros, que contam com características ainda mais inovadoras, prometendo revolucionar este setor.

Este ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar.

Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026.

“O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um itinerário de 7 noites com escalas em Barcelona, Marselha, Génova, Nápoles, Messina e Valletta.

Eduardo Cabrita explica que, seguindo os passos do seu navio-irmão, “o MSC World Asia terá sete distritos a bordo, cada um com a sua própria atmosfera, instalações e experiências, concebidos para melhorar a experiência de cruzeiro, permitindo que cada passageiro crie umas férias únicas e exclusivas e maximize o seu ste ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar. Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026. “O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um tempo a bordo”.

O navio distingue-se também para sustentabilidade, já que o MSC World Asia será “movido a gás natural liquefeito, um combustível que permite uma transição direta para o gás natural liquefeito bio e sintético renovável”. Além disso, o navio “estará equipado com a ligação de energia em terra, o que permite que os motores do navio sejam desligados, enquanto estão no porto, eliminando as emissões locais e reduzindo o impacto na qualidade do ar local”, explica Eduardo Cabrita.

Mas o MSC World Asia está longe de ser o único navio com inauguração prevista para os próximos tempos. Nos últimos dias, a MSC Cruzeiros inaugurou também o MSC World America, navio que é o segundo da World Class da MSC Cruzeiros e que será o primeiro a contar com sete distritos a bordo, combinando o estilo europeu com o conforto americano.

Mas, além das MSC Cruzeiros, há várias outras companhias de cruzeiros que contam inaugurar novos navios nos próximos tempos, a exemplo da Royal Caribbean International, que vai receber, em breve, dois novos navios de cruzeiro da classe Icon. “Na Royal Caribbean teremos dois novos navios, e ambos da classe Icon”, indica Francisco Teixeira, explicando que o Star of the Seas vai contar com uma “base em Port Canaveral a partir de agosto de 2025, com cruzeiros pelas Caraíbas”, enquanto o Legend of the Seas entra em funcionamento a partir de agosto de 2026, com cruzeiros de Barcelona pelo Mediterrâneo.

“Estes navios dispõem de uma grande diversidade de atividades, espetáculos e restaurantes incluídos para todos os grupos etários. Consideramos um cruzeiro nestes navios como as melhores férias em família”, afirma Francisco Teixeira.

Já a Celebrity Cruises vai ter o lançamento de mais um navio da série Edge, o Celebrity Xcel, que segundo Francisco Teixeira conta “com o novo The Bazar onde serão retratados espetáculos culturais dos destinos que visita”. “Os navios desta série são elegantes, com um design dos interiores desenvolvidos por famosos arquitetos, e onde a gastronomia e o serviço são destaques”, explica o responsável.

Já a Costa Cruzeiros adianta ao Publituris que, por enquanto, não tem planos para a inauguração de novos navios, já que os atuais “foram recentemente renovados, portanto, no momento, não há previsão para a chegada de novas embarcações para a Costa Cruzeiros”.

Várias companhias com inaugurações previstas para os próximos anos
Em breve, esperam-se também novidades na Virgin Voyages e na Princess Cruises, companhias de cruzeiros que contam, ambas, com a chegada de novas embarcações. No caso da Princess Cruises, 2025 vai trazer, no terceiro trimestre do ano, a inauguração do Star Princess, navio que é irmão gémeo do Sun Princess e que, tal como Brilliant Lady, da Virgin Voyages, começa a operar no terceiro trimestre deste ano, contando ambos “já com um bom avanço nas vendas para 2026”, segundo António Pinto da Silva, diretor comercial da Mundomar Cruzeiros.

Já Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, lembra que 2025 vai ficar marcado pela inauguração do terceiro navio Ritz-Carlton, o LUMINARA ALLURA, navio que pertence à classe Vista e que tem chegada prevista para julho.

Já a Windstar recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025, sendo ainda de assinalar que a Disney vai dar “as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro”.

É caso para dizer que, os próximos anos, vão ficar marcados pela chegada de vários navios de cruzeiros, num aumento de oferta e qualidade que promete impulsionar as vendas destes segmentos.

Novos navios que chegam nos próximos anos

MSC Cruzeiros: MSC World America em abril de 2025 e MSC World Asia em 2026;
Royal Caribbean International: Star of the Seas e Legend of the Seas em 2025 e 2026, respetivamente;
Celebrity Cruises: Celebrity Xcel em novembro de 2025;
Princess Cruises: Inaugura o Star Princess no terceiro trimestre;
Virgin Voyages: Brilliant Lady vai ser inaugurado no terceiro trimestre de 2025;
Ritz-Carlton: Inaugura em julho o terceiro navio, o LUMINARA ALLURA;
Windstar: Recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025;
Disney Cruises: Dá as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
Transportes

Cruzeiros esperam verão positivo e já navegam rumo ao inverno e a 2026

Com as vendas para o verão de 2025 ainda a decorreram a bom ritmo, muitas companhias de cruzeiros estão já a vender o inverno e o verão do próximo ano, para os quais as expectativas são igualmente positivas. Entre os destaques, estão as partidas de portos nacionais, assim como os destinos que os portugueses procuram habitualmente, apesar de também estarem a surgir novas tendências de destinos.

O facto de a Páscoa, este ano, se assinalar apenas em abril atrasou ligeiramente as vendas para o verão de 2025 no sector dos cruzeiros, no entanto, a temporada promete correr de forma positiva, com crescimentos face ao mesmo período de 2024, segundo as companhias de cruzeiros e operadores que representam várias destas companhias em Portugal que o Publituris foi ouvir. De uma forma geral, todos se mostram agradados com este verão e entusiasmados em relação às próximas temporadas. “As vendas para navegar em 2025 estão cerca de 10% acima do ano passado”, diz ao Publituris Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, operador especialista na indústria e que trabalha com várias companhias de cruzeiros de luxo. Segundo a responsável, “o maior crescimento regista-se nos cruzeiros para destinos mais distantes, especialmente no Alasca, na Ásia e na Austrália e Nova Zelândia”, sendo que “também os cruzeiros de expedição na Antártida e no Ártico” registam uma procura positiva.

Ana Bento assinala, contudo, que o facto das férias de Páscoa se assinalarem apenas em abril “abrandou as vendas do verão 2025” face ao mesmo período do ano passado. “Apesar disso, estamos à frente nas vendas. Por conseguinte, continuamos otimistas quanto às vendas para o verão de 2025 a partir do final de abril para navegar na Europa”, explica a responsável.

Tal como o Um Mundo de Cruzeiros, também a Mundomar Cruzeiros e a Melair Cruzeiros se mostram satisfeitas com as vendas, com António Pinto da Silva, diretor Comercial do operador que representa em Portugal a Princess Cruises e a Virgin Voyages, mas que vende também o produto de várias outras companhias, a explicar que “as vendas para 2025 ainda estão a decorrer com alguma expetativa”, uma vez que “há sempre clientes ‘last minute’”, o que deverá levar a um aumento das vendas nas próximas semanas.

No caso da Mundomar Cruzeiros, a maior procura centra-se no “Mediterrâneo (pela proximidade), seguindo-se as Ilhas Gregas, as Ilhas Britânicas, os Fiordes, o Alasca (onde a Princess Cruises tem metade da sua frota no verão), para além da América do Sul e a Ásia”. Já Francisco Teixeira, CEO da Melair Cruzeiros, que representa em Portugal as companhias do grupo Royal Caribbean, explica que “as vendas para o verão de 2025 estão a correr muito bem, registando-se um volume de passageiros superior ao mesmo período de 2024, tanto na Royal Caribbean como na Celebrity Cruises”.

De acordo com o responsável, “o Mediterrâneo e as ilhas Gregas continuam a ser os destinos mais procurados pelos portugueses, logo seguido das Caraíbas e Bahamas”, onde existe também um “grande interesse pelos itinerários que visitam a ilha privada “Perfect Day at Cococay””, que o grupo Royal Caribbean detém na região. No entanto, acrescenta Francisco Teixeira, “o destino de destaque foi o Japão com a Celebrity Cruises”.

Satisfeitas com a forma como tem decorrido a procura para o verão de 2025 estão ainda a MSC Cruzeiros e a Costa Cruzeiros, que também relatam ao Publituris uma tendência de aumento.

“As vendas para o verão 2025 tiveram um aumento de ritmo nas últimas três semanas aproximando-se da tendência do ano anterior”, revela Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, que aponta “uma procura mais acentuada por destinos como as Caraíbas, devido ao lançamento do MSC World America”, navio que a companhia inaugurou no passado dia 9 de abril, assim como “pelo Norte da Europa, uma vez que o MSC Poesia tem mais cruzeiros de sete noites a partir de Copenhaga do que no ano anterior”.

Apesar disso, o responsável diz que também “os cruzeiros no Mediterrâneo, seja Ocidental e Oriental, assim como os cruzeiros com saída e chegada a Lisboa no MSC Musica, estão sempre na crista das reservas”. Na Costa Cruzeiros, Luigi Stefanelli, Vice President Worldwide Sales, também confessa que a companhia de cruzeiros italiana está a viver uma temporada positiva, com o verão de 2025 a prometer mesmo “ser um dos mais movimentados para o setor de cruzeiros”. Para a Costa Cruzeiros, são os “itinerários pelo Mediterrâneo e Norte da Europa a liderar as escolhas dos portugueses”.

Inverno 2025/2026 igualmente em alta
A decorrer estão já também as vendas para o inverno 2025/2026, que também têm trazido boas indicações para a generalidade dos intervenientes consultados pelo Publituris.

“O Inverno 2025-2026 está com uma tendência muito boa, quase o dobro dos números em comparação com o ano anterior pela mesma altura”, indica Eduardo Cabrita, atribuindo o sucesso das vendas ao “facto de o MSC Musica com partida do Funchal estar disponível há mais tempo do que no ano anterior”, ainda que, também em determinadas áreas como as Caraíbas, Emirados Árabes Unidos e Mediterrâneo, a MSC Cruzeiros tenha já “mais do dobro de vendas do que no ano anterior”.

O responsável diz ter ainda “grandes expectativas” para os cruzeiros com embarque e desembarque no Funchal, uma vez que a MSC Cruzeiros vai oferecer “maioritariamente cruzeiros regulares de sete noites, o que constitui uma grande diferença em relação ao Inverno 2024/2025 em que havia uma mistura de itinerários com várias noites diferentes”.

Igualmente satisfeito e otimista mostra-se Luigi Stefanelli, que lembra que “as projeções para o inverno de 2025/2026 indicam um desempenho sólido para o setor de cruzeiros, impulsionado pelo desejo dos viajantes de fugir do frio e explorar destinos como as Caraíbas, América do Sul, Emirados e Ásia”. “Essas regiões destacam-se como favoritas, oferecendo clima quente e paisagens deslumbrantes”, acrescenta, destacando, contudo, “as saídas do Funchal a bordo do Costa Fortuna, com cruzeiros de sete noites entre dezembro de 2025 e abril de 2026”, como “a grande novidade” da Costa Cruzeiros para o próximo inverno.

Já Francisco Teixeira refere que, na Melair Cruzeiros, são os “destinos longínquos” que são mais comercializados “na temporada de inverno”, cuja duração varia entre as sete e as 14 noites. “A Ásia é o destino mais procurado, seguido pela América do Sul e Austrália e Nova Zelândia, mas verificamos já uma forte procura pelos cruzeiros pelas Bahamas”, explica o CEO da empresa.

E também António Pinto da Silva diz ter “expectativas muito boas” para o próximo inverno, lembrando que tanto a Princess Cruises como a Virgin Voyages vão inaugurar novos navios, que começam a operar no terceiro trimestre e que oferecem uma perspetiva positiva para as vendas também do inverno 2025/2026. “Com estes dois navios, a nossa oferta de itinerários aumenta consideravelmente, sendo que a grande novidade é que ambos vão fazer itinerários no Alasca em 2026. Assim, crescemos ainda mais a grande oferta que já temos para este destino”, acrescenta o responsável.

Verão 2026 também já está à venda
Já à venda está também grande parte da programação para o verão de 2026 e com boa 46 procura. “2026 está muito à frente do que estávamos em 2024 ou 2025, nesta altura”, adianta Ana Bento, que defende que “os clientes estão cada vez mais conscientes de que a reserva antecipada os ajuda a obter espaço a melhores preços, especialmente nos destinos de longo curso, que se esgotam muito mais cedo”. A responsável lembra, contudo, que, “para os cruzeiristas de luxo, o verão não é a principal data de navegação. Este tipo de cliente também navega durante o resto do ano noutros destinos quentes como a Ásia, Austrália e Nova Zelândia, América do Sul e Caraíbas, para além da Europa no verão”.

Já António Pinto da Silva afirma que, “desde que o produto é carregado no sistema, as vendas começam a acontecer”. “Para se ter uma ideia, já estamos a vender para 2027, principalmente para aqueles itinerários mais concorridos como as Voltas ao Mundo”, exemplifica.

As vendas para a temporada de verão 2026 estão, segundo o responsável, “em velocidade de cruzeiro”, apesar do diretor comercial da Mundomar Cruzeiros considerar que “o mercado português não responde com tanta antecedência, a não ser nos muitos pedidos de grupos” que o operador também costuma receber.

O verão de 2026, na Mundomar Cruzeiros, vai ficar marcado pela aposta nos programas Tudo Incluído, com avião, transfers, hotel, cruzeiro e guia acompanhante, além dos “programas com guia permanente a bordo e dos Cruzeiros MOVE-TE!”, onde a Mundomar Cruzeiros tem “uma grande equipa a bordo em datas pré-estabelecidas para animar” os seus passageiros.

Realidade idêntica vive a Melair Cruzeiros, com Francisco Teixeira a revelar que “as vendas para o verão de 2026 começaram em novembro de 2024 e seguem a bom ritmo”. “Verificamos que o mercado está a reservar as suas férias com maior antecedência e já percebeu que poderá encontrar mais e melhores opções dentro do seu budget”, refere o responsável, que aconselha uma antecipação de 12 a 15 meses na compra de um cruzeiro.

Para a Melair Cruzeiros, o verão do próximo ano vai trazer “diversos destaques”, a começar logo pelo “lançamento do novo conceito Royal Beach Club nos destinos de Nassau, na praia de Paradise Island e Cozumel”. “Será um clube exclusivo, e comercializado apenas para os passageiros do Grupo Royal Caribbean, com praia, piscina, restaurante e cabanas”, explica, indicando ainda que, a nível de destinos, os destaques vão ser “o Japão, o Alasca e as Caraíbas/ Bahamas, mantendo-se o Mediterrâneo as ilhas Gregas como o principal destino”.

Na Costa Cruzeiros, as vendas para a temporada de verão de 2026 tiveram início “em outubro de 2024”, sendo que também Luigi Stefanelli considera que “os clientes portugueses demonstram uma tendência de reserva antecipada, aproveitando as diferentes campanhas disponíveis”.

Quanto a destinos, os destaques vão para os itinerários que o Costa Fortuna vai continuar a oferecer na Grécia e Turquia, com partida de Atenas, com o responsável a explicar que a manutenção da aposta neste itinerário que visita Istambul, Mykonos, Rodes, Heraklion e Santorini, entre maio e outubro, se deve “à alta procura” que ele tem registado. Já os navios Costa Smeralda e Costa Toscana vão operar cruzeiros semanais pelo Mediterrâneo Ocidental, explorando destinos em Itália, França e Espanha, ainda que a grande novidade seja o novo itinerário de uma semana do Costa Fascinosa, desde Atenas, que visita “quatro ilhas em Itália, Grécia e Malta, como Argostoli (Kefalonia), Mykonos, Sicília (Catânia), Taranto e Valletta”.

E também na MSC Cruzeiros as vendas para o verão de 2026 já começaram, com Eduardo Cabrita a indicar que a companhia de cruzeiros já tem “algumas vendas para o verão 2026”, apesar de considerar que “ainda é cedo para tirar conclusões, uma vez que o foco da companhia neste momento é o verão 2025”. Ainda assim, o responsável revela que, para o verão 2026, a MSC Cruzeiros vai “apresentar muitas novidades”, que vão ser conhecidas à medida que essa temporada se for aproximando. “Por agora, podemos mencionar dois grandes destaques: em primeiro lugar, a inauguração do MSC World Asia que navegará no Mediterrâneo Ocidental a partir de dezembro de 2026, com itinerários de inverno e verão já disponíveis para reserva, e ainda os nossos itinerários para o Alasca. Será a primeira vez que a MSC Cruzeiros oferecerá cruzeiros para o Alasca, com itinerários de sete noites de maio a setembro de 2026, a partir de Seattle, para destinos como Ketchikan, Icy Strait Hoonah, Tracy Arm, Juneau (Alasca, EUA) e Victoria (Colúmbia Britânica, Canadá)”, congratula-se o responsável da MSC Cruzeiros.

Fotos: Depositphotos.com
Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
Destinos

Marina de Vilamoura volta a ser palco do International Boat Show

A Marina de Vilamoura volta a ser o palco privilegiado para a apresentação das principais novidades do setor náutico. A 28ª edição do International Boat Show terá lugar entre os dias 7 e 15 de junho de 2025, das 11h00 às 21h00, com entrada livre.

Esta edição, organizada conjuntamente pela Marina de Vilamoura e FIL – Feira Internacional de Lisboa aposta nos novos lançamentos das principais marcas, inovações tecnológicas e experiências exclusivas, reunindo os principais protagonistas da indústria náutica nacional e internacional.

Desde 1997, este evento tem contribuído para afirmar Vilamoura como um destino de excelência na náutica de recreio, e este ano, a organização promete que não será exceção, já que a maior marina do país proporciona condições únicas para a exposição de embarcações na água, num formato que respeita os mais altos padrões internacionais

O Marina de Vilamoura International Boat Show atrai empresas líderes do setor, que aproveitam o evento para apresentar embarcações novas e seminovas (brokerage), assim como as últimas novidades em acessórios, equipamentos e serviços integrados. As reservas de espaço já começaram e a expectativa aponta para uma edição com participação recorde.

Todos os anos, o evento recebe compradores, investidores, media, reguladores, entusiastas da náutica e público em geral, tornando-se um verdadeiro ponto de encontro entre profissionais e apaixonados pelo mar.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Enoturismo

ÉvoraWine celebra 10ª edição com 300 vinhos em prova

A 10.ª edição do ÉvoraWine vai reunir, nos dias 23 e 24 de maio, vai reunir 50 produtores que darão a provar cerca de 300 referências de vinhos alentejanos. A organização estima recorde de 10 mil visitantes.

Para além de se associarem a esta celebração simbólica, os produtores pretendem dar a conhecer os seus néctares a visitantes nacionais e internacionais que, ano após ano, enchem a Praça do Giraldo para participar naquele que é já considerado o maior evento vínico do Alentejo.

Com entrada livre e copo oficial de prova disponível a 15 euros, o ÉvoraWine espera receber cerca de 10 mil visitantes ao longo dos dois dias.

O evento arranca na sexta-feira, 23 de maio, às 18h00, com a sessão de abertura e a entrega dos prémios “Por todo o Alentejo”, que reconhecem as personalidades que se destacam nas áreas do vinho, da gastronomia e da cultura.

Durante os dois dias, a Praça do Giraldo será palco de um ambiente vibrante que combina provas vínicas, gastronomia e música ao vivo.

Para fechar com chave de outro, outra das grandes novidades da edição comemorativa é a festa de encerramento “ÉvoraWine Party”, que acontece no sábado, 24 de maio, a partir das 22h30, na Horta das Laranjeiras.

À semelhança de edições anteriores, será também possível saborear pratos típicos alentejanos preparados por restaurantes parceiros, num convite à descoberta da gastronomia da região em plena harmonia com o vinho.

A 10ª edição deste evento, que tem como parceiros a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), a Câmara Municipal de Évora, a Confraria dos Enófilos do Alentejo e a Confraria da Gastronomia do Alentejo, reúne produtores, especialistas e entusiastas num ambiente de celebração e promoção da região. Criado há uma década, o evento tem desempenhado um papel fundamental na valorização do setor vitivinícola e no reforço da notoriedade do Alentejo como destino de enoturismo, considera a organização.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Estratégia do turismo de VRSA mantém foco na sustentabilidade, inovação e valorização do território

O novo Plano Estratégico de Desenvolvimento e Marketing Turístico de Vila Real de Santo António (VRSA), é um documento orientador que estabelece a visão, os objetivos e as ações prioritárias para posicionar o concelho como um destino turístico mais competitivo, atrativo e sustentável. São 38 iniciativas para concretizar até 2030.

A sessão de apresentação do documento, que aconteceu em Monte Gordo, contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, Álvaro Araújo, do vice-presidente, Ricardo Cipriano, e do restante executivo, e reuniu dezenas de empresários e profissionais ligados ao setor do turismo e da restauração. A apresentação técnica esteve a cargo do IPDT – Turismo e Consultoria, parceiro na elaboração do plano.

O plano, de acordo com a autarquia, resulta de um processo participado, que envolveu a auscultação da comunidade local e dos agentes económicos do setor. O objetivo foi garantir que o documento final refletisse as necessidades reais do território e propõe respostas ajustadas à identidade de Vila Real de Santo António.

Segundo a estratégia traçada, o concelho deve afirmar-se como um destino turístico de excelência, capaz de gerar valor durante todo o ano, com base na valorização dos seus recursos naturais e culturais, na qualificação da oferta e na diversificação das experiências propostas aos visitantes.

A ação prevista está estruturada em quatro eixos estratégicos:  Governança e sustentabilidade; Qualificação e valorização territorial; Promoção e comunicação; e Inovação e empreendedorismo.

Estes eixos definem a linha de rumo para os próximos anos e enquadram um conjunto ambicioso de sete grandes objetivos estratégicos, entre os quais se destacam o reforço da notoriedade de Vila Real de Santo António enquanto destino turístico, a captação de investimento privado, a redução da sazonalidade da procura, a qualificação dos profissionais do setor, a promoção da transformação digital, a valorização do património identitário, e o equilíbrio entre crescimento económico e sustentabilidade ambiental.

Para dar corpo a esta estratégia, o plano define três grandes programas de ação, que se desdobram em 38 iniciativas estratégicas e que incluem, nomeadamente o reforço da promoção do destino em mercados prioritários, a criação de novas experiências turísticas, com enfoque em produtos náuticos, culturais e de natureza, a dinamização da marca turística do concelho, a valorização da Baía de Monte Gordo e do património do Guadiana e a estruturação de redes e parcerias estratégicas com operadores e entidades regionais.

O apoio ao empreendedorismo e à inovação nos setores relacionados com o turismo e o compromisso político com uma estratégia de longo prazo são outras matérias consideradas fundamentais pelo novo plano, cuja implementação será feita de forma faseada, com avaliações periódicas e espaço para adaptação à evolução do setor. O município compromete-se com uma ação coordenada, sustentável e em proximidade com a comunidade, apostando numa nova etapa para o turismo local.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

Movimentação de passageiros na Europa impulsionada por voos internacionais com tráfego doméstico estagnado

De acordo com os dados da ACI Europe, a movimentação de passageiros nos aeroportos europeus, no primeiro trimestre de 2025, continuou a registar uma evolução global, impulsionado pelos voos internacionais, com o tráfego doméstico a estagnar. O crescimento de 4,3% do primeiro trimestre de 2025 compara, no entanto, com a subida de 10,2% de igual período de 2024.

O mais recente relatório da ACI Europe, revela que o tráfego de passageiros na rede aeroportuária europeia aumentou 4,3% durante o primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Estes dados comparam com um crescimento de 10,2% no primeiro trimestre de 2024 face ao primeiro trimestre de 2023, enquanto relativamente aos níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019), o tráfego de passageiros situou-se em +3,2%.

O crescimento no volume de passageiros no primeiro trimestre de 2025 foi inteiramente impulsionado pelo tráfego internacional (+5,7%), uma vez que o tráfego doméstico se manteve inalterado (0%) em relação ao mesmo período do ano passado. Comparando com os níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019), o tráfego internacional de passageiros no primeiro trimestre de 2025 situou-se em +8,9%, enquanto o tráfego doméstico manteve-se negativo (‑12,8%).

O crescimento mensal homólogo abrandou ao longo do primeiro trimestre de 2025 — de +6,9% em janeiro para +3,4% em fevereiro e +3% em março, sendo que este último reflete o facto de a Páscoa ocorrer em abril do presente exercício.

Os aeroportos fora do mercado da União Europeia (UE) superaram a média europeia no primeiro trimestre de 2025, com o tráfego de passageiros a aumentar +5,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este crescimento foi impulsionado pela recuperação dos aeroportos em Israel (+60,4%), bem como pelos resultados nos mercados de rápido crescimento da Moldávia (+56%), Bósnia e Herzegovina (+41,7%), Kosovo (+15,6%), Uzbequistão (+15,5%), Albânia (+9,1%) e Geórgia (+8,5%). Entretanto, o tráfego de passageiros manteve-se estável na Turquia (0%) e continuou a diminuir na Rússia.

Já o tráfego de passageiros cresceu 4,1% no mercado da UE, onde persistiram desvios significativos entre os desempenhos dos mercados nacionais. Os aeroportos da Eslováquia (+15,9%), Polónia (+15,4%), Hungria (+14,7%), Malta (+13,9%) e Lituânia (+13%) registaram os melhores resultados, juntamente com os da Croácia (+9,6%), Roménia (+9,2%) e Grécia (+8,8%).

Por outro lado, o tráfego de passageiros diminuiu na Islândia (‑2,5%), Suécia (‑2,2%) e Irlanda (‑0,5%) e manteve-se fraco na Alemanha e na Áustria (ambas com +1,1%), bem como na Suíça (+1,6%) e no Reino Unido (+1,7%).

Entre os outros grandes mercados UE+, Itália (+6,6%) destacou-se, seguida por Espanha (+4,5%) e França (+4,2%).

A análise da ACI Europe adiantam, também que se registaram diferenças significativas de desempenho no tráfego de passageiros no primeiro trimestre de 2025 entre os diversos segmentos da indústria aeroportuária, em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Estas diferenças refletem uma pressão competitiva acrescida, resultante de alterações estruturais no mercado da aviação após a pandemia”, refere a entidade, salientando que esta realidade “é ainda evidenciada pelo facto de o tráfego de passageiros se manter abaixo dos níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019) em 44% dos aeroportos europeus”.

Olivier Jankovec, diretor-geral da ACI Europe, refere que os dados do primeiro trimestre “mostram que o boom das viagens pós-pandemia está a esmorecer, à medida que caminhamos para taxas de crescimento ‘normalizadas’ nos volumes de passageiros, com a procura a manter-se, em geral, resiliente até agora”.

Segundo Jankovec, isto reflete a “prioridade que os consumidores continuam a dar às experiências, apesar de um ambiente económico cada vez mais desafiante, bem como o dinamismo dos mercados de aviação nas regiões Leste e Sul do nosso continente e na Ásia Central.”

E o diretor-geral da ACI Europe conclui que, “embora a procura transatlântica esteja a enfraquecer, esperamos que a componente europeia se desloque para outros mercados e mantemos confiança na época de Verão. A grande incógnita é o que acontecerá a partir do próximo Inverno, face à incerteza macroeconómica sem precedentes que enfrentamos agora como resultado do ‘ataque’ da administração Trump ao sistema multilateral de comércio global. Isto significa que, para além da geopolítica e das atuais pressões na oferta — desde atrasos na entrega e manutenção de aeronaves até limitações de capacidade nas infraestruturas — e do foco das companhias aéreas na rentabilidade em vez da expansão da capacidade, poderemos assistir a uma pressão descendente sobre a procura a tornar-se uma realidade.”

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Distribuição

V Convenção do Grupo DIT marcada para 30 de outubro a 2 de novembro em Huelva

A V Convenção do Grupo DITGestión vai acontecer em Huelva, de 30 de outubro a 2 de novembro de 2025, cujo objetivo é reforçar a região da Andaluzia como um ponto estratégico para este encontro profissional de caráter bienal.

A escolha de Huelva não é aleatória, refere o grupo de gestão de agências de viagens, uma vez que já foi palco da edição de 2021. Também, o hotel Barceló Punta Umbría Beach Resort volta a acolher este encontro profissional. O complexo apresenta-se como o local ideal para receber os mais de mil participantes esperados este ano, oferecendo infraestruturas adequadas tanto para sessões de trabalho como para atividades lúdicas e de networking.

É de destacar a crescente presença das agências de viagens da DIT Portugal neste evento. Embora a delegação portuguesa do grupo organize a sua própria convenção, também de carater bienal, a participação das agências de viagens de Portugal tem vindo a aumentar a cada edição.

Refira-se que esta convenção irá abordar o crescimento do turismo português na Andaluzia, além, naturalmente, do turismo espanhol. Por este motivo, a organização reservou um espaço específico e de grande relevância para estas agências de viagens dentro do programa.

Tal como em 2023, quando a Convenção teve lugar em Cádis, o evento terá a duração de quatro dias, de quinta-feira a domingo. Esta extensão, implementada para permitir um programa mais completo e adaptado às necessidades dos participantes, revelou-se um sucesso e, por isso, o formato será repetido nesta nova edição.

Desde a sua primeira edição em Benalmádena (2017), seguida por Peñíscola (2019), Punta Umbría (2021) e Cádis (2023), a convenção da DITGestión tornou-se um evento de referência para as agências de viagens associadas ao grupo. Para além de oferecer um espaço de formação e atualização profissional, o evento representa uma oportunidade para reforçar a rede de contactos entre agentes de viagens, fornecedores e representantes do setor.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

easyJet assina acordo com ATOBA e World Fuel para fornecimento de SAF

O acordo assinado entre a easyJet, a ATOBA e a World Fuel Services (World Fuel) para o desenvolvimento a longo prazo de SAF tem por base as operações da companhia aérea na Europa e no Reino Unido.

A easyJet e a ATOBA Energy (ATOBA), em parceria com a World Fuel Services (World Fuel), anunciaram a assinatura de um Memorando de Entendimento para o desenvolvimento do fornecimento a longo prazo de Combustível de Aviação Sustentável (SAF) para as operações da easyJet na Europa e no Reino Unido.

O acordo apoia a estratégia de descarbonização da companhia aérea, esperando-se que desbloqueie a cadeia de valor do SAF através da combinação da agregação do SAF da ATOBA, permitindo a gestão dos preços e do risco de volatilidade do abastecimento para as companhias aéreas, reforçado ainda pela infraestrutura global de logística, mistura, armazenamento e distribuição de combustível para aviação da World Fuel.

Constituindo um fator para apoiar a jornada de descarbonização da easyJet, o acordo é, também, um passo importante para a expansão de tecnologias SAF avançadas, sabendo-se que o mercado de SAF está a enfrentar desafios para se expandir ao ritmo exigido pelas necessidades ambientais e pelos mandatos regulamentares.

“Enquanto os produtores necessitam de contratos de preços estáveis e a longo prazo para garantir o retorno dos seus investimentos, a easyJet procura preços de mercado competitivos para a SAF no contexto de uma indústria nascente com diversas tecnologias concorrentes”, refere a companhia aérea, em comunicado.

Com a ATOBA a facilitar o desenvolvimento da produção de SAF através da sua gestão de carteiras de compra de SAF a montante e a jusante, ao comprar a produtores diversificados que utilizam tecnologias de produção como o Alcohol to Jet, Gas-Fischer Tropsch ou Power to Liquids, a ATOBA atenua os riscos tecnológicos e de preços associados às várias vias de produção de SAF e facilita a celebração de acordos de compra a longo prazo entre companhias aéreas, distribuidores de jet-fuel, produtores de SAF e instituições financeiras, que são essenciais para a expansão da indústria.

Já a World Fuel tenciona gerir a logística, a mistura, o armazenamento e o cumprimento da regulamentação para os mandatos da UE e do Reino Unido.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.