Formação é e vai continuar a ser a grande bandeira da Airmet, garantem os seus responsáveis
A Airmet está muito empenhada em trabalhar em formação, e espera que, no ano 2025, “com o apoio do Estado e com uma organização externa com quem estamos a trabalhar, lancemos, em parceria com a nossa rede de gestão de agências de viagens, um trabalho muito agressivo dentro do mercado nacional para formação, que pode inclusive até extravasar o agrupamento”, afirmou Miguel Quintas.
Carolina Morgado
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A formação, para o chairman da Airmet “é um dos temas que mais acarinho no que toca a evolução de qualquer setor económico, em particular, naturalmente, do lado das agências de viagens. E a formação tem um impacto dual na atividade do profissional e das empresas, em primeiro lugar, quanto maior o nível de conhecimento, quanto maior o know-how do trabalhador, maior a sua capacidade de especializar, maior a capacidade de cobrar mais, o que significa maior a possibilidade de haver manutenção do seu posto de trabalho, porque tem, para a empresa, um valor acrescentado e ter a sua vida financeiramente mais estável. Do lado da empresa, do pagador, é igual. Quanto maior for a formação das pessoas que trabalham na empresa, a sua capacidade, o seu conhecimento, maior terá um custo, mas também mais valor acrescentado terá para o seu cliente final, que é, no final do dia, quem paga as contas. Portanto, a formação é um ciclo virtuoso”.
Por isso, a Airmet “está muito empenhada, em trabalhar em formação, e espero que no ano 2025, com o apoio do Estado e de uma organização externa com quem estamos a trabalhar, lancemos, em parceria com a Airmet, um trabalho muito agressivo dentro do mercado nacional para formação, que pode inclusive até extravasar o próprio agrupamento”, afirmou Miguel Quintas, num encontro com jornalistas, à margem da convenção da Airmet.
“Temos um programa pré-preparado, porque sabemos exatamente o que é que queremos fazer com as agências de viagens, que não é ainda público, porque falta-nos ainda dois ou três passos”, disse o empresário, adiantando que “é um programa de formação muito alargado, onde todos os agentes de viagens terão uma formação de 360 graus”. Por isso “somos um grupo diferente, queremos pensar sempre um pouco mais à frente daquilo que é os recursos humanos, e em particular das agências de viagens, que após a pandemia, todos nós sabemos, fugiram para outros setores”.
Em busca da liderança
Para além do crescimento do número de agências de viagens no seu seio, a Airmet busca a liderança no mercado português. Em conversa com os jornalistas, no decorrer da 20ª convenção da rede, tanto Miguel Quintas, como Luís Henriques, referiram que querem ser o número um, mas “temos que esforçar-nos mais, trazer mais qualidade, mais serviço, mais valor acrescentado para as nossas agências de viagens”, ou seja, “o meio, a forma de lá chegar é o que interessa e é isso que nós fazemos diariamente, as nossas agências de viagens sabem, e os resultados demonstram claramente que somos o grupo de gestão que mais cresce”.
“O nosso objetivo, em 2025, é trabalhar ainda mais o nosso modelo de contratação, reforçá-lo e conseguir remunerar ainda melhor as nossas agências de viagem, um modelo que nos diferencia de qualquer rede concorrente, mas outra vantagem que temos é uma proximidade muito grande com os nossos agentes de viagens. Conseguimos, com a nossa equipa comercial, ter realmente uma proximidade muito diferente daquela que existe na concorrência”, disse Luís Henriques, avançando que “acreditamos e achamos que neste mercado são pessoas, são relações pessoais e apostamos também muito nisso, e temos uma rede, na nossa opinião, extraordinariamente jovem, flexível, dinâmica e que se consegue adaptar com muita facilidade aos desafios que enfrenta”, sem esquecer que “também achamos que temos algumas ferramentas, que também são exclusivamente nossas e que são vantajosas, mas eu diria que os principais fatores são a contratação e a forma de apoio e acompanhamento às nossas agências de viagens que faz toda a diferença”.
Na opinião do ainda diretor geral da Airmet, tudo isto faz sentido porque “o mercado mudou, cresceu, evoluiu e, portanto, achamos que não faria sentido manter o modelo de contratação original, pois hoje não só as nossas agências de viagens o veem como vantagem, mas os nossos fornecedores também, porque conseguem perceber que aquilo que pagam, aquilo que remuneram se traduz realmente em venda”, realçou.
“O que nós quisemos fazer foi claramente liderar dentro do segmento do lazer no mercado português, e estamos a consegui-lo, porque a nossa métrica é, pelo menos, crescer a rentabilidade das nossas agências de viagens em 20% e isto é o que temos conseguido fazer. Para o ano é crescer ainda mais este número”, frisou Miguel Quintas, para, ainda em relação ao futuro, esclarecer que, embora deixe o cargo de diretor geral da Airmet, Luís Henriques “continua connosco, não só vai pertencer ao conselho consultivo da Airmet, como estará num processo de transição também para a nova direção”. Por isso, nesse sentido, “tenho as melhores garantias de que tudo vai correr bem, se não melhor. É para isso que trabalhamos diariamente”, afirmou, adiantando que, para 2025, “a contratação está praticamente concluída”.
O empresário destacou ainda, em declarações aos jornalistas, que “quem quiser, efetivamente, crescer (agências de viagens de lazer) em rentabilidade, tem que se mudar para a Airmed porque é aqui que, efetivamente, ganha, resumindo que “em tudo o resto, eu quero acreditar, e tenho a plena confiança, que somos melhores, quer no serviço, quer na proximidade, quer na ligação e a ponte que é realizada entre fornecedores e agências de viagem”.
Airventure quer ser mais competitiva
No entanto, o grupo não conta somente com agências de viagens ligadas ao lazer, mas também com agências corporate, e para essas, Miguel Quintas saliente, “temos uma solução, a Airventure, que tem mais rentabilidade associada do que um grupo de gestão normal, São duas ofertas imbatíveis. Essa é a razão do sucesso da Airmet, e daí a nossa confiança para que o próximo ano nós continuemos a crescer, mais do que a concorrência”.
Refira-se que, paralelamente à convenção, os sócios da Airventure, estiveram também reunidos na Terceira. Luís Henriques, que pertence ao conselho de administração deste consórcio constituído por 11 sócios e 15 balcões, disse-nos que o objetivo foi encontrarem-se com as sete companhias aéreas presentes no evento, com a apresentação de nove parceiros. “É um modelo que gostaríamos de manter, porque percebemos que é a forma que nos garante ser também muito competitivos a esse nível, em termos de mercado corporate. Acreditamos que essa empresa ainda pode desenvolver muito”, evidenciou, referenciando que “são pessoas diferentes, são agências com necessidades diferentes, são mais exigentes, e que olham para outro tipo de vantagens e de benefícios”. Tendo, o agrupamento, reconhecido que o número de sócios traçado, inicialmente, para o primeiro ano ainda não tenha sido conseguido, mas “não considero isso um mau resultado”, até porque “o corporate atravessou momentos muito difíceis, ainda está a sair das dificuldades do pós-pandemia, nomeadamente uma queda de vendas brutal, da dificuldade da contratação de pessoas e o facto de haver um impacto muito grande que está relacionado com as empresas e com a sustentabilidade”, esclareceu Miguel Quintas. Durante o próximo ano, a Airventure promete ter novidades, mas também assegura o seu conselho de administração, que vai crescer à procura dos tais números previstos aquando da sua criação, e até profissionalizar-se, apesar de João Fernandes deixar, recentemente, de liderar a sociedade na qualidade de acting general manager. No entanto, até que chegue o seu substituto, a gestão é assegurada pelo conselho de administração.