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Destinos

Operadores pedem equilíbrio às restrições do turismo nas cidades

As medidas restritivas que estão a ser impostas para conter os fluxos de turistas, principalmente nas cidades europeias, colocam constrangimentos aos operadores turísticos cujo core business são os circuitos culturais e viagens de grupo. Como é que estão a lidar com estas questões, nomeadamente das taxas turísticas, da burocracia, limitação do número de pessoas por guia, aumento constante, e quase sem aviso, do preço das entradas de grupos de turistas em monumentos e atrações turísticas, e a distância em que os autocarros, cada vez mais, são obrigados a ficar dos centros históricos de algumas cidades, foi o que o Publituris pretendeu conhecer, em conversa com diversos profissionais ligados à operação turística.

Carolina Morgado

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Operadores pedem equilíbrio às restrições do turismo nas cidades

As medidas restritivas que estão a ser impostas para conter os fluxos de turistas, principalmente nas cidades europeias, colocam constrangimentos aos operadores turísticos cujo core business são os circuitos culturais e viagens de grupo. Como é que estão a lidar com estas questões, nomeadamente das taxas turísticas, da burocracia, limitação do número de pessoas por guia, aumento constante, e quase sem aviso, do preço das entradas de grupos de turistas em monumentos e atrações turísticas, e a distância em que os autocarros, cada vez mais, são obrigados a ficar dos centros históricos de algumas cidades, foi o que o Publituris pretendeu conhecer, em conversa com diversos profissionais ligados à operação turística.

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Alguns destinos turísticos, principalmente europeus, mas não só, estão a explorar novos caminhos para combater o afluxo de visitantes. Os operadores turísticos e agências de viagens em Portugal que programam circuitos e viagens de grupo, entendem que as cidades precisam de respirar, compreendem a questão da sustentabilidade dos locais, mas pedem equilíbrio, até porque o custo deste tipo de férias começa a ser injustificável, sendo que não penaliza apenas a empresa como o cliente.

“Sem dúvida que esse tema constitui uma preocupação para os operadores turísticos cujo core business são os circuitos culturais em grupo, como é o caso da Pinto Lopes Viagens, mas o nosso compromisso com o desenvolvimento de uma sociedade sustentável permite-nos olhar para o problema do overtourism com uma lente de negócio diferente, não puramente financeira”, considerou Rui Pinto Lopes, CEO da Pinto Lopes Viagens.

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O gestor lembra que o operador turístico e agência de viagens que dirige “tem um percurso que se iniciou há 50 anos e já vivenciámos muitos desafios colocados ao setor do turismo”, enumerando que, nos últimos anos, “tivemos a pandemia, a instabilidade geopolítica mundial e a inflação. A experiência diz-nos que todos elas vieram dotar os operadores em geral, e a nossa empresa em particular, de uma resiliência e capacidade de reinvenção que também vingará neste caso”.

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“É mais fácil estabelecer regras para um todo liderado por um guia, do que para um turista individual que não gasta, mas usa. Este é um ponto que carece de estudo por parte das entidades competentes”, Rui Pinto Lopes, CEO da Pinto Lopes Viagens

Rui Pinto Lopes ressalva que “o turismo e a sustentabilidade têm um papel importantíssimo no futuro. Temos de encontrar um equilíbrio entre a margem e a sustentabilidade económica, o planeta e as pessoas”, para acentuar que “estamos a dotar a empresa de políticas, cultura interna e sensibilidade para o turismo responsável”. Neste sentido, “temos vindo, na medida do possível, a adaptar circuitos a esta nova realidade, com o intuito de causar um menor impacto nos locais e nas comunidades visitadas. Estamos a fazer a nossa parte e certamente a Pinto Lopes Viagens e os seus clientes irão no futuro sentir-se orgulhosos do caminho traçado”, disse.

Das cidades europeias para o mundo
No entanto, as medidas que mencionamos e que tanto tem preocupado os profissionais do turismo, principalmente o organizador, nos destinos onde a Quadrante – Operador Turístico atua “são inexistentes”, de acordo com o seu administrador, Jorge Andrade, mas acredita que “em alguns destinos, não demorará muito até à discussão da implementação de algumas medidas que acabam por penalizar os turistas, mas nada como o que se está a observar na Europa”.

Na opinião de Jorge Andrade, “poderia ter sido interessante, antes de aplicarmos taxas e taxinhas, percebermos o que desejamos para os nossos países e para as nossas cidades”, ou seja, “criarmos um plano para darmos resposta que satisfaça quem nos visita, salvaguardando os direitos de um povo ou de determinada população, principalmente a residencial” e se tivermos isso em conta, “tenho a certeza de que na grande maioria dos casos, poderíamos evitar as taxas turísticas e salvaguardar tudo o que concerne com o bem-estar e conforto de quem nos visita, bem como dos que voluntariamente ou involuntariamente são anfitriões”.

Em relação a Portugal, o administrador da Quadrante avançou: “penso que para isso é necessário debatermos com sinceridade e sem nenhum tipo de partidarismo e radicalismo, o que na verdade desejamos para o nosso país e que futuro vamos planear”. E conclui que “era bom que deixássemos de embirrar com uma das mais importantes fontes de riqueza, o Turismo, e encontrássemos forma de a tornar mais eficiente, mas também respeitadora”.

“Analisamos meticulosamente os conteúdos do nosso portefólio de oferta e concluímos que era possível sacrificar alguns segmentos de alguns produtos, garantindo a mesma qualidade”, Ângelo Grilo, Nortravel Tour & Product Coordinator

Rui Pinto Lopes aprova os exemplos apontados e afirma que “são extremamente pertinentes e refletem bem a imagem do que está a acontecer essencialmente a nível de alguns países europeus. O seu impacto é sobretudo visível no preço do circuito cultural, que se está a tornar, cada vez mais, um produto não acessível a todos os viajantes”.

Circuitos culturais em grupo utilizam menos recursos
O CEO da Pinto Lopes Viagens atenta que ainda há um longo caminho a percorrer nesta matéria com vista ao equilíbrio entre as partes, e sublinha que será sempre bom referir que “os circuitos culturais em grupo deixam uma pegada ecológica menor, pois utilizam menos recursos (por exemplo, as deslocações são efetuadas num único veículo) e acrescem substancialmente mais valor com a sua passagem do que o turista ‘de mochila às costas’”. Por isso, “nós, operadores que atuam nesse segmento, temo-nos adaptado às exigências, com a noção de que, na visita às cidades, os turistas têm de caminhar mais, utilizar transportes ecológicos para aceder aos seus centros históricos, etc.”.

Reforça que “tudo isto faz parte de um processo de adaptação que, colocado em prática de forma paulatina e estruturada, terá maior eficácia e aceitação por parte dos viajantes”. Não obstante, “a nosso ver, as autoridades locais, nacionais e internacionais, em alguns pontos específicos, não tinham outra opção senão aplicar tais medidas mais limitativas, face à dimensão que o problema do overtourism adquiriu nos últimos anos”, frisou.

A Lusanova foi o operador turístico que despoletou esta questão, num encontro recente que Luís Lourenço e Tiago Encarnação, administrador e diretor operacional, respetivamente, tiveram com jornalistas e que o Publituris publicou no seu site. Os dois responsáveis estão de acordo que é preciso estimar os centros das cidades, mas tem de haver um pouco de equilíbrio. Tiago Encarnação considerou que “se as limitações começam a ser tão grandes, vai passar a não ser viável o circuito, e o custo começa a ser injustificável”, apontando que “no futuro é um dos maiores riscos que a Europa vai ter pelas limitações que vai impondo pela sustentabilidade das cidades”. No entanto, o diretor operacional da Lusanova lembrou que, uma vez que as cidades europeias precisam muito do turismo, acredita que vai haver um equilíbrio, “embora continuarão a haver medidas mais radicais numas e menos radicais noutras”.

“Temos de compreender que as pessoas viajam cada vez mais, os monumentos continuam a ser os mesmos e, muitas vezes, os acessos continuam a ser os mesmos”, Miguel Jesus, diretor geral da Image Tours

Contudo, o administrador do operador turístico não está tão convencido, argumentando que “com tanto turismo que as idades têm, podem-se dar ao luxo de introduzir essas limitações e exigências. Não sei é se não irão pagar amanhã por isto, mas nós procuramos sempre arranjar alternativas, que é nossa obrigação, porque não podemos parar e temos de oferecer produto ao cliente e de forma mais cómoda possível”, referiu na ocasião, sobre este tema que tem gerado muita discussão.
Habituada a enfrentar desafios ao longo destes 65 anos de vida nada demove a Lusanova, cujos responsáveis asseguraram que a empresa “vai manter o compromisso de sempre que é entregar uma programação diversificada, segura, com destinos onde somos competitivos e onde damos a segurança que é exigida à nossa marca, na melhor relação qualidade-preço”.

Em relação às taxas de cidade, o administrador da Lusanova disse que estão incluídas na programação, apesar de ser um valor elevado, mas quando aumentam de uma hora para outra “não temos justificação para dar ao cliente, que fica sempre mal impressionado e desconfiado o facto de aumentarmos o preço do pacote à última hora, quando o nosso foco é sempre o cliente”.

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Quanto às entradas em monumentos, ao contrário do que acontecia anteriormente, para alguns locais “obrigam-nos a fazer depósitos de garantia, hoje em dia não sei para onde é que não pagamos antecipadamente e caro”, destacou Luís Lourenço, para realçar que “temos o exemplo de Paris que, por causa dos Jogos Olímpicos, exigiram pagamentos com dois anos de antecedência”.

O empresário assumiu que “está cada vez mais difícil elaborar um pacote cultural, com ingressos, cada vez estamos a ter dificuldades porque não são ágeis e não nos dão deadline e, além disso, limitam o número de entradas, mas esta situação está a verificar-se também em Portugal.

São limitações que temos de arranjar engenhos de maneira a contorná-las”. A somar a isto tudo, o turismo está mais caro, as viagens estão inflacionadas, reconheceram os dois responsáveis do operador turístico, avançando que tudo o que são circuitos europeus subiu uns 5% no total do PVP face ao ano passado, tendo em conta que em 2023 o aumento já tinha sido superior.

Circuitos culturais não estão condenados
Rui Pinto Lopes não acredita que todo o circuito esteja condenado por tais limitações. A maior questão que se coloca, a seu ver “prende-se com a análise da pegada ecológica de um grupo ou de turistas individuais sem regras”, para adiantar que “é mais fácil estabelecer regras para um todo liderado por um guia, do que para um turista individual que não gasta, mas usa. Este é um ponto que carece de estudo por parte das entidades competentes”.

Conforme confirmou, a Pinto Lopes Viagens adotou desde a pandemia um número máximo de participantes por grupo (entre 25 e 35, dependendo do segmento e do tipo de viagem)”, acentuando que “o cliente deste tipo de produto não fica penalizado, pois viaja com um operador que conhece as regras em vigor e estrutura as suas viagens em função dessas mesmas regras”.

Já Ângelo Grilo, Nortravel Tour & Product Coordinator, profissional experiente no acompanhamento de grupos, realçou que “o número de rotas e frequência de voos entre cidades europeias cresceu e o resultado foi uma enorme pressão registada em todos os destinos culturais europeus, trazendo enormes desafios às cidades e seus habitantes. Transportes públicos completamente lotados por turistas que impedem os locais de ir para a escola ou donas de casa irem às compras, estão a pôr os cabelos em pé aos habitantes dos centros históricos. Depois, a pressão do Alojamento Local sobre as partes mais turísticas e interessantes das cidades provoca uma desertificação do tecido social e respetiva malha de serviços que compõem a autenticidade cultural de um povo, de um local. Em muitas cidades os turistas praticamente se cruzam apenas com outros turistas, como se todos estivessem dentro de um parque temático, rodeados de um cenário digno de um filme de Spielberg, sem a alma e carisma subjacente a um destino turístico”.

“Poderia ter sido interessante, antes de aplicarmos taxas e taxinhas, percebermos o que desejamos para os nossos países e para as nossas cidades”, Jorge de Andrade, administrador da Quadrante

Assim, não tem dúvidas de que “as autoridades terão de criar cada vez mais medidas para diminuir os fluxos turísticos”, mas como é mais difícil controlar os fluxos de viajantes individuais, “têm sido impostas medidas restritivas ao turismo organizado: limitar o número de pessoas a circular em grupo nas ruas da cidade (por exemplo em Amsterdão); obrigar ao preenchimento de pedidos online para obter permissão de paragem de autocarros em áreas especificas nas cidades (por exemplo Estrasburgo, Roma ou Paris); criação de slots para visitas dos monumentos culturais, com um máximo de número de pessoas por grupo em praticamente todos os monumentos de maior interesse cultural”.

A Nortravel, como assegurou, tem tratado estas novas medidas burocráticas e operacionais com estratégias organizacionais internas, mas acredita que “para ter sucesso é necessária uma articulação proactiva entre quem programa e gere os produtos, e quem executa no terreno. Esse ajuste de procedimentos por parte dos nossos guias-acompanhantes e motoristas de turismo tem dado resultados encorajadores”.

Não colocar a sustentabilidade em causa
Ninguém põe em causa que a sustentabilidade das cidades é fundamental. O CEO da Pinto Lopes Viagens dá como exemplo a ilha de Capri, que se está a tornar um “dormitório para turistas”, que excedem, em muito, os habitantes locais e prejudicam gravemente a disponibilidade de alojamento e a qualidade de vida destes. Por isso diz ser indiscutível e necessárias “medidas para travar esta tendência, mas igualmente necessário um equilíbrio que não asfixie o turismo e a elevada fonte de receita que este representa”.

As taxas estão incluídas nos pacotes da Pinto Lopes Viagens, mas, de momento, não é esse o fator que mais contribui para o aumento generalizado dos preços das viagens, segundo o CEO da empresa. “São sim os efeitos pós-pandemia e decorrentes dos conflitos na Europa e Médio Oriente, como a escassez de mão-de-obra, a inflação e o consequente aumento do custo médio dos serviços”, considerou.

Uma vez que a oferta da Pinto Lopes Viagens é, quase na sua totalidade, outgoing, a sua atividade não é particularmente condicionada pela situação em Portugal. No entanto, “sabemos que Portugal está a seguir o exemplo das principais cidades europeias, estabelecendo regras que impeçam a descaracterização dos seus locais e protejam a qualidade de vida dos seus habitantes, ainda que de forma mais tímida e lenta”.

A consciência ecológica do grupo Ávoris no qual a Nortravel está integrada contribuiu também, segundo Ângelo Grilo, “para alinhar a nossa empresa com o novo mundo da sustentabilidade”, pois “este é o único caminho possível, e o esforço das autoridades que regulam o setor turístico no mundo inteiro tem de ser apoiado pelo tecido empresarial do qual fazemos parte”.

Reconhece que todos estes incrementos nas várias componentes do produto são naturalmente incorporados no PVP do circuito organizado, “criando naturais dúvidas no cliente final se valerá a pena adquirir um pacote turístico’’, mas “essas variações de preços também se registam nas viagens de individuais, por isso o mercado reage da mesma forma que sempre reagiu, escolhendo a melhor relação entre o trinómio preço/qualidade/conteúdo, seja no mercado português ou internacional”.

Na Nortravel, “olhamos para estes aumentos de uma forma criativa. Analisamos meticulosamente os conteúdos do nosso portefólio de oferta e concluímos que era possível sacrificar alguns segmentos de alguns produtos, garantindo a mesma qualidade hoteleira, serviços e guias-acompanhantes.

Sem retirar interesse global aos mesmos, passamos alguns pacotes de oito dias para sete, daí resultando um travão no preço final do pacote”, esclareceu Ângelo Grilo. Além desta estratégia, “a partir de 2022 lançámos no mercado alguns pacotes de 4 dias, respeitando os paradigmas dos produtos Nortravel, e permitindo aos clientes fazer ‘’escapadinhas’’ culturais por valores substancialmente inferiores a pacotes de 7/8 dias. Estes produtos têm tido uma extraordinária aceitação no mercado e estamos a analisar a procura para ajustar a oferta, bem como criar mais produtos em destinos diferentes”, realçou.

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O profissional da Nortravel apontou que, registamos, no entanto, alguma contradição entre o desenvolvimento social e intelectual que resulta do conceito abrangente “inclusão’’ nas sociedades modernas, e a penalização ao movimento de viajantes mais frágeis, mais idosos e com menos mobilidade. Neste sentido, o operador “tem optado, nos últimos anos, por comunicar ao mercado de forma clara, que alguns percursos a pé não são aconselháveis para viajantes com dificuldades de locomoção, e esperamos sempre que o bom senso prevaleça na hora de escolher um itinerário”.

Por outro lado, “assistimos ao incremento das taxas de cidade pagas nas estadias em hotéis, no crescimento dos preços nas entradas dos monumentos, bem como nas autorizações de entrada dos autocarros nos centros das cidades, ou aumento de zonas pedonais nas cidades”. É, como disse, a lei da oferta e da procura, se um produto é apetecível “o seu preço é naturalmente inflacionado”.

Esse aumento de receitas permite entre outros: “pagar para limpar a pegada deixada por milhões de turistas como por exemplo em Veneza, onde segundo a Reuters entraram 20 milhões de turistas em 2023, melhorar a capacidade de exposição dos monumentos, oferecer melhores condições logísticas aos visitantes, regular e pagar o controlo do trânsito em determinados bairros da cidade, como por exemplo no Porto ou Lisboa”.

Uns destinos mais, outros menos
Miguel Jesus, diretor geral da Image Tours conta-nos que no caso concreto do operador turístico que lidera e tendo em conta a sua programação, baseada em destinos do Médio e do Extremo Oriente, “ainda não temos essas dificuldades nem sentimos esse tipo de problema de uma forma tão acentuada”, mas em alguns destinos “o nosso cliente é deixado cada vez mais longe do local que vai visitar, porque cada vez mais se controla as zonas de restrição, o tráfego e tenta-se afastar os turistas um pouco mais”.

E dá o exemplo do Egito “Quando eu comecei a trabalhar com o Egito, os autocarros paravam coladas às Pirâmides, e agora já não acontece, as coisas estão mais controladas, são deixadas em parques de estacionamento com alguma distância e há controlo de segurança, e de entradas bastante rigoroso. Mas digamos que a visita e o itinerário, o programa em si sofre muito poucas alterações”.

Outros destinos da Image Tours, como a Jordânia, Turquia e Índia, “esses problemas ainda não se verificam”, mas Miguel Jesus acentua a questão da subida dos preços das entradas nos monumentos e atrações turísticas, e o grande número de turistas que se concentra muitas vezes ao mesmo tempo no mesmo local, o que tem vindo a aumentar ao longo dos anos. No entanto, refere que “temos de compreender que as pessoas viajam cada vez mais, os monumentos continuam a ser os mesmos e, muitas vezes, os acessos continuam a ser os mesmos, e a visita que durava, se calhar, uma hora, passa a durar uma hora e meia e há mais controlo”.

As concentrações de turistas nos principais monumentos obrigam, obviamente, o operador turístico a fazer uma maior gestão da viagem. O diretor-geral da Image Tours dá outra vez o Egito como exemplo, onde esta situação acontece com bastante frequência. “Nas alturas de época alta ou de grandes concentrações, como são o verão e a Semana Santa, em que se viaja bastante para o Egito, nós próprios, em conjunto com o nosso staff local (temos empresa no Egito), e pela experiência e conhecimento que temos do destino, coordenamos melhor as visitas. O que fazemos é sairmos mais cedo do hotel ou do barco para seremos os primeiros grupos a chegar, ou então a uma hora em que sabemos que o movimento é menor. Isto acontece, nomeadamente, em Luxor, no Templo de Karnak, e no Vale dos Reis, locais com excesso de turistas que, acabam por não tirar partido de toda a riqueza cultural e histórica que esses locais oferecem”.

Quanto aos preços das entradas e, consequentemente das próprias viagens, alterações que, segundo Miguel Jesus, aconteceram no pós-pandemia. Neste caso lembra a inflação que se tem verificado na Turquia, mas também no Egito, que após quase dois anos sem receber turistas, aproveitaram o pós-pandemia para fazer disparar os preços, quer ao nível das visitas, quer da hotelaria. “Nós, logicamente, temos de temos que refletir todos estes valores no preço que apresentamos ao cliente. Não há forma, não há volta a dar”, salientou, para adiantar que as taxas turísticas são os clientes que também pagam. “É uma realidade dos nossos tempos que as pessoas acabam por entender. Também tem muito a ver com os valores que, por enquanto, ainda não afetem muito e as pessoas acabam por compreender”.

Todos querem mais turismo, mas ninguém quer encontrar turistas
Paulo César, responsável pelo Departamento de Grupos da LuxTours, conclui a nossa ronda de contactos com operadores e agências de viagens que organizam circuitos culturais e viagens de grupo. Embora, nos últimos tempos, não tem levado grupos a Veneza ou algumas cidades do Japão onde as recentes restrições ao turismo têm sido muito severas, Paulo César compreende que “é difícil dar a volta a isso, porque cada vez há mais turismo, cada vez há mais turistas”. O paradoxo é que “queremos mais turistas, mas depois não queremos encontrar turistas para os sítios onde vamos, é impossível”, aponta.

O responsável da LuxTours indica que, por exemplo, a ilha grega de Santorini é um sítio que há muito tempo já deviam ter colocado algumas restrições. “É uma ilha lindíssima, a maior parte das pessoas que lá vai, vem a detestar a viagem. Os próprios turistas que lá estão a fazer estadia, ficam a detestar os outros turistas que chegam, que são os dos cruzeiros. Santorini em hora de cruzeiro é um autêntico Metro em hora de ponta, ninguém desfruta de nada, é tudo ao monte”, explicou, avançando que “se calhar as taxas são uma forma de conter esse fluxo, isto fazendo eu papel de advogado do diabo. Vemos também isso em Lisboa e em que há muita gente a não achar muita graça. Há certos sítios que vamos e não encontramos um português. Está tudo completamente desfasado, não tem nada a ver com Lisboa”.

“Não deixámos de vender, os grupos estão cheios, mas não somos nós agentes de viagens que estamos a ganhar mais, os aviões, os hotéis e os serviços é que estão mais caros, a acrescentar às taxas e mais taxas que aparecem cada vez mais. A verdade é que as pessoas têm estado dispostas a pagar, têm pago e não temos razão de queixa”, Paulo César – responsável pelo Departamento de Grupos e Incentivo da LuxTours

Autocarros estacionados longe dos centros. Paulo César exemplifica Roma. “Os autocarros de turismo quase que já não circulam em Roma, tudo o resto temos de fazer a pé. Vou com um grupo agora a Roma, tenho um guia local, mas vamos fazer as deslocações em toda a cidade entre o Metro e a pé, não há outra forma de as fazer. Cria alguns problemas, claro, mas são inultrapassáveis. Enquanto havia pouca gente em Roma, era fácil, mas hoje, se os autocarros forem todos para dentro de Roma, o trânsito não mexe”, reconhece.

Taxas mais altas nos hotéis, foi outro assunto que abordámos com Paulo César: “Em Roma começam nos hotéis de 2 e 3 estrelas com o custo de 6 euros a diária, e vão por ali acima. Isto sai do bolso do cliente, mesmo que estejamos nós a pagar, o cliente já pagou antes, o que torna, sem dúvida, a viagem está mais cara”.

No entanto, muitas vezes a agência de viagens é apanhada de surpresa. “Tenho clientes que vão à Namíbia, o visto que era concedido à entrada era grátis, e a partir de 1 de junho passa a custar 30 dólares, mas quando vendi o produto, no preço da viagem não constava esse montante, e na verdade o cliente quando chegar vai ter de pagar esse valor”, enfatizou, indicando que situações destas acontecem em variadíssimos destinos.

“Subiram todas as entradas em monumentos, e se formos pedir direito de fotografia de filmar, então é mais outra taxa”. Querendo ou não, isto tudo tem impacto no preço da viagem. “Não me lembro das viagens terem atingido valores tão elevados como este ano, mas também porque há muita procura, e as previsões é que sejam ainda mais altas em 2025. Fiz um cruzeiro o ano passado em Miami, este ano fiz outro, na mesma data, exatamente no mesmo navio, da mesma companhia, custou agora mais cerca de 450 euros. É a lei da oferta e da procura”, precisou.

“Não há lugares vazios. Um suplemento de classe executiva, e temos um grupo para o próximo ano a fazer a Austrália e Nova Zelândia em janeiro, a diferença são 7 mil euros, quando antigamente seria de 3 a 4 mil euros. Quem quer compra, quem não quer vai a económica, mas é um exagero”, ressalvou Paulo César, indicando que “não deixámos de vender, os grupos estão cheios, mas não somos nós agentes de viagens que estamos a ganhar mais, os aviões, os hotéis e os serviços é que estão mais caros, a acrescentar às taxas e mais taxas que aparecem cada vez mais. A verdade é que as pessoas têm estado dispostas a pagar, têm pago e não temos razão de queixa”.

Filas e filas, horas de espera que visitar um monumento. O responsável de grupos da LuxTours diz que “as coisas são organizadas antes da partida e há sempre formas alternativas de entrar, ou seja, compramos antecipadamente e vamos para as filas de entrada prioritária que são muito mais pequenas e com hora marcada. Paga-se é mais”, concluiu.

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easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025

A easyJet anunciou a abertura, a partir de 31 de março de 2025, de uma nova rota entre o Reino Unido e o Sal, em Cabo Verde, assim como o início das ligações entre Londres-Luton e a Madeira, que arrancam a 2 de junho do próximo ano.

A easyJet anunciou que, a partir de 31 de março de 2025, vai passar a ligar diretamente o Reino Unido a Cabo Verde, numa rota entre o aeroporto de Gatwick, em Londres, e a ilha do Sal, em Cabo Verde, que vai contar com três voos por semana.

A rota para o Sal desde Gatwick, sublinha a easyJet num comunicado enviado à imprensa, surge depois do arranque dos voos da companhia aérea para o destino com partida de Lisboa e Porto, que arrancaram a 29 e 30 de outubro, respetivamente.

Os voos da easyJet entre o Aeroporto de Gatwick e o Sal vão acontecer três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras.

“A abertura de novas rotas é sempre um passo significativo e reflexivo do nosso compromisso com a acessibilidade e a ampliação das opções de viagem mais acessíveis e convenientes para os nossos passageiros”, refere José Lopes, diretor-geral da easyJet Portugal.

A par da nova rota desde o Reino Unido para o Sal, a easyJet anunciou também, a partir de 2 de junho de 2025, uma nova rota entre Londres-Luton e a Madeira, numa operação que vai contar com dois voos por semana, às segundas e sextas-feiras.

“Estamos entusiasmados por oferecer conexões diretas que refletem o crescimento da procura por viagens internacionais e permitem a ligação entre Portugal e mais destinos atrativos”, acrescenta José Lopes.

Mais informações e reservas disponíveis através do website da companhia aérea, que está disponível aqui.

 

 

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Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores

Marrocos está prestes a tornar-se um destino de eleição tanto para investidores como para turistas, graças ao seu rápido desenvolvimento e à sua posição estratégica, afirmou, em Casablanca, o diretor geral da Sociedade Marroquina de Engenharia Turística (SMIT), Imad Barrakad.

A trajetória de crescimento de Marrocos é impressionante e o potencial de expansão contínua nos próximos meses e anos é considerável, sublinhou Imad Barrakad na abertura da cimeira de sobre Turismo, Hospitalidade, Investimento.

Neste contexto, e citado pela imprensa local, sublinhou a importância da cidade de Casablanca, principal centro económico de Marrocos, especificando que encarna um equilíbrio perfeito entre a vida contemporânea e um rico património, tornando-se um destino essencial para quem procura experiências culturais ou oportunidades de investimento.

Além disso, o diretor geral da SMIT indicou que Marrocos, graças às suas ambiciosas reformas económicas e à sua abertura aos investimentos estrangeiros, posiciona-se como um ator-chave na região, observando que a implementação de projetos de infraestruturas modernas contribui significativamente para melhorar a sua atratividade.

Igualmente, o diretor geral da API Events, Murray Anderson, citado também pela imprensa marroquina, destacou o progresso do país, que está a tornar-se rapidamente um líder mundial em turismo, com potencial cada vez maior.

Com a sua rica cultura, localização estratégica e mercados prósperos, o país está bem posicionado para um crescimento sustentado no setor do turismo, observou, acrescentando que os ativos fundamentais de Marrocos fazem dele um destino preferido para investimentos internacionais.

Anderson reafirmou o compromisso da API Events em apoiar esse crescimento, reunindo investidores, operadores, desenvolvedores, banqueiros e parceiros financeiros de todo o mundo, destacando a importância deste evento, que constitui uma plataforma para explorar oportunidades de investimento, fortalecer o engajamento com os mercados dinâmicos de Marrocos e contribuir para o desenvolvimento global do setor.

Co-organizada pela SMIT e API Events, em Casablanca, esta cimeira reuniu mais de 300 investidores, hoteleiros e líderes turísticos de 15 países, e ofereceu aos participantes a oportunidade de descobrir o potencial deste mercado.

Para além de conferências e painéis, este evento facilitou reuniões de negócios que visaram fortalecer os laços entre os principais intervenientes da indústria hoteleira e turística e promover o investimento no setor em Marrocos.

As discussões centraram-se em temas estratégicos como o desenvolvimento da infraestrutura hoteleira, a diversificação da oferta turística e a integração de tecnologias na gestão do setor turístico.

 

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Análise

Do “Green Washing” ao “Green Hushing”

A poucos dias do final da COP29, a DoGood People alerta para o facto de haver cada vez mais empresas a optarem por não comunicar as suas práticas de sustentabilidade, o que pode prejudicar a transparência e a confiança dos stakeholders.

Um novo fenómeno global – “Green Hushing” – parece estar a surgir no mundo empresarial, alerta a DoGood People, salientando que são cada vez mais as empresas que optam por manter em silêncio as suas práticas sustentáveis, visto terem receio do escrutínio público e de serem acusadas de praticar “Green Washing”.

Enquanto o “Green Washing” é uma ação deliberada para influenciar os consumidores, levando-os a pensar que uma determinada empresa é sustentável através da comunicação de uma narrativa falsa ou incoerente, o “Green Hushing” é uma “escolha intencional” de não comunicar verdadeiras práticas responsáveis, com o objetivo de evitar acusações de “Green Washing”.

Com a grande maioria das empresas a considerar que a comunicação de objetivos sustentáveis é relevante para o sucesso comercial, a solução corporativa de ESG que visa otimizar o envolvimento e impacto dos colaboradores na estratégia das suas empresas, alerta que, ainda assim, “muitas empresas estão a considerar manter estrategicamente o silêncio sobre as suas ações e outros progressos em questões de sustentabilidade”.

De acordo com o “Net Zero Report 2024”, um estudo da South Poul, o fenómeno é cada vez mais comum, sendo que 44% das empresas afirmam que a comunicação sobre ações de sustentabilidade é cada vez “mais desafiante”. Por consequência, 58% dessas empresas revela a intenção de reduzir a comunicação sobre esta temática.

Embora seja um fenómeno discreto, esta estratégia pode “prejudicar a transparência e a confiança dos stakeholders, enfraquecendo o impacto positivo que a comunicação de práticas sustentáveis poderia gerar”, admite a DoGood People. Além disso, dificulta a criação de benchmarks e a partilha de boas práticas entre setores, essencial para a evolução sustentável global.

Para responder a este desafio, “há que dar importância à construção de uma estratégia de sustentabilidade ao mais alto nível das empresas, integrada nos seus planos de crescimento e não apenas iniciativas levadas a cabo por um departamento isolado”, frisa a consultora.

Assim, quando a narrativa de sustentabilidade de uma empresa está ligada à sua estratégia de negócio, princípios e valores corporativos, ela torna-se transversal a toda a organização e aos seus stakeholders. “Tudo isto contribui para o aumento da confiança interna, mas também externa, o que reduz a vulnerabilidade a acusações de ‘Greenwashing’”, conclui a DoGood People.

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Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede

A experiência do hóspede está nos detalhes e na capacidade de surpreender e cuidar

Garantir uma experiência memorável aos hóspedes é essencial para qualquer estabelecimento, seja um hotel, uma pousada ou um alojamento local. A satisfação dos visitantes não depende apenas de um bom atendimento, mas também de detalhes que fazem a diferença no conforto e bem-estar. A seguir, partilhamos algumas dicas práticas para elevar a experiência do hóspede e garantir que a estadia seja inesquecível.

1. Atenção ao detalhe na decoração

A primeira impressão é crucial. O ambiente que o hóspede encontra ao chegar ao quarto pode definir a sua opinião sobre o local. Uma decoração acolhedora, com atenção aos detalhes, pode criar uma atmosfera convidativa. Aposte em cores neutras ou suaves, que transmitam tranquilidade, e certifique-se de que o quarto esteja sempre impecavelmente limpo e organizado. Um detalhe que pode fazer a diferença é a utilização de iluminação indireta e suave, que ajuda a criar um ambiente relaxante, ideal para descansar após um longo dia.

2. Conforto acima de tudo

O conforto físico do hóspede deve ser uma prioridade. Certifique-se de que a cama é confortável e que há várias opções de almofadas para diferentes preferências. Um toque adicional que pode elevar a experiência é oferecer mantas macias e aconchegantes para as noites mais frescas. Esses pequenos detalhes não passam despercebidos e mostram que o alojamento está preocupado em proporcionar o melhor conforto possível.

3. Atenção personalizada

Um dos maiores diferenciais de um bom alojamento é a atenção personalizada. Tente antecipar as necessidades dos hóspedes e ofereça serviços adaptados às suas preferências. Um exemplo simples é deixar uma nota de boas-vindas com o nome do hóspede ou perguntar previamente sobre qualquer preferência alimentar, especialmente no caso de dietas restritivas. Pequenos gestos como estes fazem com que os hóspedes se sintam valorizados e bem tratados, aumentando as chances de retorno ou recomendação.

4. Experiências locais

Oferecer aos hóspedes experiências locais autênticas pode elevar significativamente a qualidade da estadia. Recomendar passeios, restaurantes típicos ou eventos culturais da região demonstra que o estabelecimento está bem conectado com a comunidade e deseja proporcionar uma imersão no destino. Alguns estabelecimentos até oferecem parcerias com guias turísticos ou empresas locais para garantir uma experiência personalizada e única. Além disso, ter guias turísticos, mapas ou brochuras disponíveis no quarto é um gesto simples, mas que pode facilitar muito a vida do hóspede.

5. Tecnologia como aliada

A tecnologia pode ser uma excelente aliada para proporcionar uma experiência moderna e conveniente. Oferecer Wi-Fi de alta velocidade gratuito é praticamente obrigatório nos dias de hoje, mas é possível ir além. Considere a possibilidade de incluir carregadores universais nos quartos, altifalantes Bluetooth ou até tablets com informações sobre o hotel e sugestões de atividades. A chave está em garantir que a tecnologia ofereça conveniência e não se torne uma complicação, sendo intuitiva e de fácil acesso.

6. Limpeza impecável

Não há nada mais desagradável do que chegar a um alojamento e encontrar vestígios de falta de limpeza. Garanta que a limpeza dos quartos, casas de banho e áreas comuns seja feita com rigor e regularidade. O cheiro agradável e a organização dos espaços contribuem para uma sensação de bem-estar. Além disso, certifique-se de que toalhas e roupa de cama estejam sempre impecavelmente limpas e em boas condições, substituindo-as sempre que necessário.

7. Pequenos mimos que fazem a diferença

Por fim, pequenos mimos podem fazer toda a diferença na percepção do hóspede sobre o local. Ofereça garrafas de água, chá ou café de cortesia no quarto, juntamente com snacks ou frutas frescas. Outra ideia é deixar um pequeno kit de cuidados pessoais, como produtos de higiene de qualidade ou um roupão confortável, para que o hóspede se sinta em casa. Esses detalhes inesperados mostram um cuidado adicional e são sempre bem-vindos.

 

A experiência do hóspede vai além do básico; está nos detalhes e na capacidade de surpreender e cuidar. Ao seguir estas dicas práticas, pode transformar uma estadia comum numa experiência memorável, criando uma impressão duradoura e positiva. O foco deve ser sempre o bem-estar do hóspede, proporcionando conforto, personalização e atenção ao detalhe, resultando em mais satisfação e fidelização.

 

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Emprego e Formação

Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”

O novo programa gratuito “Business Analytics in Tourism”, lançado pelo Porto Business School e NOVA Information Management School – NOVA IMS, e que tem início a 9 de dezembro, capacita profissionais do setor em análise de dados e gestão estratégica, essenciais para a transformação digital e inovação.

O curso, que decorre entre 9 de dezembro de 2024 e 14 de março de 2025, e cujas as inscrições já estão abertas, desenvolvido para capacitar profissionais do turismo em competências avançadas de análise de dados e gestão estratégica, essenciais para a transformação digital e inovação neste setor

Integrado no projeto “Acelerar e Transformar o Turismo” (ATT) e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o programa visa preparar as organizações turísticas para enfrentar as exigências de um mercado em rápida mudança, promovendo a competitividade, sustentabilidade e inovação na experiência do turista.

Com um total de 68 horas de formação, distribuídas entre módulos online e presenciais, o programa oferece uma experiência prática e orientada para resultados tangíveis. Os participantes terão, assim, a oportunidade de aplicar ferramentas de análise de dados para antecipar tendências e otimizar a experiência turística, adquirir competências em Big Data e Inteligência Artificial (IA) para personalizar serviços e desenvolver estratégias que aumentem a competitividade e diferenciação das suas organizações. A formação será ministrada por especialistas internacionais e focada numa aplicação prática imediata.

Dirigido a profissionais e entidades do setor turístico, incluindo organizações públicas, privadas, startups e associações regionais, o programa é acessível a pessoas de diferentes backgrounds técnicos, promovendo uma experiência de aprendizagem abrangente e inclusiva. Além disso, o programa será certificado, conferindo aos participantes um reconhecimento formal das competências adquiridas.

 

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Distribuição

Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025

Em voos diretos do Porto, às quartas-feiras, de 11 de junho a 3 de setembro, o operador turístico do grupo Ávoris, Travelplan, já colocou no mercado as vendas para a Gâmbia, a sua novidade de verão de 2025.

Com preços desde 986 euros por pessoa, em alojamento duplo, o pacote de sete noites “Estadias da Gâmbia”, inclui, para além dos voos diretos em classe turística, transferes aeroporto-hotel-aeroporto em autocarro ou minibus, dependendo do número de pessoas, alojamento em hotel no regime selecionado, taxas aéreas e seguro de viagem.

Já o pacote, também de sete noites “Descobre Gâmbia”, tem valores desde 1.242 por pessoa em alojamento duplo, e engloba também uma série de visitas, como à primeira localidade do sul do país, ou à aldeia de Yuna para conhecer Uncle Johns, colecionadores de vinho de palma, ou à praia de Sanyang “a praia do paraíso” ou ainda ao Museu da Vila Tanje, um local único onde são apresentadas a história natural e a cultura tradicional da Gâmbia.

A proposta é ainda percorrer a rota dos escravos com visitas a Juffereh Albreda e ao mastro da bandeira da liberdade, para conhecer a história de como surgiu o que hoje é um dos monumentos nacionais da Gâmbia desde 1970, bem como à cidade natal do famoso Kunta Kinteh que inspirou Alex Haley no seu best-seller Roots, e ainda ao museu que retrata mais de 400 anos de tráfico de escravos, que contribuíram consideravelmente para o despovoamento do continente.

Haverá ainda tempo para uma viagem de natureza ao longo do rio Gâmbia em canoa moderna. Este percurso muito pitoresco permite desfrutar de algumas das muitas espécies de aves e da vida fluvial enquanto se absorva o ambiente calmo e relaxante que este cruzeiro oferece. Durante a viagem não é incomum ver golfinhos a nadar e a brincar ao lado do barco. Nadar, tomar sol ou pescar são ainda propostas para este dia de passeio.

De acordo com o operador turístico, descobrir a Gâmbia, este país pequeno país da África Ocidental, é uma aventura que permitirá mergulhar na sua rica cultura, história e beleza natural, e onde pode aprender com a sua história, vivenciar a cultura local e desfrutar da hospitalidade gambiana. “Sem dúvida, a Gâmbia tem muito a oferecer aos viajantes que procuram uma experiência autêntica e diversificada”.

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Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia

No acumulado do ano, a tendência também é positiva e o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28 milhões de euros, superior ao registado em todo o ano de 2022, de acordo com os dados revelados pelo Banco de Portugal (BdP).

As receitas turísticas somaram, em setembro, 3.077,43 milhões de euros, valor que ficou 8,9% acima de igual mês do ano passado e que traduz um aumento superior a mil milhões de euros face a setembro de 2019, antes da pandemia, de acordo com os dados revelados esta terça-feira, 19 de novembro, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP mostram que, face a setembro de 2023, as receitas turísticas subiram 252,42 milhões de euros face aos 2.825,01 milhões de euros que tinham sido apurados no nono mês do ano passado.

Numa comparação com o mesmo mês do período pré-pandemia, a subida é ainda mais expressiva e chega aos 51,6%, já que as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, registaram um aumento de 1.047,06 milhões de euros face a setembro de 2019.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que se encontram pelos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, registaram um aumento de 6,9%, totalizando 732,99 milhões de euros, o que significa um crescimento de 47,63 milhões de euros face aos 685,36 milhões de euros contabilizados em setembro do ano passado.

Comparativamente a 2019, a subida volta a ser também mais expressiva, já que este indicador aumentou 44,3% ou 224,91 milhões de euros face ao mesmo mês do último ano antes da pandemia da COVID-19.

No comunicado que acompanha os números, o BdP explica que as Viagens e Turismo foram fundamentais para o aumento registado na balança de serviços, cujas exportações e importações aumentaram 7,8% e 7,0% em relação a setembro de 2023, o que “reflete, sobretudo, o contributo das viagens e turismo (+252 milhões de euros e +48 milhões de euros, respetivamente)”.

A tendência positiva foi ainda comum ao saldo da rubrica Viagens e Turismo, que chegou aos 2.344, 44 milhões de euros em setembro, o que traduz um crescimento de 9,6% ou 204,79 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado, e de 54% ou mais 822,15 milhões de euros em comparação com setembro de 2019.

Acumulado já ultrapassa valor total de 2022

No acumulado desde janeiro, o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28, valor que é superior ao registado em todo o ano de 2022 e que representa um aumento de 9,4% ou mais 1.915,88 milhões de euros face aos 20.280,4 milhões de euros que tinham sido apurados em setembro do ano passado.

Tal como as receitas turísticas, também o acumulado das importações do turismo apresenta uma tendência positiva, chegando aos 5.284,48 milhões de euros, o que fica 7,6% ou 372,92 milhões de euros acima dos 4.911,56 milhões de euros apurados até ao mesmo mês do ano passado.

No que diz respeito ao saldo acumulado, a situação volta a ser positiva, uma vez que este indicador chegou aos 16.911,8 milhões de euros, o que traduz um aumento de 9,4% ou mais 1.450,88 milhões de euros face aos 15.460,92 milhões de euros apurados em igual período do ano passado.

 

 

 

 

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Destinos

Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano

A fusão destas duas estruturas responsáveis pela atratividade de França, uma para investidores estrangeiros e outra para turistas, terá início a partir de 2025, nomeadamente com vista a uma reorganização da sua rede de países estrangeiros e à congregação dos seus recursos.

De acordo com o projeto de lei financeira de 2025, apresentado pelo Primeiro-Ministro francês, Michel Barnier, pretende-se aproximar a Atout France e a Business France, para obter poupanças orçamentais.

Nas restrições orçamentais, o novo Primeiro-Ministro fez esta declaração: “Vamos reunir e agrupar agências, operadores e fundos que têm objetivos comuns, tais como como Business France e Atout France”, acrescentando que “Vamos desenvolver uma cultura de avaliação em todos os lugares. Não poderemos gastar mais. Vamos gastar melhor.”

A imprensa francesa avança que a reforma da Atout France, uma estrutura que emprega 350 pessoas (150 em Paris, 200 no estrangeiro), está em cima da mesa há algum tempo. Em maio, durante uma comissão interministerial de turismo, o executivo anunciou a intenção de modernizar esta agência, que “perdeu o seu dinamismo original”, como reconheceu Dominique Marcel, presidente da Alliance France Tourisme, que reúne pesos pesados ​​do setor. A sua estratégia internacional foi regularmente criticada, assim como o seu distanciamento do tecido económico francês.

Refira-se, também que há pouco mais de 15 anos, a Atout France foi construída a partir da fusão de duas estruturas: Maison de la France e Odit France. Embora não seja do Estado, a agência está colocada sob a tutela do ministro responsável pelo Turismo, e como objetivo promover o turismo em França, realizando operações de engenharia turística e implementando uma política de competitividade e qualidade das empresas do setor, ou seja, define a estratégia nacional de promoção do destino França de acordo com as diretrizes definidas pelo Estado.

A Atout France define, igualmente, a classificação dos alojamentos turísticos coletivos, as famosas estrelas dos hotéis, parques de campismo, parques residenciais de lazer, residências turísticas e aldeamentos de férias. Também está presente em feiras e organiza inúmeros eventos em todo o mundo.

Já a Business France serve a internacionalização da economia francesa. É responsável pelo desenvolvimento internacional das empresas e as suas exportações, bem como pela prospeção e acolhimento de investimentos internacionais em França. Promove a atratividade e a imagem económica do país, das suas empresas e dos seus territórios. Criada a 1 de janeiro de 2015, a Business France resultou da fusão da UBIFRANCE e da AFII (Agência Francesa de Investimentos Internacionais).

 

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Encontro sobre Turismo Arqueológico dia 30 de novembro em Braga

O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, em Braga, promove, no próximo dia 30 de novembro, um encontro sobre Turismo Arqueológico (ArqueoLoci).

O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa promove o ArqueoLoci – Encontro de Turismo Arqueológico, no próximo dia 30 de novembro, a partir da 9h30, contanto com o contributo de diversas entidades e especialistas na área do turismo, da arqueologia e do património cultural.

O encontro pretende debater os desafios que se colocam hoje ao Turismo Arqueológico, promovendo a troca de experiências e a criação de redes colaborativas.

Contando com a participação dos representantes das entidades responsáveis pela gestão e proteção do património arqueológico, e de um painel de especialistas em valorização e promoção do património cultural – entre os quais, Patrícia Machado (Município de Vila Pouca de Aguiar), Rui Parreira (Museu de Lagos), Pedro Sobral de Carvalho (EON Indústrias Criativas, Lda.) e Rui Pinto Lopes (Pinto Lopes Viagens) –, o encontro pretende ser um espaço de reflexão e troca de experiências, discutindo as múltiplas facetas do arqueoturismo, desde a gestão sustentável dos sítios arqueológicos até às estratégias que podem atrair visitantes.

Para além das conferências, que decorrerão durante a manhã, de tarde realiza-se uma Mesa Redonda sobre os “Desafios e oportunidades do turismo arqueológico em rede”, na qual será dada a conhecer o ArqueoLoci, um projeto colaborativo de Turismo Arqueológico que tem como principal objetivo a promoção, valorização e preservação do património arqueológico, através da criação de uma plataforma online para difundir os sítios arqueológicos visitáveis em Portugal.

 

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Comboio Histórico do Vouga veste-se de Natal e promete espalhar magia

Com sete viagens previstas, entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, o Comboio Histórico do Vouga, promete uma edição de Natal ainda mais inesquecível a miúdos e graúdos, naquela que é a única linha de via estreita em funcionamento em Portugal.

A bordo de um comboio repleto de história, os passageiros vão poder visitar o Museu Ferroviário – Núcleo de Macinhata do Vouga e a cidade de Águeda, com as suas famosas decorações e animação de rua, incluindo o Maior e o Menor Pai Natal do Mundo. Este é o primeiro ano em que o comboio circula decorado com iluminação exterior alusiva à quadra festiva.

O Comboio Histórico do Vouga, composto por uma locomotiva e carruagens históricas e vestido de luzes e enfeites de Natal, parte de Aveiro e realiza uma paragem em Macinhata do Vouga, para visita ao Museu Ferroviário local, com direito a uma feirinha de Natal e animação da época. Segue depois para Águeda, onde os passageiros terão cerca de três horas para visitar as múltiplas iniciativas de Natal espalhadas pela cidade, desde o Maior ao Menor Pai Natal do Mundo até às instalações e iluminações que evocam a magia do Natal.

Estão previstas sete circulações, aos sábados, entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, sendo a primeira viagem realizada a 23 de novembro. Os bilhetes já estão à venda.

O Comboio Histórico do Vouga, com 206 lugares, será tracionado pela locomotiva diesel CP 9004, uma peça histórica construída no final da década de 50 do século passado, que marcou o fim da era dos comboios de via estreita na Linha de Guimarães. É composto por cinco carruagens que são verdadeiras joias da história dos caminhos de ferro: três carruagens de varandim (uma de origem belga de 1908, uma fabricada na Alemanha em 1925 e uma outra construída pelos então Caminhos de Ferro do Estado, nas oficinas do Porto, em 1913); uma carruagem portuguesa, construída no Barreiro em 1908 e que circulou na Linha do Corgo, entre Régua e Chaves; e uma carruagem mista de fabrico italiano.

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