SkyExpert recorda centenário do primeiro voo Lisboa-Macau-Lisboa
Foi a 2 de abril de 1924 que partiu o primeiro voo que ligaria Lisboa a Macau. Foi uma viagem “cheia de peripécias, desafios e camaradagem que só terminou a 20 de junho em Macau” recorda Pedro Castro, diretor da SkyExpert.

Publituris
Descobrir o Algarve através de 18 experiências de Turismo Industrial
easyJet assinala 10.º aniversário de base no Porto com oferta de descontos
ISCE reúne 34 parceiros na “Global Tourism TechEDU Conference 2025”
AVK adquire Pixel Light e consolida liderança no setor audiovisual
Air France opera até 900 voos por dia para quase 190 destinos no verão 2025
ARPTA com nova liderança
Iberia reforça ligações a Roma, Paris e Viena
Os 3 dias do RoadShow das Viagens do Publituris
SATA lança campanha para famílias com tarifa gratuita para crianças
Indústria do turismo dos EUA preocupada com queda nas viagens domésticas e internacionais
Dia 2 de abril de 2024 marca o centenário do primeiro voo Portugal-Macau Lisboa, um marco histórico na aviação que reafirma o espírito pioneiro e a determinação em explorar novos horizontes aéreos durante os anos 20 do século XX. “O voo inaugural Portugal-Macau, ocorrido há exatos cem anos, partiu da Amadora a 2 de abril para Vila Nova de Milfontes e foi de lá que, com o avião “Pátria” entretanto batizado e reabastecido, o avião deixa o território português para uma viagem cheia de peripécias, desafios e camaradagem que só termina a 20 de junho em Macau” recorda Pedro Castro, diretor da SkyExpert, empresa de consultoria em aviação, aeroportos e turismo.
“Esta viagem representou não apenas uma conquista técnica, mas também um desafio político para Portugal, que procurava competir com outras potências Europeias nas grandes travessias aéreas em direção ao Oriente”, relembra Pedro Castro.
O voo foi realizado num antigo avião militar da I Guerra Mundial, de caixa aberta para o exterior e enfrentou inúmeras dificuldades, desde condições climáticas adversas até à escassez de financiamento. A determinação e a irreverência do comandante Sarmento de Beires, militar que desafiou a ditadura logo ao início, foram fundamentais para o sucesso da missão que juntou também Brito de Paes (navegador) e Manuel Gouveia (mecânico).
“Entre este voo para Macau nestas condições e o primeiro voo supersónico do Concorde distam apenas 45 anos”, recorda Pedro Castro para destacar os avanços tecnológicos impressionantes da indústria. “Contrariamente à viagem de Gago Coutinho para o Brasil que teve todas as honras de Estado, esta expedição aérea foi sempre ignorada pelo poder político devido às tomadas de posição pró-democracia e anti-ditadura de Sarmento de Beires. Infelizmente, também agora na celebração deste centenário corremos o risco do esquecimento se repetir: dia 2 de abril toma posse o novo Governo e dia 7 é um domingo…mas no ano em que se celebram os 25 anos da passagem de Macau para a China, os 50 anos da morte de Sarmento de Beires e os 50 anos do 25 de Abril, não conseguimos um momento para honrar este património cultural e a memória de quem combateu a ditadura logo no seu princípio?”, pergunta Pedro Castro.
Hoje, Macau conta com um aeroporto e com uma companhia aérea, mas nem por isso as ligações Portugal-Macau são fáceis no contexto atual da aviação moderna. “A ausência de uma ligação direta entre Portugal e Macau e de um ‘hub’ intermédio comum torna a viagem numa das mais longas para um destino asiático. O outro destino ainda mais difícil de chegar é Dili, em Timor-Leste. São necessárias duas mudanças de avião para se aterrar no aeroporto de Macau ou também se pode chegar a Hong Kong com apenas uma paragem, seguida de um trajeto de ferry para Macau. Os viajantes continuam a enfrentar desafios logísticos significativos para lá chegar”, conclui Pedro Castro.