Image Tours cria novas opções nos destinos que já programa
A guerra entre Israel e o Hamas trocou as voltas ao Image Tours, operador turístico especializado em destinos do Médio e Extremo Oriente, mas Miguel Jesus disse ao Publituris que a empresa está a dar a volta a esta situação com a criação de novas opções nos outros destinos que já programa, e “está a correr bem”.
Carolina Morgado
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Não é a primeira vez que a Image Tours, operador turístico especializado em destinos do Médio e Extremo Oriente, enfrenta tempos de conflitos na região do globo onde incide a sua programação, mas tem sabido dar a volta com imaginação, declarou ao Publituris o seu diretor geral, Miguel Jesus. Este ano também não foi exceção.
“Como tudo na vida, há alturas melhores e outras piores. Nesta altura estamos a passar uma fase quase boa em termos do Egito, e a Turquia já está no normal ao nível das vendas, mas a Jordânia e Israel, não”, disse o diretor geral da Image Tours, que nos confidenciou que “guerra Israel-Hamas afetou a zona e influenciou as reservas para toda a região”, ou seja, boa parte da sua programação. Se no final do ano tanto a Turquia como o Egito estavam parados, “com o passar do tempo a Turquia já recuperou completamente, e as pessoas acabaram por perceber que, no caso do Egito, a distância para a parte cultural, para os circuitos e cruzeiros no Nilo é bastante grande, que o país está seguro e que não havia nenhuma alteração que pudesse influenciar as férias”. Assim, “começaram a procurar o destino, ou seja, agora está muito próximo do normal”, acrescentando que “acreditamos que mais à frente será melhor e mais tranquilo. Parece que vai melhorar”.
Miguel Jesus aponta que “tendo em conta que somos especialistas nesta região do mundo já não é novidade para nós, até porque já tivemos situações similares, mas sem sair da nossa especialização, não descaraterizando a nossa imagem no mercado e aquilo que sabemos fazer, aumentámos os produtos que temos dentro dos nossos destinos, e direcionámos as nossas apostas”.
O responsável reconhece os prós e contras desta especialização, por um lado pelo conhecimento, experiência e contratação, pela oferta e confiança na qualidade do serviço que oferece aos agentes de viagens em Portugal, mas também porque esta região do mundo tem sido bastante instável nos últimos anos, agora agravados com um conflito militar cujo final não se prevê para breve.
No entanto, nesta procura de novas opções, a Image Tours dá como exemplo uma nova programação para a Grécia e mesmo com a Turquia. “Aumentámos a oferta e novos locais dentro dos próprios destinos para mostrar às pessoas que dentro daquilo que é o clássico temos outras opções”, referiu.
“Se Israel e a Jordânia estão parados, há outros destinos, como a Turquia, para onde temos um vasto leque de opções para além das clássicas”, disse, para avançar que “queremos que o agente de viagens possa propor aos seus clientes, que agora não estão suscetíveis a viajar para alguns destinos por terem receio, outros produtos dentro do nosso portefólio de destinos”, como são também o Vietname, o Camboja e ou a Tailândia, que tem vindo a recuperar, reconheceu.
Também a oferta do produto Índia deu uma grande volta na programação da Image Tours, que sempre teve este destino na sua programação. “Tivemos sempre o produto clássico do Triângulo Dourado, mas este anos apostamos forte com uma programação que cobre praticamente o país, com o Sul da Índia, com o Nepal, com a Reserva dos Tigres, ou seja, tentamos mostrar ao cliente que a Índia é mais do que o Taj Mahal, que é um país vastíssimo e lindíssimo, que se pode visitar, e é isso que, como especialistas fomos várias vezes visitar para poder montar este tipo de produto e mostrar ao agente de viagens que há outras opções para além do clássico”, realçou Miguel Jesus.
O diretor geral da Image Tours disse que “as pessoas têm reagido bem, até porque é um destino que sempre despertou bastante interesse, embora no pós Covid tenha caído, mas lentamente está a recuperar e estamos a ter um aumento de procura significativo para aquilo que são os circuitos culturais de maior duração, entre os 12 e os 15 dias”.
Miguel Jesus realçou que “a nossa programação baseia-se em circuitos históricos e culturais, queremos mostrar sempre o melhor que os destinos têm para oferecer, a praia para nós funciona, mas sempre como um complemento em que o cliente faz o seu circuito e termina com uns dias de praia e com vários tipos de ofertas”, frisando que o produto praia “nunca foi o nosso foco”.