“Se as perspectivas [para 2024] no WTM eram boas, a FITUR veio confirmá-las”, diz SETCS
No final do primeiro dia da FITUR, onde Portugal contou com a maior presença de sempre na feira internacional de Madrid, Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, esteve à conversa com o Publituris e destacou a importância de Portugal estar de forma “unida e relevante” na FITUR e os “excelentes sinais para 2024” que leva da feira de Madrid.
Victor Jorge
easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025
Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores
Do “Green Washing” ao “Green Hushing”
Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano
Encontro sobre Turismo Arqueológico dia 30 de novembro em Braga
Comboio Histórico do Vouga veste-se de Natal e promete espalhar magia
A maior participação de Portugal na FITUR, contando com mais de 1.200 m2 de espaço, sete Agências Regionais de Promoção Turística (ARPTS) e 116 empresas, indicava o posicionamento de Portugal na feira internacional de turismo de Madrid, que se realiza de 24 a 28 de janeiro na capital espanhola.
Em conversa com o Publituris, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços (SETCS), Nuno Fazenda, confirmou, não só estes números, mas os “excelentes sinais” que saem desta feira.
“Saio com uma impressão muito positiva. Tivemos sinais muito positivos no WTM de Londres, em novembro, que se confirmam e reforçam com esta participação de Portugal na FITUR”, referiu Nuno Fazenda ao Publituris no final do primeiro dia da FITUR.
“Na FITUR todo o sentimento e sinais positivos para o ano de 2024 têm origem naquilo que é o feedback das empresas do turismo que estão no stand de Portugal”, salientou Nuno Fazenda, frisando que “os empresários do turismo têm feito um trabalho excecional, mas também a resposta dos operadores turísticos internacionais tem sido bastante positiva”. Por isso, “se as perspectivas para 2024 depois do WTM London eram boas, a FITUR veio confirmá-las”.
Nuno Fazendo destacou o crescimento em termos de reservas, procura, contratos, “e basta percorrer as empresas que aqui estão neste stand para colher esse feedback”.
De resto, Nuno Fazenda fez questão de referir o que foi a presença de Portugal há um ano no mesmo espaço, “com vários stands culturais e empresariais pulverizados pela FITUR”. Saudando o esforço feito pelo Turismo de Portugal, juntamente com os organismos regionais, as autarquias, empresas, associações, Nuno Fazenda assinalou “o trabalho feito por todos”.
À pergunta se “todos” responderam ao desafio lançado pelo próprio SETCS, Nuno Fazenda admitiu que “foi um desafio que fiz, de facto, no ano passado e que vejo com muito agrado que realmente o setor do turismo se mobilizou, trabalhou em conjunto para que este ano pudéssemos ter um stand com o dobro do tamanho do ano passado”.
“É de facto importante Portugal aparecer uno na sua promoção, comunicação e na sua exposição externa, em vez de ter o stand do Turismo de Portugal aqui e depois termos uma Câmara, uma entidade qualquer pulverizada pelo espaço da feira. Portugal tem de aparecer todo junto na sua promoção externa para mostrar o seu valor, diferença e diversidade. É isso que encontramos aqui”, frisou.
Se este será um exemplo a seguir em futuros eventos e feiras, com a ITB Berlim já no início de março, Nuno Fazenda garantiu que este “é um exemplo que deve ser seguido e aprofundado. Um Portugal junto, debaixo de uma marca ‘Visit Portugal’, num espaço que mostra a diversidade das diferentes regiões e com as empresas no centro da ação de promoção externa. Portugal tem feito este trabalho com as organizações regionais e isso é muito positivo”, assinalou.
Com a bandeira do interior a ser uma das marcas deixadas por esta SETCS, Nuno Fazenda avalizou que, para os espanhóis, o interior é, precisamente, o “destino número um. Os territórios transfronteiriços têm demonstrado uma enorme capacidade em atrair os turistas espanhóis, e não só, para o interior, para um território de excelência em termos turísticos”, destacando que “é precisamente isso que o Turismo de Portugal está a desenvolver nas suas campanhas”.
Importante realçar que a aposta não tem sido somente na dispersão geográfica, mas também na sazonalidade, Nuno Fazenda considera que “os dados evidenciam duas coisas: o crescimento do turismo em todas as regiões, incluindo no interior, e também crescimento ao longo de todo o ano”.
Questionado quanto aos resultados do turismo e da possibilidade de se antecipar os resultados estimados para 2027 já em 2024, e na possível necessidade de se rever a Estratégia Turismo 2027 (ET 27), Nuno Fazenda admitiu que “possivelmente será necessário afinar a mesma. Acho que, por ora, é tempo de continuarmos a estimular a procura turística em todo o território e ao longo do ano. É este trabalho que está a ser feito tanto pelo Turismo de Portugal como pelas empresas e entidades e agências regionais”.
Por isso, diz, “a avaliação deve ser feita por quem assumir as responsabilidades a partir do dia 10 de março”.