“Mais houvesse lugares nas companhias aéreas, mais venderíamos o Japão”, diz Francisca Ferreira da Icarión
Francisca Ferreira, Product Manager da Icárion, operador turístico da W2M, disse ao Publituris que quanto mais lugares nas companhias aéreas houvesse, mais venderiam o Japão. “Continua a ser um dos nossos tops de vendas, é uma loucura, não só por causa da Expo Osaka, que vai até outubro. Tem havido muitas solicitações, muitos pedidos não só de individuais como de grupos”.

Carolina Morgado
O Japão está no top de vendas da Icárion, “um destino que está muito solicitado, que está muito na moda, já começou o ano passado, este ano está no rubro, e para o ano vai continuar pela tendência que vejo, pelos pedidos que já temos para 2026”, revelou ao Publituris, Francisca Ferreira, Product Manager do operador turístico especialista em grandes viagens.
Além do Japão, a responsável destacou igualmente outros destinos na Ásia, como sejam a Tailândia, o Vietname, ou o Camboja, “que continuam a funcionar muito bem”, acrescentando que, no que toca às praias, as Maldivas é número um, seguido das Maurícias, bem como Zanzibar, que passou a despertar bastante atenção, depois da operação charter, de Lisboa, realizada o ano passado e que veio colocar o destino na boca do mundo. “Vendemos Zanzibar como destino apenas de praia, mas também com safaris”, referiu Francisca Ferreira, mas reforçar que “a procura tem sido bastante diversificada, mas de facto, o Japão e as Maldivas continuam a ser os destinos preferenciais em termos do top de vendas”.
Para colocar os passageiros no Japão, a Icárion, de acordo com a sua Product Manager, tem várias hipóteses e possibilidades, não havendo ligações diretas de Portugal. “Há muitas companhias a voar para o Japão e, neste caso utilizamos muito a Emirates e a Qatar Airways, e também as europeias como a Air France KLM, de preferência as que voam tanto para Tóquio como para Osaka porque, a maior parte dos nossos circuitos entram por uma destas cidades e saem pela outra”, explicou, para indicar que, por exemplo, “raramente usamos a Iberia porque tem ligações apenas a Tóquio o que não nos dá muito jeito”.
No entanto, ressalvou que para o Japão, “este ano as tarifas estão absurdamente caras, a contar que o destino também não é barato. Por outro lado, as companhias aéreas perceberam que há uma grande procura o que fez que aumentassem os preços”.
Para o Japão, a Icárion oferece dois tipos dois tipos de programas, esclareceu Francisca Ferreira. “Há os circuitos tradicionais, em que a pessoa vai com um guia e tem toda a programação organizada e neste caso, temos mais de 10 versões possíveis com número de noites variáveis conforme preferência do cliente, depois temos outra proposta um pouco diferente para aqueles clientes que gostam de estar mais livres e não querem andar em circuitos, ao que chamamos rotas com o Japan Rail Pass”.
Neste caso, sublinhou: “Criámos cerca de 20 rotas com itinerários diferentes, com número de noites variáveis, seis, sete e até 20, dependendo do que o cliente pretende, já que o Japão é um destino bastante completo. Para estas rotas, o cliente vai com os voos, o Rail Pass e com os hotéis reservados, e depois, tudo o resto no destino é livre e fazem as visitas que bem entenderem. Mas é super fácil utilizar esse passe, funciona bem e os comboios saem sempre a horas, pois o país é muito rigoroso e nunca falha nada”.
Por isso, para a responsável, “esta pode ser uma hipótese mais económica e que dá mais liberdade aos clientes, principalmente os mais jovens que não querem andar em circuitos. Há muita gente que nos pede esse tipo de produto e nós temos isso também no sistema, com confirmação imediata”, mas e a concluir, Francisca Ferreira realçou que “temos tido, de facto, bastantes pedidos para as duas versões de programas e, oxalá houvesse mais lugares de avião para que pudéssemos vender mais Japão”.