GEA Portugal vai implementar novo modelo de incentivos e quem produzir mais no aéreo vai poder receber mais
Esta é uma das iniciativas, a implementar no próximo ano, que o Grupo GEA anunciou aos seus agentes de viagens reunidos na convenção anual, que decorreu no fim de semana me Marraquexe. O administrador da rede, Carlos Baptista, disse aos jornalistas que, quem produzir mais no aéreo vai poder receber mais.
Carolina Morgado
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Para além de consolidar e continuar a desenvolver os projetos lançados em 2023, “há outras matérias que vamos trabalhar para 2024”, disse aos jornalistas o administrador do Grupo GEA, Carlos Baptista, que estava acompanhado do CEO da rede de gestão, Pedro Gordon.
Em conferência de imprensa que decorreu à margem da 19ª Convenção da GEA Portugal, que decorreu no fim de semana na cidade marroquina de Marraquexe, com o tema “Tomorrow” que, ao nível da aviação, o agrupamento vai implementar duas alterações. “Uma delas tem a ver com aquilo que atribuímos em termos de segmentos às agências de viagens. Até à data tínhamos um modelo de segmentos de produção por grupo em que as agências GEA podiam receber entre 2,40 euros e 2,90 euros consoante a produção do grupo como um todo, e decorrente das negociações que levámos a cabo enquanto grupo Newtour (concentração de negociações), vamos ter um incremento substancial destes valores garantido às agências de viagens”.
Neste caso, referiram os dois responsáveis: “Vamos implementar um nível de patamares, ou seja, quem venda alguma coisa de aéreo vai estar substancialmente melhor, e criar modelos de incentivos a quem produza mais poder receber mais, num escalonamento em cinco patamares de maneira que os médios e grandes produtores de sintam recompensados pela atribuição dos segmentos que recebem no final do ano”.
Passa, assim, a ser “um segmento avaliado por empresa, partindo de uma base superior àquilo que tínhamos de grupo, e dando escalonamento de crescimento individual para cada uma das nossas agências de viagens. Este é um dos fatores muito importantes para nós em 2024”, apontou Carlos Baptista.
Outra solução que a GEA Portugal vai implementar no próximo ano passa pela criação da Newair ACE. Isto porque na rede existem agências IATA “que têm um acompanhamento da Travel GEA e que beneficiam de todos os acordos que fazemos com as companhias aéreas, mas são sem responsabilidade solidária porque não temos nenhum grupo ou empresa que agregue estas entidades que nos permita contratos com responsabilidade solidária com determinadas companhias aéreas”, explicou o administrador da rede.
Acrescentou que “sentimos a necessidade de lançar um novo modelo, complementar ao modelo IATA que temos, sem custos de investimento, muito suave na sua entrada e sem custos adicionais mensais. Não é um grupo, é um modelo complementar àquilo que já temos, através de uma forma jurídica que é o agrupamento complementar de empresas (ACE), frisou Carlos Baptista, reafirmando que o Newair ACE “não é uma sociedade, mas garante, pela sua forma jurídica a responsabilidade solidária entre todos. Teremos um fundo constituído pelos membros que quiserem estar neste agrupamento complementar”.
Através desta entidade, sublinhou o responsável, não serão feitos acordos com todas as companhias aéreas, “até porque já temos com algumas e estamos muito satisfeitos, mas outras, para darem incentivo exigem que haja uma responsabilidade solidária, que haja uma forma jurídica mais e melhor definida. Portanto, estamos a trabalhar nisso para, em 2024 darmos essa solução complementar e sentir que corrigimos uma questão que sentíamos que estava em falha no âmbito das soluções entregues pelo grupo GEA. Queremos, nas negociações de 2024 ter já este projeto em andamento. Permite às agências do agrupamento sentirem que têm várias soluções que respondem às diferentes necessidades, de acordo com o seu estágio de maturação enquanto empresa”, realçou.
O administrador da GEA salientou que para lançar a Newair ACE “fizemos uma ronda de conversas com algumas agências de viagens para validar os princípios, que manifestaram, desde logo interesse em avaliar e outras já estão interessadas em entrar no projeto”, para adiantar que “não é uma obrigatoriedade. O que estamos a fazer é que, para aquelas que faça sentido, traga valor acrescentando, temos resposta. O valor do contributo para é sempre da agência. Não há investimento e cada uma tem uma caução e, consoante o risco calculado há um mínimo, e a agência pode sempre resgatar esse valor”.
Carlos Baptista deu conta que durante a convenção, que reuniu cerca de 400 pessoas, entre equipa GEA, agências de viagens do grupo, parceiros e o trade marroquino, foram apresentados ainda, para 2024, dois projetos e duas dinâmicas. Um deles, dentro do braço que é a Travel GEA “vamos lançar um agregador de hotelaria – o Travel GEA Booking, um B2B totalmente dedicado às agências da rede, que terá vida a partir de janeiro”.
O administrador do grupo anunciou, igualmente, o lançamento de uma outra plataforma que será um B2C personalizável para as agências do agrupamento de gestão, “uma ferramenta para quem queira adotar na sua gestão diária. Será assumida pela equipa da Travel GEA naquilo que é a gestão de reservas, e na dinamização comercial e de comunicação será gerida pela equipa de produto da GEA. Será assim, mais uma ferramenta que potencia a nossa estratégia comercial tal como a GEA TV, a colocar no terreno a partir de março”.
Trata-se de um site – Travel GEA Web, uma marca branca da GEA para as agências de viagens “sempre com o objetivo de criar mais valias para as nossas associadas e os operadores nossos parceiros”, destacaram Carlos Baptista e Pedro Gordon.
No que diz respeito as dinâmicas, o administrador da GEA acentuou que “em cima destes novos projetos vamos trabalhar, ao longo de 2024, no suporte e criação de ferramentas que ajudem as agências na comunicação com o cliente final”.
Sobre o NDC, o responsável assegurou que “vamos acompanhar o processo, uma vez que temos um player importante a entrar, que é a TAP. Vai estar no nosso roadmap de 2024”, enquanto no diz respeito à Inteligência Artificial (IA), “vamos analisando e percebendo como é que a vamos introduzindo no nosso ecossistema”, concluiu Carlos Baptista.