Análise

“O apoio do setor bancário desempenha um papel crucial na sustentabilidade e na competitividade do setor do Turismo”

A chegada da pandemia viu o setor do Turismo (e não só) a necessitar de diversos apoios para fazer face à “calamidade” que se abateu sob o a economia. A banca teve um papel fundamental durante os quase três anos de COVID-19. O PUBLITURIS falou com José Gonçalves, diretor de Marketing de Empresas do novobanco, para saber como é que a banca continuará a apoiar o Turismo.

Victor Jorge
Análise

“O apoio do setor bancário desempenha um papel crucial na sustentabilidade e na competitividade do setor do Turismo”

A chegada da pandemia viu o setor do Turismo (e não só) a necessitar de diversos apoios para fazer face à “calamidade” que se abateu sob o a economia. A banca teve um papel fundamental durante os quase três anos de COVID-19. O PUBLITURIS falou com José Gonçalves, diretor de Marketing de Empresas do novobanco, para saber como é que a banca continuará a apoiar o Turismo.

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Quando em março de 2020 a COVID-19 se abateu sob Portugal – já tinha surgido noutros países -, os balanços das mais diversas empresas que operam no setor do Turismo foram fortemente impactados. Durante meses ouviu-se falar em diversas linhas de apoio e a necessidade de quem estava “no terreno” em ser apoiado.

Os números indicam que, desde o início de 2020, quando a COVID apareceu, foram destinados 2,8 mil milhões de euros ao setor do Turismo, dos quais 800 milhões de euros a fundo perdido, beneficiando perto de 43.000 empresas.

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Finda, oficialmente, a pandemia, as “economias” das empresas ainda sofre e, por isso, o jornal PUBLITURIS foi tentar saber junto de José Gonçalves, diretor de Marketing de Empresas do novobanco, que tipo de apoios foram dados ao longo da pandemia e os que perduram depois do final desta.

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A pandemia trouxe novas ou outras necessidades e exigências por parte do setor do Turismo em Portugal. Que necessidades e/ou exigências foram essas e como é que a o novobanco deu resposta?
A pandemia Covid-19 teve um impacto significativo no setor do Turismo a nível global, incluindo Portugal, com necessidade de ajustar os modelos de negócio dos operadores do setor, de forma a conseguir dar resposta às novas exigências decorrentes do contexto económico e sanitário. A pandemia trouxe, por isso, vários desafios ao setor do Turismo como, por exemplo, a necessidade de implementar medidas de segurança sanitária e novos protocolos de higiene nos hotéis, restaurantes, transportes e atrações turísticas.

Além disso, a flexibilidade de reservas e novas políticas de cancelamento, uma vez que os clientes passaram a dar maior importância à flexibilidade de reservas e cancelamentos sem penalização, a requalificação dos recursos humanos, com as flutuações na procura e o redesenho dos modelos de negócio a levar à necessidade de criar novas funções mais adequadas à nova realidade.

Estes desafios implicaram maior investimento por parte das empresas, dos quais se destacaram a alterações na procura, com o Turismo de natureza e o Turismo doméstico a conquistarem as preferências dos clientes.

Também a digitalização e novas tecnologias, de forma a reduzir o contacto físico (ex.: check-in online, pagamentos contactless, aumento das aplicações mobile para gestão de reservas e servicing, entre outros), fizeram com que as empresas precisassem de reinventar os processos e investir em novas ferramentas.

A sustentabilidade e responsabilidade social, com a pandemia a reforçar a importância da adoção de práticas sustentáveis pelos operadores turísticos, assim como o papel das empresas no apoio às comunidades locais em momentos de dificuldade, como foi o caso da pandemia Covid-19, foram outros investimentos necessários.

As empresas tiveram de se adaptar a estas novas exigências, com impacto no modelo de negócio, na previsibilidade das receitas e nos investimentos necessários para ir de encontro às necessidades da nova realidade.

No novobanco, estivemos e estamos comprometidos com as empresas do Turismo, disponibilizando um conjunto de soluções de financiamento para apoiar as necessidades de curto-prazo, reforçando a liquidez das empresas, num momento particularmente desafiante. No período da pandemia, respondemos de forma célere às necessidades dos clientes, através de soluções de Factoring e Confirming, e com o desembolso das Linhas de Apoio à Economia Covid-19, em parceria com o Banco Português de Fomento e Turismo de Portugal.

Em Portugal, no setor do Turismo, a procura pelas linhas de apoio disponibilizadas pelo setor bancário foi relativamente transversal entre os diversos subsetores

Ainda durante a pandemia, a capacidade de resposta às solicitações foi uma das grandes reivindicações por parte das empresas do setor do Turismo. Que desafios foram colocados na altura?
Durante a pandemia Covid-19, a incerteza, as restrições sanitárias e o abrandamento brusco da economia e da atividade das empresas, levaram a um conjunto de desafios complexos, comprometendo a capacidade de resposta e a agilidade e flexibilidade que os tempos exigiam. As constantes mudanças nas regulamentações do Governo, as restrições nas viagens e na circulação, as medidas sanitárias rigorosas e a corrida aos cancelamentos e remarcações de reservas, constituíram um desafio, não só para a atividade das empresas do Turismo, mas também para o normal funcionamento do setor bancário.

No caso do novobanco, mesmo num ambiente de incerteza e com inúmeras limitações, adaptámos o nosso modelo de serviço, com adoção do teletrabalho, e conseguimos garantir um prazo de resposta alinhado com a urgência do contexto. Disponibilizamos as Linhas de Apoio à Economia Covid-19, com um processo de contratação desmaterializado e simplificado, e executamos um número recorde de moratórias de crédito, um instrumento crucial para garantir a liquidez das Empresas e o funcionamento da atividade. Mesmo com um volume recorde de novas operações de crédito, em paralelo com um volume recorde de moratórias de crédito, fomos capazes de estar ao lado dos clientes, dizendo presente no apoio à economia portuguesa.

No setor do Turismo em Portugal, quem recorreu mais às linhas do novobanco: hotelaria, agências de viagem, operadores, restauração …?
Em Portugal, no setor do Turismo, a procura pelas linhas de apoio disponibilizadas pelo setor bancário foi relativamente transversal entre os diversos subsetores. Durante períodos de desafios económicos, como foi a crise causada pela pandemia, tanto a Hotelaria como as Agências de Viagem e a Restauração demonstraram interesse em aceder a soluções de financiamento para lidar com as consequências sobre a sua atividade e reforçar a tesouraria, num contexto de incerteza.

A Hotelaria, por exemplo, procurou financiamento para mitigar a diminuição da procura e as restrições de viagens e circulação. As Agências de Viagem e os Operadores Turísticos, por sua vez, enfrentaram cancelamentos e adiamentos de viagens, levando-os a recorrer a financiamento para garantir a liquidez necessária para manter a atividade. Além disso, os estabelecimentos de Restauração também enfrentaram fortes restrições e uma abrupta diminuição no número de clientes, o que levou muitas empresas a procurar apoio financeiro para manter as suas atividades. Em conjunto, estes subsetores representaram cerca de 15% do total de apoios no âmbito das Linhas Covid-19 no novobanco, com a Hotelaria e a Restauração a representarem mais de 90% do total de apoios concedidos a estes subsetores.

No entanto, é importante sublinhar que a natureza transversal da procura por soluções de financiamento não implica que todos os subsetores tenham enfrentado as mesmas dificuldades. As circunstâncias específicas de cada subsetor, bem como a dimensão, localização e modelo de negócio das empresas, influenciaram a decisão e a necessidade de recorrer a soluções de financiamento bancário.

A capitalização das empresas portuguesas e o acesso a linhas de financiamento foram e podem continuar a ser um desafio para muitas empresas no setor do Turismo

Depois da “tempestade”
Passado o pior, ou seja, com a saída oficial da pandemia, que necessidades e/ou exigências possuem os agentes do setor do Turismo atualmente?
A pandemia Covid-19 trouxe um conjunto de novas exigências e novos desafios ao setor do Turismo, sendo que algumas empresas conseguiram transformar esses desafios em novas oportunidades de negócio. As empresas que se conseguiram adaptar, estão agora melhor preparadas para enfrentar o futuro, com capacidade para atrair e servir os turistas com experiências únicas e personalizadas.

Em resumo, a pandemia veio acelerar a digitalização e a adoção de novos modelos de negócio, com as empresas do setor a enfrentar desafios como: a segurança sanitária veio para ficar e continua a ser uma prioridade, dando conforto aos turistas; a flexibilidade das reservas passou a ser altamente valorizada pelos clientes, trazendo imprevisibilidade para as empresas do setor; a sustentabilidade é uma tendência do presente e do futuro, com os clientes cada vez mais informados e interessados na pegada ecológica de cada empresa; a tecnologia e a digitalização são peças fundamentais para a melhoria da experiência dos clientes, com informações em tempo real; alterações na procura, com os clientes a procurarem mais experiências ligadas ao bem-estar e mais diversificadas, incluindo tours e itinerários exclusivos; e por fim, personalização e marketing one-to-one, com segmentação da comunicação, aumentando a eficácia das campanhas.

Que linhas de apoio disponibilizaram durante a pandemia e que linhas possuem atualmente para o setor do Turismo?
Durante a pandemia, o novobanco teve ao dispor das empresas do setor do Turismo um conjunto de soluções de financiamento, onde destacamos as linhas com garantia das Sociedades de Garantia Mútua: Linha de Apoio à Economia Covid-19 Médias e Grandes Empresas do Turismo, Linha de Apoio à Economia Covid-19 Empresas Exportadoras da Indústria e do Turismo (com possibilidade de conversão em apoio não reembolsável), Linha de Apoio à Economia Covid-19 Agências de Viagens e Operadores Turísticos.

Em paralelo, disponibilizámos soluções de Factoring e Confirming, para reforçar a liquidez das empresas, e implementámos as moratórias de crédito, com o objetivo de prorrogar o prazo das operações de financiamento contratadas, equilibrando os ciclos de caixa das empresas do setor do Turismo.

Atualmente, contamos com soluções competitivas para apoiar as empresas do setor do Turismo, com destaque para: Linha de Apoio ao Turismo 2021, no montante total de 300 milhões de euros, com garantia mútua até 80% e prazos alongados, de acordo com a finalidade (investimento ou fundo de maneio); Linha de Apoio à Qualificação da Oferta, disponível para PME e Grandes Empresas, com prazos até 15 anos, financiamento sem juros na parcela do Turismo de Portugal e com possibilidade de conversão de uma parcela do financiamento em apoio não reembolsável (fundo perdido).

Em paralelo, disponibilizámos mais de 1.300 milhões de euros de linhas de financiamento com garantia FEI, com o objetivo de apoiar as empresas afetadas pela pandemia Covid-19, uma solução com garantia até 70%, com condições competitivas, disponível para Microempresas, PME e MidCaps.

Para além destas soluções, dispomos de uma oferta competitiva de Factoring e Confirming e Leasing Mobiliário, sendo que em breve teremos uma nova linha de financiamento com garantia mútua, em parceria com o BPF, para apoiar as necessidades de fundo de maneio e investimento dos operadores turísticos.

Por fim, mas não menos importante, lançámos em 2022 a Linha Sustentabilidade, no montante global de 250 milhões de euros, uma solução de financiamento que tem como objetivo apoiar as Empresas no processo de transição climática e energética – esta Linha está disponível para apoiar projetos de investimento sustentáveis e/ou para reforçar as necessidades de fundo de maneio das empresas que desenvolvem a atividade em setores sustentáveis).

A digitalização e a sustentabilidade são dois fatores crucias para o futuro das empresas do Turismo, com impacto na experiência dos clientes, na responsabilidade social e na eficiência das operações

A capitalização das empresas e as linhas de crédito foram, são e continuarão a ser o maior desafio?
A capitalização das empresas portuguesas e o acesso a linhas de financiamento foram e podem continuar a ser um desafio para muitas empresas no setor do Turismo, especialmente após a pandemia. No entanto, é importante referir que os desafios podem variar consoante a dimensão das Empresas, a região onde desenvolve a sua atividade e os fatores económicos, políticos e regulamentares. Aqui, destacamos três grandes desafios nesta temática: (i) Pressão sobre os ciclos de caixa – muitas empresas do setor do Turismo enfrentaram uma redução drástica, ou mesmo interrupção, das suas operações durante a pandemia Covid-19. Esta redução teve impacto negativo nos fluxos de caixa e afetou a capacidade das Empresas na gestão da tesouraria, nomeadamente, no pagamento a fornecedores; (ii)Acesso a fontes de financiamento – algumas empresas do setor recorreram a financiamento para reforçar a tesouraria e enfrentar a crise, levando a um aumento do endividamento. Decorrente desse aumento, o acesso a novas fontes de financiamento constituiu um desafio para algumas empresas, reforçado pela incerteza económica, em especial no Turismo, que foi particularmente afetado pela pandemia; e (iii) impacto na estrutura de receitas: mesmo após a saída da pandemia, a recuperação total do setor do Turismo poderá ser gradual, até retomar os níveis de faturação pré-pandemia (o ritmo de recuperação pode variar de acordo com a atividade da empresa e da região). Ao mesmo tempo, num cenário de inflação, os consumidores são mais cautelosos nos seus gastos, o que pode afetar a procura por serviços turísticos. Estes dois fatores acabam por influenciar diretamente a capacidade das empresas em gerar capital para fazer face aos investimentos necessários para acomodar as novas exigências

A sustentabilidade e a digitalização das empresas são dois dos fatores mais importantes para o futuro das empresas em geral, e no Turismo, em particular. Disponibilizam linhas concretas para estes desenvolvimentos?
Como já referido, a digitalização e a sustentabilidade são dois fatores crucias para o futuro das empresas do Turismo, com impacto na experiência dos clientes, na responsabilidade social e na eficiência das operações.

Para apoiar as empresas do setor nesta transição, temos um conjunto de soluções de financiamento disponíveis. A Linha Sustentabilidade, no montante global de 250 milhões de euros, uma solução de financiamento que tem como objetivo apoiar as empresas no processo de transição climática e energética. Esta Linha está disponível para apoiar projetos de investimento sustentáveis e/ou para reforçar as necessidades de fundo de maneio das empresas que desenvolvem a atividade em setores sustentáveis).

A Linha Descarbonização e Economia Circular, no montante global de 100 milhões de euros, tem como o objetivo tornar as empresas industriais e do setor do Turismo mais modernas e mais competitivas, apoiando o financiamento de projetos para redução do consumo energético, de medidas que permitam a mudança da fonte energética fóssil para renovável, ou acelerando o processo de transição para uma economia circular. Esta Linha tem bonificação de juros até 1,5%, garantia mútua até 80%, comissão de garantia até 1%, integralmente bonificada e prazo máximo que pode ir até 10 anos.

Já a Linha de Apoio à Qualificação da Oferta, disponível para PME e Grandes Empresas, com prazos até 15 anos, financiamento sem juros na parcela do Turismo de Portugal e com possibilidade de conversão de uma parcelo do financiamento em apoio não reembolsável (fundo perdido). Os projetos candidatados a esta Linha devem prever o desenvolvimento e implementação de medidas de gestão ambiental.

Em paralelo, temos ao dispor das empresas do Turismo, uma equipa especializada em fundos europeus, com soluções de financiamento e antecipação de incentivos ao longo da execução dos projetos. O Portugal 2030 tem uma forte componente dedicada à Sustentabilidade e à Digitalização, com 4,8 mil milhões de euros de incentivos associados ao Objetivo Estratégico “Europa +Verde” e com 4,7 mil milhões de euros de incentivos associados ao Objetivo Estratégico “Europa +Inteligente”.

O novobanco tem tudo preparado para liderar nesta frente. Atualmente, está aberto um Aviso ao SICE Inovação Produtiva, com apoio a fundo perdido que pode ir até 40%, no montante global de 400 milhões de euros, disponível para empresas da indústria e do Turismo. Estamos, como sempre, disponíveis para apoiar as candidaturas e a execução dos projetos dos nossos clientes.

Banca coordenada
Que coordenação possui o novobanco com as entidades que tutelam o setor do Turismo em Portugal e que relação mantiveram e mantém de apoio aos agentes do Turismo em Portugal?

O novobanco tem cultivado uma relação de estreita colaboração com o Turismo de Portugal, caracterizada por uma parceria sólida e duradoura. Esta colaboração tem sido pautada pelo compromisso mútuo em promover o desenvolvimento sustentável do setor do Turismo em Portugal.

Ao longo dos últimos anos, temos trabalhado em conjunto para lançar novas iniciativas e novos instrumentos de financiamento que impulsionem o crescimento das empresas do setor, a valorização do património cultural e natural, bem como a excelência na oferta de serviços e na experiência proporcionada aos turistas que visitam o nosso país. Estamos confiantes de que esta parceria continuará a crescer, contribuindo de forma significativa para o fortalecimento do peso do setor do Turismo e para a promoção da marca Portugal a nível internacional.

O apoio da banca é fundamental para a competitividade do setor do turismo e, consequentemente, dos agentes do turismo nacionais?
Sem dúvida. O apoio do setor bancário desempenha um papel crucial na sustentabilidade e na competitividade do setor do Turismo, contribuindo para o crescimento da atividade e para a adaptação dos operadores turísticos às novas exigências dos consumidores e da economia. O Turismo é intrinsecamente um setor que tem necessidade de investir de forma contínua, quer na melhoria das infraestruturas, como na modernização dos serviços e na promoção eficaz com os seus clientes.

A banca é, por isso, um parceiro fundamental para as empresas do Turismo, garantindo as fontes de financiamento necessárias para os projetos de desenvolvimento, renovação e inovação, que são essenciais para atrair e satisfazer as crescentes exigências dos visitantes. A parceria entre o Turismo e o setor bancário é uma aliança estratégica que eleva a competitividade do setor, com criação de emprego e de valor acrescentado para a economia portuguesa.

Estamos confiantes de que esta parceria continuará a crescer, contribuindo de forma significativa para o fortalecimento do peso do setor do Turismo e para a promoção da marca Portugal a nível internacional

De que forma deram e dão a conhecer as linhas de apoio ao setor do turismo em Portugal?
Nos últimos meses, temos apostado na proximidade e na parceria com o setor do Turismo, um dos setores estratégicos para o novobanco. Essa proximidade, tem-se materializado na intensificação da comunicação com as empresas e com os parceiros do setor. Destaco a divulgação em imprensa das linhas de financiamento disponíveis e nas newsletters para clientes; divulgação de soluções para o Turismo no site informacional do novobanco; divulgação nas redes sociais, como é o exemplo da nossa parceria de longa data com o PUBLITURIS, um jornal de referência no setor do Turismo; parceria com o Turismo de Portugal e com entidades do Governo, para disponibilização dos melhores e mais competitivos instrumentos em cada momento; divulgação em eventos com clientes, com participação em feiras setoriais ligadas ao Turismo.

Os apoios disponibilizados pelas instituições bancárias em Portugal estiveram e estão em linha com o que é feito na Europa?
Na generalidade, os apoios disponibilizados pelo setor bancário em Portugal estiveram e estão alinhados com o que é feito na Europa, com uma oferta assente em linhas de financiamento para apoiar o investimento das empresas do Turismo, nomeadamente, infraestruturas, digitalização e sustentabilidade, e soluções de apoio à liquidez das empresas, como são o Factoring e Confirming e as moratórias de crédito, essenciais no período de pandemia.

As soluções de apoio aos projetos com fundos europeus – antecipação de incentivos e financiamento de capitais alheios – são também exemplos de apoios que os bancos têm ao dispor das empresas, fundamentais para que os projeto de investimento tenham a liquidez necessária para serem executados nos prazos definidos, com metas ambiciosas, mas realistas, que aumentem a riqueza, os salários, a competitividade e a produtividade da economia portuguesa.

O que é que não pode faltar às empresas do setor do Turismo para recorrerem aos apoios disponibilizados pela banca em Portugal?
Para que as empresas do Turismo possam recorrer aos apoios disponibilizados pelo setor bancário em Portugal, é fundamental que apresentem uma performance económico-financeira robusta e equilibrada, uma atividade em crescimento e sustentável e projetos de investimento alinhados com a estratégia da empresa e da região, com metas ambiciosas, mas realistas, que não comprometam a execução dos projetos. Em resumo, não pode faltar informação financeira (balanços, demonstrações de resultados e balancetes) que comprove a performance económico-financeira da empresa e a capacidade de reembolsar o financiamento; plano de negócio do projeto de investimento para o qual está a solicitar o financiamento, com o detalhe dos objetivos estratégicos, das estimativas de receitas e despesas e da finalidade do apoio financeiro. Dependendo do financiamento, poderá ser necessário comprovar a elegibilidade da empresa para a linha de apoio específica; garantias ou colaterais que ajudem a mitigar o risco associado ao financiamento, facilitando a análise por parte do banco (poderão ser garantias reais, como ativos da empresa, ou garantias financeiras prestadas pelas Sociedades de Garantia Mútua ou por instrumentos de financiamento com garantias europeias, como o FEI e BEI). Os requisitos podem variar de acordo com a tipologia de empresa, com a instituição bancária, com o programa de apoio solicitado, entre outros fatores.

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Setor dos Transportes entre os que mais recuaram na constituição de novas empresas até final de abril

O setor dos Transportes foi, segundo um relatório da consultora Informa D&B, um dos que mais recuaram na constituição de novas empresas nos primeiros quatro meses de 2025, período em que foram criadas 18.979 novas empresas em Portugal, descida de 2,9% (-567 constituições) face a período homólogo.

O setor dos Transportes foi, segundo o relatório Informa Business by Data, um dos que mais recuaram na constituição de novas empresas nos primeiros quatro meses de 2025, período em que foram criadas 18.979 novas empresas em Portugal, o que corresponde a uma descida de 2,9% (-567 constituições) face ao período homólogo.

O relatório, elaborado pela consultora Informa D&B, mostra que a “maioria dos setores” contribuiu para a descida na criação de novas empresas nos primeiros quatro meses do ano, ainda que os Transportes tenham apresentado a maior descida, que chegou aos -26%, com menos 464 empresas criadas.

A descida no setor dos Transportes, acrescenta o relatório da Informa D&B, foi ditada essencialmente pelo menor número de constituições na ‘atividades de serviços de transporte de passageiros, a pedido, em veículo com condutor’, uma atividade que a consultora diz estar em queda desde 2024.

“Esta atividade, depois de nos últimos anos ter atingido crescimentos que superaram todas as outras, está em queda desde 2024, registando nestes quatro primeiros meses de 2025 um recuo de 49% (-669 constituições)”, refere a Informa D&B, que diz que também os Serviços gerais, que foi o segundo setor com maior número de novas empresas, “tem também uma queda significativa de 9,7% (-289 constituições)”.

Já as Atividades imobiliárias (+22%; +398 constituições), Construção (+6,6%; +154 constituições), Agricultura e outros recursos naturais (+25%; +142 constituições) e Indústrias (+6,7%; +50 constituições), foram os setores que registam crescimento na criação de novas empresas até 30 de abril deste ano.

A Informa D&B revela também que, do ponto de vista geográfico, os centros urbanos de Lisboa e Porto foram os que reuniram “maior número de novas empresas, mas são também aqueles onde se registam as maiores descidas neste indicador”.

“Até 30 de abril, e em comparação com o período homólogo, em Lisboa constituíram-se menos 318 empresas (-5,3%) e no Porto menos 197 empresas (-5,8%). Pelo contrário, Braga, que é o 3º distrito com o maior número de constituições de novas empresas, viu aumentar este indicador em 7,2% (+104 constituições), com destaque para os setores das Atividades imobiliárias e da Construção”, acrescenta a consultora.

Encerramentos e insolvências descem em grande parte dos setores

No que diz respeito a encerramentos, os dados do Informa Business by Data, mostram que estes têm estado a cair nos últimos 12 meses, período em que encerraram 13.784 empresas, o que representa uma descida de 12% (-1 893 encerramentos) face aos 12 meses anteriores.

No entanto, o comportamento foi diferente consoante os setores em análise, uma vez que o setor dos Transportes, por exemplo, se mantém na liderança também neste tópico, com um aumento de 4,6% nos encerramentos registados no último ano.

“A descida neste período foi transversal à maioria dos setores de atividade, com exceção dos Transportes (+4,6%; +38 encerramentos) e das Tecnologias da informação e comunicação (+0,1%; +1 encerramento)”, indica a consultora.

Já no que diz respeito a insolvências, a Informa D&B apurou que 648 empresas iniciaram um processo de insolvência até final de abril, o que corresponde a uma descida de 11,5% (-84 insolvências) face ao período homólogo.

E também no que diz respeito às insolvências houve comportamentos distintos entre os setores, com a consultora a indicar que “mais de metade dos setores registam menos insolvências”, com destaque para as Indústrias (-36%; -78 insolvências), nomeadamente a Indústria de têxtil e moda (-51%; -71 insolvências) nos distritos de Braga e Porto, e que tinha sido “um subsetor que no ano passado quase triplicou o número de insolvências”.

 

 

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Pilotos da TACV anunciam greve de cinco dias a partir de 22 de maio

O Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SNPAC) de Cabo Verde anunciou uma greve dos pilotos da TACV a partir de 22 de maio, com duração de cinco dias, exigindo a resolução de pendências. O presidente do conselho de administração da Cabo Verde Airlines responde que a situação financeira da companhia “é critica” e não permite “uma nova progressão salarial”, mas que administração tem estado aberto ao diálogo.

O presidente do SNPAC, Edmilson Aguiar, conforme avança a Inforpress, assegurou, em conferência de imprensa, que esta decisão foi tomada após esgotarem todas as possibilidades de diálogo com o conselho de administração da TACV.

Entre as reivindicações pendentes, destacam-se a regularização do cancelamento das consultas médicas, a eliminação do seguro de vida e acidentes pessoais, bem como a formalização do acordo de empresa previsto para a assinatura do memorando de 25 de fevereiro de 2019.

Além disso, segundo notícia da Inforpress, o SNPAC exige a implementação de um programa de segurança, proteção da saúde e higiene no trabalho, bem como a resolução de problemas relacionados à segurança no serviço de restauração e “catering” deficitário, além de reivindicar as progressões dos pilotos, em atraso, e o cumprimento dos pagamentos de suplementos remuneratórios que, não têm sido feitos de forma equitativa. A estrutura sindical afirma que está aberto à negociação, mas sublinha que a greve será mantida até que as pendências sejam resolvidas.

Entretanto, também em conferência de imprensa, o presidente do conselho de administração da TACV-Cabo Verde Airlines, Pedro Barros disse, citado pela agência cabo-verdiana de notícias, que a situação financeira da companhia “é critica”, o que não permite “uma nova progressão salarial”, destacando, no entanto que houve uma progressão salarial só dos pilotos de 2.5%.

Informou ainda que o conselho administrativo tem “privilegiado” o diálogo para se chegar a um entendimento, frisando que há procedimentos que poderiam ser feitos de uma outra forma.

Considerou ainda que as pendências existentes antes da privatização da empresa foram “discutidas” o ano passado com a mediação da Direção-Geral do Trabalho, em que se assumiu um conjunto de compromissos para resolvê-las.

Barros explicou que “o salário está a ser pago com alguma ginástica devido à situação crítica da empresa e vai ser pago no tempo estabelecido”, ou seja, no dia 25 do corrente mês, para ressalvar ser legítimo e justo a progressão salarial, mas explicou que a empresa não possui condições para fazer uma nova progressão.

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Turismo de Portugal promove gastronomia nacional no Japão

O Turismo de Portugal lançou, no Japão, um programa de promoção da gastronomia nacional, iniciativa que se insere no projeto “The Art of Tasting Portugal” e que decorre até outubro, tendo já motivado a realização de duas iniciativas em Tóquio e Osaka.

O Turismo de Portugal lançou, no Japão, um programa de promoção da gastronomia nacional, iniciativa que se insere no projeto “The Art of Tasting Portugal” e que conta com vários momentos, até outubro deste ano, que cruzam “tradição, inovação e sustentabilidade, protagonizados por reconhecidos chefs portugueses”.

A iniciativa, que arrancou a 2 de maio, no restaurante Noda Harajuku, em Tóquio, destina-se a “críticos gastronómicos, operadores turísticos e líderes de opinião japoneses”, um mercado onde, segundo o Turismo de Portuga, “o turismo gastronómico tem uma enorme relevância”.

O arranque deste programa contou com a participação do chef Diogo Rocha, que levou ao Japão os sabores do Centro de Portugal, numa criação conjunta com o chef Yuki Noda, conhecido pela sua dedicação à preservação da cozinha regional japonesa.

“Esta colaboração destacou-se pela fusão entre a autenticidade dos produtos portugueses, a criatividade dos chefs e a delicadeza técnica da gastronomia japonesa”, explica o Turismo de Portugal, revelando que a ação incluiu também “um momento especial no Pavilhão de Portugal na Expo Osaka 2025, onde o chef Diogo Rocha recriou a tradicional vitela à moda de Lafões, integrada numa mostra de barro negro de Molelos”.

Esta quarta-feira, 7 de maio, houve uma nova ação promocional da gastronomia portuguesa no Japão, que contou com a participação do chef Vítor Sobral e do chef japonês Yoshida, em Osaka, na qual ambos os chef cozinharam lado a lado, numa “abordagem inovadora, que cruza tradição, criatividade e sustentabilidade”.

O Turismo de Portugal indica que o chef Vítor Sobral foi também o responsável pelo menu da receção do Dia de Portugal na Expo Osaka 2025, criando para o efeito “um momento único de degustação de Portugal para os mais de 100 convidados presentes”.

“Estas ações inserem-se numa estratégia mais ampla de valorização da gastronomia portuguesa como ativo-chave da marca Portugal, afirmando-a cada vez mais nos mercados internacionais como um ativo estratégico do turismo nacional, como um motor de valorização dos territórios, de estímulo à sustentabilidade e de promoção da autenticidade cultural”, explica Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal.

As iniciativas visaram também reforçar a campanha “Portugal, uma receita por escrever”, que convida os viajantes a descobrirem o país através de uma combinação única de ingredientes, concretamente frescura, autenticidade, criatividade, sustentabilidade e generosidade, numa campanha que “celebra a ligação entre os sabores, as pessoas e as regiões, e que coloca Portugal no mapa dos grandes destinos gastronómicos a nível mundial”.

 

 

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A inauguração da primeira loja de rua da Flair Travel, agência de viagens até agora apenas com presença digital, está agendada para o dia 17 de maio, às 15h30, na Avenida Júlio Saúl Dias Nº144, em Vila do Conde.

Após o sucesso exclusivamente online, a Flair Travel aposta na proximidade e no atendimento personalizado ao lançar este novo espaço, mantendo, conforme avança em nota de imprensa, a missão de oferecer experiências de viagem únicas, acessíveis e memoráveis.

“Esta nova fase representa o nosso compromisso em estar mais próximos dos nossos clientes”, confirma a direção da agência de viagens, para sublinhar que “queremos que sintam que podem contar connosco, tanto online como presencialmente, para planear as suas próximas aventuras”.

A escolha de Vila do Conde para a estreia física da marca não foi por acaso. A cidade, com forte ligação ao turismo, à cultura e ao mar, reflete o espírito aventureiro e livre da Flair Travel, indica a empresa, que assegura que a nova loja irá proporcionar um atendimento personalizado por agentes de viagens experientes, num ambiente moderno e inspirador.

 

 

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Sabre com oferta NDC da Air France e KLM

A plataforma de conteúdo multicanal da Sabre passa a incluir as ofertas NDC da Air France e da KLM.

A Sabre ativou, recentemente, o conteúdo NDC (New Distribution Capability) da Air France e da KLM no seu marketplace de viagens. As agências de viagens ligadas à Sabre passam a poder aceder a opções adicionais, promoções exclusivas e tarifas mais competitivas, graças ao modelo de preços dinâmicos de ambas as companhias aéreas, reforçando assim a sua proposta comercial num ambiente de distribuição em constante transformação.

Através desta colaboração com a Sabre, a Air France e a KLM disponibilizarão conteúdos mais completos e preços mais atrativos no canal indireto, enquanto as agências ligadas à Sabre beneficiam de um acesso integrado através das APIs de Oferta e Pedido da Sabre, do Sabre Red 360, do Sabre Red Launchpad e de várias ferramentas de reserva online.

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Candidata à liderança da UN Tourism quer Cimeira Global de Investimento para desbloquear milhares de milhões de dólares

Se for eleita, a mexicana Gloria Guevara, uma das candidatas a secretária-geral da UN Tourism, compromete-se a organizar uma Cimeira Global de Investimento para desbloquear milhares de milhões de dólares.

Gloria Guevara, Londres, candidata a secretária-geral da UN Tourism (Turismo da ONU), comprometeu-se a organizar uma Cimeira Global de Investimento que desbloqueará milhares de milhões de dólares em novas iniciativas para impulsionar África, Ásia, Europa, Oceânia e as Américas.

Caso seja eleita pelos Ministros do Turismo na sessão do Conselho Executivo da UN Tourism, que terá lugar no final de maio, Gloria Guevara revelar pretender organizar a “nos seis meses seguintes à tomada de posse, em janeiro de 2026”.

Com mais de 35 anos de experiência ao serviço do setor do turismo, Gloria Guevara refere que “o setor privado tem milhares de milhões de dólares prontos para investir em novos projetos inovadores no turismo mundial, seja em hotéis, experiências, atrações ou outras iniciativas sustentáveis. Ao contrário de outros candidatos, não acredito que se ganhe algo ao apresentar números sem fundamento apenas para gerar manchetes”.

Assim, diz que “reunirá Ministros com líderes do setor privado para desbloquear oportunidades reais – projetos realistas, entusiasmantes e transformadores”, salientando que a UN Tourism tem “um papel único como plataforma unificadora para a cooperação”.

Refira-se que existem seis candidatos estão oficialmente a concorrer ao cargo de secretário-geral da UN Tourism, de acordo com comunicação dirigida aos estados-membros da organização: Muhammad Adam do Gana, Shaikha Al Nowais dos Emirados Árabes Unidos, Habib Ammar da Tunísia, Gloria Guevara do México, Harry Theoharis da Grécia e o atual secretário-geral, Zurab Pololikashvili da Geórgia.

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Investigadoras do Politécnico de Leiria premiadas a nível internacional no campo do turismo

As investigadoras do Politécnico de Leiria, Alexandra Lavaredas e Patrícia Esteves, foram distinguidas com o Prémio de Melhor Poster Físico na 8.ª edição da Conferência Internacional sobre Investigação em Turismo, que decorreu em Jyväskylä, na Finlândia.

No evento académico que reúne estudantes, investigadores e profissionais de vários pontos do mundo para um debate em torno dos mais recentes desenvolvimentos, desafios e inovações no campo do turismo, Patrícia Esteves foi galardoada pelo poster ‘SatisTour: A Digital Tool for Sustainable and Participatory Tourism Governance’, no qual apresenta uma ferramenta digital orientada para a participação ativa das comunidades na governança turística.

Já Alexandra Lavaredas recebeu o prémio pelo poster ‘Digital Tools to Support Sustainability in Tourism’, que apresenta o ORVE, uma plataforma multifuncional que pretende apoiar as pessoas, empresas e destinos na otimização de recursos e na valorização da experiência turística, promovendo práticas mais sustentáveis no planeamento e gestão dos destinos.

Os trabalhos desenvolvidos pelas investigadoras inserem-se no projeto ‘FAST – Ferramentas de Apoio à Sustentabilidade no Turismo’, no âmbito da ATT – Agenda Mobilizadora Acelerar e Transformar o Turismo, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com o envolvimento do Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo (CiTUR) do Instituto Politécnico de Leiria.

O projeto visa o incentivo de um turismo sustentável que promova a viabilidade das atividades económicas a longo prazo, o respeito pela autenticidade sociocultural das atividades e o uso adequado do território e dos recursos naturais, realçando a importância da monitorização constante dos impactos da atividade turística.

Durante a conferência, as investigadoras do Politécnico de Leiria apresentaram ainda os seus mais recentes trabalhos de investigação na área do turismo sustentável. Alexandra Lavaredas deu a conhecer o artigo ‘The Role of Film Festivals in Promoting Cultural Identity of Tourism Destinations’, no qual explora o papel dos festivais de cinema na promoção da identidade cultural dos destinos turísticos. Através da análise qualitativa de vídeos promocionais do Festival Internacional de Cinema de Turismo (ART&TUR) de 2024, a investigação destaca a relevância dos conteúdos audiovisuais na preservação e valorização do património cultural.

Por sua vez, Patrícia Esteves apresentou o artigo ‘Participatory Governance: Providing Tools for Local Communities to Engage in Tourism Management’, centrado na importância da inclusão das comunidades locais nos processos de decisão e governança dos destinos turísticos, com o objetivo de promover uma gestão mais sustentável e participativa. O estudo introduz várias ferramentas e estratégias que podem ser implementadas para facilitar o envolvimento ativo das populações locais.

 

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Maioria dos franceses está a pensar viajar este verão e apenas 23% diz que vai ficar em casa

Um estudo da Ipsos.Digital conduzido para a Alliance France Tourisme e publicado esta quarta-feira revela que maioria dos franceses diz que está a apensar viajar este verão para uma estadia de pelo menos uma semana.

A pesquisa realça que, apesar do contexto internacional conturbado e do clima económico incerto, o desejo de tirar férias continua profundamente enraizado na maioria dos franceses:  50% tem certeza de que vai viajar, 27% ainda não tem planos, enquanto 23% diz que não vai sair, principalmente entre moradores de áreas rurais (31%), idosos (27%) e pessoas de baixo rendimento (32%).

Além disso, os franceses que estão a pensar sair de férias este verão o farão com um orçamento controlado, para um valor médio estimado em 1.820 euros. Dentro desta média, algumas disparidades foram detetadas pelo estudo: 31% dos turistas planeiam gastar menos de 1.000 euros, 33% visam entre 1.000 euros e 2.000 euros, e apenas 16% ultrapassarão os 3.000 euros.

A inflação continua a ser um fator importante nos planos: 39% dos franceses que planeiam viajar na próxima temporada alta dizem que querem reduzir o seu orçamento para férias, principalmente restringindo os chamados gastos não essenciais, 70% dizem que pretendem limitar restaurantes, compras ou atividades, ou encurtando a duração das suas estadias (30%).

A França continua a ser destino preferido de 68% dos turistas, principalmente idosos (74% dos que têm entre 55 e 75 anos). A Europa atrai 26% dos futuros turistas, especialmente jovens (34% dos jovens de 18 a 34 anos), e 13% planeiam viajar para fora da Europa.

Em termos de alojamento, os franceses preferem alugueres sazonais individuais (39%), seguidos de hotéis (26%) e alojamento gratuito em casa de familiares (20%). O camping mantém os seus clientes fiéis, citados por 17% dos entrevistados para estadias longas, principalmente entre aqueles que viajam pela França (21%).

“Workation” (trabalhar num local de férias) atrai 24% dos turistas, um número que sobe para 45% entre jovens de 18 a 34 anos. As mini-férias, estadias de menos de uma semana, também estão em alta, já que 13% pretendem fazê-las com mais frequência, especialmente entre aqueles as categorias socioprofissionais mais altas e com altos rendimentos.

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Marrocos contabiliza 5,7 milhões de visitantes até final de abril

Marrocos recebeu 5,7 milhões de turistas durante os primeiros quatro meses de 2025, um aumento de 23% face ao mesmo período de 2024, de acordo com dados do Ministério do Turismo, Artesanato e Economia Social e Solidária.

Em comunicado oficial, citado pela imprensa marroquina, o Ministério realçou que o país “registou um desempenho excecional, com um milhão de visitantes adicionais em apenas quatro meses, resultados que o posicionam entre os destinos turísticos mais dinâmicos do mundo”, para avançar que, só em abril, foram verificadas 1,7 milhão de chegadas, um crescimento de 27% em relação a abril de 2024, “o que demonstra uma atratividade turística agora menos dependente das temporadas tradicionais.”

A ministra do Turismo, Fatim-Zahra Ammor, comenta estes resultados e afirma que “um milhão de visitantes a mais no início do ano, um período normalmente mais tranquilo, é um sinal forte para as perspectivas do turismo para 2025.”

A imprensa local cita ainda a governante que indica que este crescimento notável é fruto do roteiro turístico implementado sob a liderança do rei Mohammed VI, “uma estratégia que promove os pontos fortes do Marrocos e, ao mesmo tempo, estabelece as bases para o desenvolvimento sustentável do setor”, disse.

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Fiordes do Norte da Europa são o itinerário “mais querido” da Costa Cruzeiros no mercado português

A Costa Cruzeiros apresentou esta quarta-feira, 7 de maio, as principais novidades para a temporada de cruzeiros que está a começar, numa cerimónia a bordo do Costa Diadema, navio que passou por Lisboa num itinerário de posicionamento desde o Brasil até Kiel, na Alemanha.

Inês de Matos

A Costa Cruzeiros apresentou esta quarta-feira, 7 de maio, as novidades para a temporada de cruzeiros que está a começar e que, segundo Henrique Mateus, Senior Sales Manager da Costa Cruzeiros em Portugal, conta com viagens “em todo o mundo”, ainda que o destaque vá para os Fiordes do Norte da Europa, que é, atualmente, “o itinerário mais querido do mercado”.

“Este navio vai para o Norte da Europa, onde vai fazer os Fiordes, que é o itinerário mais querido do mercado”, explicou Henrique Mateus, durante uma cerimónia a bordo do Costa Diadema, navio com capacidade para 4947 passageiros, que passou por Lisboa durante um itinerário de reposicionamento, desde o Brasil até Kiel, na Alemanha.

No entanto, como realçou o Senior Sales Manager da Costa Cruzeiros em Portugal, além dos Fiordes do Norte da Europa, a oferta da companhia para esta temporada conta com uma vasta gama de cruzeiros em diferentes destinos.

“A Costa, neste momento, abrange todo o mundo em termos de itinerários, temos desde a Volta ao Mundo, cruzeiros na Ásia – é o Costa Serena que está na Ásia –, temos cruzeiros no Mediterrâneo Ocidental e Oriental, e temos cruzeiros no Norte da Europa”, indicou o responsável.

Este ano, a Costa Cruzeiros não vai contar com o itinerário Lisboa-Lisboa, ainda que estejam previstos vários embarques e desembarques na capital portuguesa, a exemplo do que aconteceu esta quarta-feira, em que desembarcaram cerca de 1.500 passageiros, tendo-se registado o embarque de um número semelhante.

“Não temos o itinerário Lisboa-Lisboa este ano, mas não deixamos de ter embarques em Lisboa. Temos este embarque e, quando o navio descer do Norte da Europa, na mesma altura do Costa Favolosa, ambos farão também cruzeiros posicionais até Savona ou Barcelona”, acrescentou Henrique Mateus.

O responsável comercial da Costa Cruzeiros em Portugal falou ainda sobre as novidades da companhia ao nível das excursões em terra, que foram reformuladas, passando agora a dividir-se em quatro tipos, incluindo desde as excursões mais básicas de autocarro, a experiências em família ou programas mais radicais.

“Remodelámos totalmente a forma de apresentar as nossas excursões e o conhecimento dos destinos. Achamos que é muito importante porque, ao fim e ao cabo, o cruzeiro é descobrir um destino, é toda a envolvência das experiências”, indicou também Henrique Mateus.

A oferta gastronómica, com destaque para os restaurantes temáticos e de especialidade, como o Archipelago, com menus de degustação de três chefes com estrelas Michelin, o Sushino, dedicado ao sushi, ou o Teppanyaki, um showcook de comida asiática, também esteve em destaque.

“A experiência gastronómica a bordo é excelente”, garantiu o responsável, explicando que, apesar deste ser um produto tudo incluído, as refeições nos restaurantes de especialidade são pagas à parte.

Além da apresentação, a escala do Costa Diadema em Lisboa contou com uma visita de um grupo de agentes de viagens e jornalistas, que puderam conhecer as áreas públicas e algumas tipologias de cabines deste navio, que é um dos maiores da frota da Costa Cruzeiros e que conta com todos os restaurantes de especialidade que já se encontram nos navios mais recentes da frota da companhia.

Compromisso com a sustentabilidade e a inovação

Além da experiência do cruzeiro, em destaque durante a apresentação esteve também o compromisso da Costa Cruzeiros com a sustentabilidade e a inovação, palavras que, segundo Henrique Mateus, melhor descrevem atualmente a ação da companhia de cruzeiros.

No entanto, o tema da sustentabilidade foi abordado por Rafael Fernández-Alava, Communication Director para Espanha e Portugal, que falou sobre a política da companhia neste tema.

“A sustentabilidade é muito importante para a Costa e para a Carnival Corporation, que é a companhia matriz, a maior companhia de cruzeiros do mundo, tem nove marcas e uma dessas marcas é a Costa”, explicou o diretor de comunicação da Costa Cruzeiros.

Este é, segundo o responsável, um tema que a Costa Cruzeiros leva “muito a sério”, motivo pelo qual foi a primeira a encomendar navios movidos a GNL e tem vindo promover “atividades para cada um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável”, que são medidas anualmente de acordo com “indicadores concretos para esses objetivos”.

“Temos muitas ações em andamento para reduzir as emissões e, em 2023, conseguimos reduzir em 10% as emissões de gases de efeito estufa e isso aconteceu no ano que teve mais emissões e em que aumentámos em 30% a nossa capacidade”, acrescentou, revelando que é também por isso que a Costa está a testar várias tecnologias para que seja possível chegar a 2050 com zero emissões poluentes.

Além da sustentabilidade ambiental, a Costa Cruzeiros tem vindo também a desenvolver iniciativas de economia circular, nomeadamente através da doação de refeições a bancos alimentares e outras instituições sociais, numa ação que está também a ser estudada para Lisboa dentro do universo das companhia da Carnival.

 

 

 

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