Uma das “rainhas” da Cunard esteve em Lisboa e mostrou -se aos agentes de viagens
Não é propriamente desconhecida em Portugal, até porque já não é uma menina. É uma das “rainhas” da Cunard – o Queen Mary 2, que passou recentemente por Lisboa e mostrou-se aos agentes de viagens, pelas mãos da empresa que representa a companhia de cruzeiros no nosso país, a Mundomar Cruzeiros.
Carolina Morgado
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Os agentes de viagens tiveram a oportunidade de realizar uma visita exaustiva ao luxuoso e elegante navio na companhia de António Pinto da Silva, diretor comercial da Mundomar Cruzeiros em Portugal, e de Sílvia Hernandez, da Cunard.
Legado. Elegância. Inspiração. Estes são os fundamentos da Cunard Line. A companhia cultiva a sua rica história, de herança britânica em serviço e hospitalidade, associada à mais alta sofisticação para proporcionar aos passageiros uma experiência de cruzeiro verdadeiramente clássica e real.
O Queen Mary 2, que tem mais duas irmãs rainhas – o Queen Victoria e o Queen Elizabeth, e que no próximo se junta o Queen Anne, tem capacidade para dois mil passageiros e mil tripulantes, o que só por si já demonstra a qualidade do serviço, num rácio de um trabalhador para dois clientes. Os espaços públicos são amplos, as aéreas de restauração, os bares e os lounges são muitos por isso “nunca há filas para nada”, sendo que os hóspedes são atendidos de forma muito personalizada, podendo desfrutar de uma viagem com total tranquilidade e ser tratado como um rei ou rainha.
Construído para ser um navio verdadeiramente transatlântico, com viagens regulares entre Southampton e Nova Iorque e vice-versa, o Queen Mary 2, que já viu a sua mãe reformar-se, o Queen Mary, hoje transformado em hotel e museu, é robusto, o casco é muito alto e a quilha muito pontiaguda. Com 160 mil toneladas de arqueação, foi desenhado especificamente para romper as altas ondas dos oceanos e atravessar o mau tempo sem que os passageiros o sintam, podendo alcançar grandes velocidades, ou seja mais de 30 nós/hora. Igualmente, em comparação com outros navios de cruzeiros preparados para zonas do globo em que o objetivo é viver o exterior, este convida mais a estar no aconchego do interior.
Por isso, tudo está pensado ao pormenor. Fazendo com que os passageiros se sintam como parte da realeza, o Queen Mary 2 permite que se mergulhe num entretenimento cativante, destacando-se o casino, o salão de baile com orquestra (Queens Room), a discoteca em forma de submarino (G32), o Teatro Royal com capacidade para 900 pessoas, o planetário utilizado para animação e espetáculos (único a bordo de um navio) com capacidade entre 500 e 600 pessoas, bem como a zona de piscina exterior. Mas também é possível mimar-se no spa a bordo com um vasto rol de serviços, revigorar-se no ginásio, passear-se na galeria de arte onde vários artistas de renome fazem questão de estar representados, descobrir em fotografias, em tamanho gigante, os grandes nomes internacionais do mundo da política e do cinema que uma vez embarcaram nesta rainha dos mares, ou simplesmente relaxar com um livro na sua vasta biblioteca com mais de seis mil títulos, considerada a maior dentro de um navio.
Há também um conjunto de espaçosas cabines de diversas categorias, a suites sumptuosas com até 300m2, cujos nomes passam por Britannia Oceanview, Varanda Britânia, Britannia Club Varanda, Suítes Princess Grill ou Suítes Queens Grill.
Apesar do inquestionável luxo, viajar no Queen Mary 2 é acessível a todos os bolsos, nomeadamente os transatlânticos, entre Nova Iorque (EUA) e Southampton (Inglaterra) ou vice-versa, com preços a partir de pouco mais de 800 já com taxas e gratificações incluídas, dependendo da época do ano, bem como as refeições que podem ser usufruídas ao longo do dia e bebidas não alcoólicas, chás e cafés que podem ser tomados nos vários postos permanentes do navio. Há também o ritual do britânico chá das 5 acompanhado de scones, bolos e sanduiches todos os dias. Existe uma oferta alternativa de restaurantes com pagamento extra, o mesmo acontecendo com pacotes de internet.
A idade média dos hóspedes do Queen Mary 2 é de 65 anos, na sua maioria britânicos (80 a 90%), mas também americanos, bastantes alemães, alguns franceses, e portugueses. O dress code varia do informal ou formal, dependendo da hora e do espaço, que a companhia faz questão de informar aos clientes no jornal diário de bordo, elaborado em várias línguas, e que contém toda a informação da programação a cada dia.
Voltas do mundo
A Cunard foi a primeira empresa de cruzeiros a oferecer serviços transatlânticos regulares, bem como viagens à volta do mundo. Os seus navios têm vindo a refinar e a melhorar constantemente a experiência de luxo nas viagens marítimas e é com esse espírito que anunciou, recentemente, a chegada do Queen Anne, que, em 2024, se juntará à sua renomada frota.
Esta será a primeira vez, desde 1999, que a empresa terá quatro navios a navegar e, com o Queen Anne, completa uma frota de luxo que agora homenageia os nomes de todas as rainhas regentes britânicas no último milénio. Os espaços exclusivos presentes em toda a frota estão novamente espelhados a bordo do Queen Anne, além de apresentar novas experiências gastronómicas, culturais e de entretenimento, com salões e camarotes reinventados, numa mistura do clássico e do contemporâneo, para que o hóspede possa desfrutar de tudo aquilo que faz com que um navio Cunard seja tão especial. Juntamente com uma equipa de designers de renome mundial, a companhia promete um navio com design diferenciado, reinventando a experiência de viagem.
Para além das travessias transatlânticas, cruzeiros temáticos, Europa e Caraíbas e viagens exóticas, os navios da Cunard têm agendadas grandes viagens e voltas ao mundo em 2024.
O Queen Mary 2 vai realizar, em 2024, uma grande viagem de 109 dias, entre 11 de janeiro e 28 de abril, com preços desde 16.948 euros por pessoa. Nas mesmas datas, o Queen Victoria fará igualmente uma volta ao mundo em 109 dias, com preços que começam nos 17. 814 euros por pessoa.
Refira-se que as três “rainhas” da Cunard estiveram já reunidas no mesmo dia, pela primeira vez, no Terminal de Cruzeiros de Lisboa, no dia 6 de maio de 2014, dia pouco comum aos olhos dos lisboetas e turistas. Anteriormente, os navios só tinham estado juntos em Nova Iorque, nos EUA, e Southampton, na Inglaterra.