Crédito: Slideshow Lda
Destinos

Vê Portugal: Mexer ou não no “edifício” do turismo em Portugal?

No segundo dia do “Vê Portugal”, iniciativa organizada pela Turismo do Centro de Portugal, o painel “Turismo Interno – Desafios para Portugal”, teve como tema central a melhoria (ou não) da estrutura do turismo em Portugal, contando com a participação de Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, e quatro presidentes de regiões de turismo – Pedro Machado, do Centro de Portugal; Luís Pedro Martins, do Porto e Norte de Portugal; Vítor Silva, do Alentejo; e João Fernandes, do Algarve.

Victor Jorge
Crédito: Slideshow Lda
Destinos

Vê Portugal: Mexer ou não no “edifício” do turismo em Portugal?

No segundo dia do “Vê Portugal”, iniciativa organizada pela Turismo do Centro de Portugal, o painel “Turismo Interno – Desafios para Portugal”, teve como tema central a melhoria (ou não) da estrutura do turismo em Portugal, contando com a participação de Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, e quatro presidentes de regiões de turismo – Pedro Machado, do Centro de Portugal; Luís Pedro Martins, do Porto e Norte de Portugal; Vítor Silva, do Alentejo; e João Fernandes, do Algarve.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
TAP já iniciou ligações diretas entre o Porto e Boston
Transportes
Hospes Infante Sagres Porto e Symington oferecem experiências que celebram o melhor do Douro
Enoturismo
Monte Gordo volta a ter posto de informação turística
Destinos
Lisboa partilha com Roma e Barcelona segunda posição dos destinos de luxo favoritos
Destinos
Bairro Alto ganha seis novas Lojas com História
Destinos
Cosmos Business Travel adere à tecnologia Atriis para elevar a gestão de viagens corporativas
Distribuição
Unicâmbio abre dois novos balcões no Algarve
Destinos
FlixBus reforça oferta durante festival NOS Alive’25
Transportes
CATAI deu a conhecer as novidades da programação 2025/2026 em roadshow nacional
Distribuição
Taxa turística “pode ser aproveitada para reduzir o ‘gap’ entre residentes e turistas”, diz Bernardo Trindade na tomada de posse da AHP
Hotelaria

A começar Luís Araújo salientou que o modelo existente funciona e tem dado provas. “A promoção turística do país precisa de estruturas flexíveis, em colaboração estreita entre si, que deem resposta às necessidades dos visitantes. É esse modelo que existe e que tem alcançado resultados muito positivos”, afirmou.

Para Luís Pedro Martins, “o setor do turismo tem conseguido prosseguir o trabalho realizado sem grandes roturas e com estabilidade”, frisando que o setor “esteve sempre à frente em todos os âmbitos”. Recordando que “o turismo foi o setor que começou a regionalização, em 2013”, Luís Pedro Martins referiu que “passada uma década, é altura de fazer alterações. As regiões estão próximas das empresas e, devido a essa proximidade, podem fazer algum do trabalho feito pelo Turismo de Portugal”, salientando que “é preciso focar”.

PUB

Fazendo referência à “grande marca que temos” [Portugal], Luís Pedro Martins destacou que “a pandemia trouxe um novo olhar para o Interior”, frisando que os valores referentes ao turismo no interior de Portugal não estão a descer, estão a crescer”. Por isso, disse, “há que distribuir melhor o turismo por todo o território”, destacando a necessidade de apostar na valorização e segmentação do turismo para áreas como o religioso, enoturismo ou termalismo, entre outros.

PUB

Por parte do Alentejo, Vítor Silva considerou que não é necessário mexer no modelo atual. “Este modelo provou que funciona e introduzir alterações pode ser um tiro no pé. Somos o setor económico mais invejado e, com poucos meios, conseguimos fazer crescer as marcas regionais”: Por isso, considera que “o modelo funciona, não é preciso mexer”.

Para o ainda presidente da ERT do Alentejo, “a grande marca é Portugal”, existindo, depois, “a necessidade de apostar nas submarcas”, ou seja, nas regiões. “Com poucos meios conseguimos levar a marca ‘Portugal’ e as regiões a muito lado”, considerando que “temos o que nos une, mas também o que nos diferencia”. Assim, Vítor Silva concluiu que, “o que não é preciso fazer, é por rédeas nas ERT”, frisando que “a estratégia deve estar alinhada com o Turismo de Portugal e ter ideais para desenvolver as nossas regiões”.

João Fernandes reconheceu também que “o modelo está bem conseguido e tem dado cartas”, lembrando que “o Turismo de Portugal é uma referência a nível internacional”. No entanto, reconheceu que “é preciso reforçar as competências nas ERT, num processo de melhoria contínua” e, acima de tudo, é preciso “reforçar o financiamento das ERT, que precisa de mais recursos”.

Lembrando que o turismo em Portugal tem estado, em certos aspetos, “à frente das tendências”, João Fernando frisou que “temos relatórios de sustentabilidade desde 2008”, destacando ao mesmo tempo que “temos uma arquitetura de promoção bem conseguida”.

No campo de atuação das ERT, o presidente da ERT do Algarve, que também está de saída, destacou o facto de existirem questões onde as entidades devem ter uma palavra a dizer. “O licenciamento é uma das pechas no atual modelo, já que não se justifica que nos licenciamentos das unidades hoteleiras, por exemplo, as ERT não estão incluídas”.

Por isso, disse, “é preciso redefinir alguns espaços de atuação”.

A terminar o painel, Pedro Machado reforçou a ideia de que “o edifício do turismo responde, mas precisa de melhoramentos. “A Lei 2013 resolveu vários problemas, como a proliferação de entidades de turismo, que provocava descontinuidade territorial de produtos. Mas, entretanto, o mundo mudou. Os visitantes têm hoje prioridades diferentes, pelo que há alterações que devem ser feitas agora no reforço das competências das ERT”. Assim, “estamos bem, mas podemos melhorar”.

Destacando a “segurança, a boa perceção de saúde e a hospitalidade” em Portugal, Pedro Machado frisou que “estes aspetos não podem ser descurados”, frisando ainda que “as novas gerações estão a moldar o futuro. Há alterações que têm de ser feitas enquanto surfamos a onda”.

Quanto ao novo modelo, com a redefinição do papel das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), Pedro Machado salientou que passar o turismo para a esfera destes organismos seria “um erro, não seria desconcentrar, seria concentrar no Estado”.

No final, o presidente da Turismo do Centro de Portugal concluiu ainda que “é preciso rever o modelo de financiamento das ERT. Para um setor que gera mais de 20 mil milhões de euros em receitas por ano, tem de haver uma alteração no modelo de financiamento”.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Artigos relacionados
TAP já iniciou ligações diretas entre o Porto e Boston
Transportes
Hospes Infante Sagres Porto e Symington oferecem experiências que celebram o melhor do Douro
Enoturismo
Monte Gordo volta a ter posto de informação turística
Destinos
Lisboa partilha com Roma e Barcelona segunda posição dos destinos de luxo favoritos
Destinos
Bairro Alto ganha seis novas Lojas com História
Destinos
Cosmos Business Travel adere à tecnologia Atriis para elevar a gestão de viagens corporativas
Distribuição
Unicâmbio abre dois novos balcões no Algarve
Destinos
FlixBus reforça oferta durante festival NOS Alive’25
Transportes
CATAI deu a conhecer as novidades da programação 2025/2026 em roadshow nacional
Distribuição
Taxa turística “pode ser aproveitada para reduzir o ‘gap’ entre residentes e turistas”, diz Bernardo Trindade na tomada de posse da AHP
Hotelaria
Destinos

Monte Gordo volta a ter posto de informação turística

Acaba de ser inaugurado novo posto de informação turística em Monte Gordo, no Município de Vila Real de Santo António, “numa das estâncias balneares mais relevantes da região, e num passo adiante no reforço da rede de informação turística no território e no acolhimento de quem nos visita”, revela nas André Gomes, presidente do Turismo do Algarve.

“Depois de, há exatamente um ano, termos inaugurado o posto de turismo de Vila Real de Santo António, devolvendo ao centro histórico um espaço estruturante de contacto com turistas e residentes locais, ressurge oito anos volvidos desde o seu encerramento este novo posto, resultado do protocolo de gestão partilhada celebrado com o Município”, avança ainda o presidente do Turismo do Algarve, para garantir que “continuaremos a investir numa rede de proximidade, qualificada e articulada com os municípios, com o objetivo de garantir que quem nos visita é bem acolhido e bem informado”.

Abertura do posto de turismo de Monte Gordo, situado na Avenida Infante Dom Henrique, vem responder a uma reivindicação antiga de comerciantes, hoteleiros, residentes e turistas, que há muito solicitavam a criação de um espaço dedicado ao acolhimento turístico. A nova infraestrutura vem colmatar a ausência deixada pelo encerramento do antigo posto de turismo, desativado durante as obras de requalificação da marginal e do passadiço da Praia de Monte Gordo, e que nunca chegou a ser reaberto.

O novo posto de turismo de Monte Gordo é caracterizado por um design moderno e funcional, integrado no ambiente da marginal e da praia, e conta com mobiliário atual, garantindo um atendimento eficiente e de qualidade.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Lisboa partilha com Roma e Barcelona segunda posição dos destinos de luxo favoritos

Com 28% das escolhas, Lisboa partilha com Roma e Barcelona a segunda posição dos destinos de luxo favoritos este ano, de acordo com o estudo “Hábitos de Férias de Luxo 2025”, realizado pela Condé Nast Johansens.

Cerca de 1.700 utentes do website da Condé Nast Johansens e dos guias impressos “Condé Nast Johansens: Luxury Hotels 2025” e “Condé Nast Johansens: Luxury Spas 2025” destacaram as preferências dos viajantes de luxo nas suas escapadas durante este ano.

Lisboa, com 28% das respostas, situa-se na segunda posição, conjuntamente com Roma e Barcelona, depois de Paris, que é a primeira escolha para 33%. As cidades como destinos de férias de luxo estão na moda, conclui a Condé Nast Johansens, com (69%, versos 65% em 2024), frente aos de praia que também aumentaram em relação ao ano passado, passando de 55% para 58%, seguido de destinos rurais e no campo (51% contra 48% em 2024), e 34% (36% em 2024) que preferem relaxar num Spa e usufruir os serviços de wellness.

O estudo refere ainda que continua a aumentar o interesse pela gastronomia (76%, versus 73% em 2024) e pela arte e os eventos culturais, que sobe face a 2024.

Portugal posiciona-se como destino preferido para os viajantes mais seletos, entre outros destinos favoritos como Itália, França, Grécia ou Espanha.

Na hora de escolher a participação em eventos, Paris é o primeiro destino mencionado pelos inquiridos, seguido por Barcelona, Roma, Lisboa, Madrid, Veneza e Nova York.

Por outro lado, parece ser o clima um fator chave para planear as férias (67% contra 62% em 2024), facto que se confirma com a época do ano em que se planeia viajar. Neste aspeto, 49% dos inquiridos (44% em 2024), deseja partir em setembro, seguido de maio, junho, outubro e abril. Julho (29%) e agosto (28%), os meses com mais calor e maior afluência de turistas, não são mencionados como primeiras opções para o viajante de luxo.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Bairro Alto ganha seis novas Lojas com História

Seis estabelecimentos do Bairro Alto foram distinguidos com o selo “Lojas com História”, atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa. Entre os eleitos estão quatro restaurantes de referência – A Severa, O Faia, CasaNostra e o Tavares Rico – e duas lojas centenárias com forte ligação ao património lisboeta: a Caza das Vellas Loreto e a Leitão & Irmão.

No campo da restauração, o reconhecimento dos restaurantes A Severa e O Faia sublinha a importância do fado enquanto expressão cultural. O Tavares Rico, fundado em 1784, reforça o impacto da gastronomia tradicional portuguesa. Já o CasaNostra, pioneiro da cozinha italiana em Lisboa desde 1986, apresenta a grande oferta disponível neste bairro histórico.

As distinções estendem-se ainda à Caza das Vellas Loreto, fundada em 1789 e reconhecida como uma das mais antigas casas de velas da Europa, e à Leitão & Irmão, histórica casa de ourivesaria que foi fornecedora da Casa Real e mantém viva uma arte centenária.

“A distinção de mais seis estabelecimentos do Bairro Alto representa o reconhecimento da sua história e da sua excelência”, sublinha Hilário Castro, presidente da Comissão Executiva da Associação Comercial e Empresarial do Bairro Alto, para realçar que “é um incentivo à preservação de um tecido comercial que confere carácter e apela à alma lisboeta”. Mais do que negócios, as – agora – Lojas com História “são espaços de memória coletiva, sociabilidade e tipicamente lisboetas”, recorda.

Com mais de 500 anos de história, o Bairro Alto continua a reinventar-se como um dos bairros mais autênticos de Lisboa, com restaurantes e esplanadas em cada canto, casas de fado, lojas icónicas e projetos contemporâneos.

O projeto “Lojas com História” foi criado pela CML em Fevereiro de 2015 movido por um sentido de urgência na preservação e dinamização deste património, sabendo que nele reside uma parte relevante da identidade e caráter da cidade e que é, ao mesmo tempo, um importante mecanismo social e económico para o seu desenvolvimento.
Após um intenso trabalho de pesquisa documental e de trabalho de campo em Fevereiro de 2016 a CML aprovou os critérios de atribuição da distinção “Lojas com História”, e as competências do grupo de trabalho e do conselho consultivo. Em julho de 2016 e fevereiro de 2017, sob proposta do Grupo de Trabalho, e depois de ouvido o Conselho Consultivo, a Autarquia aprovou a atribuição da distinção “Lojas com História” a um conjunto de respectivamente 63 e 19 estabelecimentos comerciais.

Para apoiar a manutenção e fomento das características genuínas deste importante sector do comércio -“Lojas com História”, a Câmara Municipal de Lisboa criou o Fundo municipal “Lojas com História”. Além dos apoios financeiros a autarquia lisboeta promoveu a criação da identidade visual do programa no âmbito da qual foram desenvolvidos suportes promocionais variados, como a criação de um website e ainda a constituição de uma equipa municipal dedicada aos lojistas.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Unicâmbio abre dois novos balcões no Algarve

A Unicâmbio acaba de abrir dois novos balcões no Algarve, mais propriamente, em Lagos, na Avenida das Descobertas, e em Albufeira, na Rua 5 de Outubro, reforçando a presença da marca num dos destinos turísticos mais procurados do país.

O regresso a Lagos marcou um novo capítulo na relação da Unicâmbio com a cidade, após a saída da anterior localização em 2020. A nova loja está situada numa zona central, com grande visibilidade e acessibilidade, e vem dar resposta à procura crescente por serviços financeiros especializados no concelho.

Em ambos os espaços, os clientes passaram a contar com uma oferta completa de serviços: câmbio de moeda estrangeira, transferências de dinheiro nacionais e internacionais pelo operador mundial Western Union, compra de ouro usado e ainda a possibilidade de acesso a crédito pessoal através da parceria com a instituição BBVA.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Foto: Depositphotos.com
Destinos

Portugal entre os países que lideram o turismo de bem-estar em 2025

No “Travel Trends Report 2025” do Mastercard Economics Institute (MEI) Portugal surge em 12.º lugar na lista de destino líderes em experiências de bem-estar e autocuidado, de acordo com o Índice de Viagens de Bem-Estar (Wellness Travel Index, WTI). Lisboa ainda aparece bem posicionada como destino para os “amantes da gastronomia”.

Victor Jorge

No mais recente relatório anual do Mastercard Economics Institute (MEI) – “Travel Trends Report 2025” – Portugal surge em 12.º lugar no ranking de destinos líderes em experiências de bem-estar e autocuidado.

No Índice de Viagens de Bem-Estar (Wellness Travel Index, WTI) a liderança pertence à Namíbia, África do Sul e Tailândia, onde os visitantes podem reconectar-se com a natureza em pousadas ecológicas imersivas ou encontrar serenidade em retiros de meditação.

No caso europeu, Portugal só é ultrapassado por Itália (6.º), Áustria (8.º) e Irlanda (11.º), aparecendo à frente de destinos como Polónia (13.º), Estónia (14.º), Hungria (15.º) ou Letónia (19.º).

De resto, o relatório da Mastercard refere que “os consumidores europeus estão a dar prioridade a motivações mais profundas e com maior valor pessoal para as suas viagens, como a procura de conexão, bem-estar, aventura e experiências gastronómicas”. Estes fatores, orientados por objetivos pessoais e emocionais, continuam a ser “motores determinantes para viajar, mesmo em cenários de incerteza económica”.

Embora os fatores macroeconómicos continuem a influenciar o comportamento dos viajantes, a Europa continua a destacar-se como um importante centro de turismo global, com o seu rico património culinário, paisagens diversas e ofertas de bem-estar a atrair viajantes de todo o mundo. No entanto, os fatores não económicos pesam também na hora de tomar uma decisão. A prevalência das redes sociais, onde muitos viajantes publicam imagens apelativas de cenários e refeições exóticos, tem encorajado outros utilizadores a criar as suas próprias memórias, muitas vezes por receio de perder algo.

O mais recente relatório Economy Experience, também da Mastercard, refere também que as viagens, as atividades ao ar livre e a restauração estão no topo da lista de prioridades de despesa dos europeus em 2025, o que evidencia uma mudança para viagens baseadas em experiências e valores.

Mais de dois terços (70%) dos europeus afirma que a realização de atividades da lista de desejos é uma “prioridade máxima”. Nesse sentido, os dados analisados pelo MEI apontam que o turismo de bem-estar tem crescido significativamente nos últimos anos, apresentando-se como uma “fuga ao stress do quotidiano”.

“Estas viagens privilegiam o relaxamento, a cura e um certo grau de indulgência, em vez de horários preenchidos ou aventuras cheias de adrenalina. Embora os retiros de ioga tradicionais e os spas de luxo continuem a ser populares, o panorama do bem-estar está a evoluir, incluindo agora ofertas como clubes de longevidade e retiros focados no sono”, salienta o relatório da Mastercard.

Turismo desportivo é outra tendência
Com base numa análise única de dados agregados e anónimos de transações e de fontes de dados de terceiros, o relatório conclui ainda que paixão pelo desporto impulsiona o turismo.

O MEI analisou as despesas num raio de oito quilómetros do local da final da Liga dos Campeões, em Londres, nos cinco dias anteriores e posteriores ao evento, em junho de 2025. A vitória do Real Madrid sobre o Borussia Dortmund resultou num aumento homólogo de 61% nos gastos alemães, ultrapassando o aumento global de 14%, ao passo que os gastos espanhóis dispararam 148% em relação ao ano anterior, sugerindo que os adeptos celebraram com extravagância.

Norte-americanos gostam de Portugal
A Mastercard analisou, igualmente, as cidades mais visitadas pelos mercados entre 2019 e 2024. Lisboa surge destacada neste ciclo em mercados como o Canadá, EUA e Espanha.

No caso do Canadá, a Mastercard indica um crescimento de 80,3% no número de visitas por parte dos canadianos a Lisboa entre 2019 e 2024, colocando-se em 4.º lugar nas preferências dos turistas deste mercado emissor.

Os EUA registaram um crescimento ainda maior que o Canadá, fixando-se no aumento de 86,7% entre 2019 e 2024, verificando-se que Lisboa ocupa o 9.º lugar entre as cidades destino preferidas dos americanos.

No caso espanhol, Lisboa cresceu 33,8%, colocando a capital portuguesa em 6.º no ranking de preferências dos espanhóis.

Para onde se viaja neste verão e porquê
Os dados de reservas de voos revelam os principais destinos globais que estão a ganhar força como pontos quentes para viagens entre junho e setembro. Tóquio está no topo da lista como o destino global mais procurado para o verão de 2025. Especificamente para os viajantes europeus, as principais cidades incluem Tóquio, Palma de Maiorca, Hurghada (Egito), Paris, Osaka, Pequim e Londres. Notavelmente, Tirana, na Albânia, viu o maior aumento de visitantes europeus entre 2019 e 2024 – liderados principalmente por turistas italianos –, tornando-a um dos destinos urbanos de crescimento mais rápido no continente.

Istambul, Cannes e Interlaken são as três principais cidades para os apreciadores internacionais de gastronomia. Com a popularidade crescente das viagens internacionais, medir o número mediano de nacionalidades presentes em cada restaurante por cidade dá uma ideia mais clara sobre os destinos gastronómicos mais globalizados. O MEI apurou que a Europa domina a lista de destinos que atraem os amantes da gastronomia internacional, de acordo com os seus gastos em 2024.

Os restaurantes de Istambul acolheram turistas de 67 países em 2024, o valor mais alto entre as 43 cidades analisadas. Outros seis destinos europeus – Cannes (França) e Interlaken (Suíça) com 64 nacionalidade, Barcelona (Espanha) com 60 nacionalidade, Dubrovnik (Croácia) com 59 nacionalidades e Mykonos (Grécia) com 57 nacionalidades – surgem também no top 10, atraindo visitantes de todo o mundo com os seus vibrantes cenários culinários.

Já Portugal aparece em 15.º lugar, com os restaurantes de Lisboa a acolher turistas de 50 nacionalidades.

Outra das tendências apontadas pela Mastercard são as aventuras nórdicas que ganham cada vez mais popularidade. Ao analisar os principais parques nacionais e o modo como o comércio local contribui para os gastos totais dos turistas, o MEI concluiu que o turismo de aventura está a florescer na região nórdica, onde os viajantes procuram a beleza natural das florestas, fiordes e a serenidade ao ar livre. A Finlândia destaca-se neste conjunto de países, com os parques nacionais a representarem 7,1% dos gastos transfronteiriços totais. Outros países europeus de relevo com percentagens significativas de despesa associada a parques nacionais incluem a Suíça, Polónia, França e Noruega.

Finalmente, as viagens de negócios parecem estar a tornar-se menos frequentes, mas mais longas. Segundo o MEI, as reservas de voos corporativos no Reino Unido indicam que a duração média das viagens de trabalho é agora superior à do período anterior à pandemia. No caso dos viajantes norte-americanos, as deslocações à Europa aumentaram de 7,4 para 8,1 dias. Esta tendência verifica-se também entre os viajantes britânicos, com exceção das viagens para o Canadá e os EUA, que se tornaram mais curtas entre 2020 e 2025.

“O sector europeu das viagens continua a demonstrar uma resiliência notável”, afirma Natalia Lechmanova, economista-chefe para a Europa do Mastercard Economics Institute. A responsável conclui ainda que, mesmo perante a incerteza económica, se observa uma “mudança clara entre os viajantes europeus, que passam a privilegiar experiências com significado pessoal e valor a longo prazo. Seja através de retiros de bem-estar, exploração cultural ou aventuras na natureza, os viajantes europeus estão a dar prioridade a viagens que se alinham com os seus valores e aspirações individuais”.

Importa notar que o WTI não contabiliza viagens dentro de um mesmo país com fins de bem-estar, apenas viagens internacionais, o que provavelmente “subestima economias desenvolvidas e sobrestima países emergentes”, admitem as conclusões do relatório da Mastercard.

Foto: Depositphotos.com
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

Turismo da Tailândia e Bangkok Airways lançam campanha para dinamizar turismo na região oriental do país

A Autoridade de Turismo da Tailândia (TAT) e a Bangkok Airways lançaram a campanha “Descobrir Trat: Ilhas e muito mais”, iniciativa que conta com descontos e outros benefícios, e que pretende “dinamizar o turismo na região oriental do país”.

Publituris

A Autoridade de Turismo da Tailândia (TAT) e a Bangkok Airways lançaram a campanha “Descobrir Trat: Ilhas e muito mais”, iniciativa que conta com descontos e outros benefícios, e que pretende “dinamizar o turismo na região oriental do país”.

“A iniciativa oferece aos passageiros com destino a Trat – incluindo membros FlyerBonus da Bangkok Airways e o público em geral – descontos exclusivos em mais de 50 estabelecimentos, entre cafés, restaurantes e unidades de alojamento, localizados em Trat, Ko Chang, Ko Mak, Ko Kut e Chanthaburi”, lê-se num comunicado divulgado pela TAT.

Além dos descontos, quem realizar despesas iguais ou superiores a 200 baht (cerca de 5 euros) nos espaços aderentes pode participar num passatempo para ganhar um dos dez prémios em voos domésticos oferecidos pela Bangkok Airways.

A campanha está em vigor até 20 de agosto de 2025 e os vencedores vão ser anunciados a 1 de setembro através das redes sociais oficiais do projeto, concretamente do Facebook e Instagram @TratDiscovery.

A TAT explica que a província de Trat, localizada na zona oriental do país, é conhecida pelas “suas ilhas paradisíacas”, a exemplo de Ko Chang, Ko Kut e Ko Mak, sendo considerada “um refúgio para os amantes do mar e da gastronomia”.

“Os produtos locais incluem marisco fresco e frutas únicas da região, como o durião de Ko Chang e o ananás dourado de Trat. A ligação à vizinha Chanthaburi, famosa pela sua cozinha criativa e frutas exóticas, reforça a oferta diversificada da região”, indica a TAT.

A campanha “Descobrir Trat: Ilhas e muito mais” integra-se no espírito do Ano do Grande Turismo e Desporto da Tailândia 2025 e na iniciativa nacional “5 Experiências obrigatórias na Tailândia”, que convida os visitantes a descobrir o país através de cinco eixos principais: sabores, aventura, cultura, compras e paisagens inesquecíveis.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Foto: Depositphotos.com
Destinos

EUA a perder turistas internacionais, diz relatório do WTTC

O World Travel & Tourism Council (WTTC) antevê uma forte quebra nas receitas do turismo internacional nos EUA devido às políticas da administração Trump.

Victor Jorge

Os Estados Unidos da América (EUA) poderão ver a indústria hoteleira perder até 12,5 mil milhões de dólares (cerca de 11,2 mil milhões de euros) este ano em receitas provenientes do turismo internacional, com o total a descer para 169 mil milhões de dólares (valor a rondar os 151 mil milhões de euros) em 2025, face aos 181 mil milhões de dólares (cerca de 162 mil milhões de euros) registados em 2024, segundo dados avançados pelo World Travel & Tourism Council (WTTC).

Estes números representam uma queda de 22,5% em relação ao pico de gastos internacionais nos EUA, que foi de 217,4 mil milhões de dólares (mais de 191 mil milhões de euros) em 2019, de acordo com o mais recente relatório de Impacto Económico da do WTTC, surgindo esta previsão após meses de políticas da administração Trump que terão desencorajado visitantes estrangeiros.

A publicação especializada “Travel and Tour World” refere ainda que a perda de receitas internacionais será mais acentuada nas zonas fronteiriças, já que dependem fortemente do turismo internacional e a quebra nas chegadas terá um impacto severo nas economias locais”.

Já Geoff Freeman, presidente e CEO da associação US Travel, afirmou, em comunicado, esta a acompanhar “atentamente os dados sobre visitas”, admitindo que as políticas da administração Trump em matéria de fronteiras e imigração “alteraram algumas perceções no estrangeiro”.

“Essa perceção não reflete a intenção da administração,” indicou Freeman, salientando que a associação está a “colaborar com a Administração para reduzir os obstáculos aos viajantes e reafirmar que os EUA continuam a ser um destino caloroso, aberto e acolhedor para todos os visitantes internacionais legais.”

Os dados mostram que, em março, os EUA foram visitados por 2,4 milhões de turistas internacionais, com todas as regiões do país a registarem quebras, com a Europa a cair 17,2%, a América Central registou uma queda de 23,9%, enquanto México e América do Sul desceram 23,2% e 10,4%, respetivamente. Do Canadá e Colômbia, indicam os dados, as descidas são ainda maiores, embora não se conheçam os números.

Já Israel (+21,1%), Turquia (+25,4%) e Chipre (+12%) são os países que registam crescimentos, embora as entidades admitam que se trata de “anomalias e não tendências”.

Na cidade de Nova Iorque, por exemplo, as previsões avançam para uma quebra de 14,1 milhões de visitantes internacionais, em 2024, para 12,1 milhões, em 2025, estimando-se em quatro mil milhões de dólares (cerca de 3,6 mil milhões de euros) as perdas diretas.

Foto: Depositphotos.com
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

Turquia recebe mais de 8,8 milhões de turistas internacionais nos primeiros três meses de 2025

O turismo na Turquia bateu recordes no primeiro trimestre de 2025, tendo registado mais de 8,8 milhões de visitantes internacionais e gerado 9,5 mil milhões de dólares em receitas turísticas. Número de visitantes portugueses atingiu 18.245.

Victor Jorge

A Turquia começou o ano de 2025 com números históricos, registando 8,84 milhões de turistas internacionais entre 1 de janeiro e 31 de março de 2025, gerando receitas turísticas recorde de 9,5 mil milhões de dólares (cerca de 8,5 mil milhões de euros), o melhor valor alguma vez registado pelo país até à data.

O anúncio foi feito em Istambul pelo ministro da Cultura e do Turismo da Turquia, Mehmet Nuri Ersoy, que sublinhou a importância destes resultados no contexto do crescimento global do país enquanto destino turístico internacional.

“De acordo com os dados da Organização Mundial do Turismo, a Turquia tornou-se o quarto maior país do mundo em termos de turismo de entrada em 2024. Fechámos o ano com 62,2 milhões de visitantes, ultrapassando o nosso objetivo inicial, e até 2025, pretendemos atingir 65 milhões de turistas e 64 mil milhões de dólares em receitas. O aumento de 5,6% das receitas no primeiro trimestre confirma que estamos a ir na direção certa”, afirmou Ersoy.

Durante o primeiro trimestre, o maior número de visitantes veio do Irão (733.000 visitantes), da Rússia (601.000 visitantes), da Alemanha (572.000 visitantes), da Bulgária (560.000 visitantes) e do Reino Unido (304.000 visitantes).

O número de turistas provenientes de Portugal também continua a sua tendência ascendente, indicando os dados que, nos primeiros três meses de 2025, o número de visitantes portugueses na Turquia atingiu 18.245, um aumento de 2,42% em relação ao mesmo período do ano passado.

De referir ainda que os turistas internacionais permaneceram na Turquia durante uma média de 11 noites, com uma despesa média diária de 98,90 dólares (cerca de 90 euros).

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

“O único entre 184 países a registar quebra nos gastos dos visitantes internacionais”: os Estados Unidos

“Entre 184 países, os Estados Unidos são o único a registar uma quebra absoluta nos gastos de visitantes internacionais”, revelou Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, acrescentando que “o país está definitivamente a perder o seu lugar no pódio nessa área”.

Publituris

Os Estados Unidos continuam a ser a maior economia de viagens e turismo do mundo, mas os gastos dos visitantes internacionais devem cair para menos de 169 mil milhões de dólares em 2025, perante os 181 mil milhões de dólares o ano passado, e uma descida de 22% em relação ao seu pico, em 2019.

Os gastos com viagens internacionais nos Estados Unidos devem cair cerca de 7%, ou seja 12,5 mil milhões de dólares, em 2025, à medida que as tensões políticas e o dólar mais forte levam os visitantes estrangeiros a outros destinos, de acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC).

Por outro lado, os viajantes internacionais estão a evitar férias nos Estados Unidos, já que as políticas do governo do presidente Donald Trump geram temores de prisões na fronteira e uma taxa de juros desfavorável, disse Julia Simpson. A recolha de impressões digitais de estrangeiros com mais de 14 anos para estadia superior a um mês, incluindo canadianos que antes podiam visitar o país por até seis meses sem visto, tem contribuído também para este declínio.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Foto: Depositphotos.com
Aviação

Colômbia e Argentina assinam memorando para a liberalização da aviação comercial

Este acordo contempla a possibilidade de abertura de novas rotas, esperando-se que permita também tarifas mais acessíveis e contribua para melhorar a qualidade do serviço para os passageiros.

Publituris

Os governos da Colômbia e da Argentina estabeleceram um memorando de entendimento que visa melhorar a conectividade aérea entre os dois países, uma vez que o acordo contempla a possibilidade de abertura de novas rotas, esperando-se que permita também tarifas mais acessíveis e contribua para melhorar a qualidade do serviço para os passageiros.

De acordo com o portal informativo especializado em aviação Aeroin, um dos pontos centrais deste memorando de entendimento é a liberalização do mercado aéreo, o que permitirá que as companhias aéreas operem rotas conjuntas sem restrições de operadores ou limitações de frequências.

“Este acordo é fundamental para expandir a conectividade aérea da Colômbia com o mundo, especialmente com a América Latina. Continuaremos a crescer em número de passageiros e oportunidades para todos,” afirmou a ministra dos Transporte da Colômbia, María Fernanda Rojas.

Segundo a governante colombiana, este acordo “permite mais possibilidades” para as companhias aéreas e vai trazer também “muitos mais benefícios aos passageiros em termos de oferta”.

“Este acordo consolida-nos como um eixo na América Latina, promovendo competitividade e o surgimento de possibilidades de conexões entre cidades da Argentina e da Colômbia que atualmente não existem”, acrescentou María Fernanda Rojas.

Além de voos comerciais, o acordo agora alcançado entre a Colômbia e a Argentina abrange também o transporte de carga e correspondência, pelo que se espera que tenha impacto ao nível dos “fluxos turísticos, comerciais e culturais entre os dois países”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.