Governo demite Christine Ourmières-Widener e escolhe CEO da SATA para liderar a TAP
As demissões na administração da TAP são por justa causa e surgem na sequência da auditoria da Inspecção-Geral das Finanças (IGF), que decretou a nulidade do acordo de saída de Alexandra Reis da TAP.

Inês de Matos
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O presidente e a presidente-executiva da TAP, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, respetivamente, foram demitidos e vão deixar a companhia aérea de bandeira nacional, anunciou o ministro das Finanças, Fernando Medina, em conferência de imprensa, esta segunda-feira, 6 de março.
As demissões na administração da TAP são por justa causa e surgem na sequência da auditoria da Inspecção-Geral das Finanças (IGF), que decretou a nulidade do acordo de saída de Alexandra Reis da TAP, pelo que a antiga administradora da companhia aérea terá de devolver a indemnização de 500 mil euros que recebeu quando deixou as funções na TAP.
Para liderar a TAP depois da saída de Christine Ourmières-Widener, o Governo escolheu o atual CEO do Grupo SATA, Luís Rodrigues, que está à frente das companhias aéreas açorianas Azores Airlines e SATA Air Açores desde 2019, revelou João Galamba, ministro das Infraestruturas, que também marcou presença na conferência de imprensa desta segunda-feira.
Na intervenção em que anunciou as exonerações do presidente e da presidente-executiva da TAP, Fernando Medina explicou que o Governo optou pela demissão para que possa existir um “virar de página na gestão da empresa” e para que se restabeleçam os “laços de confiança” na transportadora nacional, que vai enfrentar, em breve, um processo de privatização.
“A TAP não é uma empresa qualquer e era importante marcar este virar de página no sentido de haver estabilização, com a nova composição dos corpos sociais”, afirmou o ministro das Finanças, explicando que estas mudanças visam também dar estabilidade ao processo de privatização da TAP.
Apesar dos vários casos que têm envolvido a TAP e visado especialmente a sua administração, Fernando Medina diz ter “plena confiança” de que a companhia aérea vai prosseguir “com sucesso o caminho da sua sustentabilidade futura, que passará pela privatização de parte do seu capital”.
O ministro das Finanças esclareceu também que o administrador financeiro da TAP não foi visado nesta auditoria e que vai, por isso, continuar a integrar a administração da companhia aérea, escusando ainda dizer se o próprio governante vai retirar responsabilidades políticas deste caso, remetendo os jornalistas para as conclusões da auditoria e lembrando que ainda não integrava o Governo quando se deu a saída de Alexandra Reis da TAP.
Já João Galamba, que revelou a escolha de Luís Rodrigues para suceder a Christine Ourmières-Widener, explicou que o atual CEO da SATA vai acumular, para já, ambas as funções, defendendo que se trata de “quadro português”, que oferece “todas as condições ao Governo de poder enfrentar os desafios da TAP”.
A auditoria da IGF vai seguir, agora, acrescentou Fernando Medina, para o Tribunal de Contas, de forma a apurar eventuais responsabilidades financeiras dos administradores da TAP.