Guerra na Ucrânia: OMT faz balanço trágico do 1.º aniversário do conflito que “minou a sensação de segurança e confiança” essenciais ao turismo
Apesar de elogiar a resposta do setor na ajuda aos refugiados ucranianos, o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili, lembrou que o conflito militar está a ter graves consequências, incluindo para o setor do turismo.
Inês de Matos
easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025
Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores
Do “Green Washing” ao “Green Hushing”
Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano
Encontro sobre Turismo Arqueológico dia 30 de novembro em Braga
Comboio Histórico do Vouga veste-se de Natal e promete espalhar magia
A assinalar um ano de guerra na Ucrânia, que arrancou a 24 de fevereiro de 2022, o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili, fez um balanço trágico do conflito militar que já “cobrou um preço terrível”, provocando milhões de refugiados, milhares de vitimas mortais e que veio minar a “sensação de segurança e confiança” que são essenciais ao turismo.
“A invasão criou uma catástrofe humanitária e de direitos humanos que não se via na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. E minou a sensação de segurança e confiança de que dependemos para fazer o mundo voltar a mover-se após os impactos da pandemia”, afirmou Zurab Pololikashvili, citado num comunicado da OMT.
O secretário-geral da OMT lembrou também que, desde o início da invasão russa à Ucrânia, que esta agência das Nações Unidas “liderou a resposta do turismo à crise”, tendo agido de imediato para suspender a Rússia da própria OMT, enquanto todo o setor se uniu para apoiar o povo ucraniano.
Zurab Pololikashvili agradeceu a resposta que o setor deu aos refugiados ucranianos, realçando que os players do turismo se organizaram para fornecer “meios de transporte, acomodação e outra assistência prática” a quem fugiu da guerra na Ucrânia.
O secretário-geral da OMT considerou também que a guerra não tem ainda “fim à vista” e, por isso, instou o setor a manter-se firme no apoio e solidariedade ao povo ucraniano, “custe o que custar”.
“Este aniversário indesejado oferece um momento para fazer um balanço e refletir. O ano passado mostrou-nos a notável força de um povo determinado a manter a sua liberdade e soberania. Também nos mostrou a importância de permanecermos juntos, tanto como comunidade internacional quanto como um importante setor económico, e de nos mantermos fiéis aos nossos valores comuns, custe o que custar”, afirmou.
Zurab Pololikashvili admitiu que, a cada dia que passa, as consequências “económicas do conflito e o seu custo social” são maiores e estão a fazer-se sentir em todos os países do mundo, motivo pelo qual a OMT voltou a apelar à paz, garantindo que, quando a guerra terminar, o “poder único” do Turismo vai fazer-se sentir e ajudar a Ucrânia a recuperar.
“O poder único do turismo, comprovado repetidamente, para reconquistar a confiança, promover o diálogo e o entendimento além-fronteiras e oferecer oportunidades, será vital para ajudar o povo da Ucrânia a reconstruir o país que já deu tanto para se proteger”, concluiu o secretário-geral da OMT.