TAAG apresenta-se como mais do que uma companhia que voa entre Luanda e Lisboa
A TAAG apresentou a sua nova estratégia e equipa para o mercado nacional, integrada na Summerwind, mas exclusivamente dedicada à companhia aérea de Angola. Mostrando que se trata de uma companhia que não voa somente de Luanda para Lisboa, a TAAG tem uma nova estratégia para promover rotas para destinos como a África do Sul, Brasil, Namíbia ou Moçambique, entre outros.
Victor Jorge
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A TAAG, Linhas Aéreas de Angola, apresentou esta quinta-feira, 17 de fevereiro, a sua estratégia ao trade nacional, salientando Lisa Mota Pinto Mcnally, Chief Commercial Officer (CCO) da TAAG, em conversa com o Publituris, que se trata de uma “nova marca, uma marca mais colorida, uma marca melhor e que quer deixar de ser vista exclusivamente como uma companhia que voa entre Luanda e Lisboa”.
“Temos orgulho em ser uma companhia angolana, mas queremos mostrar que voamos para outros destinos e com um serviço melhorado, com uma equipa dedicada e exclusiva para a TAAG dentro do universo Summerwind”.
De facto, como salientou a CCO da TAAG, “o modelo que está em cima da mesa com a Summerwind é ‘Tier 1’, ou seja, de entrega da gestão em que o GSA é a nossa marca e não dividimos vendas, equipa, nada. Temos a nossa própria equipa dedicada exclusivamente à TAAG”.
Com o lançamento da campanha “Angola Querida” a companhia aérea quer atingir novos públicos, onde os “nossos clientes e os nossos fornecedores passam a estar à frente da TAAG, passam a ser o nosso core”.
“Somos uma companhia aérea africana, com orgulho dizemos que somos uma companhia angolana, mas queremos dar mais e mostrar a nossa visão mais internacional”, referiu Lisa Mcnally, salientando que “queremos ir mais além que a nossa rota principal Luanda-Lisboa-Luanda. Essa vende-se naturalmente, é uma rota que se vende por si e de concorrência de preço. O que queremos a partir de agora é ser uma ligação com outros destinos, nas rotas alternativas que oferecemos, o nosso Brasil, a nossa África do Sul, com Joanesburgo e Cape Town, com Moçambique, com a Namíbia”.
Para o Brasil, por exemplo, concretamente, para São Paulo, a CCO da TAAG salientou as duas horas de voo, com cinco frequências semanais que admite poder vir a aumentar, mas que define como uma oferta de “valor acrescentado para o cliente e que tem à sua disposição codeshares com outras companhias para se movimentar na América Latina”.
Um dos focos está, igualmente, numa rota que liga Angola a África do Sul, com Cape Town à cabeça, “onde se pode usufruir de experiências fantásticas com os pinguins, com os tubarões brancos, com vinhos extraordinários e que queremos promover e mostrar em alternativa a destinos como o Brasil República Dominicana, México ou Cuba e que passa a estar disponível para o turista português”.
Com rotas privilegiadas entre Luanda e Lisboa, onde possui codeshares com Air France, KLM e Lufthansa, e Madrid, com codeshare com a Iberia, a TAAG não pretende somente promover os destinos africanos mais próximas, “mas também o próprio turismo em Angola, onde o português tem uma afinidade enorme e que agora possui a possibilidade de visitar a preços muito mais acessíveis”.
Quanto a esta “nova” TAAG, Lisa Mota Pinto Mcnally refere que se trata de uma companhia que “está em transformação, um processo que não se faz de um dia para o outro, que leva tempo, que começou há um ano e meio, e que estamos a melhorar desde o novo serviço a bordo, o produto, o atendimento. Não é só preço. Estamos a investir milhões para formar, em customer service, em reeducar todo uma maneira de colocar o cliente em primeiro lugar. Mas queremos partilhar toda esta jornada e daí o surgimento desta campanha ‘Angola Querida’”.
Para passar esta mensagem, a TAAG vai criar, brevemente, canais próprios online para “dar a conhecer esta jornada e nos quais pedimos uma interação, de modo a conseguir melhorar os nossos serviços”, refere a CCO da TAAG. “Nós sabemos que não somos perfeitos, que existem falhas, que há coisas a melhorar e queremos que os nossos clientes nos digam, em primeira mão e de forma direta, como podemos e devemos melhorar e daí também o lançamento da campanha ‘Sabias que’ com a qual pretendemos desmistificar dos mitos que existiam relativamente à TAAG”.
À espera de receber seis novos A220-300 até final do ano para realizar as rotas mais “regionais e domésticas”, a TAAG mantém os Boeing 777 para os voos de longa distância, a CCO não descarta a reestruturação dessa frota a médio-longo prazo.
Quanto ao cliente TAAG, Lisa Mota Pinto Mcnally admite que “as expectativas desse cliente mudaram”, destacando, contudo, uma “mudança dramática no cliente Brasil que se tornou mais internacional, menos de ponto-a-ponto e mais de trânsito”, admitindo que o mesmo se passou com a Europa, “dependendo das conexões”.
“Durante muitos anos a TAAG foi vista com uma companhia aérea para angolanos ou para portugueses que trabalhavam em Angola. Isso já não é assim e queremos que não seja assim e queremos afirmar-nos como um hub para o mundo. E aí, o novo aeroporto de Luanda – a inaugurar oficialmente no final do ano – terá m papel fundamental, já que se trata de uma das maiores infraestruturas aeroportuários em África”.
Outra mudança registada e revelada pela CCO da TAAG prende-se com a política de preços, onde a companhia “passou a ser competitiva. Reforçámos brutalmente a equipa comercial de forma a poder dar uma resposta mais adequada ao mercado na questão preço, muito, também, fruto numa mudança de mentalidade que era necessária na companhia”.
Por isso, Lisa Mota Pinto Mcnally referiu a campanha promocional que a TAAG tem a decorrer, com descontos de 40%, no que caracteriza como “a maior campanha promocional alguma realizada pela TAAG”.
Quanto a uma previsão do que será este ano de 2023 para a TAAG, a CCO da companhia admite que o objetivo é “chegar aos números de 2019. Penso que chegaremos a esses valores de uma forma mais rentável e mais sustentável”.