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Turismo da Jamaica quer portugueses de volta

O Turismo da Jamaica quer os turistas portugueses de volta e acaba de nomear um representante para Portugal, Nuno Costa, cujo principal objetivo é “pressionar” para o regresso da operação charter, que já existiu, e que foi interrompida com a pandemia. Pode ser que em 2023 volte a operar.

Carolina Morgado
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Turismo da Jamaica quer portugueses de volta

O Turismo da Jamaica quer os turistas portugueses de volta e acaba de nomear um representante para Portugal, Nuno Costa, cujo principal objetivo é “pressionar” para o regresso da operação charter, que já existiu, e que foi interrompida com a pandemia. Pode ser que em 2023 volte a operar.

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O Turismo da Jamaica quer os turistas portugueses de volta e acaba de nomear um representante para Portugal, Nuno Costa, cujo principal objetivo é “pressionar” para o regresso da operação charter, que já existiu, e que foi interrompida com a pandemia. Pode ser que em 2023 volte a operar.

 

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Voltar a pôr o nome da Jamaica na mente dos operadores turísticos, agentes de viagens e consumidor final em Portugal é o principal objetivo do turismo daquele destino, que tem agora Nuno Costa como seu representante no nosso país. “O Turismo da Jamaica, sabendo que para este ano não vai haver voos charter, nem direto, nem triangular, quer é voltar a pôr o nome do destino na mente dos operadores turísticos, agentes de viagens e no consumidor final”, disse Nuno Costa ao Publituris, referindo que “este é o primeiro grande objetivo, daí a razão da minha presença em Portugal”.

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Apesar da representação do Turismo da Jamaica na Europa estar sediada em Berlim, desenvolvendo toda a parte da promoção, para Portugal “quiseram focar-se mais, e convidaram-me para fazer esse trabalho, uma vez que conheço o destino onde vivo há 17 anos, desde 2005, também ainda tenho conhecimento da maior parte dos players do mercado (tour operadores e agentes de viagens) e se não tenho de algum novo grupo, há forma de lá chegar, porque conheço as pessoas”, esclareceu.

A participação em eventos promovidos pelo trade em Portugal é outra das apostas de Nuno Costa. Começou na BTL, passou pela Convenção Bestravel, depois pelo roadshow de Os Especialistas, e Convenção Airmet, “estando sempre numa relação direta com os grupos de agências de viagens e com os operadores, no sentido de continuar a fazer essa promoção não só nos eventos, mas ao nível das redes, das equipas de vendas, formações quando for possível e, sobretudo também, para que eles perceberem que têm alguém cá em Portugal, e mesmo que esteja na Jamaica, mas alguém que é português, conhece muito bem o destino e lhes pode dar qualquer tipo de apoio. Através de um email ou via Whatsapp, estarei sempre disponível para esclarecer qualquer dúvida, até porque muitas vezes o agente de viagens não conhece o destino”, apontou. O responsável tomou conhecimento que, neste momento, apenas um ou dois operadores em Portugal programam a Jamaica, em voos regulares (a única hipótese atualmente), mas com oferta muto reduzida. Daí que “pretendo, igualmente, que os operadores que tenham programação não charter, incluam a Jamaica. Os operadores que fazem brochuras mais dedicadas, como Praias Exóticas ou Luas de Mel, interessam-nos”, realçou.

Destino caiu em esquecimento

Sem a operação charter triangular com Samaná (República Dominicana) que vigorou entre 2006 e 2019, com cinco operadores turísticos em Portugal envolvidos, durante os meses de maio/junho a meados de setembro, o destino Jamaica caiu no esquecimento em Portugal. “Quando as agências de viagens começam a ter as ofertas para outros destinos, mesmo nas Caraíbas, se não está a Jamaica, fica esquecida. O cliente pode querer a Jamaica, mas se não houver esse tipo de oferta ou de exposição do destino, fica esquecido”.

Nuno Costa lembra que a nível de procura, a Jamaica nunca foi um destino de massas como outros pontos das Caraíbas que estão no mercado há 20 ou 30 anos, mas enquanto houve a operação charter, os números foram sempre “muito bons”. Inclusivamente “houve alturas em que o mercado português reagiu melhor até do que o espanhol, porque havia charters de Lisboa e de Madrid. O mercado português sempre gostou muito do destino, portanto, se houver oferta de charter, ele vai voltar”, sublinhou, indicando que eram anualmente entre cinco mil a seis mil passageiros. “Havendo o charter esse número pode aumentar, mas nunca será possível em voos regulares”, frisou.

Quanto ao regresso dessa operação no próximo ano, o representante do Turismo da Jamaica afirmou que “será sempre uma decisão dos operadores. O meu trabalho aqui é dar apoio, dar abertura, mas o fundamental é os operadores querem fazê-lo. Acho, sinceramente, que vai haver alguma pressão dos agentes de viagens e do mercado para que o destino volte a ser oferecido em voos charter. É normal porque já aconteceu, é um destino que as pessoas gostaram, e é normal que os operadores precisem de destinos novos e diversificar o seu produto”. Não sendo possível para já em 2022 este tipo de operação, há os voos regulares. Assim, neste momento, para se chegar à Jamaica, a partir de Portugal, há várias formas, seja via Europa, seja combinado com os Estados Unidos ou Canada. Pela Europa, a opção número um, conforme explica o responsável, é por Zurique com uma conexão de duas a três horas, com a Swiss e ligação a Montego Bay com a Edelweiss, companhia aérea do grupo Swiss. A segunda opção, e ainda sem ter de dormir na Europa, é sair de Lisboa no primeiro voo da manhã da Lufthansa até Frankfurt e apanhar um voo da Condor também para Montego Bay, na costa norte da ilha onde está o turismo. Há outras opções na Europa, mas será sempre necessário ficar de uma noite para outra.

Há igualmente os EUA ou Canadá (Nova Iorque, Miami, Toronto), mas os clientes têm que dormir nessas cidades. Depois pode-se fazer combinados porque há voos diários dessas cidades para Montego Bay.

Há muitos turistas portugueses que conhecem a Jamaica através de cruzeiros que atracam no destino, mas não é só isso que o destino pretende. Segundo Nuno Costa, “é um ponto importante, mas queremos mais”.

Sem charter ainda, a Jamaica é um destino caro? O representante responde que, em termos de hotelaria está ao nível do custo do México, mas um pouco mais caro que a República Dominicana, mas explicou que há hotéis para todos os gostos. Na ilha normalmente todos os all inclusive são de cinco estrelas, mas há hotéis coloniais, há boutique hotéis e até villas, ou seja, há muita oferta, depende tudo do cliente. “O que faz a diferença é o aéreo porque, se formos comparar preços, o avião custará 800 euros, praticamente o mesmo preço de um pacote para a República Dominicana. Se juntarmos o hotel, estamos a falar de 1.500 euros”, referiu.

Mas é um destino de todo o ano. A época alta na Jamaica é o inverno na Europa, que começa aproximadamente a 15 de dezembro e vai até a segunda semana de março, e é quando os preços estão mais altos e é quando nos principais mercados emissores do turismo da Jamaica (norte-americanos e canadianos) está muito frio. Nuno Costa, que estará lá e cá, conclui que “o mais importante, e a mensagem que tento passar ao mercado português é que estou aqui, vou estar sempre em ligação com o mercado para dar apoio, confiança e ajudar os agentes de viagens que não conhecem o destino, e se houver um conjunto de eventos que justifiquem a minha presença, cá estarei”.

O que se pode fazer na Jamaica?

Tirando a praia, a Jamaica tem uma componente de natureza muito forte, revelou o representante do destino em Portugal. É uma ilha pequena, praticamente da dimensão do Algarve, e muito verde, podendo encontrar-se facilmente tanto montanhas, como rios, cascatas, tudo de forma concentrada.

Além disso, segundo Nuno Costa, tem a parte cultural, das pessoas, das gentes e das suas culturas africana/inglesa, o rastafary originário da Etiópia, tem a música (o reggae) que tem tudo à volta do Bob Marley, mas não só, tem a parte das montanhas onde se cultiva o café e, como é uma ilha, há muitos desportos náuticos e passeios de barco, e ainda o rum na costa sul, uma zona ainda por conhecer pois está em desenvolvimento.

Os grandes centros do turismo são três: para além da capital é Kingstown (uma cidade de negócios no sul da ilha, que se deve, no entanto, visitar, pois é lá que se encontra o Museu de Bob Marley), há Montego Bay, a capital do turismo, onde chegam os aviões, Negril que está na ponta oeste, em viagem de hora e meia, e Ocho Rios, a este, que está a cerca de hora e meia também. É nestes centros onde está concentrada a maior parte da hotelaria. Por exemplo, em Montego Bay, num raio de 20/25 kms existem pelo menos 30 unidades hoteleiras all inclusive. Há ainda Porto António, local que o responsável considera “lindíssimo, mas está ainda muito por desenvolver, diria que seria o quarto centro turístico, não tem hotéis em all inclusive, mas é visto em passeio ou para turistas que queiram algo muito específico, como hotéis boutiques em cima do mar ou villas.

*Artigo publicado originalmente na edição 1462 do Publituris.

 

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Funchal, Loulé e Torres Vedras são os concelhos com melhor performance de negócios no Carnaval

Segundo um relatório da REDUNIQ sobre os concelhos nacionais com melhor performance de negócios durante o Carnaval, houve um aumento de faturação de 7,1% nos negócios destinos nacionais onde estas celebrações são mais expressivas

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Funchal, Loulé e Torres Vedras foram, segundo uma análise da REDUNIQ, os concelhos nacionais com melhor performance de negócios durante o Carnaval, que este ano se celebrou entre 1 e 4 de março.

De acordo com este relatório, que analisou a evolução dos pagamentos registados por cartão na rede da REDUNIQ, durante o período do Carnaval, houve um aumento de faturação de 7,1% nos negócios dos 10 concelhos do país onde estas celebrações são mais expressivas, concretamente Alcobaça, Estarreja, Funchal -Madeira, Loulé, Macedo de Cavaleiros, Mealhada, Ovar, Sesimbra, Sines e Torres Vedras.

Foi na Mealhada e em Macedo de Cavaleiros que o crescimento da faturação atingiu os valores mais expressivos, registando-se subidas de 67,7% e 66,5%, respetivamente, com a REDUNIQ a sublinhar mesmo que a Mealhada foi mesmo onde se registou a maior evolução homóloga, com ao gasto médio por cartão a aumentar 26,7%, que chegou ao valor médio de 41,24 euros, enquanto o valor médio por compra cresceu 30,5%, para 31,78 euros.

“No entanto, foi em Macedo de Cavaleiros que se verificou o maior valor médio por compra (43,19€) do grupo. No que toca ao gasto médio por cartão, este concelho, que totalizou uma média de 48,13€ é ultrapassado, expressivamente, pela Madeira (80,31€) e por Loulé (72,40€)”, acrescenta a REDUNIQ.

Entre os 10 concelhos analisados, a REDUNIQ diz que a liderança vai para o Funchal, que representa uma fatia de 44% do total faturado entre os concelhos tidos em conta, sendo o pódio composto ainda por Loulé e Torres Vedras, com 24% e 13% do total, respetivamente, seguidos de Sesimbra com 7%.

Quanto a picos de faturação, outro dos tópicos analisados por este relatório, o destaque foi para Macedo de Cavaleiros, que “obteve um forte crescimento de 142,5% da sua faturação na terça-feira de Carnaval face ao dia homólogo de 2024”, seguindo-se a Mealhada, que assistiu a um crescimento homólogo de 91,7% da sua faturação no sábado de Carnaval, enquanto Sines cresceu 67,4% na faturação no domingo de Carnaval comparativamente a 2024.

Além destes, a REDUNIQ destaca também os crescimentos homólogos de 45,9% em Sesimbra e de 25,7% em Loulé, ambos no sábado, assim como de 35,9% em Estarreja e 34,9% em Torres Vedras, os dois no domingo, e ainda de 23,7% em Alcobaça na terça-feira.

Quanto a transações estrangeiras, o relatório da REDUNIQ concluiu que o Reino Unido, Alemanha, França, Países Baixos e Espanha configuram o top 5 de nacionalidades com maior número de cartões a serem utilizados nos negócios destas regiões.

“Em concreto, um terço dos cartões que transacionaram na Madeira neste período foram estrangeiros, sendo o Carnaval com mais turistas estrangeiros do país, e o destino onde os ingleses, alemães, franceses e holandeses mais transacionaram”, lê-se no comunicado divulgado, que coloca Loulé como o segundo Carnaval “mais popular entre os turistas estrangeiros, sendo aquele onde os turistas espanhóis mais transacionaram”.

Já o Carnaval mais “nacional” foi o de Estarreja, onde apenas 3,35% dos cartões que transacionaram nos negócios locais foram estrangeiros, refere ainda o relatório da REDUNIQ.

O relatório incluiu ainda uma análise por setores de atividade, permitindo perceber que “a variação mais expressiva se deu no concelho de Macedo de Cavaleiros”, onde os setores da restauração e das gasolineiras, que representam 44,46% e 34,29% da faturação registada, respetivamente, obtiveram um crescimento do seu peso face a 2024, nomeadamente de 5,83 pontos percentuais para a restauração e de 11,56 pontos percentuais para as gasolineiras.

Em Ovar e em Torres Vedras também houve uma subida homóloga do peso da restauração no total da faturação na ordem dos três pontos percentuais, especificamente 3,69% para a primeira e 3,27% para a segunda.

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Marrocos é destino de eleição para investidores no setor do turismo

Marrocos está a consolidar-se como um destino preferencial para investidores no setor de turismo, disse o secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili.

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“Marrocos oferece perspectivas muito atraentes para investidores, graças à sua posição geográfica estratégica, ao seu ambiente económico resiliente e à sua política proativa em favor do investimento estrangeiro direto “, observa Pololikashvili, que comenta o relatório intitulado “Investir em Marrocos.

O Turismo da ONU destaca que a atratividade do país para investidores reflete-se no fluxo de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED), que atingiram uma média de 3,5 mil milhões de dólares por ano nos últimos cinco anos, em todos os setores combinados. O turismo beneficiou de um investimento acumulado de 2,2 mil milhões de dólares entre 2014 e 2023, enquanto o desenvolvimento de infraestruturas hoteleiras mobilizou 2,6 mil milhões de dólares entre 2015 e 2024, especifica o relatório.

O Turismo da ONU realça que, em 2024, Marrocos recebeu 17,4 milhões de turistas, registando um aumento de 35% em relação a 2019. Essa dinâmica permitiu que o setor quase dobrasse a sua contribuição para o PIB, passando de 3,7% em 2020 para 7,3% em 2023. Nesse sentido, a Organização enfatiza que Marrocos destacou-se como o destino africano que registou o maior aumento nas receitas do turismo, com um crescimento de 43% face a 2019. Estas atingiram 10,5 mil milhões de dólares em 2023, um aumento de 28% em relação ao ano anterior.

Neste relatório, também a diretora Executiva do Turismo da ONU, Natalia Bayona, destaca a dinâmica económica do Marrocos, especificando que o Reino consolidou-se como a quinta potência da África em termos de PIB, com um crescimento médio de 2,5% na última década. Entre 2015 e 2024, Marrocos registou um crescimento médio de 2,5%, com previsões de 4% em 2025 e 3,6% em 2026, lembra o Turismo da ONU, para avançar que o controlo da inflação também fortalece a competitividade do país como um destino de investimento estável e atraente.

Referindo-se aos ativos que fazem do Marrocos um destino de escolha para investidores, o Turismo da ONU cita em particular a sua proximidade geográfica com a Europa, o acesso estratégico a um mercado de 2,5 mil milhões de consumidores, bem como o seu rico património cultural e natural.

Marrocos também tem outros grandes trunfos para o desenvolvimento do turismo: nove locais considerados Património Mundial da UNESCO, 11 parques nacionais, além de infraestrutura de primeira linha, incluindo 19 aeroportos, 27 portos comerciais e 2.000 quilómetros de estradas.

O organismo das Nações Unidas salienta que a capacidade de alojamento de Marrocos aumentou em mais de 60% desde 2012, contribuindo para o crescimento do setor. O investimento em turismo também é apoiado pela Companhia Marroquina de Engenharia de Turismo (SMIT), que apoia os líderes do projeto.

A Organização finalmente relembra o Roteiro para o Turismo 2023-2026, que define nove prioridades estratégicas destinadas a impulsionar o turismo internacional e nacional.

Entretanto, Marrocos confirma a sua atratividade turística no início de 2025, com um aumento notável nas receitas turísticas. De acordo com dados publicados recentemente pela Agência de Câmbio, o setor continua a ser uma importante fonte de divisas para a economia nacional. Em janeiro, as receitas do turismo atingiram 8,78 mil milhões de dirhams (MMDH), registando um aumento de 10,1% em relação ao mesmo período de 2024, representando um ganho adicional de 808 milhões de dirhams.

Essa dinâmica positiva também é acompanhada por um aumento nos gastos com viagens, que aumentaram 23,8% num ano, atingindo 2,55 mil milhões de dirhams.

Este desenvolvimento reflete o dinamismo de um setor-chave para a economia marroquina, apoiado pela recuperação da procura turística e por políticas que visam fortalecer a atratividade do país. O aumento da receita é um indicador encorajador para os agentes do turismo, que veem esse desempenho como um sinal positivo para o resto do ano.

 

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Governo aprova resolução para reduzir impacto do ruído gerado pelo Aeroporto Humberto Delgado

Além da criação do Programa Menos Ruido, o Governo mandatou a ANAC e a NAV para “estudar medidas complementares que incluam restrições aos voos noturnos e a definição de rotas de descolagem alternativas, com o objetivo de minimizar o impacto sobre a população”.

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O Governo aprovou sexta-feira, 7 de março, uma resolução do Conselho de Ministros que prevê um “conjunto de medidas destinadas a reduzir o impacto do ruído gerado pelo Aeroporto Humberto Delgado (AHD)”.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, entre as medidas previstas está a criação do Programa Menos Ruído, que vai viabilizar “intervenções em fachadas, janelas e caixilharias de edifícios habitacionais situados em áreas sensíveis ao ruído” em Lisboa, Loures, Vila Franca de Xira e Almada.

Este programa, acrescenta a informação divulgada, prevê um investimento global de 10 milhões de euros e vai ser financiado através do Fundo Ambiental, prevendo que a sua execução decorra em 2025 e 2026.

Além do Programa Menos Ruído, o Governo mandatou ainda a ANAC – Autoridade Nacional de Aviação Civil e a NAV – Navegação Aérea para “estudar medidas complementares que incluam restrições aos voos noturnos e a definição de rotas de descolagem alternativas, com o objetivo de minimizar o impacto sobre a população”.

Governo quer período sem voos entre as 01h00 e as 05h00

Posteriormente, o Ministério das Infraestruturas e Habitação veio explicar, em comunicado, que a execução do Programa Menos Ruído vai ficar “a cargo das Câmaras Municipais de Lisboa, Loures, Vila Franca de Xira e Almada, que terão a responsabilidade de lançar os respetivos concursos para acesso aos apoios”.

“A distribuição do financiamento será feita de forma proporcional ao número de edifícios afetados em cada município, com base no mapeamento dos níveis de ruído a elaborar pela entidade gestora aeroportuária, em colaboração com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil”, lê-se no comunicado do Ministério das Infraestruturas e Habitação.

Já quanto às restrições à operação noturna no Aeroporto Humberto Delgado, que foram recomendadas pelo Grupo de Trabalho dos Voos Noturnos, cujo relatório final foi entregue em julho de 2022, o Governo pretende ver operacionalizadas três medidas, com destaque para a “imposição de um período sem slots (hard-curfew) entre a 01h00 e as 05h00”.

Além de um período noturno sem voos, o Governo quer também que existam “restrições à operação de aeronaves mais ruidosas entre as 23h00 e as 07h00”, assim como a “implementação de novos procedimentos aeronáuticos para redução do ruído” e a avaliação de “alternativas às atuais rotas de descolagem para norte no AHD,
com o objetivo de reduzir a população exposta a níveis elevados de ruído”.

“A implementação destas restrições será feita em estrito cumprimento de toda a legislação aplicável, nacional e europeia, e em estreita articulação com a Comissão Europeia”, explica o comunicado, que garante que o objetivo é “minimizar os impactos do ruído decorrentes da localização do Aeroporto Humberto Delgado numa zona de elevada densidade populacional, garantindo a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, até à transição para Aeroporto Luís de Camões, no Campo de Tiro de Alcochete”.

 

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UN Tourism inaugura escritório regional no Rio de Janeiro

O novo escritório regional da UN Tourism para as Américas fica localizado no Rio de Janeiro, Brasil, e vai concentrar-se “no fortalecimento da promoção de investimentos”, com destaque para, numa primeira fase, os investimentos verdes.

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A UN Tourism inaugurou oficialmente o seu novo escritório regional para as Américas, que fica localizado no Rio de Janeiro, Brasil, e que se vai concentrar “no fortalecimento da promoção de investimentos”.

Segundo uma nova enviada à imprensa pela UN Tourism, numa primeira fase, este novo escritório regional do Rio de Janeiro vai dar prioridade a um “conjunto de diretrizes” quer visam impulsionar “investimentos verdes, reconhecendo a importância da biodiversidade para o turismo nas Américas”.

“O escritório do Rio também desenvolverá uma estratégia para a formação técnica de jovens, equipando-os com as competências profissionais necessárias para o crescimento do setor em toda a região”, acrescenta o comunicado da UN Tourism.

A nova delegação da UN Tourism no Rio de Janeiro vai apoiar investimentos em toda a região e não apenas no Brasil, colocando também em destaque temas como o empoderamento feminino, no âmbito do qual vai ser promovido um evento especifico ainda durante este ano, mas também o turismo indígena ou a acessibilidade e rotas multidestino na região, como a Rota dos Jesuítas na América do Sul.

“O escritório regional de turismo das Nações Unidas para as Américas apoiará o avanço do setor de turismo não apenas no Brasil, mas em toda a região. O Rio de Janeiro tornar-se-á um verdadeiro centro de liderança e ideias, com foco no crescimento, garantindo investimentos para o setor e aproveitando o poder do turismo para o desenvolvimento sustentável e inclusivo”, considera Zurab Pololikashvili, secretário-geral da UN Tourism.

A UN Tourism diz ainda que este novo escritório regional para as Américas fortalece a sua presença na região, aproximando a agência para o turismo da ONU dos seus membros.

Além da sede em Madrid, a UN Tourism agora conta agora com escritórios regionais para o Oriente Médio em Riad, na Arábia Saudita, e Nara, no Japão, estando ainda prevista a abertura de um escritório regional para a África em Marraquexe, Marrocos.

Segundo a UN Tourism, estes escritórios regionais “permitem que a UN Tourism forneça suporte personalizado aos seus membros em todas as regiões do mundo, com foco em prioridades como inovação em turismo, investimento, educação e formação em todo o setor”.

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Wine Tours Madeira lança novos programas na BTL no 10.º aniversário

Ao celebrar 10 anos em 2025, a Wine Tours Madeira escolheu a BTL para lançar os seus novos programas.

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A Wine Tours Madeira, empresa de turismo vinícola na Ilha da Madeira, celebra este ano o seu 10.º aniversário. Para marcar esta ocasião especial, a Wine Tours Madeira anunciará na BTL novos programas exclusivos focados em turismo regenerativo.

Duarte Afonso, especialista de marketing da empresa, antecipa que estes programas são projetados para “envolver os visitantes de uma maneira mais sustentável e consciente, contribuindo positivamente para a preservação do ecossistema da ilha e da sua herança cultural”.

Desde a sua fundação, a empresa tem sido reconhecida pela sua excelência, atraindo mais de 18.000 clientes de 12 nacionalidades e ganhando diversos prêmios internacionais, incluindo o “Specialist Tour Operator of the Year” em 2019 pela Luxury Travel Guide (LTG) e o “Travel Hospitality Award” em 2018.

Ao longo de dez anos, a Wine Tours Madeira tem se destacado por oferecer experiências que combinam o melhor dos vinhos Madeira com a rica cultura e história da ilha, tendo sido pioneira com a introdução de programas inovadores que não apenas encantam, mas também educam seus visitantes sobre a vinicultura e gastronomia local.

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Transportes entre os setores com maior quebra na constituição de novas empresas até fevereiro

Segundo o relatório Informa Business by DATA, da consultora Informa D&B, no setor dos Transportes, a descida na constituição de novas empresas chegou aos -26%, até fevereiro.

Inês de Matos

O setor dos Transportes voltou a ser um dos que apresentaram maior quebra na constituição de novas empresas nos dois primeiros meses do ano, avança o relatório Informa Business by DATA, da consultora Informa D&B, que apurou que, neste setor, a descida na constituição de novas empresas chegou aos -26%.

“As quedas mais acentuadas ocorreram nos setores dos Transportes (-26%; -257 constituições de empresas), Serviços gerais (-14%; -222 constituições de empresas) e Tecnologias da informação e comunicação (-14%; – 100 constituições de empresas)”, lê-se num comunicado enviado à imprensa esta sexta-feira, 7 de março.

Já no setor do Alojamento e Restauração, que também apresentou uma quebra, a descida na constituição de novas empresas foi de 5,7%, com a criação de 940 empresas neste setor, em janeiro e fevereiro.

A Informa D&B diz que, nos dois primeiros meses do ano, foram criadas em Portugal 9.804 novas empresas, o que corresponde a uma descida de 6,4% (-668 constituições de empresas) face aos dois primeiros meses de 2024.

Entre os setores analisados no relatório, apenas três registaram crescimento na constituição de empresas, concretamente Atividades imobiliárias (+16%; +155 constituições de empresas), Agricultura e outros recursos naturais (+27%; +84 constituições de empresas), nomeadamente em atividades como a pecuária ou a olivicultura, e Construção (+0,1%; +1 constituição de empresa).

Transportes também se destaca nos encerramentos e insolvências

O relatório Informa Business by DATA aborda também os encerramentos e insolvências declaradas nos últimos 12 meses, até final de fevereiro, apurando que, no caso dos Transportes, o setor voltou a ficar entre os que mais assistiu ao encerramento de empresas.

“Analisando o acumulado dos últimos 12 meses, este indicador atinge os 13.419 encerramentos de empresas, o que corresponde a menos 14% de encerramentos face aos 12 meses anteriores, uma descida que é transversal a quase todos os setores de atividade. Neste período, os Transportes é o único setor a registar mais encerramentos face aos 12 meses anteriores (+7,4%; +59 encerramentos de empresas)”, explica a Informa D&B.

Já as insolvências têm vindo a cair e, até final de fevereiro, 367 empresas tinham iniciado um processo de insolvência, o que corresponde a uma descida de 1,9% (-7 empresas a iniciar processos de insolvência) face ao período homólogo.

“Para esta descida, que contraria a tendência de subida verificada nos últimos 2 anos, contribuem sobretudo os setores das Indústrias (-34%, – 41 empresas) e da Construção (-27%, – 14 empresas). No entanto, as Indústrias mantêm-se como o setor com mais empresas a iniciar um processo de insolvência (80 novos processos de insolvência)”, indica a consultora.

O setor dos Transportes volta, novamente, a figurar entre os setores que mais assistiram à insolvência de empresas, contabilizando-se um aumento de 131% neste indicador, o que revela que houve mais 17 empresas a declarar insolvência.

 

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Alentejo e Ribatejo apostam em nova campanha ‘outdoor’ em Lisboa

Alentejo ‘Destino com muitos destinos’ e Ribatejo ‘Destino com muito para contar’ é a nova campanha da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo para o período em que decorre a BTL 2025.

Publituris

O Alentejo e o Ribatejo reforçam a sua identidade com uma nova campanha promocional que irá marcar presença em pontos estratégicos de Lisboa – Amoreiras, El Corte Inglês, Oriente, Saldanha, Oeiras e Estoril -, através de mupis digitais, de 9 a 16 de março. O Alentejo afirma-se como um ‘Destino com muitos destinos’ e o Ribatejo como um ‘Destino com muito para contar’.

Esta ação é o pontapé de saída para aquela que promete ser uma das participações mais dinâmicas de sempre da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, na qual é este ano o ‘Destino Nacional Convidado’.

Um Alentejo e Ribatejo a descobrir na BTL
No primeiro dia da BTL (12 de março), a comitiva oficial da inauguração será recebida ao som e ao ritmo das tradições regionais, com atuações protagonizadas por jovens talentos: o Grupo Dos Rouxinóis do Alentejo (Beja), com catorze elementos infantis no Cante Alentejano; e o Rancho Folclórico de Vila Nova de Erra (Coruche) com crianças e músicos a recriar o emblemático Fandango do Ribatejo.

Entre 12 e 14 de março, das 14h30 às 18h, o espaço da BTL ganha ainda mais vida com a presença de personagens icónicas que irão interagir com os visitantes e apresentar-lhes algumas das experiências. Um Caminhante da Rota Vicentina, um Observador de Estrelas, um Ciclista do Alentejo, um Campino, o Cavaleiro da Feira da Golegã e um Caminhante dos Caminhos de Santiago do Ribatejo estarão a receber os visitantes daquela que é a maior feira de Turismo realizada em Portugal.

Pela primeira vez, um restaurante vai representar o destino Alentejo. Caberá ao ‘Alecrim’, localizado em Estremoz, trazer para a BTL os sabores mais característicos do Alentejo.

A ERT do Alentejo e do Ribatejo irá patrocinar o jantar com os compradores internacionais, a realizar no dia 12 de março, no espaço BTL Village, que estará decorado com motivos e artesanato regional. Este será um momento estratégico para apresentação das características diferenciadoras do destino a mais de duzentos operadores. Será ainda oportunidade de promover a Candidatura do Baixo Alentejo a Cidade Europeia do Vinho. O Welcome Drink será patrocinado pelos Vinhos do Tejo.

Um roteiro de experiências
No centro da ação estará um stand com mais de 1.200m², localizado no Pavilhão 1, que reúne os 58 municípios e 29 empresas da região. Ao longo dos cinco dias de feira, vão suceder-se iniciativas que celebram a identidade e os projetos estratégicos do território.

Entre os dias 14 e 16 de março, o desafio passa pela criatividade: todos os visitantes podem habilitar-se a ganhar uma estadia no Alentejo e no Ribatejo ao escreverem a frase mais original sobre os destinos, ao inscreverem-se nos passatempos que irão decorrer no stand. Haverá ainda um miniestúdio Chroma, que permitirá viajar virtualmente por algumas das paisagens mais emblemáticas das regiões.

No dia 12 de março, destacam-se algumas iniciativas como a apresentação do Cartaxo – Tradição, Vinha e Vinho (às 12h); a apresentação dos ‘Vinhos da Serra D’Ossa – Cidade do Vinho 2025’ (15h); a programação da ‘Capital Europeia da Cultura 2027’ (às 16h); e a apresentação da Candidatura do Baixo Alentejo à ‘Cidade Europeia do Vinho 2026’, com a presença dos seus embaixadores, Maria João Almeida, do músico Buba Espinho e do humorista Jorge Serafim (às 17h).

No dia 13 de março, decorrem várias iniciativas, entre as quais a apresentação do III Festival da Biosfera, pelo Município da Golegã (às 11h); apresentação da Feira de São Marcos 2025, pelo Município de Alter do Chão (às 13h) e a ação Tejo e Património: A Chamusca que Inspira (às 15h).

Na sexta-feira irá decorrer a Apresentação da Rede de Percursos pedestres e cicláveis – Passeios Felizes em Serpa (às 11h); da Beja Romana (às 15h) e da Rede de Percursos Pedestres de Reguengos de Monsaraz (às 14h).

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Sentimento por viagens de longo curso para a Europa enfraquece em 2025, alerta ETC

O mais recente relatório da European Travel Commission (ETC) aponta para um enfraquecimento no sentimento de viagens de longo curso para 2025. A segurança mantém-se como fator essencial, com os viajantes a demonstrarem uma preferência crescente por viagens que incluam múltiplos destinos, chamando a ETC a atenção para uma “melhor gestão dos fluxos turísticos” e propõe uma “redução na concentração de visitantes em determinados locais e uma promoção de destinos alternativos”.

Victor Jorge

O sentimento global em relação às viagens de longo curso, incluindo para a Europa, enfraqueceu para 2025, conforme indicado no mais recente “Long-Haul Travel Barometer 2025”, publicado pela European Travel Commission (ETC) e Eurail BV. O barómetro revela intenções de viagem cautelosas, impulsionadas por preocupações com a acessibilidade económica e mudanças nas preferências, mas também destaca oportunidades para reforçar a competitividade global da Europa através de uma melhor gestão dos seus ativos turísticos.

O relatório mostra que 63% dos inquiridos nos principais mercados internacionais – Austrália, Brasil, Canadá, China, Japão, Coreia do Sul e EUA– tencionam viajar para destinos de longo curso este ano. Desses, 44% planeiam visitar a Europa, o que sublinha a forte posição do continente, apesar dos desafios atuais.

No entanto, este valor representa uma queda em relação aos 49% registados em 2024, com um enfraquecimento do sentimento em mercados como a Coreia do Sul, EUA, Brasil e Austrália. Em contrapartida, os viajantes chineses demonstram um interesse crescente, com 61% a manifestarem intenção de visitar a Europa nos próximos doze meses.

A acessibilidade económica continua a ser a maior barreira às viagens internacionais, mencionada por 46% dos inquiridos que não planeiam uma viagem à Europa. Além disso, os viajantes referiram o interesse em visitar outras regiões e a falta de tempo de férias como fatores que influenciam os seus planos.

Segurança influencia a escolha do destino
A segurança mantém-se como o fator mais importante na escolha de um destino, seguida por pontos turísticos icónicos e infraestruturas bem desenvolvidas, com o relatório a explorar, pela primeira vez, a perceção dos viajantes sobre a segurança. De acordo com os viajantes de longo curso, os principais elementos que tornam um destino seguro incluem baixas taxas de criminalidade, estabelecimentos turísticos limpos e bem mantidos, segurança visível, estabilidade política e a hospitalidade dos locais.

Os viajantes de cada mercado tendem a definir segurança de maneira diferente. Enquanto a estabilidade política é vista como essencial por viajantes de países como Japão (57%), Austrália (44%) e Canadá (42%), a presença de segurança visível é prioritária para outros, especialmente na Coreia do Sul (55%), no Brasil (51%) e na China (42%).

Gerir a afluência a locais turísticos populares
Os ícones turísticos da Europa continuam a atrair viajantes internacionais em 2025, o que frequentemente resulta em sobrelotação, sobretudo durante a época alta. Os resultados da pesquisa indicam que os viajantes de longo curso são flexíveis perante estas situações: cerca de um terço ajustaria os seus planos para visitar em períodos menos concorridos, 28% manteriam a visita apesar das longas filas, 25% explorariam áreas menos movimentadas dentro do destino e apenas 5% considerariam mudar completamente de destino.

Estas conclusões evidenciam a necessidade de uma “melhor gestão dos fluxos turísticos na Europa, reduzindo a concentração de visitantes em determinados locais e promovendo destinos alternativos”.

Tendência das viagens multi-destino em alta
Apesar dos desafios económicos, os viajantes demonstram uma preferência crescente por viagens que incluam múltiplos destinos. O relatório revela que 94% dos inquiridos que planeiam visitar a Europa nos primeiros quatro meses de 2025 pretendem explorar mais de um país. Em média, os viajantes de longo curso esperam visitar 3,4 países, com os sul-coreanos a liderar a tendência, com uma média de 5,2 países por viagem. Esta tendência está a crescer em todos os mercados-chave, especialmente entre os australianos, que registaram um aumento de 15% em relação a 2024. “Esta mudança sublinha a atratividade da conectividade europeia e a necessidade de garantir opções de transporte mais eficientes e sustentáveis para os viajantes”, diz a ETC.

Evolução das prioridades orçamentais e de experiência
O relatório também destaca mudanças nos hábitos de consumo. Nos primeiros quatro meses de 2025, 42% dos inquiridos planeiam gastar entre 100 e 200 euros por dia, um aumento de 14% em comparação com o mesmo período do ano passado. Entretanto, a percentagem de viajantes que planeiam gastar mais de 200 euros por dia caiu para 30%, refletindo uma diminuição de 13%.

A alimentação e as bebidas emergem como a principal categoria de despesa para a maioria dos viajantes (67%). No entanto, as prioridades variam consoante o mercado: para os viajantes chineses, as compras representam a maior fatia do orçamento (67%), enquanto para os viajantes dos EUA, o alojamento ocupa o segundo lugar (55%), uma percentagem significativamente superior à de outros mercados (24%). Estes dados evidenciam as diferentes preferências de consumo entre os principais mercados emissores.

Miguel Sanz, presidente da ETC, sublinha que os resultados destacam “os desafios contínuos de manter a competitividade da Europa como destino global num mercado cada vez mais saturado. Para continuar a ser a escolha preferida dos viajantes internacionais, a Europa deve concentrar-se na gestão estratégica da ‘Marca Europa’”.

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Workshops Internacionais de Turismo Religioso reforçam posição de Portugal e Fátima “no mapa global” do setor

A 12.ª edição dos Workshops Internacionais de Turismo Religioso, que arrancaram esta quinta-feira, 6 de março, em Fátima, volta a merecer um balanço positivo, com Purificação Reis, presidente da ACISO, a sublinhar que a iniciativa se tornou num “grande evento internacional”, que “reforça a posição” de Portugal e de Fátima no “mapa global” do setor.

Inês de Matos

A 12.ª edição dos Workshops Internacionais de Turismo Religioso, que arrancaram esta quinta-feira, 6 de março, em Fátima, volta a merecer um balanço positivo, com Purificação Reis, presidente da ACISO – Associação Empresarial Ourém-Fátima, a sublinhar que a iniciativa se tornou num “grande evento internacional”, que “reforça a posição” de Portugal e de Fátima no “mapa global” do setor.

“Podemos dizer com orgulho que o workshop se tornou num grande evento internacional, de cariz profissional, dedicado ao turismo religioso, um evento que, promovendo Fátima e Portugal como destinos de referência, reforça a nossa posição no mapa global deste setor”, afirmou a responsável, durante a sessão de abertura da iniciativa.

Na edição deste ano, que incluiu com uma conferência dedicada ao tema “Turismo Religioso como caminho de paz e de fraternidade humana”, os Workshops Internacionais de Turismo Religioso contam com participantes oriundos de 48 países, incluindo 122 buyers e 130 suppliers que estiveram presentes na bolsa de contactos que decorreu na tarde desta quinta-feira e que deu origem a cerca de 4.500 reuniões.

Além do evento de Fátima, a iniciativa conta também com uma sessão dedicada ao Turismo de Herança Judaica, que vai acontecer na Guarda a 10 de março, e na qual está ainda prevista a participação de 42 buyers e 47 suppliers, permitindo mais de 500 reuniões.

“Ao longo destas 12 edições, o Workshop Internacional de Turismo Religioso tem sido muito mais do que um evento, tem sido um acelerador de oportunidades, um espaço onde se criam parcerias, se partilham boas práticas e se discutem os desafios e tendências do turismo religioso”, acrescentou Purificação Reis.

Antes de terminar, a presidente da ACISO, que é responsável pela organização do evento juntamente com a autarquia de Ourém e com o Santuário de Fátima, disse ainda acreditar que “o turismo religioso continuará a crescer, movimentando mais visitantes”.

“Estamos cada vez mais convictos do grande potencial do turismo religioso, não apenas como motor económico, mas também como ponte entre culturas, religiões e povos, permitindo uma oferta de experiências autênticas e transformadoras”, explicou.

 

 

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CTP nega excesso de turismo e pede estratégias que “levem ao surgimento de novas centralidades”

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, foi um dos oradores da sessão de abertura da 12.ª edição dos Workshops Internacionais de Turismo Religioso, que arrancaram esta quinta-feira, 6 de março, em Fátima.

Inês de Matos

A implementação de estratégias que “levem ao surgimento de novas centralidades” é, segundo Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), um desafio a que o turismo nacional precisa de dar resposta para desmistificar a ideia de que há turismo a mais.

De acordo com o responsável, que discursou esta quinta-feira, 6 de março, na sessão de abertura da 12.ª edição dos Workshops Internacionais de Turismo Religioso, em Fátima, “em Portugal, não há turismo a mais, há, sim, economia a menos”.

Para reforçar esta ideia e explicar aos portugueses que o turismo continua a ser “um importante motor do país”, que ajuda a “criar riqueza e emprego”, a CTP está a promover, com o apoio do Turismo de Portugal, uma campanha de comunicação que pretende mostrar “que todos os portugueses podem contar com o turismo, seja qual for a sua idade, profissão ou religião”.

“O turismo continua, sem dúvida, a ser um importante motor do país, na entrada para mais um ano, continuamos no bom caminho, mas há necessidades que o turismo deve ver atendidas e resolvidas”, acrescentou Francisco Calheiro, garantindo que a CTP vai continuar a insistir para ver materializadas algumas das “urgências” de que o setor precisa.

Um novo aeroporto, a execução do projeto do TGV e da modernização da ferrovia, bem como uma gestão mais eficiente dos territórios, de soluções para a falta de mão-de-obra e do reforço do investimento em formação e valorização das profissões turísticas são, segundo o presidente da CTP, as principais “urgências” do setor turístico nacional.

“Portugal recebe muito do turismo, a nossa atividade dá valor ao país, gera riqueza e cria postos de trabalho como nenhuma outra atividade e produz efeitos muito significativos na economia pelo estímulo a outros setores, assegura uma importante fonte de receitas fiscais e leva mais longe o nome de Portugal. Por isso, é mais um novo ano em que tudo faremos para reforçar a importância do turismo no país, porque todos contamos com o turismo”, concluiu.

 

 

 

 

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