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Subida de preços: o novo obstáculo que ameaça o turismo

O recente aumento de preços, muito por culpa da subida da inflação e do aumento dos custos da energia, está a deixar o setor do turismo apreensivo face a um novo obstáculo que pode a atrapalhar a recuperação já em curso na atividade turística.

Inês de Matos
Análise

Subida de preços: o novo obstáculo que ameaça o turismo

O recente aumento de preços, muito por culpa da subida da inflação e do aumento dos custos da energia, está a deixar o setor do turismo apreensivo face a um novo obstáculo que pode a atrapalhar a recuperação já em curso na atividade turística.

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De há um meses para cá, as notícias sobre o aumento dos preços tornaram-se constantes. A saída da pandemia levou ao aumento da procura e provocou uma subida da inflação, que se caracteriza pelo crescimento generalizado dos preços na economia. A esse aumento, é preciso juntar a subida dos custos da energia, combustível e matérias-primas, o que veio dar mais gás à inflação que, em Portugal, chegou aos 3,3% em janeiro, a mais elevada desde fevereiro de 2012, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Lá fora, a situação não é mais animadora. Em dezembro, os países da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico viram a inflação subir para 6,6%, o valor mais elevado dos últimos 30 anos, enquanto nos EUA chegou aos 7%, o que se explica, em grande parte, pela subida de 25,6% nos preços da energia registada nesse mês.

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A subida de preços está a afetar todos os setores da economia e o turismo não é exceção. Já em outubro, Scott Kirby, CEO da United Airlines, alertava que “os preços mais altos do combustível da aviação levam a preços mais altos nos bilhetes” e, mais recentemente, foi a vez da hotelaria espanhola se queixar do custo da energia, com a Associação dos Hotéis de Castela e Leão a dar o exemplo do AC Hotel by Marriott Palacio de Santa Ana, em Valladolid, onde a conta da luz passou de oito mil euros antes da pandemia para 24 mil euros no último mês. E, já em janeiro de 2022, foi a vez da TUI revelar, aquando da apresentação da programação para o verão, que as viagens organizadas já subiram cerca de um quinto face ao período pré-pandemia.

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Claro que o crescimento da procura induz, obviamente, quando há escassez, o crescimento do preço, mas aqui o fenómeno é muito mais profundo e preocupante”, Cristina Siza Vieira, presidente executiva AHP

É caso para dizer que, numa altura em que as expetativas apontavam para a recuperação já este ano, o setor do turismo tem um novo obstáculo para contornar, que pode atrasar o desejado regresso à normalidade.

De quem é a culpa?
Apesar dos vários fatores que contribuem para o aumento de preços, Pedro Brinca, economista e professor da NOVA SBE, diz ao Publituris que este aumento de preços não é uma surpresa, até porque, nos EUA, cedo se começou a discutir o impacto que teriam os estímulos económicos adotados para fazer face à pandemia. “Vários foram os analistas e académicos (como Olivier Blanchard e Larry Summers) que alertaram para os perigos de um surto de inflação”, indica, explicando que “o hiato do produto estimado nos EUA em abril de 2021 era de cerca de um terço do pacote total de ajudas que foram implementadas”.

Na Europa, acrescenta Pedro Brinca, “os estímulos não foram tão acentuados”, o que explica que as expectativas de inflação venham a ser “mais moderadas”. “Mas ainda assim a inflação na zona euro está próxima dos 5%, bem acima do objetivo de 2%”, alerta, realçando que, apesar de se esperar que este surto seja temporário, o certo é que ele não mostra sinais de abrandamento e já dura há 10 meses.

Além da inflação, também a energia tem culpas na situação. Pedro Brinca aponta, desde logo, “o fim progressivo em alguns países da produção de eletricidade com carvão e energia nuclear”, como um dos motivos que levaram a “um aumento da dependência das energias renováveis e do gás natural”, cujo consumo tem subido, com reflexos também no custo. A agravar o problema, está ainda a postura da Rússia, que não acompanhou a subida do consumo com um aumento do fornecimento à Europa, o que voltou a agravar o preço da energia.

Tal como Pedro Brinca, também o setor do turismo atribui a subida dos preços à inflação, principalmente motivada pelo aumento dos custos da energia e combustível, mas também de produção. Como resume Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, “está tudo a subir, desde os combustíveis, aos custos da distribuição, da construção, aos salários e também aos salários da hotelaria”. Na opinião da responsável, apesar da saída da pandemia também ter provocado um aumento da procura, não é esse tipo de inflação que explica a escalada a que se tem assistido e que, na hotelaria, é comum a todas as categorias de unidades. “Claro que o crescimento da procura induz, obviamente, quando há escassez, o crescimento do preço, mas aqui o fenómeno é muito mais profundo e preocupante. Pode induzir alguma coisa, alguns países sinalizam essa dinâmica como podendo ter aqui algum efeito adicional, mas não é o efeito principal”, explica.

A estes motivos, aponta ainda Francisco Calheiros, presidente da CTP – Confederação do Turismo de Portugal, é preciso juntar também o “aumento dos preços nos serviços associados à atividade turística, nomeadamente serviços de marketing, serviços bancários, financeiros e seguros”, assim como o efeito da “reorganização das cadeias logísticas de abastecimento de bens e serviços”, que também tem contribuído para o aumento de preço no setor do turismo.

Mais difícil é estimar quando é que esta crise dos preços termina, com Pedro Brinca a mostrar-se convicto que “esta dinâmica se irá manter pelo menos até ao próximo inverno”. “É de esperar que as disrupções das cadeias de abastecimento sejam progressivamente ultrapassadas e também que o retorno de uma maior disciplina orçamental possam ser fatores que contribuam para a estabilização da inflação”, indica.

Impacto no turismo
O efeito da inflação no turismo está espelhado nos mais recentes dados do INE, que indicam que, em janeiro, os preços da hotelaria e alojamento subiram 6.79%, nos serviços de refeições houve um aumento de 3.85%, nos restaurantes e hotéis a subida foi de 3.57% e nos restaurantes, cafés e estabelecimentos similares o aumento de preços chegou aos 4,11%.

Os dados económicos ajudam a perceber a escalada de um problema que é confirmado pelo setor, com o presidente da CTP a indicar que os aumentos se sentem em “praticamente todas as áreas, desde a aviação até à restauração, passando pelo alojamento e animação, não obstante os esforços das empresas em mitigar o impacto dos aumentos”.

Opinião idêntica manifesta Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da ARAC – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor, que representa grande parte das empresas de rent-a-car que operam em Portugal, que refere que “o aumento generalizado de preços está a acontecer em todo o mundo” e estima que, devido à inflação, “se assistirá a um aumento de preços generalizado nos vários produtos e serviços que compõem este importante motor da economia nacional”.

O aumento do preço da hotelaria nunca é uma oportunidade para a aviação”, Paulo Geisler, presidente da RENA

No rent-a-car, além da inflação e do combustível, há também a crise dos semicondutores, que está a provocar a escassez de veículos automóveis e a aumentar o seu custo, contribuindo para que os preços dos alugueres subam. “Face ao aumento dos vários custos de exploração por parte das empresas de rent-a-car e tendo em atenção a inflação que atinge toda a economia, caso não se verifique uma inversão da tendência inflacionista, é seguro que o preço dos serviços de aluguer de veículos sem condutor irá aumentar”, defende o responsável da ARAC.

Paulo Geisler, presidente da RENA – Associação das Companhias Aéreas em Portugal, também confirma a subida de preços na aviação, devido à inflação. Para o responsável, os preços vão continuar a subir, entre 3% a 4%, ainda que o combustível possa “alterar esta previsão”.

No alojamento turístico, cujo preço subiu cerca de 6,8% em janeiro, Cristina Siza Vieira mostra-se essencialmente preocupada com o “aumento de custos da energia que é, a par dos salários, um dos maiores custos da hotelaria” e diz que a hotelaria vai ter de “acompanhar o resto da inflação”. “Não vejo como é que poderia não ser assim se temos de absorver os custos de produção”, lamenta.

Este aumento de preços, também “acontece nas atividades da restauração, similares e do alojamento turístico, como acontece em todas as outras atividades económicas”, acrescenta Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, que diz, no entanto, esperar que o aumento de preços seja, este ano, compensado por uma “maior procura, nomeadamente de turistas internacionais, devido ao fim das restrições. “Todos desejamos que o mercado responda positivamente, e que seja possível compensar este aumento de custos e de produção, que tendencialmente poderá levar a um aumento de preços”, acrescenta.

O Publituris tentou ainda contactar a APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, mas, até ao fecho desta edição, a associação não esteve disponível para responder às questões colocadas.

Efeito na procura
A subida dos preços é um novo obstáculo que o turismo precisa ultrapassar, principalmente porque, como diz Pedro Brinca, “é normal que os aumentos de preços levem a uma diminuição da procura”. “Parte destes aumentos de preços podem refletir uma necessidade de tesouraria das empresas que sacrificam margem no longo prazo por uma maior receita no curto prazo. Nesta dimensão, é de esperar que a procura diminua”, considera, lembrando, no entanto, que a nível internacional também “existe um efeito de preços relativos”, pelo que é “preciso comparar com outros destinos e respetivas taxas de inflação” a situação de Portugal, que tem registado uma das inflações mais baixas da Europa.

Apesar de admitir que a procura pode diminuir devido ao aumento de preços, pois as empresas têm de refletir esses aumentos no valor cobrado aos clientes, sob “pena de entrarem em perda”, Cristina Siza Vieira mostra-se confiante de que não vai faltar procura, já que as previsões apontam para o crescimento da economia, o que, a juntar à vontade de viajar, depois de dois anos de pandemia, promete animar a hotelaria. “Também há boas notícias e quais são? É que também o crescimento da economia aconteça. Ou seja, que também haja um aumento do poder de compra dos consumidores de serviços de turismo, através do aumento dos salários, e que seja capaz de absorver esta subida de preços. Esta é a parte em que estamos todos um pouco mais otimistas”, aponta, realçando ainda o crescimento da poupança na pandemia como uma vantagem.

Já para a AHRESP, a expectativa é que as “empresas de restauração e do alojamento turístico vão tentar amortecer este efeito com ganhos de produtividade ou outras medidas procurando preservar os clientes deste impacto e para manter competitividade face à própria concorrência”. Ana Jacinto reconhece, contudo, que há limites e que, se a subida continuar, haverá “um momento que terão que inflacionar também os preços”.

Confiante está ainda a aviação, o único subsetor do turismo a apresentar uma evolução negativa da inflação em janeiro (-1,73%), com Paulo Geisler a explicar que, neste caso, a subida dos preços tem acontecido mais para “recuperar das reduções de preços realizadas nos últimos dois anos”.

Na aviação, a subida do preço é mais visível no transporte de carga, que beneficiou “das dificuldades de transporte rodoviário e marítimo”, enquanto no transporte de passageiros tudo vai depender “da capacidade dos operadores em trazer de volta a capacidade que tiveram de retirar do mercado durante os últimos dois anos para responder ao aumento de procura”. E, tal como a hotelaria, também a aviação espera uma recuperação, pois continua ainda aquém dos valores de 2019 e é provável que “muitas pessoas que optaram por fazer turismo doméstico nos últimos dois anos vão voltar a viajar internacionalmente”, defende.

Já no rent-a-car, que espera que o aumento de preços se verifique em todo o tipo de alugueres, mas principalmente nos contratos de curta duração, que têm mais custos, o aumento dos preços também deverá levar a “uma subida de preços no consumidor, como aliás é natural em qualquer economia de mercado”, admite Joaquim Robalo de Almeida.

Ameaça ou oportunidade?
Apesar da incerteza, a subida dos preços pode ser uma ameaça ou uma oportunidade para o turismo. Pedro Brinca explica que se “não for acompanhada por uma diminuição da procura, ou seja, se houver inflação generalizada inclusive nos salários da população mantendo o poder de compra e não houver mudanças significativas nos preços relativos, a inflação pode ser uma maneira de aliviar os encargos do stock de dívida”. E lembra que o turismo, “por via da sua estrutura de custos muito assente em investimentos à cabeça em equipamentos e infraestruturas, é dos setores mais alavancados da economia”.

As empresas de restauração e do alojamento turístico vão tentar amortecer este efeito com ganhos de produtividade ou outras medidas procurando preservar os clientes deste impacto e para manter competitividade face à própria concorrência”, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP

O professor da NOVA SBE nota ainda que, face a outros países, em Portugal as “ajudas diretas foram relativamente mais reduzidas e muito mais assentes em moratórias creditícias e fiscais”, o que ajuda a resolver “o problema da liquidez, mas não da solvabilidade”, pelo que o fim das moratórias, em dezembro de 2021, “poderá trazer problemas complicados de tesouraria associados à necessidade de reembolso de juros e capital, agora maiores devido aos prejuízos acumulados”. “Mas como a dívida está determinada em termos nominais, a inflação generalizada pode, como descrevi acima, dar um ajuda importante a diminuir os custos reais de capital”, acrescenta, lembrando que, a variação de Portugal face aos seus competidores, será um aspeto “determinante” para a competitividade internacional do país. “É provável que até tenhamos ganho competitividade relativa uma vez que a inflação em Portugal tem sido muito mais contida do que na generalidade dos outros países europeus”, explica, alertando, no entanto, que “a subida generalizada dos preços da energia, inclusive até em resultado da tensão na Ucrânia, é seguramente uma ameaça devido à pressão que fará nos preços das viagens”.

Por parte do setor, também há opiniões distintas, ainda que a incerteza deixe reticente parte dos intervenientes, num sentimento que é traduzido pela CTP, cujo presidente diz não ter dúvidas de que a escalada dos preços representa uma ameaça, pois resulta da “incorporação alheia e externa de custos”, com consequências negativas para as empresas, que se deparam “com a debilitação das suas já enfraquecidas contas de exploração e menores margens de comercialização”, enquanto os consumidores vão assistir à repercussão “de parte dos custos das empresas”.

Reticente está ainda Paulo Geisler, que está preocupado com o impacto na aviação da subida de outros preços do setor. “O aumento do preço da hotelaria nunca é uma oportunidade para a aviação”, diz, defendendo que os operadores que “controlam toda a estrutura de distribuição” conseguem “gerir melhor a distribuição do aumento de preços”.

Já para o rent-a-car, o aumento dos preços não deve ser visto como oportunidade ou ameaça, sendo antes “uma resposta inevitável à crescente subida dos custos suportados pelas empresas”. Por isso, a ARAC pede a descida do IUC e do ISV, bem como a aplicação ao rent-a-car da taxa intermédia de IVA (13%), “à semelhança do que se passa com a maioria dos demais serviços turísticos”, como medidas de “vital importância” para manter a competitividade do setor.

Na AHRESP, Ana Jacinto também diz que o aumento de preços não é oportunidade nem ameaça, sendo antes “um desafio”, até porque Portugal vive o mesmo cenário que os destinos concorrentes, “onde a mesma escalada de preços acontece” e até para valores mais elevados.

A associação antevê, no entanto, uma descida da procura doméstica e aumento da externa, com Ana Jacinto a referir que, a confirmar-se, esta realidade é uma “ameaça” para as empresas, que vão necessitar de trabalhar mais para a converter numa “oportunidade”.

Opinião idêntica manifesta Cristina Siza Vieira, que apesar de considerar que o aumento de preços é um “problema”, diz que não é uma ameaça, uma vez que “a hotelaria se tem vindo a preparar para mais este obstáculo”. “Já se modificaram as formas de prestar serviço, ganhou-se alguma eficiência, reduziram-se custos e alguns hotéis estão a fazê-lo ainda mais no housekeeping, para que os custos operacionais baixem. E o próprio consumidor está preparado para determinadas alterações e percebe que as coisas não podiam ser mantidas como estavam”, explica.

Apesar de estar preparada, a AHP considera que a hotelaria também devia ser alvo de alterações fiscais para ajudar as empresas a lidar com o aumento dos custos, a exemplo da redução da TSU, que pode ter um efeito “positivo quando os custos com os salários estão a subir”.

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Alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganham medalhas internacionais

Seis alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganharam medalhas em duas competições internacionais dinamizadas pela Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo (AEHT) e European Association of Hotel and Tourism Schools (EURHODIP).

Três medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze foi o resultado da participação dos alunos da rede de escolas do Turismo de Portugal em duas competições internacionais.

O ouro foi para Inês Claro, Augusto Pimentel Lobo e Rita Nunes Camacho, respetivamente das Escolas de Hotelaria e Turismo (EHT) de Lamego, Setúbal e Oeste.

A prata foi para Baltazar Santana, da Escola de Hotelaria e Turismo de Portimão e os dois bronzes foram para Lara Gomes e Dinis da Silva, respetivamente das EHT do Algarve e do Porto.

As seis medalhas foram conquistadas em duas competições, nomeadamente o concurso de Hotelaria e Turismo, dinamizados pela AEHT – Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo realizado em Riga, Letónia, e a competição organizada pela EURHODIP – European Association of Hotel and Tourism Schools, em Túnis, Tunísia.

Os dois campeonatos juntaram cerca de 500 alunos de 24 países da Europa, competindo em 17 modalidades que representam todas as áreas técnicas do Turismo, Hotelaria e Restauração.

As duas competições anuais que visam promover a excelência e a inovação nas áreas da hotelaria e do turismo, reúnem estudantes, professores e profissionais do setor para estimular o intercâmbio de conhecimentos e fomentar a colaboração entre instituições educativas e empresas do setor.

Para Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, “a conquista destes prémios por seis alunos das Escolas do Turismo de Portugal em dois prestigiados concursos internacionais representa não apenas um motivo de orgulho, mas também um exemplo inspirador do talento e da dedicação que caracterizam a formação em turismo no nosso país. Estes reconhecimentos internacionais reforçam a importância de continuar a investir na qualificação de excelência, elevando o nome de Portugal no setor e motivando futuros profissionais a abraçarem esta área com ambição e paixão.”

Refira-se que a rede de Escolas do Turismo de Portugal tem desempenhado um papel crucial na formação de profissionais para o setor, aliando técnicas modernas a uma abordagem prática e inovadora. A participação em competições internacionais como o Concurso Interescolas ou campeonatos europeus, permite aos alunos experimentar o que de melhor se faz na área a nível nacional e internacional, promovendo o desenvolvimento de competências essenciais e o networking com outros futuros profissionais.

Fica a lista completa dos medalhados portugueses, das respetivas competições e categorias:

Medalhas de Ouro
Inês Claro / EHT Douro-Lamego | concurso de Restaurante, da AEHT
Augusto Pimentel Lobo / EHT Setúbal | no concurso de F&B Management, da EURHODIP
Rita Nunes Camacho / EHT do Oeste | concurso de Tourism Management, da EURHODIP

Medalha de Prata
Baltazar Santana / EHT de Portimão | concurso de Culinary Arts, da EURHODIP

Medalhas de Bronze
Lara Gomes / EHT do Algarve | concurso de Barista, da AEHT;
Dinis da Silva / Escola de Hotelaria e Turismo do Porto | concurso Decathlon, da AEHT

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Turismo do Alentejo e Ribatejo aprova plano de atividade com acréscimo de 50%

A Entidade Regional da Turismo do Alentejo e Ribatejo aprovou o Plano de Atividades e Orçamento para 2025 num valor que ascende quase a 6,5 milhões de euros.

A Assembleia Geral da Entidade Regional da Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo aprovou, recentemente, por unanimidade, o Plano de Atividades e Orçamento para 2025.

O orçamento aprovado ascende a 6.745.295 euros, representando, “na receita e na despesa efetiva, face a 2024, acréscimos superiores a 50%”, revela a ERT em comunicado.

Por seu lado, o investimento previsto em atividades e investimentos, nas áreas da estruturação da oferta, promoção e gestão integrada do turismo, soma 4,4 milhões de euros.

“Será um orçamento de expansão da nossa atividade”, sublinha o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, “agora que contamos, finalmente, com o apoio dos Fundos Europeus”.

José Manuel Santos destaca ainda, no domínio da promoção, a execução do novo Plano de Promoção Turística para as duas regiões e as grandes campanhas de notoriedade na Extremadura e na Andaluzia.

Na apresentação do plano de ação para o próximo ano, o presidente da entidade regional enfatizou na área da estruturação da oferta, as linhas de ação dedicadas ao Enoturismo, Olivoturismo, Literário, Náutico e Walking & Cycling. “Vamos investir, predominantemente, nestes produtos”, disse.

José Santos aproveitou a sessão para fazer um balanço da atividade em 2024, tendo sublinhado o “bom grau de concretização das atividades” inscritas no plano do ano corrente, dando como exemplo a apresentação dos resultados dos Roteiros de Investimento, iniciativa que se saldou na identificação e promoção de uma dúzia de oportunidades de investimento em projetos hoteleiros na região. “Tudo o que fazemos tem de ter impacto, caso contrário é um desperdício de recursos”, destacou o presidente da ERT.

José Santos referiu ainda que a nova campanha do Alentejo para o outono/inverno estará no ar esta semana e que até final do ano a ERT estará fortemente envolvida na dinamização e comunicação, entre outras iniciativas, dos “Vinhos de Altitude”, em Portalegre, e do festival “Sabor a Porto Covo”.

O presidente da ERT salientou ainda a organização do 1.º Festival de Turismo Literário do Alentejo e Ribatejo que irá realizar-se nos dias 13, 14 e 15 de dezembro e uma press-trip ao Baixo Alentejo, no âmbito das comemorações do 10.º aniversário da inscrição do Cante na Lista do PCI da Unesco.

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Concorrência dá ‘luz verde’ à compra da Ritmos&Blues e Arena Atlântico pela Live Nation

A Autoridade da Concorrência (AdC) deu ‘luz verde’ à compra da promotora Ritmos & Blues e da gestora da Altice Arena pela Live Nation, anunciada em abril de 2023.

Em comunicado, a Autoridade da Concorrência (AdC) salienta que a decisão de “não se opor à operação de concentração envolvendo a aquisição pela Live Nation Entertainment Inc. (LNE), de uma participação de controlo indireto da Ritmos & Blues Produções, Lda. (R&B) e da Arena Atlântico — Gestão de Recintos Multiusos, S.A. (Arena Atlântico) e respetivas subsidiárias”, foi possível “após a LNE propor compromissos para resolver as preocupações jusconcorrenciais identificadas pela AdC na sua investigação”.

A decisão agora adotada foi precedida de uma “investigação aprofundada”, depois de a AdC ter considerado que a operação de concentração poderia resultar em “entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste, resultantes de restrições, totais ou parciais, no acesso à MEO Arena por concorrentes no mercado de promoção de eventos ao vivo e no mercado de serviços de bilhética”.

A LNE comprometeu-se, assim, a garantir o acesso de todos os promotores à MEO Arena com base em condições justas, razoáveis e não discriminatórias, que os preços da MEO Arena permanecem baseados em condições justas, razoáveis e não discriminatórias perante qualquer alteração hipotética futura, e que será estabelecido um limite máximo de utilização da MEO Arena pela LNE e pela R&B, de modo a permitir que os demais produtores tenham acesso à sala, entre outras garantias.

“Nestes compromissos, cuja última versão foi apresentada em 21 de outubro de 2024, a LNE esclareceu, ainda que a Arena Atlântico não pode impor quaisquer comissões, taxas ou encargos de qualquer tipo aos Operadores de ‘Ticketing’ e aos Promotores Terceiros, com exceção dos estabelecidos no Documento da Política de Preços da MEO Arena, que faz parte dos Compromissos assumidos pela LNE”, esclareceu a AdC.

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Número de visitantes em Macau sobe 13,7% para mais de três milhões em outubro

Macau recebeu mais de 3,1 milhões de visitantes em outubro, uma subida de 13,7% em termos anuais, indicam dados divulgados pelas autoridades.

tagsMacau

A entrada de 3.135.358 visitantes no território representa “uma recuperação de 97,7% do número” verificado no mesmo mês de 2019, ainda antes da pandemia da covid-19, disse a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Depois de três anos de rigorosas restrições devido à pandemia, o território reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a partir do início do ano passado.

No mês em análise, os números dos excursionistas (1.789.072) e dos turistas (1.346.286) subiram, em termos anuais, 23,2% e 3,1%, respetivamente, referiu a DSEC, em comunicado.

Em termos de origens de visitantes, a maioria (2.263.443) chegou do interior da China, o que representa uma subida de 16,1% em relação ao mesmo mês de 2023.

Já entre janeiro e outubro, o número de visitantes em Macau totalizou 29.056.272, mais 28,1% face ao período homólogo de 2023.

Na semana passada, a Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou que o número de visitantes a chegar a Macau, este ano, até 10 de novembro, ultrapassou 30 milhões.

Macau recebeu no ano passado 28,2 milhões de visitantes, quase cinco vezes mais do que no ano anterior e 71,6% do recorde de 39,4 milhões fixado em 2019, de acordo com dados oficiais da DSEC.

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Pipadouro ganha prémio como melhor experiência inovadora em enoturismo a nível mundial

A empresa de turismo fluvial de luxo no Douro é a única representante portuguesa na lista global do People’s Choice Awards, promovidos pela Great Wine Capitals Global Network.

A Pipadouro, empresa portuguesa de turismo fluvial no Douro, venceu o prémio internacional do público nos “Best of Wine Tourism Awards”, competição promovida pela Great Wine Capitals Global Network, destacando-se a nível mundial em Experiências Inovadoras em Enoturismo.

Os People’s Choice Awards de 2025 distinguiram cinco projetos de Espanha, um de França e um de Portugal, em sete categorias distintas, de entre 83 vencedores dos prémios regionais de cada um dos 12 membros da rede mundial de grandes vinhedos.

A operadora redefiniu o conceito de turismo fluvial no rio Douro e conquistou fama mundial ao longo dos últimos 17 anos com propostas de luxo vintage, que obedecem aos elevados padrões de exigência de um mercado que privilegia a qualidade superior, o conforto e a exclusividade.

Após vencer o prémio regional de Portugal, a Pipadouro concorreu com projetos de outros membros da Great Wine Capitals Global Network: Pasqua Vigneti e Cantine (Verona/Itália), Vergelegen Wine Estate (Cidade do Cabo/África do Sul), Natura Resorts (Bilbao/Espanha), Francey Vins – Nuit des Capites (Lausanne/Suíça), McLaren Vale Distelery/McLaren Vale (Adelaide/Austrália), Chateau de Cérons (Bordéus/França), Estación 83 na Bodega Trapiche (Mendoza/Argentina), Olabisi Winery (São Francisco e Napa Valley/Estados Unidos da América), Smith & Sheth Heretaunga Wine Studio (Hawke’s Bay/Nova Zelândia), e Corazón Continto (Valparaíso-Casablanca Valley/Chile).

“Surgimos com o propósito de proporcionar experiências inesquecíveis a quem nos visita, aliando a excelência e qualidade dos nossos serviços à beleza e autenticidade de uma região única: o Douro. Esta distinção internacional traz reconhecimento à empresa, ao enoturismo na região e igualmente a Portugal, cumprindo um dos nossos grandes objetivos, que passa por promover a região internacionalmente, pois sabemos que o Douro tem caraterísticas únicas – aliando qualidade e autenticidade – que devem ser reconhecidas mundialmente”, refere Ana Clara Silva, diretora de Operações da empresa.

A Pipadouro, que opera a partir de um cais privado no Pinhão, apresenta dois barcos classificados como Gentleman’s Vintage Boats. Para além do Friendship I, um superiate de 1957 que servia a Marinha inglesa, tem ao dispor o Pipadouro II, um Vintage Boat com 30 pés de comprimento, datado de 1965 e construído nos estaleiros de João Brites, em Lisboa, com recurso a desenhos da Americana Chris-Craft.

Navegando entre a foz do rio Douro, no Porto, e Barca D’Alva, aldeia que faz fronteira com Espanha, com as quintas, os vinhos e os mais distintos produtos locais no menu, a empresa apresenta propostas exclusivas de Um Dia no Douro, Almoço Vintage, Bed & Breakfast, Fim de Tarde, Jantar de Charme, Vintage Breakfast, Wine with a View, Vintage Wild Travel e How Vintage Can You Go, para além das inúmeras possibilidades de programas feitos à medida, e de partidas regulares entre o Pinhão e o Tua.

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Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede

A experiência do hóspede está nos detalhes e na capacidade de surpreender e cuidar

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Garantir uma experiência memorável aos hóspedes é essencial para qualquer estabelecimento, seja um hotel, uma pousada ou um alojamento local. A satisfação dos visitantes não depende apenas de um bom atendimento, mas também de detalhes que fazem a diferença no conforto e bem-estar. A seguir, partilhamos algumas dicas práticas para elevar a experiência do hóspede e garantir que a estadia seja inesquecível.

1. Atenção ao detalhe na decoração

A primeira impressão é crucial. O ambiente que o hóspede encontra ao chegar ao quarto pode definir a sua opinião sobre o local. Uma decoração acolhedora, com atenção aos detalhes, pode criar uma atmosfera convidativa. Aposte em cores neutras ou suaves, que transmitam tranquilidade, e certifique-se de que o quarto esteja sempre impecavelmente limpo e organizado. Um detalhe que pode fazer a diferença é a utilização de iluminação indireta e suave, que ajuda a criar um ambiente relaxante, ideal para descansar após um longo dia.

2. Conforto acima de tudo

O conforto físico do hóspede deve ser uma prioridade. Certifique-se de que a cama é confortável e que há várias opções de almofadas para diferentes preferências. Um toque adicional que pode elevar a experiência é oferecer mantas macias e aconchegantes para as noites mais frescas. Esses pequenos detalhes não passam despercebidos e mostram que o alojamento está preocupado em proporcionar o melhor conforto possível.

3. Atenção personalizada

Um dos maiores diferenciais de um bom alojamento é a atenção personalizada. Tente antecipar as necessidades dos hóspedes e ofereça serviços adaptados às suas preferências. Um exemplo simples é deixar uma nota de boas-vindas com o nome do hóspede ou perguntar previamente sobre qualquer preferência alimentar, especialmente no caso de dietas restritivas. Pequenos gestos como estes fazem com que os hóspedes se sintam valorizados e bem tratados, aumentando as chances de retorno ou recomendação.

4. Experiências locais

Oferecer aos hóspedes experiências locais autênticas pode elevar significativamente a qualidade da estadia. Recomendar passeios, restaurantes típicos ou eventos culturais da região demonstra que o estabelecimento está bem conectado com a comunidade e deseja proporcionar uma imersão no destino. Alguns estabelecimentos até oferecem parcerias com guias turísticos ou empresas locais para garantir uma experiência personalizada e única. Além disso, ter guias turísticos, mapas ou brochuras disponíveis no quarto é um gesto simples, mas que pode facilitar muito a vida do hóspede.

5. Tecnologia como aliada

A tecnologia pode ser uma excelente aliada para proporcionar uma experiência moderna e conveniente. Oferecer Wi-Fi de alta velocidade gratuito é praticamente obrigatório nos dias de hoje, mas é possível ir além. Considere a possibilidade de incluir carregadores universais nos quartos, altifalantes Bluetooth ou até tablets com informações sobre o hotel e sugestões de atividades. A chave está em garantir que a tecnologia ofereça conveniência e não se torne uma complicação, sendo intuitiva e de fácil acesso.

6. Limpeza impecável

Não há nada mais desagradável do que chegar a um alojamento e encontrar vestígios de falta de limpeza. Garanta que a limpeza dos quartos, casas de banho e áreas comuns seja feita com rigor e regularidade. O cheiro agradável e a organização dos espaços contribuem para uma sensação de bem-estar. Além disso, certifique-se de que toalhas e roupa de cama estejam sempre impecavelmente limpas e em boas condições, substituindo-as sempre que necessário.

7. Pequenos mimos que fazem a diferença

Por fim, pequenos mimos podem fazer toda a diferença na percepção do hóspede sobre o local. Ofereça garrafas de água, chá ou café de cortesia no quarto, juntamente com snacks ou frutas frescas. Outra ideia é deixar um pequeno kit de cuidados pessoais, como produtos de higiene de qualidade ou um roupão confortável, para que o hóspede se sinta em casa. Esses detalhes inesperados mostram um cuidado adicional e são sempre bem-vindos.

 

A experiência do hóspede vai além do básico; está nos detalhes e na capacidade de surpreender e cuidar. Ao seguir estas dicas práticas, pode transformar uma estadia comum numa experiência memorável, criando uma impressão duradoura e positiva. O foco deve ser sempre o bem-estar do hóspede, proporcionando conforto, personalização e atenção ao detalhe, resultando em mais satisfação e fidelização.

 

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Hélder Martins mantém-se como presidente da AHETA

A AHETA elegeu os corpos sociais para o triénio 2025-2027, mantendo-se Hélder Martins como presidente.

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tagsAheta

A única lista a concorrer para os corpos sociais da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) – Lista A – que integrava todos os membros que compunham a lista apresentada em 2022, embora reforçada por mais algumas empresas em virtude da alteração de estatutos entretanto realizada, foi declarada vencedora, com a totalidade dos votos expressos, a favor.

Hélder Martins presidente reeleito, refere, em comunicado que “é de salientar, em primeiro lugar a confiança depositada pelos associados, o que muito agradecemos e a nossa promessa é de continuar a trabalhar para afirmar a AHETA como principal associação regional, na área do turismo. Numa altura em que nos deparamos com tantos desafios, temos que juntar todos os esforços no sentido de garantir a solidez das empresas para continuar a apostar na melhoria das condições dos nossos colaboradores, razão fundamental do sucesso do turismo e, por outro lado, continuar a apostar na qualidade dos empreendimentos turísticos com vista a uma melhor garantia de ‘value for money’, na perceção dos turistas.

Por seu lado, Mário Ferreira, o novo Presidente da Assembleia Geral, “espera continuidade no que se refere aos compromissos assumidos nestas e nas anteriores eleições, que nos elegeram”, apontando a conclusão da “criação do Gabinete do Associado, como meio de ouvir as empresas e ajudar a resolver os seus problemas; densificar os Gabinetes de Apoio Jurídico e Apoio ao Investimento”.

“Espero ainda que a AHETA continue a ganhar escala de representação, seja por via orgânica angariando novos associados, seja por cooperação ou agregação com entidades que concorrem para os mesmos objetivos”, frisa o novo Presidente da Assembleia Geral.

E conclui: “o Algarve, enquanto Região e Destino Turístico, tem especificidades que devem ser defendidas pelas próprias empresas, pois ninguém o irá fazer por nós. Só uma AHETA forte e representativa, como ator de peso no conjunto das instituições, poderá defender as empresas do Algarve da tentação centralista de Lisboa”.

A tomada de posse terá lugar a 20 de novembro, às 19.30 horas no Hotel Alísios, em Albufeira, presidida pelo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.

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Destinos

Todos os olhos estão na Ásia, com destaque para a Índia

Uma recente análise da Google aponta para um forte crescimento das viagens internacionais até 2040. E se no WTM Global Travel Report, apresentado durante o WTM 2024, se aponta para 2 biliões de turistas internacionais, a análise da Google amplia esse número para 2,4 biliões.

Victor Jorge

Com a indústria das viagens a enfrentar grandes desafios nos últimos anos, com a história a demonstrar tratar-se de um setor altamente resiliente, uma recente análise da Google mostra que, mesmo defrontando acontecimentos imprevistos, as pessoas não perderam o interesse em viajar e explorar novas experiências.

No “Travel Vision 2040”, a google, juntamente com a Deloitte e players do setor das viagens, apontam para um crescimento das viagens internacionais em 60% até 2040, fixando o número de turistas internacionais nessa altura nos 2,4 biliões.

A ascensão da Índia
O panorama das viagens, em 2040, assistirá, segundo a análise publicada pela Google, à ascensão ou reforço de novos mercados de origem, indicando a Índia, China e os EUA como os mercados de crescimento mais rápidos.

O destaque vai, de resto, para os viajantes indianos, que aumentam em cinco vezes até 2040, impulsionados pelo aumento da posse de passaportes e por políticas de vistos menos rígidas. “São pessoas com conhecimentos digitais e que tomam decisões rápidas, reservando voos internacionais com um prazo médio inferior a 50 dias (por comparação, com o prazo médio global de quase 70 dias)”.

O relatório salienta, no entanto, que a diversidade linguística e cultural da Índia exige uma abordagem localizada por parte das marcas. “O país tem muitas línguas diferentes, sendo que 10 delas têm mais de 30 milhões de falantes nativos cada. E a maioria dos indianos prefere utilizar a sua língua local para pesquisar e efetuar tarefas online”, referem os autores.

Por outro lado, do globo, os EUA continuam a ser um poderoso mercado de origem nas viagens. Os viajantes norte-americanos já representam 10% da procura de todas as viagens europeias e constituem 40% de todos os viajantes não europeus na região. “Estes viajantes são extremamente conscientes da marca, com 78% dos consumidores norte-americanos dispostos a pagar mais por uma marca que conhecem”, refere a Google.

As empresas de viagens devem, por isso, concentrar-se em estabelecer – ou aumentar o conhecimento – da sua marca nestes mercados de origem emergentes e em crescimento. “Em 2040, as pessoas já devem conhecer a marca quando estão a planear as próximas férias, em vez de a descobrirem pela primeira vez”, frisa a análise.

Os novos “hotspots”
O panorama das viagens em 2040 não é apenas moldado pelo local de onde os viajantes saem, mas também pelo local para onde viajam, destaca a Google. Prevê-se, assim, que Espanha ultrapasse França como o país mais visitado do mundo – embora seja uma corrida renhida entre ambos os mercados – e que o recém-chegado México entre no top 5 dos destinos mais populares.

Contudo, os países europeus continuarão a ser um dos principais atrativos para quem vai de férias, a par da Ásia e da América do Norte.

Espera-se, também, que o Médio Oriente assista a um afluxo de viajantes, registando a taxa de crescimento anual mais elevada prevista para as chegadas entre o presente ano (2024) e 2040.

E aqui, dois mercados estão a fazer “trabalho extra” neste domínio: a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU). “O aumento do interesse da Arábia Saudita é alimentado por infraestruturas atualizadas e reformas dos vistos de entrada, impulsionadas por projetos turísticos ambiciosos”, enquanto a popularidade dos Emirados Árabes Unidos basear-se-á “na oferta de experiências de alta qualidade e de ofertas de luxo”.

Raúl González, coautor do relatório e CEO do Barceló Hotel Group para a Europa, Médio Oriente e África, explica no relatório que “as marcas, em destinos em crescimento, terão de se adaptar a diferentes tipos de viajantes”. E acrescenta: “quando as pessoas reservavam um hotel há 30 anos, queriam apenas uma cama. Atualmente, querem uma experiência personalizada e local”. Por isso, admite ainda, “é importante analisar os dados para compreender as novas expectativas dos clientes”.

A analise sobre o panorama das viagens em 2040 também mostra que a diversificação de destinos em locais já populares continuará a aumentar. “Ao elaborar a sua estratégia para o futuro, analise a forma como pode satisfazer os visitantes de diferentes países”, salienta a Google.

Informado, exploratório e envelhecido: eis o viajante do futuro
Com o surgimento de novos mercados de origem, a análise da Google divide o viajante do futuro em duas categorias distintas: “emergentes e maduros”. Os viajantes emergentes gravitam mais em torno de destinos maduros, enquanto os viajantes maduros são cada vez mais atraídos por locais fora dos circuitos habituais.

“Os viajantes emergentes – como os da Índia – procuram inicialmente mercados que sejam simultaneamente destinos de viagem estabelecidos e próximos de casa”, explica Patricia Ruiz Ramos, Senior Manager Strategy Consulting Practice da Monitor Deloitte. “É por isso que os países vizinhos verão primeiro o impacto dos viajantes emergentes. Os locais mais distantes, como os da Europa, irão sentir os efeitos à medida que o poder de compra destes viajantes aumentar.”

A análise revela, também, que ambos os tipos de viajantes são altamente informados e realizam pesquisas extensas antes das suas viagens. Não se limitam a fazer reservas, procuram confiança e segurança nas suas decisões.

“À medida que a população mundial envelhece e os indivíduos entram na reforma com melhor saúde, está a surgir um novo segmento de viajantes com necessidades e preferências distintas”, afirma Ruiz Ramos. “Isto, juntamente com o interesse crescente em experiências culturais e históricas entre os viajantes de países como o Japão e a China, representa uma oportunidade significativa para as empresas de viagens explorarem este mercado em crescimento, adaptando as suas ofertas para satisfazer as exigências específicas destes viajantes.”

E a Google deixa um recado final: “lembre-se, 2,4 mil milhões de viajantes estão à espera. O futuro das viagens pertence às marcas e destinos que estão preparados”.

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Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade da marca em nova campanha

Depois da iniciativa “Vive a Madeira por inteiro” para o mercado nacional, complementada pela versão internacional “Experience Madeira for yourself”, a Associação de Promoção da Madeira lança agora uma nova campanha de Natal.

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A Madeira acaba de lançar uma Campanha de Natal, reforçando “o espírito de pertença e autenticidade da marca com um novo apelo à vivência plena do destino”.

Em 2023, o destino apresentou a iniciativa “Vive a Madeira por inteiro” para o mercado nacional, complementada pela versão internacional “Experience Madeira for yourself”. Esta campanha, ainda ativa, tem como conceito central a ideia de que o arquipélago oferece tudo o que se pode desejar num destino: montanha, mar, cultura e autenticidade, fazendo da Região um lugar para todos e durante todo o ano.

Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, a Associação de Promoção da Madeira (AP-M) optou por uma abordagem “disruptiva”, admitindo que estar fisicamente na Região “é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer”.

Para a época de Natal, o destino segue esta mesma linha de autenticidade e proximidade. “A nova campanha do próximo mês de dezembro convida a viver as festividades na ilha com intensidade, capturando o espírito do povo madeirense e o modo como o destino se transforma para as celebrações de fim de ano. Na Região, não há um copo ‘meio cheio’ ou ‘meio vazio’: a proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, pode ler-se no comunicado de imprensa.

A campanha também reforça o compromisso da marca com o sentimento de pertença e comunhão – traduzido nas assinaturas “Madeira. Tão tua” e “Madeira. Belongs to all” – e destaca o posicionamento do destino como um lugar “vibrante e autêntico”, onde cada visitante encontra experiências que tocam profundamente o seu coração e o fazem sentir-se parte de algo único.

Esta nova fase da campanha de Natal reafirma o compromisso do destino em “atrair públicos diversos, fortalecendo a ligação entre a Madeira e os viajantes, especialmente em épocas de celebração”.

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KLM com três novos destinos para 2025

A KLM acaba de anunciar a expansão da sua rede internacional, passando a voar para três novos destinos a partir de maio de 2025.

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San Diego (EUA), Georgetown (Guiana) e Hyderabad (Índia) são os três novos destinos que a KLM irá acrescentar à sua rede intercontinental com novos serviços a partir de Amsterdão.

A partir de 8 de maio de 2025, a KLM vai operar três voos diretos/semana na rota Amsterdão-San Diego (terças, quintas e domingos), num Boeing 787-9, fazendo desta a 22.ª ligação direta da KLM entre Amsterdão e a América do Norte.

A rota Amsterdão-Georgetown será operada com dois voos/semana (quartas e sábados), num Airbus 330-200, a partir de 4 de junho de 2025, com uma breve escala em Saint Martin na ida.

Já a partir de 2 de setembro, haverá três voos diretos semanais na rota Amsterdão-Hyderabad (terças, sextas e domingos), num Boeing 777-200ER, sendo esta a quarta ligação direta entre Amsterdão e a Índia.

A cidade californiana de San Diego representa “um mercado grande” e não operado pela joint-venture das companhias Air France, KLM, Delta Air Lines e Virgin Atlantic, “com um crescimento constante na última década”, refere a companhia.

Georgetown é a capital da Guiana e tem sido também um mercado “em franco crescimento nos últimos anos”.

Hyderabad é a capital do estado indiano de Telangana e é conhecida como a “capital farmacêutica da Índia”.

Estes e outros destinos podem ser alcançados a partir de Lisboa ou do Porto via hub em Amsterdão-Schiphol.

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