Omicrón penaliza tráfego de passageiros nos aeroportos europeus em janeiro
A ACI-Europe revela que, em janeiro de 2022, o volume de passageiros nos aeroportos europeus ainda permaneceu 45,7% abaixo dos níveis pré-pandemia (janeiro de 2019), e também não esteve em linha com os resultados do mês anterior.

Carolina Morgado
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Dados da ACI-Europe referentes ao mês de janeiro de 2022 revelam que o volume de passageiros nos aeroportos europeus ainda permaneceu 45,7% abaixo dos níveis pré-pandemia (janeiro de 2019), e também não esteve em linha com os resultados do mês anterior – dezembro de 2021 (-39,4%), devido às restrições relacionadas à Omicron que interromperam a recuperação, obrigando as companhias a ajustarem as suas capacidades.
No entanto, no mês em análise, o tráfego de passageiros na rede aeroportuária europeia aumentou 158% face ao mesmo período do ano passado, quando grande parte do continente permaneceu em bloqueio total e o acesso à maioria dos mercados intercontinentais foi interrompido.
Segundo Olivier Jankovec, diretor geral da ACI-Europe, “o positivo é que agora estamos fora dessa dinâmica. Os regimes de viagem estão finalmente a alinhar-se, permitindo que pessoas totalmente vacinadas voltem a viajar livremente dentro e fora da Europa, e as restrições locais também estão a ser aliviadas em todo o continente. No entanto, quando as perspetivas finalmente estavam a clarear, a atroz invasão da Ucrânia pela Rússia acaba por lançar a mais longa das sombras”.
A quebra do tráfego de passageiros foi impulsionada principalmente pelo mercado UE+( 27 da União Europeia, mais o Reino Unido e a Suíça), com um decréscimo de 43,7% em dezembro para -51,1% em janeiro. Por outro lado, o efeito Omicrón foi muito mais limitado no resto da Europa, com o volume de passageiros a cair 20,1% em dezembro para -23,8% em janeiro.
Nesta área geográfica, a queda no tráfego doméstico de passageiros foi particularmente expressiva, passando de -28,8% em dezembro para -45% em janeiro, refletindo as restrições locais que limitavam as atividades sociais e impactavam a mobilidade em muitos países. O tráfego internacional de passageiros também diminuiu acentuadamente, de -47,8% em dezembro para -52,8% em janeiro de 2022. Estes resultados são sempre em comparação com o 2019.
A diferença de desempenho no tráfego de passageiros entre os mercados nacionais da UE+ aumentou significativamente em janeiro, em parte como reflexo das diferentes respostas dos Estados à Omicrón no que diz respeito às restrições locais e de viagem. Os melhores desempenhos vieram dos aeroportos localizados em Portugal (-38,9%), Croácia (-33,3%), Espanha (-37,5%) e Bulgária (-38,2%). Por outro lado, os aeroportos da República Checa (-64,9%), Suécia (-61,8%), Finlândia (-61,2%) e Alemanha (-60,6%) registaram as maiores quedas.
No resto da Europa, os aeroportos dos mercados mais pequenos como Kosovo (+15%), Albânia (+13,1%) e Bósnia Herzegovina (+5,7%) atingiram volumes de tráfego de passageiros superiores aos níveis pré-pandemia (2019) em janeiro. Enquanto isso, as restrições relacionadas à Omicrón pesaram fortemente nos aeroportos de Israel (-69,2%) e Islândia (-64,4%).
O desempenho do tráfego de passageiros dos cinco maiores aeroportos da Europa também caiu em janeiro em 48,5% face ao mês anterior (-42,3% em dezembro) e manteve-se abaixo da média europeia.
A movimentação de aviões no espaço europeu aumentou 97% em janeiro em relação ao mesmo período do ano passado, permanecendo em 42,1% abaixo dos níveis pré-pandemia (janeiro de 2019). Este também foi um declínio acentuado em relação ao mês anterior (dezembro de 2021 em -23,8%).
Durante o mês de janeiro, os aeroportos que recebem mais de 25 milhões de passageiros por ano (Grupo 1), entre 10 e 25 milhões de passageiros (Grupo 2), entre 5 e 10 milhões de passageiros (Grupo 3) e aeroportos que recebem menos de 5 milhões de passageiros por ano (Grupo 4) relataram um decréscimo médio de 48,6%, 44,2%, 39,7% e 38%, respetivamente.