Setores ligados ao turismo entre os que menos empresas criaram em 2021
O Alojamento e Restauração foi ainda um dos setores onde o número de insolvências mais aumentou face aos números pré-pandemia.
Inês de Matos
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Os setores ligados ao turismo, como os Transportes e o Alojamento e Restauração, mantiveram-se, em 2021, entre os que menor número de novas empresas criaram, segundo o Barómetros Informa D&B, divulgado esta quarta-feira, 5 de janeiro.
De acordo com os dados do Barómetro Informa D&B, em 2021, a criação de novas empresas caiu 55% no setor dos Transportes, enquanto no Alojamento e Restauração apresentou uma quebra de 27%, sendo dois dos setores económicos em que o número de novas empresas mais caiu em relação ao período pré-pandemia.
“Os setores dos Transportes, do Alojamento e restauração e dos Serviços gerais são aqueles em que o empreendedorismo continua afetado pela pandemia, mostrando valores mais distantes de 2019”, indica a consultora, num comunicado enviado à imprensa.
Segundo o Barómetro Informa D&B, em 2021, “nasceram em Portugal 41 656 novas empresas, um número 9,6% superior a 2020, mas ainda 15,9% abaixo de 2019”.
Apesar da comparação negativa face aos números pré-pandemia, o Barómetro Informa D&B indica que o ano terminou “com um sinal positivo, com a evolução trimestral da constituição de novas empresas a mostrar uma aproximação aos valores de 2019 a partir do 2º trimestre”.
Os setores das Atividades imobiliárias, das Tecnologias de informação e comunicação (TIC) e da Agricultura e outros recursos naturais foram, no entanto, “os únicos que em 2021 ultrapassaram o ano de 2019 na criação de novas empresas”.
O Barómetro Informa D&B aponta também um “grande crescimento do comércio online”, uma vez que “a pandemia e as restrições à circulação criaram oportunidades para áreas de atividade específicas, como é o caso do retalho online”.
Já os encerramentos e insolvências mantiveram-se “relativamente baixos, registando valores inferiores a 2019”, o que a consultora atribui, “em grande parte, às medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas”.
Em 2021 encerraram 12 900 empresas, menos 13,6% que no período homólogo e menos 27,5% do que em 2019, sendo que todos os setores registaram níveis inferiores a 2019 e apenas o setor da Construção apresentou, em 2021, mais encerramentos do que em 2020.
No caso das insolvências, que desceram 14,1% face a 2020 (menos 321 novos processos) e de -11,3% face a 2019 (menos 248 novos processos), num total de 1 951 empresas que iniciaram o processo, o destaque pela negativa também vai para o Alojamento e Restauração, que registou um aumento de processos de insolvência face ao período pré-pandemia.
“A esmagadora maioria dos setores de atividade encontra-se em níveis inferiores a 2019, com a exceção do Alojamento e Restauração (+90 novos processos) e dos Serviços Gerais (+31 novos processos)”, conclui a consultora.