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Pandemia atrasa mas não altera rumo de Portugal no turismo médico

A alta taxa de vacinação e a resposta positiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à pandemia ajudaram a projetar uma imagem positiva do país além-fronteiras e que pode contribuir para afirmar Portugal enquanto destino de excelência no turismo médico. Agora, é necessário retomar a promoção, até porque, apesar de não ter alterado a estratégia, a pandemia veio atrasar o trabalho que estava em curso.

Inês de Matos
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Pandemia atrasa mas não altera rumo de Portugal no turismo médico

A alta taxa de vacinação e a resposta positiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à pandemia ajudaram a projetar uma imagem positiva do país além-fronteiras e que pode contribuir para afirmar Portugal enquanto destino de excelência no turismo médico. Agora, é necessário retomar a promoção, até porque, apesar de não ter alterado a estratégia, a pandemia veio atrasar o trabalho que estava em curso.

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A alta taxa de vacinação e a resposta positiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à pandemia ajudaram a projetar uma imagem positiva do país além-fronteiras e que pode contribuir para afirmar Portugal enquanto destino de excelência no turismo médico. Agora, é necessário retomar a promoção, até porque, apesar de não ter alterado a estratégia, a pandemia veio atrasar o trabalho que estava em curso.

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Conhecido pelos elevados gastos que motiva e receitas generosas que gera, o turismo médico tornou-se, a partir de 2017, numa aposta efetiva de Portugal. Este produto turístico, que segundo um estudo do mesmo ano do Conselho Mundial das Viagens e Turismo (WTTC, sigla em inglês) cresceu 358%, entre 2000 e 2017, passando a valer qualquer coisa como 11 mil milhões de dólares e a representar 1,2% dos gastos globais relacionados com o turismo a nível internacional, entrou oficialmente no radar nacional com a Estratégia Turismo 2027, quando “o Turismo de Saúde e Bem Estar, e o Turismo Médico em particular, foram identificados como ativos emergentes face ao seu reconhecimento internacional, potencial de crescimento e valor acrescentado”, lembra o Turismo de Portugal, em resposta ao Publituris.

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A partir daí, foram surgindo várias iniciativas que visavam promover Portugal como um destino de referência para este tipo de turismo, que junta procedimentos e tratamentos médicos à típica oferta de lazer. O objetivo passava por aliar o melhor desta oferta de lazer, e pela qual o país já é reconhecido além-fronteiras – basta lembrar os inúmeros prémios recebidos – a um moderno conjunto de infraestruturas hospitalares privadas que o país também disponibiliza para mostrar que Portugal também pode ser uma opção neste produto.

Tudo parecia correr de feição e, apesar de se admitir que era preciso trabalho para dar visibilidade à oferta nacional e competir com países que há muito se afirmam neste tipo de turismo, projetos não faltavam. 2019 parecia mesmo ser o ano do tiro de partida para uma promoção mais constante. Em agosto desse ano, o Turismo de Portugal e o Health Cluster Portugal (HCP) lançavam o Portugal Health Passport, uma plataforma com toda a oferta de serviços médicos privados disponibilizados no país e que surgiu no âmbito da campanha Brelcome, destinada ao mercado britânico. Mais tarde, em dezembro, era a vez de ser assinado um protocolo de cooperação para a promoção internacional da oferta nacional neste segmento, cujo potencial volume de negócios, estimava o Turismo de Portugal, rondava os 100 milhões de euros por ano. Além de pretender impulsionar o reconhecimento e a notoriedade internacional do país enquanto destino de turismo médico, este protocolo visava também a gestão de sinergias entre o Turismo de Portugal, o HCP, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), as quatro entidades que assinaram o documento.

Até que chegou a pandemia e tudo ficou em suspenso. “A pandemia teve impactos nunca até então vistos, designadamente no que diz respeito à mobilidade das pessoas o que, além de retirar as condições mínimas de estabilidade, fez cair o assunto para os níveis mais baixos de prioridade”, admite Joaquim Cunha, diretor executivo do HCP, em resposta ao Publituris.

Potencial

O impacto da pandemia nos planos traçados para o turismo médico foi, como diz Joaquim Cunha, “sobretudo o de suspender toda a atividade e dinâmica em curso”. O diretor executivo do HCP dá como exemplo a plataforma Portugal Health Passport que, neste período, foi “orientada para agilizar o processo de realização de testes” dos turistas que continuaram a visitar Portugal.

No entanto, apesar das muitas mudanças a que a COVID-19 obrigou, nem todas foram negativas, até porque, como acrescenta Nazir Sacoor, CEO da Longevity, que aposta no turismo médico, assim como no segmento de saúde e bem-estar no Longevity Health & Wellness Hotel, no Algarve, “a COVID-19 veio alertar todos que a saúde é o bem mais precioso”. “As pessoas estão mais atentas aos sinais que o corpo lhes dá e à importância que o sistema imunitário tem na defesa contra vírus”, considera, numa ideia que é também defendida por Joaquim Cunha, para quem a “pandemia tornou ainda mais clara a visão global da saúde, o que, conjugado com manifestos ganhos em termos da sua centralidade na vivência coletiva, alarga o quadro de oportunidades para o turismo médico”.

Certo é que, como considera Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Portugal conta com uma boa oferta neste segmento e tem “excelentes condições para se posicionar como um player relevante neste setor”.

Foi por isso que, explica o responsável, APHP entrou no protocolo de cooperação para promover a oferta nacional de turismo médico, cujos parceiros, defende Óscar Gaspar, têm condições de “provar que o turismo médico não é apenas uma ideia com potencial, mas tem mesmo condições de realizar esse potencial”.

Na opinião do responsável, “os hospitais privados em Portugal têm uma oferta diferenciada e de excelência comprovada”, que já vai sendo reconhecida em algumas áreas. “Há vários hospitais com acreditação internacional e já hoje há diversos casos em que o nosso país é o destino preferido para áreas como a avaliação e a traumatologia desportiva, por exemplo”, indica. Para Óscar Gaspar, “Portugal é um país que recebe bem, seguro, que respeita as pessoas e as suas culturas e é também um país muito desenvolvido na área das ciências da vida, pelo que esta aliança é claramente ganhadora e tem uma proposta de valor muito importante para quem nos quiser visitar (também) para tratar dos seus problemas de saúde”.

Além das condições hospitalares, Portugal conta ainda com oferta no âmbito da saúde e bem-estar, um mercado que, não estando diretamente ligado ao turismo médico (que pressupõe hospitalização), pode ser complementar, nomeadamente ao nível da recuperação ou de tratamentos terapêuticos não cirúrgicos, para os quais as termas, por exemplo, são há muito recomendadas. João Pinto Barbosa, diretor geral da Associação Termas de Portugal (ATP), concorda que o país tem potencial neste mercado e lembra que, apesar do mau momento que as estâncias nacionais viveram, com o encerramento por decreto durante 193 dias devido à pandemia, vários estudos internacionais têm demonstrado que “o termalismo desempenha um papel fundamental na redução de risco de doenças crónicas que têm maior correlação com os casos mais severos da doença COVID-19”, motivo pelo qual se mostra convicto que os próximos tempos vão trazer “oportunidades únicas para as Termas poderem afirmar o seu papel de protagonismo na melhoria da qualidade de vida”.

Imagem

Ao potencial que o país já tinha neste segmento e ao facto da saúde estar atualmente no centro das atenções, Portugal junta agora, e em resultado da pandemia, outra vantagem: a boa imagem com que saiu desta crise, fruto da resposta positiva à pandemia e da alta taxa de vacinação, que coloca o país na liderança mundial. Ao Publituris, o Turismo de Portugal diz não ter dúvidas de que, devido a essa resposta positiva, Portugal é, hoje, “percecionado internacionalmente como um bom exemplo em termos de organização e capacidade de resposta do SNS às situações decorrentes da crise pandémica, mas também no que toca à vacinação da população portuguesa, tendo atingido uma taxa de vacinação completa de 85% da população numa fração de meses”.

E também Joaquim Cunha considera que o país, ainda que “com alguns altos e baixos, sai desta crise associado a um desempenho dentro da média do que se observou na Europa e com um registo marcadamente positivo no que diz respeito ao processo de vacinação”, motivo pelo qual defende que, se a pandemia veio mudar alguma coisa na imagem de Portugal enquanto destino de turismo médico, essas foram até mudanças “de sentido positivo”, numa opinião que é partilhada pelos restantes players do setor ouvidos pelo Publituris.

Já Óscar Gaspar destaca essencialmente a alta taxa de vacinação que o país foi capaz de alcançar como uma prova da “capacidade de organização” portuguesa e sublinha que “as instituições de saúde e os seus profissionais, seja do SNS, seja de hospitais privados, têm excelentes condições, formação e empenhamento para responder às eventualidades que se colocam”.

Como diz o diretor executivo do HCP, “na Saúde, em regra, desafios e oportunidades andam muito juntos”. Por isso, associadas ao maior desafio que a saúde já trouxe ao país, começam agora a vislumbrar-se algumas vantagens. “Portugal geriu o processo de vacinação à escala nacional e a consequente redução de impacto negativo em infeções, hospitalizações e mortes relacionadas com a COVID-19 projetaram uma imagem positiva em termos de saúde pública e que ajuda sempre na afirmação da imagem no turismo de saúde e bem-estar e também no turismo médico”, concorda Nazir Sacoor, defendendo que, agora, “há que alavancar essa reputação e dar saltos qualitativos na afirmação de Portugal como destino de referência nesses dois mercados”.

Na ATP, a expetativa é igualmente positiva, com João Pinto Barbosa a lembrar que também “a conjuntura internacional pós-COVID-19 é favorável ao crescimento dos produtos de turismo de saúde e bem-estar, com a valorização crescente do equilíbrio do corpo em harmonia com a natureza, como forma de promoção da saúde e de combate à doença”.

Mais dúvidas parece ter Luís Veiga, administrador executivo do grupo Natura IMB Hotels, que há muito vem a apostar no turismo médico, assim como de saúde e bem-estar em todas as unidades do grupo, mas especialmente no H2otel, onde existem ofertas específicas de Medical Spa, e que considera que a pandemia “não afetou nem deixou de afetar” a imagem do país, uma vez que “Portugal nunca se posicionou estrategicamente nesse produto”.

Apesar de se mostrar critico face à estratégia, Luís Veiga considera que a capacidade do país se manter competitivo será o maior desafio da pandemia, até porque “a oportunidade será impactante se os investimentos forem direcionados para segmentos de valor acrescentado”.

Estratégia e promoção

Apesar da pandemia ter atrasado a promoção, não mudou a estratégia nem os objetivos. Como refere Óscar Gaspar “a estratégia não mudou necessariamente, esteve suspensa pela pandemia, e há que voltar ao propósito de promover Portugal como um destino de turismo médico”. “Os anos de 2020 e 2021 nem sequer justificavam esforço de promoção para um mercado que estava compulsivamente fechado. Este é o tempo de retomar as atividades”, considera.

Joaquim Cunha também concorda e revela que, mesmo durante a pandemia, o HCP não parou de promover Portugal enquanto “destino amigo da Saúde em todas as suas dimensões: ciência, inovação e indústria, e prestação de cuidados”, tendo mesmo lançado, em novembro de 2020, “a marca umbrella “Health Portugal” onde se pretende abrigar desde a biotecnologia e farma, até à exportação de I&D, passando pela smart health, pelos ensaios clínicos, ou pelo turismo médico”. O diretor executivo do HCP entende que os desafios neste segmento “estão, como estavam, essencialmente do lado reputacional”, o que passa por “afirmar e promover a qualidade” da oferta nacional nos mercados e geografias selecionadas como alvo, “suportada em produtos ajustados à procura”. E, neste ponto, acrescenta Joaquim Cunha, são esperadas novidades em breve. “Aproveitámos este tempo de defeso para, em conjunto com atores e entidades relevantes na área, trabalharmos o tema da promoção com resultados que estaremos em condições de colocar no terreno nos finais do corrente ano”, revela.

Tal com o HCP, também o Turismo de Portugal se manteve ativo e lembra o trabalho desenvolvido, “sobretudo ao nível da resposta à relevância acrescida que as temáticas da saúde têm na confiança e segurança dos consumidores”. Foi por isso que, explica o organismo, se associou, em julho de 2020, ao HCP para alargar os serviços da plataforma Health Passport a “todos os residentes estrangeiros que visitam Portugal”. “Desde o lançamento desta iniciativa, foram subscritos cerca de 4.500 Portugal Health Passports e recebidos mais de 10.000 pedidos para a realização de testes à COVID-19, sendo notória a correlação existente entre a agilização das viagens transfronteiriças e a procura do produto”, diz o Turismo de Portugal, que faz também um balanço positivo das restantes iniciativas lançadas em cenário COVID-19, a exemplo dos “seguros de viagem adaptados à nova realidade pandémica”, disponíveis desde agosto de 2020, ou do selo Clean&Safe, lançado em abril de 2020, com o objetivo de “reforçar a confiança em Portugal enquanto destino turístico”. “Paralelamente à estratégia de Saúde Pública seguida pelo país, que fez com que Portugal fosse apontado como modelo de sucesso, também a estratégia seguida no setor tem sido apontada como referência”, acrescenta o instituto, que considera que os “desafios impostos constituem uma oportunidade para a recuperação com um foco primordial na retoma da atividade de uma forma ainda mais forte e sustentável”.

Os desafios e oportunidades trazidos pela pandemia são inegáveis e, por isso, os players do setor são unanimes no pedido de mais promoção, até porque, refere o CEO da Longevity, Portugal continua a ser um destino desconhecido neste mercado. “O turismo de saúde cresceu significativamente e como tal, Portugal tem-se posicionado de maneira estruturada e sistematizada neste mercado, mas existe ainda um longo caminho a percorrer para que seja reconhecido internacionalmente”, refere, considerando que, também no turismo médico, que “exige outros fatores de competitividade e atratividade”, o país tem ainda “um longo caminho a percorrer”.

Nazir Saccor concorda que a COVID-19 “trouxe mais oportunidades” e diz que, nesta fase, o principal “desafio é saber agarrar essas oportunidades”, daí a importância da promoção para afirmar o país, uma vez que “a pandemia poderá ter despoletado o interesse por umas férias mais saudáveis”.

Tal como a Longevity, também as Termas de Portugal acreditam nas oportunidades que a pandemia trouxe, com João Pinto Barbosa a indicar que, neste momento, “a prioridade está na recuperação do mercado nacional”, ainda que também o mercado internacional não seja descurado. “A médio prazo equacionamos implementar um ambicioso plano de ações de promoção”, acrescenta.

Avaliação mais negativa volta a ter Luís Veiga, que considera que, no turismo médico, “é praticamente impossível competir a nível global com países cuja notoriedade é reconhecida atualmente como a Turquia ou a Índia”, ainda que admita que, na saúde e bem-estar, Portugal possa “assumir vantagens competitivas potencialmente interessantes desde que as propostas sejam claramente diferenciadoras”. O administrador do Grupo Natura IMB Hotels defende ainda que a pandemia poderia ter um impacto positivo na estratégia para o turismo médico se “houvesse uma estratégia ou um plano com ações e comunicação claras para chegar aos públicos-alvo”.

Futuro

Apesar de maiores ou menores dúvidas, o certo é que os players ouvidos pelo Publituris parecem estar confiantes quanto ao futuro do turismo médico em Portugal e, como diz mesmo o Turismo de Portugal, parece não haver “razão para que não sejam ambicionadas as metas traçadas no Protocolo do Turismo Médico em Portugal, ou seja, fomentar o Turismo Médico para conseguir chegar a um volume de negócios anual superior a 100 milhões de euros, no horizonte de 2025”.

Por parte do HCP, a expetativa também se mantém em alta, ainda que Joaquim Cunha continue a admitir que é preciso trabalhar para alcançar os objetivos traçados. “A expectativa mantém-se globalmente a mesma: elevado potencial, que necessita ser muito trabalhado e de ver reunidas algumas condições críticas de sucesso, umas de contexto e outras de robustecimento da oferta. As primeiras têm manifesta supremacia sobre as segundas e estão fora do nosso controlo. Nas segundas, com o envolvimento ativo dos seus principais atores, continuamos a trabalhar”, explica.

Já Óscar Gaspar acrescenta que Portugal tem uma “oferta de excelência e mobilizada para o efeito”, assim como “enquadramento institucional e vontade de prosseguir o trabalho necessário de articulação, auscultação dos mercados emissores, investimento e promoção”, motivo pelo qual considera que, em 2022 e 2023, a promoção deste produto deverá voltar em força. “Acreditamos que as especialidades selecionadas (Oftalmologia; Cirurgia plástica; Ortopedia; Check-ups; Oncologia; Procriação Medicamente assistida; Ginecologia e Obstetrícia; Cardiologia & Cirurgia cardíaca; Obesidade e Reabilitação) vão ao encontro das necessidades e que em 2022 e 2023 possamos voltar a ter a nossa estratégia no terreno”, refere.

Nas Termas de Portugal, o feedback também não se altera e João Pinto Barbosa frisa que “todas as tendências internacionais apontam para um futuro promissor para as Termas”. “A pandemia trouxe a alteração de comportamentos e profundas alterações nas motivações de procura de bens e serviços turísticos e de saúde. É seguro afirmar-se que o interesse por serviços de saúde para prevenção de doença, reforço de imunidade e promoção de comportamentos e estilos de vida saudável, continuará a ter um crescimento exponencial nos próximos anos”, defende.

Na Longevity, Nazir Sacoor também está confiante e diz que tanto o turismo médico como o de saúde e bem- -estar “revelam forte crescimento internacional”. “Com uma separação em termos de definição e promoção internacional para o turismo de saúde e bem-estar e o turismo médico, Portugal pode aumentar a sua reputação em ambas as áreas”, acrescenta.

Já Luís Veiga mostra-se dividido, uma vez que diz ter uma expetativa “muito apreciável no que respeita à procura sustentada de oferta de propostas de saúde e bem-estar”. Já em relação ao turismo médico, o administrador do Grupo Natura IMB Hotels aponta “expectativas reduzidas” e diz que, em ambos os mercados, “o maior desafio” do país será ter capacidade para se manter competitivo no futuro.

 

 

 

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Portugal entre os países que lideram o turismo de bem-estar em 2025

No “Travel Trends Report 2025” do Mastercard Economics Institute (MEI) Portugal surge em 12.º lugar na lista de destino líderes em experiências de bem-estar e autocuidado, de acordo com o Índice de Viagens de Bem-Estar (Wellness Travel Index, WTI). Lisboa ainda aparece bem posicionada como destino para os “amantes da gastronomia”.

No mais recente relatório anual do Mastercard Economics Institute (MEI) – “Travel Trends Report 2025” – Portugal surge em 12.º lugar no ranking de destinos líderes em experiências de bem-estar e autocuidado.

No Índice de Viagens de Bem-Estar (Wellness Travel Index, WTI) a liderança pertence à Namíbia, África do Sul e Tailândia, onde os visitantes podem reconectar-se com a natureza em pousadas ecológicas imersivas ou encontrar serenidade em retiros de meditação.

No caso europeu, Portugal só é ultrapassado por Itália (6.º), Áustria (8.º) e Irlanda (11.º), aparecendo à frente de destinos como Polónia (13.º), Estónia (14.º), Hungria (15.º) ou Letónia (19.º).

De resto, o relatório da Mastercard refere que “os consumidores europeus estão a dar prioridade a motivações mais profundas e com maior valor pessoal para as suas viagens, como a procura de conexão, bem-estar, aventura e experiências gastronómicas”. Estes fatores, orientados por objetivos pessoais e emocionais, continuam a ser “motores determinantes para viajar, mesmo em cenários de incerteza económica”.

Embora os fatores macroeconómicos continuem a influenciar o comportamento dos viajantes, a Europa continua a destacar-se como um importante centro de turismo global, com o seu rico património culinário, paisagens diversas e ofertas de bem-estar a atrair viajantes de todo o mundo. No entanto, os fatores não económicos pesam também na hora de tomar uma decisão. A prevalência das redes sociais, onde muitos viajantes publicam imagens apelativas de cenários e refeições exóticos, tem encorajado outros utilizadores a criar as suas próprias memórias, muitas vezes por receio de perder algo.

O mais recente relatório Economy Experience, também da Mastercard, refere também que as viagens, as atividades ao ar livre e a restauração estão no topo da lista de prioridades de despesa dos europeus em 2025, o que evidencia uma mudança para viagens baseadas em experiências e valores.

Mais de dois terços (70%) dos europeus afirma que a realização de atividades da lista de desejos é uma “prioridade máxima”. Nesse sentido, os dados analisados pelo MEI apontam que o turismo de bem-estar tem crescido significativamente nos últimos anos, apresentando-se como uma “fuga ao stress do quotidiano”.

“Estas viagens privilegiam o relaxamento, a cura e um certo grau de indulgência, em vez de horários preenchidos ou aventuras cheias de adrenalina. Embora os retiros de ioga tradicionais e os spas de luxo continuem a ser populares, o panorama do bem-estar está a evoluir, incluindo agora ofertas como clubes de longevidade e retiros focados no sono”, salienta o relatório da Mastercard.

Turismo desportivo é outra tendência
Com base numa análise única de dados agregados e anónimos de transações e de fontes de dados de terceiros, o relatório conclui ainda que paixão pelo desporto impulsiona o turismo.

O MEI analisou as despesas num raio de oito quilómetros do local da final da Liga dos Campeões, em Londres, nos cinco dias anteriores e posteriores ao evento, em junho de 2025. A vitória do Real Madrid sobre o Borussia Dortmund resultou num aumento homólogo de 61% nos gastos alemães, ultrapassando o aumento global de 14%, ao passo que os gastos espanhóis dispararam 148% em relação ao ano anterior, sugerindo que os adeptos celebraram com extravagância.

Norte-americanos gostam de Portugal
A Mastercard analisou, igualmente, as cidades mais visitadas pelos mercados entre 2019 e 2024. Lisboa surge destacada neste ciclo em mercados como o Canadá, EUA e Espanha.

No caso do Canadá, a Mastercard indica um crescimento de 80,3% no número de visitas por parte dos canadianos a Lisboa entre 2019 e 2024, colocando-se em 4.º lugar nas preferências dos turistas deste mercado emissor.

Os EUA registaram um crescimento ainda maior que o Canadá, fixando-se no aumento de 86,7% entre 2019 e 2024, verificando-se que Lisboa ocupa o 9.º lugar entre as cidades destino preferidas dos americanos.

No caso espanhol, Lisboa cresceu 33,8%, colocando a capital portuguesa em 6.º no ranking de preferências dos espanhóis.

Para onde se viaja neste verão e porquê
Os dados de reservas de voos revelam os principais destinos globais que estão a ganhar força como pontos quentes para viagens entre junho e setembro. Tóquio está no topo da lista como o destino global mais procurado para o verão de 2025. Especificamente para os viajantes europeus, as principais cidades incluem Tóquio, Palma de Maiorca, Hurghada (Egito), Paris, Osaka, Pequim e Londres. Notavelmente, Tirana, na Albânia, viu o maior aumento de visitantes europeus entre 2019 e 2024 – liderados principalmente por turistas italianos –, tornando-a um dos destinos urbanos de crescimento mais rápido no continente.

Istambul, Cannes e Interlaken são as três principais cidades para os apreciadores internacionais de gastronomia. Com a popularidade crescente das viagens internacionais, medir o número mediano de nacionalidades presentes em cada restaurante por cidade dá uma ideia mais clara sobre os destinos gastronómicos mais globalizados. O MEI apurou que a Europa domina a lista de destinos que atraem os amantes da gastronomia internacional, de acordo com os seus gastos em 2024.

Os restaurantes de Istambul acolheram turistas de 67 países em 2024, o valor mais alto entre as 43 cidades analisadas. Outros seis destinos europeus – Cannes (França) e Interlaken (Suíça) com 64 nacionalidade, Barcelona (Espanha) com 60 nacionalidade, Dubrovnik (Croácia) com 59 nacionalidades e Mykonos (Grécia) com 57 nacionalidades – surgem também no top 10, atraindo visitantes de todo o mundo com os seus vibrantes cenários culinários.

Já Portugal aparece em 15.º lugar, com os restaurantes de Lisboa a acolher turistas de 50 nacionalidades.

Outra das tendências apontadas pela Mastercard são as aventuras nórdicas que ganham cada vez mais popularidade. Ao analisar os principais parques nacionais e o modo como o comércio local contribui para os gastos totais dos turistas, o MEI concluiu que o turismo de aventura está a florescer na região nórdica, onde os viajantes procuram a beleza natural das florestas, fiordes e a serenidade ao ar livre. A Finlândia destaca-se neste conjunto de países, com os parques nacionais a representarem 7,1% dos gastos transfronteiriços totais. Outros países europeus de relevo com percentagens significativas de despesa associada a parques nacionais incluem a Suíça, Polónia, França e Noruega.

Finalmente, as viagens de negócios parecem estar a tornar-se menos frequentes, mas mais longas. Segundo o MEI, as reservas de voos corporativos no Reino Unido indicam que a duração média das viagens de trabalho é agora superior à do período anterior à pandemia. No caso dos viajantes norte-americanos, as deslocações à Europa aumentaram de 7,4 para 8,1 dias. Esta tendência verifica-se também entre os viajantes britânicos, com exceção das viagens para o Canadá e os EUA, que se tornaram mais curtas entre 2020 e 2025.

“O sector europeu das viagens continua a demonstrar uma resiliência notável”, afirma Natalia Lechmanova, economista-chefe para a Europa do Mastercard Economics Institute. A responsável conclui ainda que, mesmo perante a incerteza económica, se observa uma “mudança clara entre os viajantes europeus, que passam a privilegiar experiências com significado pessoal e valor a longo prazo. Seja através de retiros de bem-estar, exploração cultural ou aventuras na natureza, os viajantes europeus estão a dar prioridade a viagens que se alinham com os seus valores e aspirações individuais”.

Importa notar que o WTI não contabiliza viagens dentro de um mesmo país com fins de bem-estar, apenas viagens internacionais, o que provavelmente “subestima economias desenvolvidas e sobrestima países emergentes”, admitem as conclusões do relatório da Mastercard.

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Turismo da Tailândia e Bangkok Airways lançam campanha para dinamizar turismo na região oriental do país

A Autoridade de Turismo da Tailândia (TAT) e a Bangkok Airways lançaram a campanha “Descobrir Trat: Ilhas e muito mais”, iniciativa que conta com descontos e outros benefícios, e que pretende “dinamizar o turismo na região oriental do país”.

A Autoridade de Turismo da Tailândia (TAT) e a Bangkok Airways lançaram a campanha “Descobrir Trat: Ilhas e muito mais”, iniciativa que conta com descontos e outros benefícios, e que pretende “dinamizar o turismo na região oriental do país”.

“A iniciativa oferece aos passageiros com destino a Trat – incluindo membros FlyerBonus da Bangkok Airways e o público em geral – descontos exclusivos em mais de 50 estabelecimentos, entre cafés, restaurantes e unidades de alojamento, localizados em Trat, Ko Chang, Ko Mak, Ko Kut e Chanthaburi”, lê-se num comunicado divulgado pela TAT.

Além dos descontos, quem realizar despesas iguais ou superiores a 200 baht (cerca de 5 euros) nos espaços aderentes pode participar num passatempo para ganhar um dos dez prémios em voos domésticos oferecidos pela Bangkok Airways.

A campanha está em vigor até 20 de agosto de 2025 e os vencedores vão ser anunciados a 1 de setembro através das redes sociais oficiais do projeto, concretamente do Facebook e Instagram @TratDiscovery.

A TAT explica que a província de Trat, localizada na zona oriental do país, é conhecida pelas “suas ilhas paradisíacas”, a exemplo de Ko Chang, Ko Kut e Ko Mak, sendo considerada “um refúgio para os amantes do mar e da gastronomia”.

“Os produtos locais incluem marisco fresco e frutas únicas da região, como o durião de Ko Chang e o ananás dourado de Trat. A ligação à vizinha Chanthaburi, famosa pela sua cozinha criativa e frutas exóticas, reforça a oferta diversificada da região”, indica a TAT.

A campanha “Descobrir Trat: Ilhas e muito mais” integra-se no espírito do Ano do Grande Turismo e Desporto da Tailândia 2025 e na iniciativa nacional “5 Experiências obrigatórias na Tailândia”, que convida os visitantes a descobrir o país através de cinco eixos principais: sabores, aventura, cultura, compras e paisagens inesquecíveis.

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EUA a perder turistas internacionais, diz relatório do WTTC

O World Travel & Tourism Council (WTTC) antevê uma forte quebra nas receitas do turismo internacional nos EUA devido às políticas da administração Trump.

Os Estados Unidos da América (EUA) poderão ver a indústria hoteleira perder até 12,5 mil milhões de dólares (cerca de 11,2 mil milhões de euros) este ano em receitas provenientes do turismo internacional, com o total a descer para 169 mil milhões de dólares (valor a rondar os 151 mil milhões de euros) em 2025, face aos 181 mil milhões de dólares (cerca de 162 mil milhões de euros) registados em 2024, segundo dados avançados pelo World Travel & Tourism Council (WTTC).

Estes números representam uma queda de 22,5% em relação ao pico de gastos internacionais nos EUA, que foi de 217,4 mil milhões de dólares (mais de 191 mil milhões de euros) em 2019, de acordo com o mais recente relatório de Impacto Económico da do WTTC, surgindo esta previsão após meses de políticas da administração Trump que terão desencorajado visitantes estrangeiros.

A publicação especializada “Travel and Tour World” refere ainda que a perda de receitas internacionais será mais acentuada nas zonas fronteiriças, já que dependem fortemente do turismo internacional e a quebra nas chegadas terá um impacto severo nas economias locais”.

Já Geoff Freeman, presidente e CEO da associação US Travel, afirmou, em comunicado, esta a acompanhar “atentamente os dados sobre visitas”, admitindo que as políticas da administração Trump em matéria de fronteiras e imigração “alteraram algumas perceções no estrangeiro”.

“Essa perceção não reflete a intenção da administração,” indicou Freeman, salientando que a associação está a “colaborar com a Administração para reduzir os obstáculos aos viajantes e reafirmar que os EUA continuam a ser um destino caloroso, aberto e acolhedor para todos os visitantes internacionais legais.”

Os dados mostram que, em março, os EUA foram visitados por 2,4 milhões de turistas internacionais, com todas as regiões do país a registarem quebras, com a Europa a cair 17,2%, a América Central registou uma queda de 23,9%, enquanto México e América do Sul desceram 23,2% e 10,4%, respetivamente. Do Canadá e Colômbia, indicam os dados, as descidas são ainda maiores, embora não se conheçam os números.

Já Israel (+21,1%), Turquia (+25,4%) e Chipre (+12%) são os países que registam crescimentos, embora as entidades admitam que se trata de “anomalias e não tendências”.

Na cidade de Nova Iorque, por exemplo, as previsões avançam para uma quebra de 14,1 milhões de visitantes internacionais, em 2024, para 12,1 milhões, em 2025, estimando-se em quatro mil milhões de dólares (cerca de 3,6 mil milhões de euros) as perdas diretas.

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Turquia recebe mais de 8,8 milhões de turistas internacionais nos primeiros três meses de 2025

O turismo na Turquia bateu recordes no primeiro trimestre de 2025, tendo registado mais de 8,8 milhões de visitantes internacionais e gerado 9,5 mil milhões de dólares em receitas turísticas. Número de visitantes portugueses atingiu 18.245.

A Turquia começou o ano de 2025 com números históricos, registando 8,84 milhões de turistas internacionais entre 1 de janeiro e 31 de março de 2025, gerando receitas turísticas recorde de 9,5 mil milhões de dólares (cerca de 8,5 mil milhões de euros), o melhor valor alguma vez registado pelo país até à data.

O anúncio foi feito em Istambul pelo ministro da Cultura e do Turismo da Turquia, Mehmet Nuri Ersoy, que sublinhou a importância destes resultados no contexto do crescimento global do país enquanto destino turístico internacional.

“De acordo com os dados da Organização Mundial do Turismo, a Turquia tornou-se o quarto maior país do mundo em termos de turismo de entrada em 2024. Fechámos o ano com 62,2 milhões de visitantes, ultrapassando o nosso objetivo inicial, e até 2025, pretendemos atingir 65 milhões de turistas e 64 mil milhões de dólares em receitas. O aumento de 5,6% das receitas no primeiro trimestre confirma que estamos a ir na direção certa”, afirmou Ersoy.

Durante o primeiro trimestre, o maior número de visitantes veio do Irão (733.000 visitantes), da Rússia (601.000 visitantes), da Alemanha (572.000 visitantes), da Bulgária (560.000 visitantes) e do Reino Unido (304.000 visitantes).

O número de turistas provenientes de Portugal também continua a sua tendência ascendente, indicando os dados que, nos primeiros três meses de 2025, o número de visitantes portugueses na Turquia atingiu 18.245, um aumento de 2,42% em relação ao mesmo período do ano passado.

De referir ainda que os turistas internacionais permaneceram na Turquia durante uma média de 11 noites, com uma despesa média diária de 98,90 dólares (cerca de 90 euros).

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“O único entre 184 países a registar quebra nos gastos dos visitantes internacionais”: os Estados Unidos

“Entre 184 países, os Estados Unidos são o único a registar uma quebra absoluta nos gastos de visitantes internacionais”, revelou Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, acrescentando que “o país está definitivamente a perder o seu lugar no pódio nessa área”.

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Os Estados Unidos continuam a ser a maior economia de viagens e turismo do mundo, mas os gastos dos visitantes internacionais devem cair para menos de 169 mil milhões de dólares em 2025, perante os 181 mil milhões de dólares o ano passado, e uma descida de 22% em relação ao seu pico, em 2019.

Os gastos com viagens internacionais nos Estados Unidos devem cair cerca de 7%, ou seja 12,5 mil milhões de dólares, em 2025, à medida que as tensões políticas e o dólar mais forte levam os visitantes estrangeiros a outros destinos, de acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC).

Por outro lado, os viajantes internacionais estão a evitar férias nos Estados Unidos, já que as políticas do governo do presidente Donald Trump geram temores de prisões na fronteira e uma taxa de juros desfavorável, disse Julia Simpson. A recolha de impressões digitais de estrangeiros com mais de 14 anos para estadia superior a um mês, incluindo canadianos que antes podiam visitar o país por até seis meses sem visto, tem contribuído também para este declínio.

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Colômbia e Argentina assinam memorando para a liberalização da aviação comercial

Este acordo contempla a possibilidade de abertura de novas rotas, esperando-se que permita também tarifas mais acessíveis e contribua para melhorar a qualidade do serviço para os passageiros.

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Os governos da Colômbia e da Argentina estabeleceram um memorando de entendimento que visa melhorar a conectividade aérea entre os dois países, uma vez que o acordo contempla a possibilidade de abertura de novas rotas, esperando-se que permita também tarifas mais acessíveis e contribua para melhorar a qualidade do serviço para os passageiros.

De acordo com o portal informativo especializado em aviação Aeroin, um dos pontos centrais deste memorando de entendimento é a liberalização do mercado aéreo, o que permitirá que as companhias aéreas operem rotas conjuntas sem restrições de operadores ou limitações de frequências.

“Este acordo é fundamental para expandir a conectividade aérea da Colômbia com o mundo, especialmente com a América Latina. Continuaremos a crescer em número de passageiros e oportunidades para todos,” afirmou a ministra dos Transporte da Colômbia, María Fernanda Rojas.

Segundo a governante colombiana, este acordo “permite mais possibilidades” para as companhias aéreas e vai trazer também “muitos mais benefícios aos passageiros em termos de oferta”.

“Este acordo consolida-nos como um eixo na América Latina, promovendo competitividade e o surgimento de possibilidades de conexões entre cidades da Argentina e da Colômbia que atualmente não existem”, acrescentou María Fernanda Rojas.

Além de voos comerciais, o acordo agora alcançado entre a Colômbia e a Argentina abrange também o transporte de carga e correspondência, pelo que se espera que tenha impacto ao nível dos “fluxos turísticos, comerciais e culturais entre os dois países”.

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Alemanha com quebras nas dormidas e hóspedes no 1.º trimestre

Quase 8% menos dormidas em março e menos 4% no 1.º trimestre. Número de hóspedes também cai na Alemanha.

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Em março, os estabelecimentos de alojamento na Alemanha registaram 32,7 milhões de dormidas, menos 7,7% do que no mesmo mês do ano anterior. Uma das razões para esta diminuição poderá ser a data mais tardia das férias e dos feriados da Páscoa, que em 2024 ocorreram maioritariamente em março, enquanto em 2025 se concentram quase totalmente em abril.

O número de dormidas de hóspedes residentes na Alemanha caiu 8,4% em março, face ao mês homólogo do ano anterior, para 27,4 milhões, segundo o Statistisches Bundesamt (Destatis – Departamento Federal de Estatística alemão). Também o número de dormidas de hóspedes estrangeiros diminuiu, em 4%, para 5,3 milhões. A queda foi particularmente acentuada nos parques de campismo: as 900 mil dormidas representam uma redução de quase 40%. No Alojamento Local (casas e apartamentos de férias), a descida foi de 18%. “Estes dois tipos de alojamento são especialmente procurados por famílias, pelo que a data tardia das férias da Páscoa teve um impacto mais significativo”, refere a entidade estatística alemã. Nos hotéis, estalagens e pensões, as dormidas caíram 4,7%, totalizando 21,5 milhões.

No 1.º trimestre de 2025, os estabelecimentos de alojamento registaram um total de 84,8 milhões de dormidas. Isto representa uma redução de 4,4% face ao mesmo período do ano anterior, em que se atingiu um valor recorde de 88,7 milhões de dormidas.

O número de dormidas de hóspedes residentes desceu 4,8%, para 70,2 milhões, em comparação com o 1.º trimestre de 2024. Quanto aos hóspedes estrangeiros, o número de dormidas caiu 2,6%, para 14,6 milhões. Também nestas quebras, o Destatis aponta o facto de a Páscoa ter ocorrido mais tarde como causa.

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Turismo de golfe pode valer quase 66 mil milhões de dólares até 2035

O mercado global de turismo de golfe está a atravessar uma expansão significativa. Estima-se que o seu valor seja de cerca de 27 mil milhões de dólares em 2025, com projeção de atingir os 65,8 mil milhões de dólares 2035, o que representa uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 9,3%, revela relatório da Future Market Insights.

Esse crescimento do turismo de golfe é apoiado por uma procura crescente por experiências imersivas e ecologicamente corretas. 2025 promete ser um ano promissor para o turismo de golfe, com uma oferta diversificada que combina tradição, inovação e sustentabilidade.

Só na Europa, este nicho deverá crescer a uma taxa anual de 4,3%, entre 2025 e 2035, atingindo os 5,7 mil milhões de dólares no final do período em análise, indicam estimativas da Future Market Insights, que avança que com destinos icónicos como a Costa Brava, em Espanha, o Algarve, em Portugal, e St. Andrews, na Escócia, a Europa continua a ser uma das principais opções para os entusiastas do golfe. A sua rica história, campos diversificados e sólida infraestrutura continuam a atrair golfistas amadores e profissionais do mundo todo.

O turismo de golfe emergiu como um segmento vital na indústria global de viagens e turismo, impulsionado pela crescente popularidade do desporto entre jogadores recreativos e profissionais. Os viajantes procuram cada vez mais destinos que ofereçam campos de golfe de classe mundial, além de alojamento premium e experiências de lazer. O crescente apelo por viagens focadas no golfe, especialmente em destinos que combinam paisagens cênicas com luxo e relaxamento, posicionou o turismo de golfe como um importante impulsionador do crescimento do setor global de viagens. Neste caso, resorts de luxo, agências de viagens e operadores de turismo estão a investir fortemente na oferta de experiências de golfe de alto nível, visando jogadores amadores e profissionais.

A análise confirma que a América do Norte e a Europa continuam a ser mercados dominantes, enquanto a Ásia-Pacífico surge como uma região com procura crescente.

Os principais impulsionadores do mercado incluem a expansão de campos de golfe, o aumento de viagens internacionais e o apoio governamental a iniciativas de turismo desportivo.

“Com o surgimento de plataformas digitais de reservas e experiências personalizadas de golfe, o mercado está pronto para se expandir rapidamente”, afirma Sudip Saha, diretor executivo e cofundador da Future Market Insights, para realçar que, além disso, iniciativas de sustentabilidade no turismo de golfe moldarão ainda mais o futuro do setor”.

Por regiões: América do Norte – os Estados Unidos e o Canadá lideram o mercado de turismo de golfe devido à forte cultura do golfe e à presença de campos icônicos em destinos populares como incluem Flórida, Califórnia e Arizona; e Na Europa – Reino Unido, Espanha, Portugal e Escócia são os principais destinos turísticos de golfe, atraindo turistas europeus e internacionais.

Já no que diz respeito à Ásia-Pacífico, países como Tailândia, Japão, Coreia do Sul e Austrália estão a testemunhar um aumento significativo. O aumento da receita e os investimentos em infraestruturas de golfe contribuem para a expansão. Enquanto isso, no Médio Oriente e África, os Emirados Árabes Unidos, particularmente Dubai e Abu Dhabi, estão a emergir como um destino de golfe premium com instalações de nível internacional, e os campos de golfe da África do Sul atraem viajantes de luxo. Já na América Latina, o Brasil, Argentina e México estão a ganhar popularidade devido aos pacotes turísticos de golfe acessíveis e campos pitorescos, indica o estudo.

 

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Inscrições até 20 de maio: Turismo de Portugal vai “comandar” missão empresarial a Cabo Verde

Uma missão empresarial portuguesa, dirigida pelo Turismo de Portugal, vai participar no Cabo Verde Investment Forum, iniciativa que se realiza de 17 a 20 de junho na Ilha do Sal, e vai focar-se nos setores do turismo, das viagens e do recreio marítimo, visando explorar novas oportunidades de negócio para as empresas portuguesas. Inscrições abertas até 20 maio.

Segundo avança o Turismo de Portugal, o Cabo Verde Investment Forum é um espaço privilegiado para o encontro entre projetos de elevado potencial, capital e investidores visionários, reforçando a centralidade de Cabo Verde como hub de desenvolvimento económico no Atlântico, graças à sua localização geoestratégica privilegiada​.

A partida de Lisboa para o Sal está agendada para 17 de junho, com regresso a 21. Para além sessões de networking empresarial, os participantes terão encontros institucionais com os ministros cabo-verdianos do Turismo e Transportes e da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial, a Câmara Municipal do Sal, Instituto do Turismo de Cabo Verde e Câmara de Turismo de Cabo Verde, bem como a oportunidade de realizar visitas técnicas a Zonas de Desenvolvimento Turístico Integral (ZDTI), bem como a infraestruturas estratégicas da ilha do Sal, e ainda, no dia 20, participar no EU-Cabo Verde Global Gateway Investment Forum, que inclui painéis temáticos, debates e oportunidades de cooperação, com oarticipação de autoridades, empresas e investidores.

​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​Ainda, no âmbito do reforço da cooperação económica e empresarial entre Portugal e Cabo Verde, o Turismo de Portugal promove um segundo programa – Ilhas de Santiago ou Boavista​ e Sal (para integração no programa conjunto), com saída de Lisboa a 16 de junho e regresso no dia 21.

Refira-se que as despesas com passagens aéreas e alojamento são da responsabilidade dos participantes.

O Fórum de Investimento de Cabo Verde terá lugar na Ilha do Sal, nos dias 18 e 19 de junho, enquanto, no dia 20 de junho, será realizado o EU-Cabo Verde Global Gateway Investment Forum, que visa aprofundar o investimento do setor privado no país e na União Europeia no âmbito da Estratégia Global Gateway.

O fórum facilitará o diálogo e a colaboração entre empresas UE-Cabo Verde, instituições financeiras europeias de desenvolvimento, agências de crédito à exportação e outros parceiros importantes, com base na parceria existente do Global Gateway e buscando novas oportunidades de negócios.

O fórum adotará um formato híbrido, combinando sessões presenciais com sessões virtuais para facilitar a participação online e o matchmaking. A participação presencial será priorizada para empresas da UE e de Cabo Verde em detrimento de outras empresas.

 

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Tunísia prevê temporada turística “excecional”, segundo o governo

O ministro do Turismo e Artesanato da Tunísia, Sofiane Tekaya, disse que a atual temporada turística será excecional, dado o número significativo de reservas feitas por operadores turísticos estrangeiros.

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O ministro, em declarações à imprensa local, enfatizou que os esforços conjuntos com as federações profissionais de turismo continuam a oferecer aos tunisianos, residentes no país ou no exterior, serviços de qualidade aos melhores preços, garantindo ao mesmo tempo os melhores serviços a todos os visitantes que chegam à Tunísia.

Por outro lado, o governante destacou que também estão em andamento os trabalhos para criar novas unidades turísticas em toda a região noroeste e integrar legalmente mais de duas mil casas de hóspedes no setor turístico, após o desenvolvimento de novas especificações que regulamentam o setor, o que contribuirá para a reabertura do Aeroporto Internacional de Tabarka regularmente ao longo do ano e apoiará a atividade turística em toda a região norte.

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