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Pandemia atrasa mas não altera rumo de Portugal no turismo médico

A alta taxa de vacinação e a resposta positiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à pandemia ajudaram a projetar uma imagem positiva do país além-fronteiras e que pode contribuir para afirmar Portugal enquanto destino de excelência no turismo médico. Agora, é necessário retomar a promoção, até porque, apesar de não ter alterado a estratégia, a pandemia veio atrasar o trabalho que estava em curso.

Inês de Matos
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Pandemia atrasa mas não altera rumo de Portugal no turismo médico

A alta taxa de vacinação e a resposta positiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à pandemia ajudaram a projetar uma imagem positiva do país além-fronteiras e que pode contribuir para afirmar Portugal enquanto destino de excelência no turismo médico. Agora, é necessário retomar a promoção, até porque, apesar de não ter alterado a estratégia, a pandemia veio atrasar o trabalho que estava em curso.

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A alta taxa de vacinação e a resposta positiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à pandemia ajudaram a projetar uma imagem positiva do país além-fronteiras e que pode contribuir para afirmar Portugal enquanto destino de excelência no turismo médico. Agora, é necessário retomar a promoção, até porque, apesar de não ter alterado a estratégia, a pandemia veio atrasar o trabalho que estava em curso.

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Conhecido pelos elevados gastos que motiva e receitas generosas que gera, o turismo médico tornou-se, a partir de 2017, numa aposta efetiva de Portugal. Este produto turístico, que segundo um estudo do mesmo ano do Conselho Mundial das Viagens e Turismo (WTTC, sigla em inglês) cresceu 358%, entre 2000 e 2017, passando a valer qualquer coisa como 11 mil milhões de dólares e a representar 1,2% dos gastos globais relacionados com o turismo a nível internacional, entrou oficialmente no radar nacional com a Estratégia Turismo 2027, quando “o Turismo de Saúde e Bem Estar, e o Turismo Médico em particular, foram identificados como ativos emergentes face ao seu reconhecimento internacional, potencial de crescimento e valor acrescentado”, lembra o Turismo de Portugal, em resposta ao Publituris.

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A partir daí, foram surgindo várias iniciativas que visavam promover Portugal como um destino de referência para este tipo de turismo, que junta procedimentos e tratamentos médicos à típica oferta de lazer. O objetivo passava por aliar o melhor desta oferta de lazer, e pela qual o país já é reconhecido além-fronteiras – basta lembrar os inúmeros prémios recebidos – a um moderno conjunto de infraestruturas hospitalares privadas que o país também disponibiliza para mostrar que Portugal também pode ser uma opção neste produto.

Tudo parecia correr de feição e, apesar de se admitir que era preciso trabalho para dar visibilidade à oferta nacional e competir com países que há muito se afirmam neste tipo de turismo, projetos não faltavam. 2019 parecia mesmo ser o ano do tiro de partida para uma promoção mais constante. Em agosto desse ano, o Turismo de Portugal e o Health Cluster Portugal (HCP) lançavam o Portugal Health Passport, uma plataforma com toda a oferta de serviços médicos privados disponibilizados no país e que surgiu no âmbito da campanha Brelcome, destinada ao mercado britânico. Mais tarde, em dezembro, era a vez de ser assinado um protocolo de cooperação para a promoção internacional da oferta nacional neste segmento, cujo potencial volume de negócios, estimava o Turismo de Portugal, rondava os 100 milhões de euros por ano. Além de pretender impulsionar o reconhecimento e a notoriedade internacional do país enquanto destino de turismo médico, este protocolo visava também a gestão de sinergias entre o Turismo de Portugal, o HCP, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), as quatro entidades que assinaram o documento.

Até que chegou a pandemia e tudo ficou em suspenso. “A pandemia teve impactos nunca até então vistos, designadamente no que diz respeito à mobilidade das pessoas o que, além de retirar as condições mínimas de estabilidade, fez cair o assunto para os níveis mais baixos de prioridade”, admite Joaquim Cunha, diretor executivo do HCP, em resposta ao Publituris.

Potencial

O impacto da pandemia nos planos traçados para o turismo médico foi, como diz Joaquim Cunha, “sobretudo o de suspender toda a atividade e dinâmica em curso”. O diretor executivo do HCP dá como exemplo a plataforma Portugal Health Passport que, neste período, foi “orientada para agilizar o processo de realização de testes” dos turistas que continuaram a visitar Portugal.

No entanto, apesar das muitas mudanças a que a COVID-19 obrigou, nem todas foram negativas, até porque, como acrescenta Nazir Sacoor, CEO da Longevity, que aposta no turismo médico, assim como no segmento de saúde e bem-estar no Longevity Health & Wellness Hotel, no Algarve, “a COVID-19 veio alertar todos que a saúde é o bem mais precioso”. “As pessoas estão mais atentas aos sinais que o corpo lhes dá e à importância que o sistema imunitário tem na defesa contra vírus”, considera, numa ideia que é também defendida por Joaquim Cunha, para quem a “pandemia tornou ainda mais clara a visão global da saúde, o que, conjugado com manifestos ganhos em termos da sua centralidade na vivência coletiva, alarga o quadro de oportunidades para o turismo médico”.

Certo é que, como considera Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Portugal conta com uma boa oferta neste segmento e tem “excelentes condições para se posicionar como um player relevante neste setor”.

Foi por isso que, explica o responsável, APHP entrou no protocolo de cooperação para promover a oferta nacional de turismo médico, cujos parceiros, defende Óscar Gaspar, têm condições de “provar que o turismo médico não é apenas uma ideia com potencial, mas tem mesmo condições de realizar esse potencial”.

Na opinião do responsável, “os hospitais privados em Portugal têm uma oferta diferenciada e de excelência comprovada”, que já vai sendo reconhecida em algumas áreas. “Há vários hospitais com acreditação internacional e já hoje há diversos casos em que o nosso país é o destino preferido para áreas como a avaliação e a traumatologia desportiva, por exemplo”, indica. Para Óscar Gaspar, “Portugal é um país que recebe bem, seguro, que respeita as pessoas e as suas culturas e é também um país muito desenvolvido na área das ciências da vida, pelo que esta aliança é claramente ganhadora e tem uma proposta de valor muito importante para quem nos quiser visitar (também) para tratar dos seus problemas de saúde”.

Além das condições hospitalares, Portugal conta ainda com oferta no âmbito da saúde e bem-estar, um mercado que, não estando diretamente ligado ao turismo médico (que pressupõe hospitalização), pode ser complementar, nomeadamente ao nível da recuperação ou de tratamentos terapêuticos não cirúrgicos, para os quais as termas, por exemplo, são há muito recomendadas. João Pinto Barbosa, diretor geral da Associação Termas de Portugal (ATP), concorda que o país tem potencial neste mercado e lembra que, apesar do mau momento que as estâncias nacionais viveram, com o encerramento por decreto durante 193 dias devido à pandemia, vários estudos internacionais têm demonstrado que “o termalismo desempenha um papel fundamental na redução de risco de doenças crónicas que têm maior correlação com os casos mais severos da doença COVID-19”, motivo pelo qual se mostra convicto que os próximos tempos vão trazer “oportunidades únicas para as Termas poderem afirmar o seu papel de protagonismo na melhoria da qualidade de vida”.

Imagem

Ao potencial que o país já tinha neste segmento e ao facto da saúde estar atualmente no centro das atenções, Portugal junta agora, e em resultado da pandemia, outra vantagem: a boa imagem com que saiu desta crise, fruto da resposta positiva à pandemia e da alta taxa de vacinação, que coloca o país na liderança mundial. Ao Publituris, o Turismo de Portugal diz não ter dúvidas de que, devido a essa resposta positiva, Portugal é, hoje, “percecionado internacionalmente como um bom exemplo em termos de organização e capacidade de resposta do SNS às situações decorrentes da crise pandémica, mas também no que toca à vacinação da população portuguesa, tendo atingido uma taxa de vacinação completa de 85% da população numa fração de meses”.

E também Joaquim Cunha considera que o país, ainda que “com alguns altos e baixos, sai desta crise associado a um desempenho dentro da média do que se observou na Europa e com um registo marcadamente positivo no que diz respeito ao processo de vacinação”, motivo pelo qual defende que, se a pandemia veio mudar alguma coisa na imagem de Portugal enquanto destino de turismo médico, essas foram até mudanças “de sentido positivo”, numa opinião que é partilhada pelos restantes players do setor ouvidos pelo Publituris.

Já Óscar Gaspar destaca essencialmente a alta taxa de vacinação que o país foi capaz de alcançar como uma prova da “capacidade de organização” portuguesa e sublinha que “as instituições de saúde e os seus profissionais, seja do SNS, seja de hospitais privados, têm excelentes condições, formação e empenhamento para responder às eventualidades que se colocam”.

Como diz o diretor executivo do HCP, “na Saúde, em regra, desafios e oportunidades andam muito juntos”. Por isso, associadas ao maior desafio que a saúde já trouxe ao país, começam agora a vislumbrar-se algumas vantagens. “Portugal geriu o processo de vacinação à escala nacional e a consequente redução de impacto negativo em infeções, hospitalizações e mortes relacionadas com a COVID-19 projetaram uma imagem positiva em termos de saúde pública e que ajuda sempre na afirmação da imagem no turismo de saúde e bem-estar e também no turismo médico”, concorda Nazir Sacoor, defendendo que, agora, “há que alavancar essa reputação e dar saltos qualitativos na afirmação de Portugal como destino de referência nesses dois mercados”.

Na ATP, a expetativa é igualmente positiva, com João Pinto Barbosa a lembrar que também “a conjuntura internacional pós-COVID-19 é favorável ao crescimento dos produtos de turismo de saúde e bem-estar, com a valorização crescente do equilíbrio do corpo em harmonia com a natureza, como forma de promoção da saúde e de combate à doença”.

Mais dúvidas parece ter Luís Veiga, administrador executivo do grupo Natura IMB Hotels, que há muito vem a apostar no turismo médico, assim como de saúde e bem-estar em todas as unidades do grupo, mas especialmente no H2otel, onde existem ofertas específicas de Medical Spa, e que considera que a pandemia “não afetou nem deixou de afetar” a imagem do país, uma vez que “Portugal nunca se posicionou estrategicamente nesse produto”.

Apesar de se mostrar critico face à estratégia, Luís Veiga considera que a capacidade do país se manter competitivo será o maior desafio da pandemia, até porque “a oportunidade será impactante se os investimentos forem direcionados para segmentos de valor acrescentado”.

Estratégia e promoção

Apesar da pandemia ter atrasado a promoção, não mudou a estratégia nem os objetivos. Como refere Óscar Gaspar “a estratégia não mudou necessariamente, esteve suspensa pela pandemia, e há que voltar ao propósito de promover Portugal como um destino de turismo médico”. “Os anos de 2020 e 2021 nem sequer justificavam esforço de promoção para um mercado que estava compulsivamente fechado. Este é o tempo de retomar as atividades”, considera.

Joaquim Cunha também concorda e revela que, mesmo durante a pandemia, o HCP não parou de promover Portugal enquanto “destino amigo da Saúde em todas as suas dimensões: ciência, inovação e indústria, e prestação de cuidados”, tendo mesmo lançado, em novembro de 2020, “a marca umbrella “Health Portugal” onde se pretende abrigar desde a biotecnologia e farma, até à exportação de I&D, passando pela smart health, pelos ensaios clínicos, ou pelo turismo médico”. O diretor executivo do HCP entende que os desafios neste segmento “estão, como estavam, essencialmente do lado reputacional”, o que passa por “afirmar e promover a qualidade” da oferta nacional nos mercados e geografias selecionadas como alvo, “suportada em produtos ajustados à procura”. E, neste ponto, acrescenta Joaquim Cunha, são esperadas novidades em breve. “Aproveitámos este tempo de defeso para, em conjunto com atores e entidades relevantes na área, trabalharmos o tema da promoção com resultados que estaremos em condições de colocar no terreno nos finais do corrente ano”, revela.

Tal com o HCP, também o Turismo de Portugal se manteve ativo e lembra o trabalho desenvolvido, “sobretudo ao nível da resposta à relevância acrescida que as temáticas da saúde têm na confiança e segurança dos consumidores”. Foi por isso que, explica o organismo, se associou, em julho de 2020, ao HCP para alargar os serviços da plataforma Health Passport a “todos os residentes estrangeiros que visitam Portugal”. “Desde o lançamento desta iniciativa, foram subscritos cerca de 4.500 Portugal Health Passports e recebidos mais de 10.000 pedidos para a realização de testes à COVID-19, sendo notória a correlação existente entre a agilização das viagens transfronteiriças e a procura do produto”, diz o Turismo de Portugal, que faz também um balanço positivo das restantes iniciativas lançadas em cenário COVID-19, a exemplo dos “seguros de viagem adaptados à nova realidade pandémica”, disponíveis desde agosto de 2020, ou do selo Clean&Safe, lançado em abril de 2020, com o objetivo de “reforçar a confiança em Portugal enquanto destino turístico”. “Paralelamente à estratégia de Saúde Pública seguida pelo país, que fez com que Portugal fosse apontado como modelo de sucesso, também a estratégia seguida no setor tem sido apontada como referência”, acrescenta o instituto, que considera que os “desafios impostos constituem uma oportunidade para a recuperação com um foco primordial na retoma da atividade de uma forma ainda mais forte e sustentável”.

Os desafios e oportunidades trazidos pela pandemia são inegáveis e, por isso, os players do setor são unanimes no pedido de mais promoção, até porque, refere o CEO da Longevity, Portugal continua a ser um destino desconhecido neste mercado. “O turismo de saúde cresceu significativamente e como tal, Portugal tem-se posicionado de maneira estruturada e sistematizada neste mercado, mas existe ainda um longo caminho a percorrer para que seja reconhecido internacionalmente”, refere, considerando que, também no turismo médico, que “exige outros fatores de competitividade e atratividade”, o país tem ainda “um longo caminho a percorrer”.

Nazir Saccor concorda que a COVID-19 “trouxe mais oportunidades” e diz que, nesta fase, o principal “desafio é saber agarrar essas oportunidades”, daí a importância da promoção para afirmar o país, uma vez que “a pandemia poderá ter despoletado o interesse por umas férias mais saudáveis”.

Tal como a Longevity, também as Termas de Portugal acreditam nas oportunidades que a pandemia trouxe, com João Pinto Barbosa a indicar que, neste momento, “a prioridade está na recuperação do mercado nacional”, ainda que também o mercado internacional não seja descurado. “A médio prazo equacionamos implementar um ambicioso plano de ações de promoção”, acrescenta.

Avaliação mais negativa volta a ter Luís Veiga, que considera que, no turismo médico, “é praticamente impossível competir a nível global com países cuja notoriedade é reconhecida atualmente como a Turquia ou a Índia”, ainda que admita que, na saúde e bem-estar, Portugal possa “assumir vantagens competitivas potencialmente interessantes desde que as propostas sejam claramente diferenciadoras”. O administrador do Grupo Natura IMB Hotels defende ainda que a pandemia poderia ter um impacto positivo na estratégia para o turismo médico se “houvesse uma estratégia ou um plano com ações e comunicação claras para chegar aos públicos-alvo”.

Futuro

Apesar de maiores ou menores dúvidas, o certo é que os players ouvidos pelo Publituris parecem estar confiantes quanto ao futuro do turismo médico em Portugal e, como diz mesmo o Turismo de Portugal, parece não haver “razão para que não sejam ambicionadas as metas traçadas no Protocolo do Turismo Médico em Portugal, ou seja, fomentar o Turismo Médico para conseguir chegar a um volume de negócios anual superior a 100 milhões de euros, no horizonte de 2025”.

Por parte do HCP, a expetativa também se mantém em alta, ainda que Joaquim Cunha continue a admitir que é preciso trabalhar para alcançar os objetivos traçados. “A expectativa mantém-se globalmente a mesma: elevado potencial, que necessita ser muito trabalhado e de ver reunidas algumas condições críticas de sucesso, umas de contexto e outras de robustecimento da oferta. As primeiras têm manifesta supremacia sobre as segundas e estão fora do nosso controlo. Nas segundas, com o envolvimento ativo dos seus principais atores, continuamos a trabalhar”, explica.

Já Óscar Gaspar acrescenta que Portugal tem uma “oferta de excelência e mobilizada para o efeito”, assim como “enquadramento institucional e vontade de prosseguir o trabalho necessário de articulação, auscultação dos mercados emissores, investimento e promoção”, motivo pelo qual considera que, em 2022 e 2023, a promoção deste produto deverá voltar em força. “Acreditamos que as especialidades selecionadas (Oftalmologia; Cirurgia plástica; Ortopedia; Check-ups; Oncologia; Procriação Medicamente assistida; Ginecologia e Obstetrícia; Cardiologia & Cirurgia cardíaca; Obesidade e Reabilitação) vão ao encontro das necessidades e que em 2022 e 2023 possamos voltar a ter a nossa estratégia no terreno”, refere.

Nas Termas de Portugal, o feedback também não se altera e João Pinto Barbosa frisa que “todas as tendências internacionais apontam para um futuro promissor para as Termas”. “A pandemia trouxe a alteração de comportamentos e profundas alterações nas motivações de procura de bens e serviços turísticos e de saúde. É seguro afirmar-se que o interesse por serviços de saúde para prevenção de doença, reforço de imunidade e promoção de comportamentos e estilos de vida saudável, continuará a ter um crescimento exponencial nos próximos anos”, defende.

Na Longevity, Nazir Sacoor também está confiante e diz que tanto o turismo médico como o de saúde e bem- -estar “revelam forte crescimento internacional”. “Com uma separação em termos de definição e promoção internacional para o turismo de saúde e bem-estar e o turismo médico, Portugal pode aumentar a sua reputação em ambas as áreas”, acrescenta.

Já Luís Veiga mostra-se dividido, uma vez que diz ter uma expetativa “muito apreciável no que respeita à procura sustentada de oferta de propostas de saúde e bem-estar”. Já em relação ao turismo médico, o administrador do Grupo Natura IMB Hotels aponta “expectativas reduzidas” e diz que, em ambos os mercados, “o maior desafio” do país será ter capacidade para se manter competitivo no futuro.

 

 

 

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Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores

Marrocos está prestes a tornar-se um destino de eleição tanto para investidores como para turistas, graças ao seu rápido desenvolvimento e à sua posição estratégica, afirmou, em Casablanca, o diretor geral da Sociedade Marroquina de Engenharia Turística (SMIT), Imad Barrakad.

A trajetória de crescimento de Marrocos é impressionante e o potencial de expansão contínua nos próximos meses e anos é considerável, sublinhou Imad Barrakad na abertura da cimeira de sobre Turismo, Hospitalidade, Investimento.

Neste contexto, e citado pela imprensa local, sublinhou a importância da cidade de Casablanca, principal centro económico de Marrocos, especificando que encarna um equilíbrio perfeito entre a vida contemporânea e um rico património, tornando-se um destino essencial para quem procura experiências culturais ou oportunidades de investimento.

Além disso, o diretor geral da SMIT indicou que Marrocos, graças às suas ambiciosas reformas económicas e à sua abertura aos investimentos estrangeiros, posiciona-se como um ator-chave na região, observando que a implementação de projetos de infraestruturas modernas contribui significativamente para melhorar a sua atratividade.

Igualmente, o diretor geral da API Events, Murray Anderson, citado também pela imprensa marroquina, destacou o progresso do país, que está a tornar-se rapidamente um líder mundial em turismo, com potencial cada vez maior.

Com a sua rica cultura, localização estratégica e mercados prósperos, o país está bem posicionado para um crescimento sustentado no setor do turismo, observou, acrescentando que os ativos fundamentais de Marrocos fazem dele um destino preferido para investimentos internacionais.

Anderson reafirmou o compromisso da API Events em apoiar esse crescimento, reunindo investidores, operadores, desenvolvedores, banqueiros e parceiros financeiros de todo o mundo, destacando a importância deste evento, que constitui uma plataforma para explorar oportunidades de investimento, fortalecer o engajamento com os mercados dinâmicos de Marrocos e contribuir para o desenvolvimento global do setor.

Co-organizada pela SMIT e API Events, em Casablanca, esta cimeira reuniu mais de 300 investidores, hoteleiros e líderes turísticos de 15 países, e ofereceu aos participantes a oportunidade de descobrir o potencial deste mercado.

Para além de conferências e painéis, este evento facilitou reuniões de negócios que visaram fortalecer os laços entre os principais intervenientes da indústria hoteleira e turística e promover o investimento no setor em Marrocos.

As discussões centraram-se em temas estratégicos como o desenvolvimento da infraestrutura hoteleira, a diversificação da oferta turística e a integração de tecnologias na gestão do setor turístico.

 

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Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia

No acumulado do ano, a tendência também é positiva e o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28 milhões de euros, superior ao registado em todo o ano de 2022, de acordo com os dados revelados pelo Banco de Portugal (BdP).

As receitas turísticas somaram, em setembro, 3.077,43 milhões de euros, valor que ficou 8,9% acima de igual mês do ano passado e que traduz um aumento superior a mil milhões de euros face a setembro de 2019, antes da pandemia, de acordo com os dados revelados esta terça-feira, 19 de novembro, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP mostram que, face a setembro de 2023, as receitas turísticas subiram 252,42 milhões de euros face aos 2.825,01 milhões de euros que tinham sido apurados no nono mês do ano passado.

Numa comparação com o mesmo mês do período pré-pandemia, a subida é ainda mais expressiva e chega aos 51,6%, já que as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, registaram um aumento de 1.047,06 milhões de euros face a setembro de 2019.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que se encontram pelos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, registaram um aumento de 6,9%, totalizando 732,99 milhões de euros, o que significa um crescimento de 47,63 milhões de euros face aos 685,36 milhões de euros contabilizados em setembro do ano passado.

Comparativamente a 2019, a subida volta a ser também mais expressiva, já que este indicador aumentou 44,3% ou 224,91 milhões de euros face ao mesmo mês do último ano antes da pandemia da COVID-19.

No comunicado que acompanha os números, o BdP explica que as Viagens e Turismo foram fundamentais para o aumento registado na balança de serviços, cujas exportações e importações aumentaram 7,8% e 7,0% em relação a setembro de 2023, o que “reflete, sobretudo, o contributo das viagens e turismo (+252 milhões de euros e +48 milhões de euros, respetivamente)”.

A tendência positiva foi ainda comum ao saldo da rubrica Viagens e Turismo, que chegou aos 2.344, 44 milhões de euros em setembro, o que traduz um crescimento de 9,6% ou 204,79 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado, e de 54% ou mais 822,15 milhões de euros em comparação com setembro de 2019.

Acumulado já ultrapassa valor total de 2022

No acumulado desde janeiro, o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28, valor que é superior ao registado em todo o ano de 2022 e que representa um aumento de 9,4% ou mais 1.915,88 milhões de euros face aos 20.280,4 milhões de euros que tinham sido apurados em setembro do ano passado.

Tal como as receitas turísticas, também o acumulado das importações do turismo apresenta uma tendência positiva, chegando aos 5.284,48 milhões de euros, o que fica 7,6% ou 372,92 milhões de euros acima dos 4.911,56 milhões de euros apurados até ao mesmo mês do ano passado.

No que diz respeito ao saldo acumulado, a situação volta a ser positiva, uma vez que este indicador chegou aos 16.911,8 milhões de euros, o que traduz um aumento de 9,4% ou mais 1.450,88 milhões de euros face aos 15.460,92 milhões de euros apurados em igual período do ano passado.

 

 

 

 

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Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano

A fusão destas duas estruturas responsáveis pela atratividade de França, uma para investidores estrangeiros e outra para turistas, terá início a partir de 2025, nomeadamente com vista a uma reorganização da sua rede de países estrangeiros e à congregação dos seus recursos.

De acordo com o projeto de lei financeira de 2025, apresentado pelo Primeiro-Ministro francês, Michel Barnier, pretende-se aproximar a Atout France e a Business France, para obter poupanças orçamentais.

Nas restrições orçamentais, o novo Primeiro-Ministro fez esta declaração: “Vamos reunir e agrupar agências, operadores e fundos que têm objetivos comuns, tais como como Business France e Atout France”, acrescentando que “Vamos desenvolver uma cultura de avaliação em todos os lugares. Não poderemos gastar mais. Vamos gastar melhor.”

A imprensa francesa avança que a reforma da Atout France, uma estrutura que emprega 350 pessoas (150 em Paris, 200 no estrangeiro), está em cima da mesa há algum tempo. Em maio, durante uma comissão interministerial de turismo, o executivo anunciou a intenção de modernizar esta agência, que “perdeu o seu dinamismo original”, como reconheceu Dominique Marcel, presidente da Alliance France Tourisme, que reúne pesos pesados ​​do setor. A sua estratégia internacional foi regularmente criticada, assim como o seu distanciamento do tecido económico francês.

Refira-se, também que há pouco mais de 15 anos, a Atout France foi construída a partir da fusão de duas estruturas: Maison de la France e Odit France. Embora não seja do Estado, a agência está colocada sob a tutela do ministro responsável pelo Turismo, e como objetivo promover o turismo em França, realizando operações de engenharia turística e implementando uma política de competitividade e qualidade das empresas do setor, ou seja, define a estratégia nacional de promoção do destino França de acordo com as diretrizes definidas pelo Estado.

A Atout France define, igualmente, a classificação dos alojamentos turísticos coletivos, as famosas estrelas dos hotéis, parques de campismo, parques residenciais de lazer, residências turísticas e aldeamentos de férias. Também está presente em feiras e organiza inúmeros eventos em todo o mundo.

Já a Business France serve a internacionalização da economia francesa. É responsável pelo desenvolvimento internacional das empresas e as suas exportações, bem como pela prospeção e acolhimento de investimentos internacionais em França. Promove a atratividade e a imagem económica do país, das suas empresas e dos seus territórios. Criada a 1 de janeiro de 2015, a Business France resultou da fusão da UBIFRANCE e da AFII (Agência Francesa de Investimentos Internacionais).

 

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Todos os olhos estão na Ásia, com destaque para a Índia

Uma recente análise da Google aponta para um forte crescimento das viagens internacionais até 2040. E se no WTM Global Travel Report, apresentado durante o WTM 2024, se aponta para 2 biliões de turistas internacionais, a análise da Google amplia esse número para 2,4 biliões.

Victor Jorge

Com a indústria das viagens a enfrentar grandes desafios nos últimos anos, com a história a demonstrar tratar-se de um setor altamente resiliente, uma recente análise da Google mostra que, mesmo defrontando acontecimentos imprevistos, as pessoas não perderam o interesse em viajar e explorar novas experiências.

No “Travel Vision 2040”, a google, juntamente com a Deloitte e players do setor das viagens, apontam para um crescimento das viagens internacionais em 60% até 2040, fixando o número de turistas internacionais nessa altura nos 2,4 biliões.

A ascensão da Índia
O panorama das viagens, em 2040, assistirá, segundo a análise publicada pela Google, à ascensão ou reforço de novos mercados de origem, indicando a Índia, China e os EUA como os mercados de crescimento mais rápidos.

O destaque vai, de resto, para os viajantes indianos, que aumentam em cinco vezes até 2040, impulsionados pelo aumento da posse de passaportes e por políticas de vistos menos rígidas. “São pessoas com conhecimentos digitais e que tomam decisões rápidas, reservando voos internacionais com um prazo médio inferior a 50 dias (por comparação, com o prazo médio global de quase 70 dias)”.

O relatório salienta, no entanto, que a diversidade linguística e cultural da Índia exige uma abordagem localizada por parte das marcas. “O país tem muitas línguas diferentes, sendo que 10 delas têm mais de 30 milhões de falantes nativos cada. E a maioria dos indianos prefere utilizar a sua língua local para pesquisar e efetuar tarefas online”, referem os autores.

Por outro lado, do globo, os EUA continuam a ser um poderoso mercado de origem nas viagens. Os viajantes norte-americanos já representam 10% da procura de todas as viagens europeias e constituem 40% de todos os viajantes não europeus na região. “Estes viajantes são extremamente conscientes da marca, com 78% dos consumidores norte-americanos dispostos a pagar mais por uma marca que conhecem”, refere a Google.

As empresas de viagens devem, por isso, concentrar-se em estabelecer – ou aumentar o conhecimento – da sua marca nestes mercados de origem emergentes e em crescimento. “Em 2040, as pessoas já devem conhecer a marca quando estão a planear as próximas férias, em vez de a descobrirem pela primeira vez”, frisa a análise.

Os novos “hotspots”
O panorama das viagens em 2040 não é apenas moldado pelo local de onde os viajantes saem, mas também pelo local para onde viajam, destaca a Google. Prevê-se, assim, que Espanha ultrapasse França como o país mais visitado do mundo – embora seja uma corrida renhida entre ambos os mercados – e que o recém-chegado México entre no top 5 dos destinos mais populares.

Contudo, os países europeus continuarão a ser um dos principais atrativos para quem vai de férias, a par da Ásia e da América do Norte.

Espera-se, também, que o Médio Oriente assista a um afluxo de viajantes, registando a taxa de crescimento anual mais elevada prevista para as chegadas entre o presente ano (2024) e 2040.

E aqui, dois mercados estão a fazer “trabalho extra” neste domínio: a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU). “O aumento do interesse da Arábia Saudita é alimentado por infraestruturas atualizadas e reformas dos vistos de entrada, impulsionadas por projetos turísticos ambiciosos”, enquanto a popularidade dos Emirados Árabes Unidos basear-se-á “na oferta de experiências de alta qualidade e de ofertas de luxo”.

Raúl González, coautor do relatório e CEO do Barceló Hotel Group para a Europa, Médio Oriente e África, explica no relatório que “as marcas, em destinos em crescimento, terão de se adaptar a diferentes tipos de viajantes”. E acrescenta: “quando as pessoas reservavam um hotel há 30 anos, queriam apenas uma cama. Atualmente, querem uma experiência personalizada e local”. Por isso, admite ainda, “é importante analisar os dados para compreender as novas expectativas dos clientes”.

A analise sobre o panorama das viagens em 2040 também mostra que a diversificação de destinos em locais já populares continuará a aumentar. “Ao elaborar a sua estratégia para o futuro, analise a forma como pode satisfazer os visitantes de diferentes países”, salienta a Google.

Informado, exploratório e envelhecido: eis o viajante do futuro
Com o surgimento de novos mercados de origem, a análise da Google divide o viajante do futuro em duas categorias distintas: “emergentes e maduros”. Os viajantes emergentes gravitam mais em torno de destinos maduros, enquanto os viajantes maduros são cada vez mais atraídos por locais fora dos circuitos habituais.

“Os viajantes emergentes – como os da Índia – procuram inicialmente mercados que sejam simultaneamente destinos de viagem estabelecidos e próximos de casa”, explica Patricia Ruiz Ramos, Senior Manager Strategy Consulting Practice da Monitor Deloitte. “É por isso que os países vizinhos verão primeiro o impacto dos viajantes emergentes. Os locais mais distantes, como os da Europa, irão sentir os efeitos à medida que o poder de compra destes viajantes aumentar.”

A análise revela, também, que ambos os tipos de viajantes são altamente informados e realizam pesquisas extensas antes das suas viagens. Não se limitam a fazer reservas, procuram confiança e segurança nas suas decisões.

“À medida que a população mundial envelhece e os indivíduos entram na reforma com melhor saúde, está a surgir um novo segmento de viajantes com necessidades e preferências distintas”, afirma Ruiz Ramos. “Isto, juntamente com o interesse crescente em experiências culturais e históricas entre os viajantes de países como o Japão e a China, representa uma oportunidade significativa para as empresas de viagens explorarem este mercado em crescimento, adaptando as suas ofertas para satisfazer as exigências específicas destes viajantes.”

E a Google deixa um recado final: “lembre-se, 2,4 mil milhões de viajantes estão à espera. O futuro das viagens pertence às marcas e destinos que estão preparados”.

Foto: Depositphotos.com
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Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade da marca em nova campanha

Depois da iniciativa “Vive a Madeira por inteiro” para o mercado nacional, complementada pela versão internacional “Experience Madeira for yourself”, a Associação de Promoção da Madeira lança agora uma nova campanha de Natal.

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A Madeira acaba de lançar uma Campanha de Natal, reforçando “o espírito de pertença e autenticidade da marca com um novo apelo à vivência plena do destino”.

Em 2023, o destino apresentou a iniciativa “Vive a Madeira por inteiro” para o mercado nacional, complementada pela versão internacional “Experience Madeira for yourself”. Esta campanha, ainda ativa, tem como conceito central a ideia de que o arquipélago oferece tudo o que se pode desejar num destino: montanha, mar, cultura e autenticidade, fazendo da Região um lugar para todos e durante todo o ano.

Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, a Associação de Promoção da Madeira (AP-M) optou por uma abordagem “disruptiva”, admitindo que estar fisicamente na Região “é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer”.

Para a época de Natal, o destino segue esta mesma linha de autenticidade e proximidade. “A nova campanha do próximo mês de dezembro convida a viver as festividades na ilha com intensidade, capturando o espírito do povo madeirense e o modo como o destino se transforma para as celebrações de fim de ano. Na Região, não há um copo ‘meio cheio’ ou ‘meio vazio’: a proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, pode ler-se no comunicado de imprensa.

A campanha também reforça o compromisso da marca com o sentimento de pertença e comunhão – traduzido nas assinaturas “Madeira. Tão tua” e “Madeira. Belongs to all” – e destaca o posicionamento do destino como um lugar “vibrante e autêntico”, onde cada visitante encontra experiências que tocam profundamente o seu coração e o fazem sentir-se parte de algo único.

Esta nova fase da campanha de Natal reafirma o compromisso do destino em “atrair públicos diversos, fortalecendo a ligação entre a Madeira e os viajantes, especialmente em épocas de celebração”.

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Feira de Emprego e Carreiras Azuis regressa a 27 de fevereiro de 2025

A próxima edição da Feira de Emprego e Carreiras Azuis vai decorrer a 27 de fevereiro de 2025, em Lisboa, e as inscrições já se encontram a decorrer.

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A Feira de Emprego e Carreiras Azuis já tem data para a próxima edição, que vai acontecer a 27 de fevereiro de 2025, em Lisboa, informou a organização do certame, em comunicado.

AlgarExperience, Viking e Mystic Invest Holding (DouroAzul, Mystic Cruises, Nicko Cruises, Atlas Ocean Voyages) são algumas das empresas que já confirmaram a presença na próxima edição da Feira de Emprego e Carreiras Azuis.

“A Feira de Emprego e Carreiras Azuis é um evento fundamental para quem trabalha ou pretende trabalhar em cruzeiros, iates, turismo náutico, navios de carga, instalações portuárias e logística, construção e reparação naval, energias renováveis no oceano, pesca, aquicultura, segurança, serviços marítimos, ambiente e sustentabilidade, entre outros setores de atividade da economia azul”, refere a organização, na informação divulgada.

A entrada na feira é gratuita, mas está sujeita a inscrição prévia, que já pode ser realizada aqui.

 

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Brasil lidera crescimento do mercado de viagens latino-americano

O mercado de viagens latino-americano registou, pelo terceiro ano consecutivo, um crescimento e deverá apresentar uma “expansão continua” até 2027, com destaque para o Brasil, que lidera a subida, avança um relatório da Phocuswright.

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O mercado de viagens latino-americano registou, pelo terceiro ano consecutivo, um crescimento, com a subida das reservas brutas a chegar aos 29% e a somar 70,1 mil milhões de dólares, com destaque para o Brasil, que lidera o crescimento, avança um relatório da Phocuswright, divulgado esta segunda-feira, 18 de novembro.

“A indústria de viagens do Brasil registou um salto notável de 37%, para 21,8 mil milhões de dólares, impulsionado pela estabilidade crescente, pela diminuição dos níveis de pobreza e pela melhoria das condições económicas sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, lê-se no relatório.

Os dados da Phocuswright mostram que as companhias aéreas brasileiras, que são o maior segmento fornecedor de viagens do país, transportaram 21 milhões de passageiros internacionais, num aumento de 38% em relação ao ano anterior.

“O Brasil é um mercado de viagens dinâmico com uma presença digital crescente”, afirma Carolina Sass de Haro, diretora para América Latina e Caraíbas da Phocuswright e coautora do relatório, sublinhando que a indústria de viagens do Brasil, que é “alimentada por um aumento nas viagens internas e domésticas”, está preparada para “um crescimento contínuo”.

O relatório da Phocuswright estima também que, até 2027, o mercado de viagens da América Latina deverá experimentar uma “expansão continua”, uma vez que se projeta que as reservas brutas venham a atingir os 95,8 mil milhões de dólares dentro de dois anos, com destaque para as reservas de viagens online, cuja penetração deverá atingir os 54% até 2027.

Este relatório diz também que o “setor hoteleiro é o maior mercado fornecedor de viagens da região, respondendo por 47% de todas as reservas brutas de viagens em 2023” e que o México continua a ser o maior mercado de viagens da América Latina, representando 45% das reservas brutas de viagens em 2023.

 

 

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“Brasil é o campeão dos Stopovers” da TAP e corresponde a quase 50% dos passageiros

Segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, “o Brasil tem cerca de 49% ou 50% dos passageiros em Stopover”, o que torna este programa numa “ferramenta de vendas importantíssima” para a companhia aérea.

Inês de Matos

O mercado brasileiro é o que mais adere ao Stopover da TAP e representa cerca de 50% dos passageiros que usufruem deste programa, revelou Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, considerando que esta é uma “ferramenta de vendas importantíssima” para a companhia aérea.

“As pessoas podem ficar até 10 dias, são duas viagens numa só e entre todos esses passageiros que transportamos, o Brasil é o campeão dos Stopovers. O Brasil tem cerca de 49% ou 50% dos passageiros em Stopover, para nós é uma ferramenta de vendas importantíssima”, afirmou o responsável, em declarações aos jornalistas, à margem da 36.ª edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado, que decorreu entre 7 e 10 de novembro.

Carlos Antunes explicou que, em 2022 e no início de 2023, “Portugal foi o principal destino dos brasileiros”, algo que tem vindo a mudar com o regresso à operação  de outras companhias aéreas no pós-pandemia, pelo que a TAP tem vindo a promover ainda mais este programa que permite ficar uns dias em Portugal, em viagens cujo destino final não é o território nacional.

“Portugal ainda é o nosso principal foco, mas temos vindo a diversificar a venda para outros destinos. Hoje, há uma componente muito significativa de venda para outros destinos, diria que até superior a 50% do total dos nossos passageiros porque acompanhamos o mercado. E o Portugal Stopover é uma ferramenta espetacular para dizer: vai para Roma, então vá connosco e fique uns dias em Portugal”, explicou o responsável.

Por isso, o diretor da TAP para as Américas defende que o programa deve ser reforçado “com mais parceiros e benefícios, com mais comunicação”, motivo pelo qual a parceria entre a TAP e o Turismo de Portugal “é fundamental”.

Programa “é naturalmente um aspeto muito positivo”, reconhece Turismo de Portugal

Tal como Carlos Antunes, também Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, considerou durante o Festuris que o Portugal Stopover “é naturalmente um aspeto muito positivo”, uma vez que ajuda a trazer mais turistas para Portugal.

“É sempre bom porque a capacidade aérea que a TAP tem instalada em todo o território do Brasil é imensa, é a companhia que mais tem presença no Brasil para a Europa e para Portugal em particular. Aproveitar toda essa capacidade para que as pessoas que se dirigem a outros destinos fiquem em Portugal o máximo de tempo possível, é naturalmente um aspeto muito positivo”, defendeu a responsável.

Lídia Monteiro explicou que, por isso, o Turismo de Portugal tem vindo a apoiar este programa da TAP, ajudando também à sua promoção, uma vez que existe uma relação próxima entre as duas entidades, principalmente no que diz respeito ao mercado brasileiro.

“Sempre apoiámos muito essa iniciativa da TAP do Stopover e temos estado empenhados com eles na promoção. Aliás, a TAP é uma parceira por excelência de Portugal no Brasil. Fazemos muitas ações de promoção de Portugal juntamente com a TAP e em todas as ações de capacitação e roadshows que fazemos no Brasil, a TAP está sempre presente”, acrescentou.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

 

 

 

 

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Futuro inclusivo de género para o turismo africano defendido em congresso

O Ministério do Turismo e Assuntos Culturais da Serra Leoa, em colaboração com a ONU Turismo, sediou um Congresso Regional de Mulheres no Turismo com o tema “Além do empoderamento, para educação, inovação e acesso financeiro”.

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O congresso reuniu mais de 500 participantes dos setores público e privado, alojamento e indústrias culturais e criativas em Serra Leoa. Com foco em políticas sensíveis ao género e expansão do acesso à educação, mentoria, inovação tecnológica e finanças, delegados de 12 países africanos enriqueceram as discussões: Serra Leoa, Burkina Faso, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gâmbia, Quênia, Libéria, Namíbia, Nigéria, África do Sul, Zâmbia e Zimbábue.

Elcia Grandcourt, diretora para a África na ONU Turismo, foi acompanhada por representantes de várias organizações internacionais, incluindo ONU Mulheres e AUDA-NEPAD, bem como pelo Coordenador Residente da ONU para Serra Leoa.

Num forte compromisso com a inclusão, o congresso facilitou a participação de mulheres com limitações físicas, fornecendo interpretação em linguagem gestual e encorajando as mulheres com deficiência a envolverem-se plenamente em todas as atividades que digam respeito ao turismo.

Em sua mensagem de vídeo, Natalia Bayona, Diretora Executiva de Turismo da ONU, anunciou a alocação de 100 bolsas de estudo da organização “Tourism Online Academy” para o governo de Serra Leoa: 50 “Introdução à Gestão da Indústria do Turismo” e 50 “Introdução ao Direito Internacional de Turismo e Viagens”. Esta iniciativa aborda a necessidade urgente de educação abrangente e desenvolvimento de habilidades no setor de turismo, estendendo-se além da hospitalidade tradicional para incluir marketing digital e comércio eletrónico, com apoio governamental para a educação acessível.

Os especialistas também destacaram a importância de impor políticas de igualdade de género para garantir a representação das mulheres em funções de liderança e tomada de decisão, e para promover um ambiente de apoio à colaboração e networking. Estratégias inovadoras alavancando as redes sociais e o comércio eletrónico foram discutidas como ferramentas cruciais para a construção de marca e engajamento de mercado, enquanto abordar a exclusão digital para mulheres vulneráveis ​​e geograficamente isoladas surgiu como uma prioridade.

No âmbito do congresso, foi realizado um workshop técnico sobre acesso financeiro, equipando 80 mulheres empreendedoras de 30 organizações e associações com insights para navegar em ecossistemas financeiros.

À margem do congresso, o Women in Tourism Africa Leadership Committee (WITLAC), um comité pan-africano apoiado por vários Estados-membros africanos e facilitado pelo Secretariado de Turismo da ONU, convocou duas reuniões fechadas para avaliar o progresso e desenvolver ainda mais iniciativas que apoiam o empoderamento das mulheres no turismo, tendo focado em educação, inovação e acesso a financiamento, com resultados tangíveis.

 

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“Espanha Verde”: uma marca turística 4 em 1

Criada há 35 anos para representar as regiões da Galiza, Astúrias, Cantábria e País Basco na promoção e posicionamento do destino, “Espanha Verde” veio a Portugal para dar a conhecer o património, arquitetura, paisagem natural, gastronomia e vinhos. Pode ler a entrevista a Xosé Manuel Merelles, diretor da Agência de Turismo da Galiza, na próxima edição do Publituris.

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Galiza, Astúrias, Cantábria e País Basco uniram-se numa única marca turística para promover o destino e explorar o seu património, arquitetura, paisagem natural, gastronomia e vinhos. Criada há 35 anos, Espanha Verde veio dar-se a conhecer na cidade do Porto “pela relação transfronteiriça que temos com toda a região Norte de Portugal”, explica Xosé Manuel Merelles, diretor da Agência de Turismo da Galiza, região que assume a coordenação das ações promocionais da Espanha Verde em 2024.

“O mercado português é muito importante para nós, não apenas pela proximidade geográfica, mas também pela afinidade cultural que temos em comum”, realça Xosé Manuel Merelles, salientando que “temos números muito diferentes em cada região”, com o mercado português a ser “o principal mercado na Galiza, representando mais de 44% do turismo internacional”. Já nas Astúrias, Portugal “ocupa o terceiro lugar” e na Cantábria e no País Basco, os portugueses “representam cerca de 3,5% dos turistas estrangeiros”, acrescenta o responsável.

A par de Portugal, as quatro regiões que compõem a Espanha Verde têm como mercados prioritários França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Estados Unidos da América.

Ao Publituris, entrevista que poderá ler na íntegra na próxima edição do jornal, Xosé Manuel Merelles afirmou que “apresentar pela primeira vez esta marca em Portugal permite-nos aumentar a notoriedade da ‘Espanha Verde’ no mercado português, tornando-a cada vez mais acessível e democrática, despertando a curiosidade e o interesse para a sua vivência”.

Numa abordagem coletiva que estimula o espírito de aventura e o respeito pela natureza, a marca desenvolve projetos conjuntos para divulgar produtos turísticos transversais às quatro regiões, graças a propostas imersivas e sensoriais. “A Grande Rota da Espanha Verde”, um dos projetos centrais da marca, que consiste num roteiro que permite conhecer as quatro regiões em 16 etapas, desfrutando da riqueza da paisagem natural protegida, da imponência do património e da arquitetura, da sofisticação da oferta vínica e gastronómica ou da diversidade da cultura e das tradições, aspetos que unem as quatro comunidades e definem a sua identidade.

O “Corredor Ecoturístico Espanha Verde” é outro dos grandes projetos desenvolvidos pela marca, em parceria com o Turismo de Espanha. Financiado por fundos europeus, este será em breve o maior corredor ecoturístico da Europa, integrando 30 espaços protegidos e cerca de 350 empresas turísticas das quatro comunidades, numa aposta clara por novos serviços no turismo sustentável, social e ambiental.

Com 56 restaurantes galardoados com Estrelas Michelin, grutas com arte pré-histórica declarada Património da Humanidade pela UNESCO, 42 espaços naturais protegidos, entre parques e reservas, 2.500 quilómetros de costa marítima e mais de 30 vias verdes exclusivas a peões e a ciclistas, o território “Espanha Verde” incentiva a atividades como uma degustação enogastronómica de excelência, a prática de desporto, especialmente o surf, a realização do Caminho de Santiago Norte, marcado por vias medievais, ou o slow sleep, segmento que valoriza os alojamentos de charme situados no meio da natureza.

“Acreditamos que as quatro regiões têm aspetos em comum, mas também muitas coisas que as diferenciam, contribuindo para experiências únicas e completas”, disse ainda Xosé Manuel Merelles ao Publituris.

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