Turismo do Porto e Norte considera “incompreensível” a reduzida operacionalidade da TAP no Porto
Entidade regional de turismo diz que não pode contar com a TAP para retomar rotas internacionais que foram suspensas com a pandemia e pede mais recursos para continuar o trabalho de captação aérea.

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O Turismo do Porto e Norte de Portugal considera que o “progressivo esvaziamento” da operacionalidade da TAP no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, é “incompreensível” e pede mais recursos para apoiar a infraestrutura aeroportuária e atrair outras companhias aéreas para o aeroporto do Porto.
Num comunicado enviado à imprensa, o Turismo do Porto e Norte de Portugal diz que, devido à TAP, tem atualmente um “misto de sentimentos” face aos números que a infraestrutura aeroportuária tem vindo a apresentar, uma vez que, se por um lado o Aeroporto Francisco Sá Carneiro já “opera a 70 por cento dos valores que registava no período pré-pandemia”, por outro, “só um em cada dez passageiros dos voos de e para o Porto o fazem através da TAP”.
“A companhia de bandeira do País, paga por todos os portugueses, não trata todas as regiões por igual e o progressivo esvaziamento da sua operacionalidade no Aeroporto Francisco Sá Carneiro é para nós totalmente incompreensível”, considera Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, citado no comunicado divulgado.
Para a entidade regional de turismo, esta parece ser uma atitude de “menosprezo da TAP pela região”, pelo que pede mais recursos para “apoiar o Aeroporto, e por essa via as regiões Norte e Centro de Portugal, na atração de companhias aéreas que verdadeiramente reconheçam o valor deste território e que já demonstraram interesse em operar no destino”.
“Estamos a falar de um aeroporto estratégico para o Noroeste Peninsular, que serve uma região fortemente industrializada e economicamente pujante, com mais de 5 milhões de habitantes, e um destino turístico que é aquele que mais crescia na era pré-pandémica”, acrescenta o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal.
Segundo Luís Pedro Martins, os recursos de que a entidade regional de turismo dispõe “são manifestamente insuficientes” para continuar o trabalho de captação de companhia aéreas, nomeadamente no que diz respeito às transportadoras de longo curso.
“E este cenário é consideravelmente mais grave quando o alvo são as companhias aéreas de longo curso”, aponta a entidade regional de turismo, defendendo que estas iniciativas “reclamam recursos financeiros” e a região “precisa de ser ressarcida da inoperacionalidade da TAP, que parece ter desistido desta parte do país”.
“O Turismo do Porto e Norte acompanha as preocupações manifestadas pelos autarcas da região, e está disponível para, havendo reforço financeiro, trabalhar com o Turismo de Portugal e com o Aeroporto do Porto, naquele que é um dos fatores críticos de sucesso para a região”, indica ainda a entidade.
O Turismo do Porto e Norte de Portugal lembra que ainda no passado mês de novembro, a ANA – Aeroportos de Portugal concluiu a ampliação do taxiway no Aeroporto do Porto, acrescentando 1300 metros de pista e um desvio que permitirá uma melhor sequência de descolagens e uma saída rápida da pista de 300 metros, representando uma melhoria operacional fundamental, com impacto positivo imediato para as companhias aéreas e passageiros, num investimento que, segundo a entidade, parece, no entanto, não dizer nada à TAP.
“Um investimento forte num aeroporto sucessivamente premiado e de reconhecida qualidade, mas que não parece dizer nada apenas à TAP, uma vez que o mesmo não se passa com outras companhias” acrescenta Luís Pedro Martins.
O Turismo do Porto e Norte revela que, atualmente, existem 19 companhias aéreas em operação na infraestrutura, que voam para 21 mercados e disponibilizam mais de uma centena de rotas, das quais apenas sete são rotas internacionais asseguradas pela TAP, pelo que, diz a entidade regional de turismo, a região não conta com a TAP para retomar rotas importantes que foram suspensas com a pandemia, nomeadamente para o Brasil, EUA ou Canadá.
“É fundamental que as ligações de longo curso retomem, concretamente ao Brasil, Estados Unidos e Canadá, bem como à Ásia e Pacífico, e para este objetivo torna-se cada vez mais evidente que não podemos contar com a TAP”, acrescenta Luís Pedro Martins.