Europcar antecipa aumentos de 8% a 10% nas tarifas em 2022
Paulo Moura, diretor-geral da Europcar, espera que o aumento dos preços venha colmatar parte da quebra que o setor do rent-a-car tem sentido devido ao aumento do custo da frota.

Inês de Matos
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O diretor-geral da Europcar, Paulo Moura, antecipou esta quarta-feira, 29 de setembro, um aumento de 8% a 10% nas tarifas do rent-a-car no próximo ano, uma vez que, considera o responsável, “há necessidade absoluta de corrigir o preço no mercado”, devido ao custo da frota, que “está a aumentar radicalmente”.
“Há necessidade absoluta de corrigir o preço no mercado e temos avisado os nossos clientes de que essa correção vai ter de existir porque o custo da frota está a aumentar radicalmente e vamos ter de repercutir esse aumento nos preços aos nossos clientes”, afirmou Paulo Moura, durante um almoço com jornalistas, em Lisboa.
Para o responsável, este aumento deverá ser “substancial”, provavelmente de “um digito, mas próximo dos dois dígitos”, arriscando mesmo que é possível falar “de 8% ou 10% de aumento de tarifas”.
De acordo com o diretor-geral da Europcar, este aumento deverá “colmatar de alguma maneira, parte da quebra” que o mercado deverá voltar a apresentar este ano, na sequência dos efeitos da pandemia da COVID-19 e que, no caso da Europcar, deverá chegar aos 45% em termos de faturação, face aos números de 2019.
“Esperamos fechar este ano com uma quebra de cerca de 45% em termos de faturação, comparado com 2019, e, em termos de resultado, ainda será muito pior que isso, porque temos uma estrutura de custos fixos que não é coberta da mesma forma com uma receita reduzida”, indicou Paulo Moura, realçando, no entanto, que a Europcar espera, este ano, apresentar “lucros relativamente marginais, mas já com resultados positivos”.
Já os custos têm subido, principalmente ao nível da frota, o que se deve, em grande parte, à crise dos semi-condutores, que além de ter provocado atrasos na entrega de viaturas às empresas de rent-a-car, levou também a que os preços tenham “subido muito porque não há frota suficiente para a procura registada.”
Paulo Moura entende que esta situação ainda deverá afetar a produção automóvel ao longo de todo o ano de 2022 e só vai estar resolvida em 2023, prevendo-se que venha a “afetar bastante o mercado”.
Também por isso, e apesar do verão ter sido, “atendendo às circunstâncias, muitíssimo bom”, ainda que tardio, pois “começou já depois de meados de julho”, o diretor-geral da Europcar diz que só em 2023 deverá ser possível regressar aos resultados de 2019 e que, para 2022, as perspetivas indicam que, no lazer, deverá ser possível “atingir um nível de negócio, em termos de transações, que se deverá situar entre 30 a 35% abaixo de 2019”, enquanto a área corporativa poderá ter melhor resultado.
“Se as coisas se mantiverem e se a retoma se continuar a verificar, esperamos, no lazer, atingir um nível de negócio, em termos de transações, que se deverá situar entre 30 a 35% abaixo de 2019, mas na área corporativa esperamos melhor que isso e esperamos aproximar-nos dos números de transações de 2019. Mas só em 2023, muito provavelmente, voltaremos aos números de 2019”, explicou o responsável.