As propostas de Bruno Horta Soares, candidato pela Iniciativa Liberal, para o turismo de Lisboa
A Iniciativa Liberal concorre pela primeira vez à Câmara Municipal de Lisboa, Conheça as propostas do candidato Bruno Horta Soares para o turismo de Lisboa.
Victor Jorge
Filme promocional do Centro de Portugal premiado na Grécia
Enoturismo no Centro de Portugal em análise
ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais
easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025
Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores
Do “Green Washing” ao “Green Hushing”
Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Que importância possui o turismo para a cidade de Lisboa?
A cidade de Lisboa é uma cidade vibrante, capaz de combinar tradição e inovação e por isso é por definição uma cidade de eleição para turistas de todo o mundo e assim espero que continue por muitos anos. Adicionalmente, a indústria do turismo tem um efeito multiplicador pelas interdependências que tem em diversos setores da economia e no desenvolvimento físico da cidade, tendo sido visível os impactos económicos positivos que criou no pré-COVID-19. No entanto, como qualquer indústria está a ser afetada por diversos desafios de contexto, obrigando a que a administração e gestão do turismo de uma cidade tenha de ter competências para planear, implementar e monitorizar as oportunidades e responder às ameaças que a incerteza dos próximos tempos certamente trará. Também a indústria do turismo terá de ser bem mais resiliente, mas Lisboa não pode recuar e deverá sempre manter o foco na inovação e a capacidade de agilidade para se adaptar às dinâmicas de procura existentes.
Que medidas merecem a sua aprovação e o que foi feito que, sob a sua liderança, não seria realizado? O que teria feito de diferente durante este período pandémico e como antevê o regresso à tão desejada “normalidade” do turismo na cidade de Lisboa e quais os principais desafios esperados?
A beleza natural e humana de Lisboa leva a que a administração da cidade tenha de ter como principal princípio orientador: não estragar! Destaco como algo que ficou bem feito a recuperação da zona ribeirinha. O turismo vive de emoções e a zona ficou sem dúvida mais agradável para quem a visita. A visão que tenho para a cidade assenta numa menor intervenção direta da CML na recuperação da cidade. Quer isto dizer que procurarei sempre um maior envolvimento com o setor privado, desenvolvendo verdadeiras parcerias de dinamização turística e não apenas aquisição de serviços externos a fornecedores privados. Com a Iniciativa Liberal no executivo não teria existido o ataque agressivo e anacrónico que houve a diversas atividades que foram fundamentais para a recuperação e desenvolvimento da cidade nos últimos anos, nomeadamente o Alojamento Local.
Questões como a sustentabilidade, overtourism, segurança, digitalização e mobilidade, estão na ordem do dia no turismo. Que propostas tem para estes pontos (e outros) em concreto?
O investimento da CML na cidade tem passado essencialmente pelo cimento, razão pela qual não foi capaz de ter a visão de lançar plataformas digitais que permitissem a Lisboa ser uma cidade muito mais inteligente. A oferta turística terá cada vez mais de se adaptar à procura e como tal Lisboa necessita de ter uma visão verdadeira de ecossistema, onde os diferentes intervenientes possam partilhar capacidades, nomeadamente digitais, que os permitam ser mais ágeis e flexíveis em tempos de incerteza. Como exemplo, a indústria está cada vez mais orientada à experiência e à jornada do viajante e a CML pode e deve promover uma plataforma integrada onde o visitante, ao invés de andar a saltitar de site em site ou de app em app, é capaz de aceder de forma integrada à oferta de serviços, promovendo uma evolução de modelos económicos de captura de valor para novos paradigmas de partilha de valor.
Gostaria de ver também a mobilidade muito mais centrada na jornada do cidadão e daí considerar mais estratégico um pensamento de interligação da rede urbana com a rede suburbana de transportes, por exemplo à parte ocidental da cidade, com todo o ecossistema de mobilidade a “falar” entre si.
Na mobilidade, na higiene urbana, mas também na segurança, a digitalização, modernização o aumento significativo no investimento em tecnologias relacionadas com uma Cidade Inteligente é essencial para a melhoria destas áreas.
O que falta fazer na cidade de Lisboa no que diz respeito ao turismo e que já deveria estar ou ter sido feito?
A modernização da CML é crítica para esta visão de turismo moderno, pois a informação administrativa e os dados da cidade serão uma matéria-prima fundamental para garantir o bom funcionamento do ecossistema.
Eleito presidente, quais as primeiras e principais medidas a tomar em benefício do e para o turismo da cidade de Lisboa?
A candidatura da Iniciativa Liberal já assumiu que está nestas eleições para conseguir eleger o primeiro vereador Liberal. Acreditamos que a presença de um vereador Liberal no executivo da câmara permitirá uma visão diferente e mais positiva sobre o turismo, mais focada no futuro do turismo, mais centrada na jornada do visitante e com uma muito maior colaboração com o ecossistema de empresas e pequenos empresários.