Reação do ministro Pedro Nuno Santos: “obviamente, um pedido de desculpas pelas falsidades que disse”
Critico do ministro Pedro Nuno Santos, Michael O’Leary, CEO da Ryanair, esteve em Portugal para demonstrar que o dinheiro gasto na TAP não tem retorno.
Victor Jorge
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Menos de um menos depois da última reunião com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, veio a Portugal para reforçar as críticas já feitas ao responsável pela pasta que gere assuntos tão sensíveis como a TAP e o novo aeroporto.
Face às “falsidades enumeradas e espalhadas pelo ministro Pedro Nuno Santos, obviamente o que posso esperar é um pedido de desculpas”, salientou O’Leary quando confrontado com a expectável resposta que o ministro português poderá dar.
E as “falsidades” enumeradas por O’Leary foram várias, desde a acusação que a Ryanair “promove guerra comercial”, ao que o responsável da companhia respondeu que “não, apenas crescemos sem ajudas do Governo de 3 mil milhões de euros”. Ou que a companhia está “envolvida em dumping social”, a resposta foi que “a tripulação de cabina ganha o dobro dos enfermeiros e professores em Portugal”. Ou que a Ryanair é “subsidiada pelo Estado” [português]. Mais uma vez a resposta foi negativa e reforçada com o facto da TAP receber “3,5 mil milhões de euros e a Ryanair, zero”. Por fim, a constatação de que “o Governo português tem o direito de investir 3 mil milhões de euros na TAP”, O’Leary considera que “não é um investimento, são impostos deitados na sanita da TAP”.
“O ministro Pedro Nuno Santos fixou-se na ideia de salvar a TAP. Isso é um sinal de arrogância”.
“A TAP já faliu três ou quatro vezes”, afirmou Michael O’Leary. “Porque é que desta vez se deve acreditar que a TAP irá devolver qualquer euros?”, perguntou.
O CEO da Ryanair admite que o Governo “ajudasse a TAP a sobreviver, mas com mil milhões de euros, não com três mil milhões. O que o ministro Pedro Nuno Santos está a fazer é retirar dinheiro da construções de hospitais, escolas, está a colocar os impostos dos portugueses ao serviço da TAP”.
Questionado se desenvolve o mesmo tipo de campanha noutros países que está a ajudar as suas companhias aéreas, O’Leary foi perentório: “não, porque nesses países não nos acusam e criticam com estas falsidades com o ministro Pedro Nuno Santos em Portugal”.
“O ministro Pedro Nuno Santos fixou-se na ideia de salvar a TAP. Isso é um sinal de arrogância”.
Quanto à nova CEO da TAP , a francesa Christine Ourmières-Widener, O’Leary diz que a conhece, “mas não será a nova CEO a gerir a TAP, serão os sindicatos”. E avança que, “em companhias aéreas nacionalizadas, são sempre os sindicatos a gerir as companhias”, avançando com a máxima: “strong unions get weak leaders”.