Edição digital
Assine já
PUB
Aviação

Ryanair recorre da decisão do Tribunal Europeu sobre ajudas à Finnair e SAS

A Ryanair alega que a aprovação destes auxílios estatais pela Comissão Europeia “foi contra os princípios fundamentais do direito da UE”.

Victor Jorge
Aviação

Ryanair recorre da decisão do Tribunal Europeu sobre ajudas à Finnair e SAS

A Ryanair alega que a aprovação destes auxílios estatais pela Comissão Europeia “foi contra os princípios fundamentais do direito da UE”.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
Enoturismo no Centro de Portugal em análise
Enoturismo
ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais
Emprego e Formação
easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025
Aviação
Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores
Destinos
Do “Green Washing” ao “Green Hushing”
Análise
Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Emprego e Formação
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Distribuição
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Destinos
Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano
Destinos

A Ryanair vai recorrer das decisões do Tribunal-Geral da UE sobre os auxílios estatais finlandeses, dinamarqueses e suecos a favor da Finnair e da SAS.

Recorde-se que o governo finlandês concedeu uma garantia de empréstimo de 600 milhões de euros à Finnair, que beneficiou de mais de 1,2 mil milhões de euros em auxílios estatais desde o início da pandemia. Os governos dinamarquês e sueco concederam, cada um, uma garantia de empréstimo de 137 milhões de euros à SAS, que também beneficiou de um auxílio estatal de recapitalização desses países, elevando o auxílio total recebido pela SAS a mais de 1,3 mil milhões de euros.

PUB

Embora a crise da Covid-19 tenha causado danos a todas as companhias aéreas que contribuem para as economias e a conectividade da Finlândia, Dinamarca e Suécia, “os governos desses países decidiram apoiar apenas as suas companhias aéreas”, refere a Ryanair, em comunicado. A Ryanair encaminhou, assim, as aprovações da Comissão Europeia para esses “subsídios ilegais” ao Tribunal-Geral da UE em junho de 2020, recorrendo, esta quarta-feira, dos acórdãos do Tribunal Geral para o Tribunal de Justiça da UE.

PUB

Um porta-voz da Ryanair salienta, na nota de imprensa, que “uma das maiores conquistas da UE é a criação de um verdadeiro mercado único para o transporte aéreo. A aprovação dos auxílios estatais finlandês, dinamarqueses e suecos pela Comissão Europeia foi contra os princípios fundamentais do direito da UE”.

Além disso, considera a companhia aérea que “as decisões de hoje (quarta-feira) atrasaram em 30 anos o processo de liberalização do transporte aéreo, permitindo que a Finlândia, a Dinamarca e a Suécia dessem às suas transportadoras nacionais uma vantagem sobre concorrentes mais eficientes, com base puramente na nacionalidade”.

Por isso, a Ryanair vai pedir ao Tribunal de Justiça da UE que “anule estes subsídios injustos no interesse da concorrência e dos consumidores”, salientando que, “para que a Europa saia desta crise com um mercado único em funcionamento, as companhias aéreas devem poder competir em condições de igualdade”.

“A concorrência não distorcida pode eliminar a ineficiência e beneficiar os consumidores por meio de tarifas baixas e opções de escolha. Os subsídios, por outro lado, incentivam a ineficiência e prejudicarão os consumidores nas próximas décadas”, conclui a Ryanair.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Artigos relacionados
Enoturismo no Centro de Portugal em análise
Enoturismo
ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais
Emprego e Formação
easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025
Aviação
Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores
Destinos
Do “Green Washing” ao “Green Hushing”
Análise
Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Emprego e Formação
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Distribuição
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Destinos
Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano
Destinos
PUB
Aviação

easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025

A easyJet anunciou a abertura, a partir de 31 de março de 2025, de uma nova rota entre o Reino Unido e o Sal, em Cabo Verde, assim como o início das ligações entre Londres-Luton e a Madeira, que arrancam a 2 de junho do próximo ano.

Publituris

A easyJet anunciou que, a partir de 31 de março de 2025, vai passar a ligar diretamente o Reino Unido a Cabo Verde, numa rota entre o aeroporto de Gatwick, em Londres, e a ilha do Sal, em Cabo Verde, que vai contar com três voos por semana.

A rota para o Sal desde Gatwick, sublinha a easyJet num comunicado enviado à imprensa, surge depois do arranque dos voos da companhia aérea para o destino com partida de Lisboa e Porto, que arrancaram a 29 e 30 de outubro, respetivamente.

Os voos da easyJet entre o Aeroporto de Gatwick e o Sal vão acontecer três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras.

“A abertura de novas rotas é sempre um passo significativo e reflexivo do nosso compromisso com a acessibilidade e a ampliação das opções de viagem mais acessíveis e convenientes para os nossos passageiros”, refere José Lopes, diretor-geral da easyJet Portugal.

A par da nova rota desde o Reino Unido para o Sal, a easyJet anunciou também, a partir de 2 de junho de 2025, uma nova rota entre Londres-Luton e a Madeira, numa operação que vai contar com dois voos por semana, às segundas e sextas-feiras.

“Estamos entusiasmados por oferecer conexões diretas que refletem o crescimento da procura por viagens internacionais e permitem a ligação entre Portugal e mais destinos atrativos”, acrescenta José Lopes.

Mais informações e reservas disponíveis através do website da companhia aérea, que está disponível aqui.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Aviação

Etihad Airways vive “momento histórico” com anúncio de 10 novos destinos

Praga, Varsóvia e Al Alamein são três dos novos destinos da Etihad Airways que já foram anunciados para 2025, esperando-se que os restantes sejam conhecidos a 25 de novembro.

Publituris

A Etihad Airways anunciou a abertura de 10 novos destinos, num “momento histórico” para a companhia aérea de Abu Dhabi, que representa também um “importante marco no desenvolvimento estratégico da companhia”.

Num comunicado enviado à imprensa, a Etihad Airways explica que Praga, Varsóvia e Al Alamein são três dos novos destinos para 2025 que  já tinham sido anunciados, esperando-se que os restantes sejam revelados a 25 de novembro.

“Este anúncio marca uma expansão significativa da nossa rede de rotas. Após termos anunciado as novas ligações para Praga, Varsóvia e Al Alamein para 2025, damos agora um novo passo. Com a introdução simultânea de dez novos destinos, prosseguimos determinadamente a nossa estratégia de crescimento”, afirma Antonoaldo Neves, CEO da companhia aérea.

Segundo a Etihad Airways, esta expansão reflete o compromisso da companhia aérea em “melhorar continuamente a experiência de voo” dos seus clientes e visa oferecer aos “viajantes destinos atrativos com horários e frequências otimizados”.

Recorde-se que, atualmente, a Etihad Airways opera para 83 destinos em todo o mundo, numa rede que vai passar a contar com 93 destinos em breve e que visa criar “novas oportunidades tanto para viajantes corporativos como de lazer, reforçando simultaneamente a posição de Abu Dhabi como destino internacional”.

O  anúncio da abertura de 10 novos destinos foi acompanhado por uma campanha no TikTok, que será acompanhada por um vídeo detalhado a publicar na próxima sexta-feira, 22 de novembro, enquanto a apresentação completa dos novos destinos terá lugar a 25 de novembro.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Aviação

“Brasil é o campeão dos Stopovers” da TAP e corresponde a quase 50% dos passageiros

Segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, “o Brasil tem cerca de 49% ou 50% dos passageiros em Stopover”, o que torna este programa numa “ferramenta de vendas importantíssima” para a companhia aérea.

Inês de Matos

O mercado brasileiro é o que mais adere ao Stopover da TAP e representa cerca de 50% dos passageiros que usufruem deste programa, revelou Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, considerando que esta é uma “ferramenta de vendas importantíssima” para a companhia aérea.

“As pessoas podem ficar até 10 dias, são duas viagens numa só e entre todos esses passageiros que transportamos, o Brasil é o campeão dos Stopovers. O Brasil tem cerca de 49% ou 50% dos passageiros em Stopover, para nós é uma ferramenta de vendas importantíssima”, afirmou o responsável, em declarações aos jornalistas, à margem da 36.ª edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado, que decorreu entre 7 e 10 de novembro.

Carlos Antunes explicou que, em 2022 e no início de 2023, “Portugal foi o principal destino dos brasileiros”, algo que tem vindo a mudar com o regresso à operação  de outras companhias aéreas no pós-pandemia, pelo que a TAP tem vindo a promover ainda mais este programa que permite ficar uns dias em Portugal, em viagens cujo destino final não é o território nacional.

“Portugal ainda é o nosso principal foco, mas temos vindo a diversificar a venda para outros destinos. Hoje, há uma componente muito significativa de venda para outros destinos, diria que até superior a 50% do total dos nossos passageiros porque acompanhamos o mercado. E o Portugal Stopover é uma ferramenta espetacular para dizer: vai para Roma, então vá connosco e fique uns dias em Portugal”, explicou o responsável.

Por isso, o diretor da TAP para as Américas defende que o programa deve ser reforçado “com mais parceiros e benefícios, com mais comunicação”, motivo pelo qual a parceria entre a TAP e o Turismo de Portugal “é fundamental”.

Programa “é naturalmente um aspeto muito positivo”, reconhece Turismo de Portugal

Tal como Carlos Antunes, também Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, considerou durante o Festuris que o Portugal Stopover “é naturalmente um aspeto muito positivo”, uma vez que ajuda a trazer mais turistas para Portugal.

“É sempre bom porque a capacidade aérea que a TAP tem instalada em todo o território do Brasil é imensa, é a companhia que mais tem presença no Brasil para a Europa e para Portugal em particular. Aproveitar toda essa capacidade para que as pessoas que se dirigem a outros destinos fiquem em Portugal o máximo de tempo possível, é naturalmente um aspeto muito positivo”, defendeu a responsável.

Lídia Monteiro explicou que, por isso, o Turismo de Portugal tem vindo a apoiar este programa da TAP, ajudando também à sua promoção, uma vez que existe uma relação próxima entre as duas entidades, principalmente no que diz respeito ao mercado brasileiro.

“Sempre apoiámos muito essa iniciativa da TAP do Stopover e temos estado empenhados com eles na promoção. Aliás, a TAP é uma parceira por excelência de Portugal no Brasil. Fazemos muitas ações de promoção de Portugal juntamente com a TAP e em todas as ações de capacitação e roadshows que fazemos no Brasil, a TAP está sempre presente”, acrescentou.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

 

 

 

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
PUB
Aviação

Ryanair lança programação de inverno com 5,2 milhões de lugares para Portugal

A programação da Ryanair para o verão de 2025 já se encontra disponível para reserva no website da companhia aérea e conta com 5,2 milhões de lugares para Portugal.

Publituris

A Ryanair lançou esta sexta-feira, 15 de novembro, a sua programação para o verão de 2025, que já se encontra disponível para reserva no website da companhia aérea e que conta com 5,2 milhões de lugares para Portugal.

“A Ryanair tem o prazer de anunciar o lançamento de nossa programação de verão de 2025 com 5,2 milhões de assentos disponíveis para cidadãos/visitantes portugueses aproveitarem, enquanto continuamos a oferecer mais opções, confiabilidade e as tarifas mais baixas da Europa”, destaca Elena Cabrera, chefe de comunicações da Ryanair para Portugal.

Os voos da Ryanair para o verão de 2025 já estão disponíveis para reserva aqui.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Aviação

TAP com lucros no 3.º trimestre e no acumulado do ano, mas abaixo dos resultados de 2023

A TAP Air Portugal registou lucros de 117,8 milhões de euros no 3.º trimestre de 2024, ficando 34,8% abaixo do registado no mesmo período de 2023, apontando as “perdas cambiais” como principal fator. No acumulado do ano, os lucros somam 118,2 milhões de euros.

Publituris

01A TAP Air Portugal alcançou um resultado líquido de 117,8 milhões de euros no 3.º trimestre de 2024, correspondendo a menos 34,8% face aos 180,5 milhões de euros alcançados no mesmo período de 2023. Esta diminuição de 62,8 milhões de euros deve-se, segundo a companhia, “ao impacto de perdas cambiais” que nos três meses de 2024 foram de 22 milhões de euros, mas que no acumulado do ano já somam 39,5 milhões de euros.

No acumulado do ano (janeiro a setembro), os resultados da companhia aérea nacional indicam lucros de 118,2 milhões de euros, o que corresponde a uma quebra de 41,9% face aos 203,5 milhões de euros alcançados em período homólogo de 2023.

No que diz respeito às receitas operacionais, a TAP cresceu 2%, passando e 1.258,5 milhões de euros para 1.284,1 milhões de euros, significando um aumento de 25,6 milhões de euros.

No acumulado do ano, o aumento das receitas operacionais é ligeiramente superior, cifrando-se nos 2,8%, o que significa que se passou de 3.164,7 milhões de euros para 3.252,6 milhões de euros, correspondendo a mais 87,9 milhões de euros.

Com as receitas provenientes dos passageiros a aumentar 0,5% no 3.º trimestre, passando de 1.181,3 milhões de euros para 1.187,5 milhões de euros (+6,2 milhões de euros), a grande subida deu-se na manutenção, onde a TAP cresceu 48% no 3.º trimestre e 39,8% no acumulado do ano. Assim, as receitas provenientes desta alinha passaram de 32,9 milhões de euros para 48,7 milhões de euros no 3.º trimestre, enquanto no acumulado do ano passou de 118,4 milhões para 165,5 milhões de euros.

Mas se as receitas operacionais registaram um crescimento, também os gastos operacionais aumentaram, totalizando 1.056,9 milhões de euros no trimestre em análise (+6,5%) e 2.914,5 milhões (+4,4%) no acumulado do ano.

Nos gastos operacionais, a TAP viu as despesas com combustíveis aumentar em 2% no 3.º trimestre, passando de 285,4 milhões de euros para 291,2 milhões de euros, mais baixou em 2,4% esta despesa no acumulado do ano, passando de 828,2 milhões de euros para 808,3 milhões de euros.

O EBITDA recorrente totalizou 372 milhões de euros no 3.º trimestre de 2024, representando uma margem de 29%, diminuiu em 18,7 milhões de euros (-4,8%) em comparação com o 3.º trimestre do exercício anterior. O EBIT recorrente diminuiu em 37,7 milhões de euros (-13,6%) face ao 3.º trimestre de 2023, totalizando 238,6 milhões de euros, representando uma margem de 18,6%.

Quanto aos passageiros transportados no 3.º trimestre, o número ascende a 4,6 milhões, correspondendo a uma subida de 1,3% ou 60 mil face a igual período de 2023. Já no acumulado do ano, a TAP transportou 12,3 milhões de passageiros de janeiro a setembro de 2024, o que significa um aumento de 1,5% (+178 mil) que os 12,1 milhões de período homólogo de 2023.

Em comunicado, a TAP informa, também que, a 30 de setembro de 2024, o Balanço apresentava uma posição de caixa e equivalentes de caixa “robusta” no valor de 943,1 milhões de euros, um aumento de153,7 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2023.

No mesmo comunicado de imprensa, Luís Rodrigues, presidente executivo da TAP, afirma que estar “satisfeito com a performance no terceiro trimestre de 2024, apesar dos dois grandes desafios enfrentados: a situação difícil de gestão do espaço aéreo europeu, e as desvalorizações cambiais significativas. A melhoria da pontualidade e do NPS (Índice de Satisfação do Cliente) e a estabilização da regularidade, confirmam uma operação mais robusta e com um melhor serviço para os nossos clientes, que se traduz em aumentos de receitas e consolidação de resultados operacionais.”

Luís Rodrigues salienta ainda que, “o sucesso na emissão de obrigações, com uma clara criação de valor para a TAP, dado a redução significativa do spread implícito, resultou de uma resposta positiva por parte dos investidores à performance financeira da empresa.”

E o presidente executivo da TAP conclui que, “apesar do atual contexto desafiante do setor, mantemo-nos focados na transformação da TAP, com o apoio das nossas pessoas e dos nossos stakeholders, numa companhia sustentadamente rentável e numa das mais atrativas da indústria”.

Para o quarto e último trimestre de 2024, a TAP informa que “as reservas encontram-se ligeiramente acima do ano anterior, sendo expectável que compensem alguma pressão sobre as yields”.

Ainda neste mês de novembro, a companhia recorda que se concluiu “com sucesso a emissão de senior notes no valor de 400 milhões de euros, com um cupão de 5,125%, o que permite à TAP otimizar a sua estrutura financeira e cumprir com os compromissos do Plano de Reestruturação”.

Também neste 4.º trimestre, a TAP salienta que “o investimento no mercado brasileiro continua, com a abertura da nova rota para Manaus”, bem como, o investimento na modernização da frota, “com a entrega de duas novas aeronaves A320neo, em substituição de duas aeronaves da família A320ceo”, concluindo ainda que “o compromisso com o plano estratégico continuará”.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Aviação

Turismo de Portugal reconhece que aeroporto de Lisboa impede maior crescimento do mercado brasileiro

A falta de slots no aeroporto de Lisboa tem impedido a recuperação da capacidade aérea para números pré-pandemia, o que, segundo Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, prejudica o mercado brasileiro, que “depende da ligação aérea”. Mas nem tudo é negativo, já que as receitas deste mercado continuam a crescer.

Inês de Matos

O mercado brasileiro ainda não recuperou o número de hóspedes pré-pandemia em Portugal, admite Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, que atribui o menor crescimento às dificuldades do aeroporto de Lisboa, que não permite a total recuperação das ligações aéreas ao Brasil e este é um mercado que “depende da ligação aérea”.

“É verdade que ainda não atingimos, do ponto de vista dos hóspedes, os números de 2019, e isso está diretamente relacionado com o facto da acessibilidade aérea ainda não estar totalmente recuperada. Além da TAP, voam para Portugal a Azul e a LATAM. A LATAM tem vindo a pedir sucessivamente novos slots no aeroporto de Lisboa e não existem”, explicou Lídia Monteiro, à margem do Festuris 2024, que decorreu em Gramado, no Rio Grande do Sul, Brasil, entre 7 e 10 de novembro.

De acordo com a responsável, a conta é simples e permite perceber que, “se fosse possível ter mais uma ligação da LATAM, se ultrapassariam imediatamente os números de 2019”.

No entanto, Lídia Monteiro considera que esta dificuldade de crescimento no número de hóspedes provenientes do Brasil não é “problemática”, uma vez que o mercado brasileiro continua a crescer em Portugal ao nível da receita, sendo que, este ano, já foi registado um aumento de 13% nas receitas dos turistas brasileiros em Portugal até agosto.

“Não nos parece que seja problemático, uma vez que continuamos a crescer do ponto de vista das receitas, o que é muito positivo. Temos 13% a mais que em 2023, portanto, do ponto de vista da receita estamos a conseguir crescer”, explicou a responsável.

Apesar do número de hóspedes do mercado brasileiro ainda estar “ligeiramente abaixo dos dados de 2019”, Lídia Monteiro realçou que a subida das receitas geradas por este mercado vai ao encontro da “estratégia de crescimento do turismo com valor” definida pelo Turismo de Portugal, que tem vindo também a apostar na diversificação de mercados.

“O nosso objetivo é continuar a crescer sustentavelmente no mercado. O que temos vindo a fazer do ponto de vista da estratégia, é a diversificar os mercados. O mercado brasileiro já foi o nosso quinto mercado, hoje, é o sexto, ocupou o seu lugar os EUA. Portanto, isto não é um problema, antes pelo contrário, porque significa que estamos a conseguir ser mais sustentáveis porque estamos a diversificar a capacidade de crescer em mais mercados”, explicou.

A vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal revelou que Portugal tem atualmente um conjunto de seis mercados que apresentam uma performance semelhante, o que é positivo pois se existir algum problema num desses mercados, os outros estão em condições de compensar.

“Temos, neste momento, seis grandes mercados com performances muito equivalentes, destacando-se o Reino Unido, claramente, e a seguir a Espanha, pela proximidade. Se passarmos a ter sete ou oito, quer dizer que, havendo um problema em algum destes mercados, os outros vão compensar”, defendeu, considerando, por isso, que “o mercado brasileiro é muito importante, mas todos são importantes porque todos contribuem” para que Portugal seja um destino sustentável.

Segundo Lídia Monteiro, o mercado brasileiro ocupa, atualmente, a sexta posição em termos de mercados para Portugal, depois do Reino Unido, Espanha, Alemanha, França e EUA.

“O britânico continua a ser o nosso primeiro mercado, o americano passou para quinto e, em alguns sítios e momentos, é o quarto. O americano já é o primeiro mercado em Lisboa, no Porto é o segundo ou terceiro”, indicou ainda a responsável.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

 

 

 

 

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
PUB

Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas

Aviação

TAP prevê ultrapassar 2 milhões de passageiros nas rotas do Brasil em dezembro

Segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, a companhia aérea deverá atingir a marca dos dois milhões de passageiros transportados nas rotas do Brasil por volta da “semana 50 do ano, ou seja, lá para 20 de dezembro”, o que corresponde a um feito inédito.

Inês de Matos

Pela primeira vez, a TAP deverá ultrapassar os dois milhões de passageiros transportados nas rotas do Brasil num ano, o que deverá acontecer por volta do dia 20 de dezembro, estima Carlos Antunes, diretor da companhia aérea para as Américas.

“Em número de passageiros, vamos, este ano, ultrapassar, se tudo correr bem, os dois milhões de passageiros transportados entre o Brasil e a Europa”, indicou o responsável, à margem do Festuris 2024, que decorreu em Gramado, no Rio Grande do Sul, entre 7 e 10 de novembro.

Segundo Carlos Antunes, a TAP deverá atingir esta marca por volta da “semana 50 do ano, ou seja, lá para 20 de dezembro”, o que corresponde a um feito inédito, uma vez que a companhia aérea nunca ultrapassou os dois milhões de passageiros transportados nas rotas do Brasil.

“Nunca ultrapassámos os dois milhões, também é uma marca e um objetivo que nos colocámos. No ano passado, transportámos 1,920 milhões de passageiros, então o ano vai ser melhor que o ano passado”, acrescentou Carlos Antunes.

Apesar de os voos para Porto Alegre terem sido suspensos devido à inoperacionalidade do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que foi destruído com as inundações de maio, a TAP passou a contar com duas novas rotas no Brasil este ano, concretamente Florianópolis, no estado de Santa Catarina, e Manaus, cujos voos foram retomados já este mês de novembro, via Belém.

Estas operações, acrescentou o responsável, têm contribuído para compensar os passageiros perdidos em Porto Alegre, sendo que também a operação para São Paulo foi reforçada, o que dá boas perspectivas à companhia aérea.

“Vai ser um ano muito positivo, pelo volume de passageiros transportado, pela forma como consolidámos a maioria das nossas rotas”, acrescentou o responsável, indicando que, em média, entre 60 a 65% dos passageiros são gerados no Brasil.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
PUB
Aviação

TAP já soma mais de 12 mil passageiros para Florianópolis e 7.300 para Manaus

Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, revelou que a companhia aérea está a estudar o aumento de frequências para Florianópolis e a passagem dos voos de Manaus a diretos, o que poderia acontecer a partir de 2025.

Inês de Matos

A TAP já vendeu cerca de 12 mil lugares nos voos para Florianópolis, que arrancaram a 3 de setembro, e outros 7.300 para Manaus, rota que regressou à rede da companhia aérea a 4 de novembro, números que, segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, surpreenderam a companhia aérea pela positiva.

“Em Florianópolis, temos dois meses de rota, surpreendeu-nos pela positiva e continua a surpreender-nos. Os voos estão com um fator de ocupação extremamente positivo. 85% dos passageiros são brasileiros”, indicou o responsável aos jornalistas, durante o Festuris 2024, que decorreu em Gramado, no Rio Grande do Sul, Brasil, entre 7 e 10 de novembro.

Carlos Antunes revelou que, na capital do estado brasileiro de Santa Catarina, a ligação da TAP corresponde ao “único voo internacional para a Europa à saída de Florianópolis, o que faz uma diferença brutal” e tem ditado os elevados números que os voos apresentam, levando mesmo a companhia aérea a equacionar um futuro aumento de ligações.

“As nossas expetativas são aumentar para quatro voos, vamos ver como corre, está a correr bem mas vamos relançar Porto Alegre e ainda temos passageiros de Porto Alegre que estão a ir por Florianópolis. Por isso, quando tivermos os dois a funcionar ao mesmo tempo é que vamos ver”, explicou.

O diretor da TAP para as Américas indicou que os voos para Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, devem regressar em finais de março ou início de abril, até porque a parte internacional do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que foi destruído pelas inundações de maio, só deverá reabrir a 16 de dezembro.

“A TAP volta logo, mas não volta imediatamente porque há uma série de coisas que temos de fazer antes de voltar com a rota”, explicou Carlos Antunes, destacando que, além de precisar de ter a garantia de que a pista vai estar operacional, a companhia aérea precisa também “de tempo para vender o voo”.

“Acreditamos que estamos a falar de alguma coisa como o voo estar de volta entre fim de março e início de abril, é o que vemos tendo em atenção este timeline. A pista estará pronta em dezembro, precisamos de dois meses e pouco para vender”, resumiu.

O responsável considera também que o regresso dos voos de Porto Alegre não vai “canibalizar” as ligações de Florianópolis, até porque “vão operar em dias alternados”.

“Essa é a nossa perspetiva, voltar a ter muito rapidamente os 13 destinos, as 13 cidades no Brasil. E vamos manter Florianópolis, as duas convivem muito bem”, acrescentou Carlos Antunes.

Manaus pode vir a ganhar voo direto

O diretor da TAP para a Américas mostrou-se ainda satisfeito com os números gerados pelos voos para Manaus, no estado do Amazonas, que foram retomados a 4 de novembro, via Belém, numa operação em que a TAP já vendeu cerca de 7.300 passageiros, apesar de não contar com voos diretos, o que poderá vir a acontecer no futuro.

“Não é o ideal, o ideal seria o voo direto, mas Manaus não tinha voo nenhum para a Europa e um voo via Belém está muito bem. Talvez com o aumento da procura vejamos se há outras alternativas e passar o voo a direto”, explicou Carlos Antunes, explicando que a decisão de colocar o voo via Belém se deveu à restrição de aeronaves.

Apesar de não serem diretos, os voos para Manaus tem vindo a registar uma procura positiva e oferecem à TAP “a possibilidade de explorar mais uma rota, ligar duas cidades e a capital do Estado do Amazonas, no coração da Amazónia, com Lisboa e, atender Manaus e as comunidades que estão próximas e gerar mais passageiros”.

Carlos Antunes explicou ainda que a decisão de passar o voo de Manaus a direto só deverá ser tomada “a partir de 2025”, uma vez que a partir do próximo ano a companhia aérea deixa de “estar ao abrigo das restrições do plano de reestruturação”, que impõem limites de frota.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
PUB
Aviação

Aeroportos nacionais movimentam mais de 54 milhões de passageiros até setembro

Em setembro de 2024, os aeroportos nacionais movimentaram 6,9 milhões de passageiros, correspondendo a +3,6% face a setembro de 2023. No acumulado, o total ascende a 54,4 milhões de passageiros.

Publituris

Em setembro de 2024, movimentaram-se nos aeroportos nacionais 6,9 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos), correspondendo a +3,6% face a setembro de 2023, o que representa uma subida de 0,8 pontos percentuais face à subida de 3,1% registada no mês anterior (face a agosto de 2023), indicam os dados do Instituo Nacional de Estatística (INE).

No 9.º mês do ano, 81,9% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,8 milhões de passageiros (+4,1%), na maioria provenientes do continente europeu (67,1% do total), correspondendo a um aumento de 2,5% face a setembro de 2023. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,8% do total de passageiros desembarcados (+11,1%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 82% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,9 milhões de passageiros (+3,4%), tendo 68,6% do total como principal destino aeroportos no continente europeu, registando um crescimento de 2% face a setembro de 2023. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (9,2% do total; +8,9%).

Em setembro de 2024, registou-se o desembarque médio diário de 115,1 mil passageiros, valor superior em 3,8% ao registado em setembro de 2023 (110,9 mil), apesar do impacto do fecho por 24 horas do aeroporto do Porto, no dia 10 de setembro, para trabalhos de reabilitação da pista.

Já no que diz respeito à movimentação de aeronaves, no mês de setembro, aterraram nos aeroportos nacionais 23,7 mil aeronaves em voos comerciais, com o INE a indicar que “o movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e o sábado foi, no ano passado, o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”.

O aeroporto de Lisboa recebeu, em setembro, 3,280 milhões de passageiros, mais 140 mil que em igual período de 2023 (+4,3%), enquanto o Porto movimentou 1,514 milhões (+22 mil que em setembro de 2023, ou seja, +1,5%) e Faro 1,190 milhões (+28 mil que em igual período do ano passado, +2,4%).

Já entre janeiro e setembro de 2024, o número de passageiros movimentados aumentou 4,4% nos aeroportos nacionais, totalizando 54,440 milhões, ou seja, mais 2,278 milhões face ao acumulado de 2023, indicando o INE que durante este período “verificaram-se máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais”.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais nos primeiros nove meses de 2024, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado crescimentos no número de passageiros desembarcados (+1,6%, num total de 3,824 milhões) e embarcados (+1,7%, no total de 3,783 milhões) face ao mesmo período de 2023. No sentido contrário, França registou decréscimos no número de passageiros desembarcados (-3,1%, total de 3,280 milhões) e embarcados (-3,6%, 3,260 milhões), e ocupou a 2.ª posição. Espanha, Alemanha e Itália ocuparam a 3.ª, 4.ª e 5.ª posições, respetivamente, (+3,4% para 2,816 milhões; +6% para 1,979 milhões; +3,5% para 1,248 milhões, nos passageiros desembarcados; +3,4% para 2,760 milhões; +6,3% para 1,975 milhões; +4,5% para 1,252 milhões, pela mesma ordem) como principais países de origem e de destino.

Nestes primeiros nove meses de 2024, o aeroporto de Lisboa movimentou 49,1% do total de passageiros (26,7 milhões; +4,4% comparando com o mesmo período de 2023). O aeroporto do Porto concentrou 22,5% do total de passageiros movimentados (12,3 milhões; +4,9%). O aeroporto de Faro registou um crescimento de 2,1% no movimento de passageiros, totalizando cerca de 8 milhões.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB

Foto: @Airbus

Aviação

Entrega de aviões de passageiros estimada em quase 45 mil unidades até 2043

As previsões da Cirium apontam para que, entre 2024 e 2043, sejam entregues 45.900 novos aviões, num valor estimado de 3,3 biliões de dólares, sendo que 44.835 serão de passageiros.

Publituris

O Cirium Fleet Forecast (CFF) de 2024 prevê a entrega de cerca de 45.900 novos aviões de passageiros e de carga ao longo dos 20 anos, entre 2024 e 2043, num valor estimado de 3,3 biliões de dólares (cerca de 3,1 biliões de euros). Deste total, 98%, ou seja, 44.835 serão aviões de passageiros.

A previsão deste ano foi elaborada numa altura em que o setor da aviação se encontra “no seu próximo ciclo de crescimento”, após a recuperação da Covid-19, mas enfrenta “problemas relacionados com a oferta de capacidade”, refere a previsão.

A recuperação progressiva da frota mundial de passageiros da crise pandémica fez com que o inventário em serviço aumentasse até ao quarto trimestre de 2024 para 26.100 aeronaves – 5% acima do nível registado em janeiro de 2020, quando a pandemia se instalou pela primeira vez. No entanto, este aumento para além do nível pré-Covid foi impulsionado por aeronaves de corredor único (mais 13%), com o inventário ativo de corredor duplo ainda 3% abaixo no 4.º trimestre de 2024, enquanto os aviões regionais estavam 8% abaixo e os turboélices 14% atrás. A expansão da frota de dois corredores, que voltou a crescer, foi limitada pela recuperação mais lenta dos mercados de longo curso, e os mercados internacionais da região Ásia-Pacífico continuam a ficar atrás de outros.

Embora a frota global tenha voltado a crescer, o ritmo do aumento foi atenuado pelas perturbações causadas no fornecimento de novas aeronaves devido a vários fatores, o que fez com que os aumentos de produção dos fabricantes demorassem muito mais tempo do que o previsto, num contexto de elevada procura de capacidade adicional.

Uma das principais causas da interrupção dos volumes de entrega tem sido os problemas da cadeia de abastecimento, que limitaram o volume de componentes essenciais, como motores, interiores de cabina e trens de aterragem, que chegam às linhas de montagem finais. O limite temporário imposto pela Administração Federal de Aviação dos EUA à taxa de produção do Boeing 737 Max também afetou a oferta.

Entretanto, a frota em serviço está a enfrentar o programa de inspeção de motores Pratt & Whitney GTF em curso, que está a fazer com que centenas de aeronaves da família A320neo sejam temporariamente retiradas de serviço.

Comparando a previsão de entregas para 2024 com o CFF de 2023, há cerca de 5% menos entregas no período de 2024-2027, refletindo, principalmente, a aceleração mais lenta dos aviões de corredor único.

Em termos globais, a previsão para 20 anos tem mais 5% de entregas, com uma perspetiva mais positiva para o início da década de 2030, uma vez que a grande carteira de encomendas atual exige uma taxa de entregas mais elevada nesses anos.

Corredor único prevalece
A Airbus e a Boeing continuarão a ser os dois maiores fabricantes de aeronaves comerciais, que fornecendo cerca de 84% das aeronaves e 90% em valor até 2043, prevendo-se que a Comac assuma uma quota de 6% da procura, enquanto outros fabricantes (ATR, Embraer, etc.) irão “lutar” por uma fatia que vale cerca de 180 mil milhões de dólares.

De acordo com a análise da Cirium, é provável que o segmento dos aviões de corredor único com 150-250 lugares registe a atividade mais significativa, em que a Airbus e a Boeing tentarão posicionar-se naquele que é o maior mercado do ponto de vista do volume unitário. Ambos os fabricantes têm estado a avaliar configurações de aeronaves com asas de maior envergadura e maior amplitude para maximizar a eficiência aerodinâmica, incorporando mecanismos dobráveis para permitir operações a partir das atuais infraestruturas aeroportuárias.

A Ásia, no seu conjunto, continuará a ser a principal região de crescimento, com cerca de 45% das entregas, das quais a China contribuirá com cerca de 20%, quase alcançando o total da América do Norte. A Europa, com 18%, ficará imediatamente à frente do resto da Ásia-Pacífico (com exceção da Índia, que terá uma quota de 8%).

“O crescimento previsto do tráfego a longo prazo exigirá que a frota mundial de passageiros aumente em cerca de 24.000 unidades”, diz a Cirium, o que equivale a uma taxa de crescimento anual de 3,4%, elevando o inventário para cerca de 49.000 aviões a jato e turboélice no final de 2043.

Cerca de 84% da frota atual será renovada durante este período, pelo que um pouco menos de metade das entregas será para substituição. A análise da curva de sobrevivência é utilizada para modelar as reformas e prevê uma vida económica média de 23 anos para os aviões de corredor único e de 21 anos para os aviões de corredor duplo. A frota de aviões de corredor único crescerá mais rapidamente, 3,9% ao ano, contra 3,3% para os aviões de corredor duplo, tendo o tráfego de longo curso demorado mais tempo a recuperar o crescimento. A frota de aeronaves regionais aumentará de forma mais modesta, a uma taxa global de 0,8% ao ano.

As ações do setor da aviação para alcançar as emissões líquidas nulas de carbono até 2050, juntamente com quaisquer iniciativas governamentais para abordar a sustentabilidade da aviação, terão, sem dúvida, um impacto nos custos e na regulamentação do setor. “Estes fatores podem, por sua vez, perturbar a procura de viagens aéreas, uma vez que o aumento dos custos se repercute nos clientes sob a forma de tarifas aéreas mais elevadas, bem como restringir potencialmente a capacidade de crescimento do sector”, admite a Cirium.

Contudo, a falta de dados concretos sobre as potenciais consequências da descarbonização e a incerteza quanto ao nível de oferta de SAF na procura de aeronaves comerciais, significa que “a previsão continua a basear-se numa perspetiva sem restrições”, admite a consultora.

A previsão não inclui especificamente quaisquer programas de aeronaves elétricas, híbridas ou movidas a hidrogénio, prevendo-se, assim, que o desenvolvimento de aeronaves comerciais existentes ou totalmente novas se centrará na propulsão convencional (ou seja, baseada na atual arquitetura), embora alimentada por proporções crescentes de Combustível Sustentável para a Aviação (SAF).

A Cirium admite, no entanto, que, “nas últimas fases do período de previsão, poderão ser adotadas configurações de motores não convencionais que poderão incorporar tecnologia de propulsão híbrida”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.