Ryanair prevê caos na aviação britânica depois do Brexit
Com o fim do acordo de “Céu Aberto”, as companhias britânicas deixam de poder voar para a União Europeia, tal como as transportadoras europeias não poderão voar para o Reino Unido.
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O presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, prevê que o Brexit tenha um efeito caótico na aviação britânica e alertou esta quinta-feira, 25 de Maio, os turistas do Reino Unido para a possibilidade de encerramento de todos os voos entre o país e os destinos da União Europeia.
De acordo com Michael O’Leary, que falava numa conferência de imprensa em Dublin, as companhias britânicas voam para a União Europeia graças ao acordo de “Céu Aberto”, que poderá estar em causa caso o Reino Unido opte por uma versão mais agressiva do Brexit.
Para o responsável, o fim do acordo de “Céu Aberto” deixaria as companhias britânicas sem base legal para voarem para a União Europeia, tal como em sentido inverso, o que provocaria o caos na indústria da aviação do Reino Unido, podendo mesmo levar ao encerramento total dos voos entre o país e os destinos europeus por vários meses.
O’Leary considera também que esta situação está a ser aproveitada por algumas das maiores companhias aéreas europeias, como a Lufthansa ou a Air France, que têm feito lobbying no sentido de prejudicar a aviação britânica e lucrar com o possível encerramento dos voos de e para o Reino Unido.
“Não vai ser um Brexit ligeiro, vai ser um Brexit agressivo e os britânicos não têm plano B”, alertou o responsável, considerando que a Europa quer que o Reino Unido ‘sofra’ com a saída e revelando que, por este motivo, a Ryanair está já a fazer planos para transferir toda a sua frota britânica para aeroportos europeus.
Neste sentido, Michael O’Leary alertou os turistas britânicos para a hipótese de, no futuro, terem que viajar de barco se quiserem fazer férias em países como Espanha ou Itália, considerando que “talvez assim os britânicos finalmente percebam que abandonar a União Europeia foi uma ideia idiota”.
“É bom falar de controlo de fronteiras, mas quando isto significa que temos que ir de férias para a Escócia em vez de Espanha ou Itália, talvez isto faça os britânicos mudarem de ideias”, afirmou o responsável.