Especial 48º Aniversário: Uma publicação indispensável para a história do Turismo português
Neste 48º aniversário do Publituris, convidámos os colaboradores do jornal a partilharem as suas memórias sobre o seu primeiro contacto com o Publituris. Leia o testemunho de Carlos Torres, colaborador do Publituris.
Publituris
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O meu primeiro artigo foi publicado no Publituris. Apesar da irreverência do seu conteúdo para a época, questionando a prática governamental de constantes alterações legislativas, Belmiro Santos, o seu emblemático director acedeu na publicação. Fiquei agradavelmente surpreendido porquanto os tempos eram de grande contenção na crítica a governantes, o hábito era convergir e não divergir…
Por razões que não me recordo, estive alguns anos sem escrever no Publituris, até que um dia sou vitimado por uma doença que me obriga a ficar acamado algumas semanas, quando tinha de entregar um livro num apertado prazo de dois meses. Pressenti que o Publituris pudesse constituir uma tábua de salvação, permitindo alinhar com rigor a sucessão de acontecimentos, enquadrar as fotos e documentos que dispunha sem qualquer legendagem e encontrar outros. Assim foi, superando as minhas melhores expectactivas!
Rui Cupido, então director do Publituris, certamente estranhando o meu telefonema porquanto escrevia regularmente noutra publicação hesita num primeiro momento, mas acaba generosamente por disponibilizar os inúmeros e grossos volumes, uma fonte única a partir de finais da década de 60, salvando o meu compromisso editorial.
Uma vez devolvidos essas preciosas pastas encadernadas, que constituem uma fonte incontornável dos primórdios da fase desenvolvimento do Turismo português, fica uma enorme dívida de gratidão para com o jovem director e o início uma colaboração ininterrupta com o Publituris até aos dias de hoje.
Tenho agora entre mãos outra publicação. Ironia do destino, um dos maiores governantes do Turismo, Licínio Cunha refere-me incidentalmente ao telefone um facto para mim absolutamente desconhecido, não obstante o estado avançado da publicação. A instituição de ensino a que se reporta o livro, cuja inauguração remonta a 1991, havia sido anunciada mais de uma década antes na capa do Publituris, mais precisamente em 1979. Descoberta com múltiplos significados que não cabe aqui desenvolver.
Lá terei de consultar, outra vez, as pastas encadernadas do Publituris!
Naturalmente que o papel do Publituris não esgota na vertente da actualidade informativa ou documental para reconstituir determinados acontecimentos, tendo também grande destaque os prémios que motivam o sector do Turismo ano após ano, de grande relevância para o do marketing das empresas vencedoras, independentemente da sua dimensão.
Temos hoje um bem precioso que é uma imprensa do Turismo plural e aberta a todas as correntes de opinião. Também aí o Publituris inovou com a marca de Ruben Obadia numa imprensa activa, colocando o dedo na ferida, problematizando e convocando todos os pontos de vista para o debate.
Uma palavra de apreço a Carina Monteiro, actual directora que de forma discreta mas incisiva soube inteligentemente cultivar esse bem precioso que é a independência jornalística, seiva da Democracia.
*Por Carlos Torres