Autarcas algarvios reforçam posição contra extração de petróleo ao largo do Algarve
Presidente da ENMC, Paulo Carmona, garantiu que antes de 2020 nunca haverá exploração de hidrocarbonetos em Portugal.

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Os autarcas algarvios renovaram hoje o seu voto de protesto contra a eventual exploração de petróleo na região e prometeram tudo fazer para reverter o processo, após uma reunião com a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC).”Discordamos do modelo de exploração de petróleo no Algarve, queremos uma região de energias limpas e que tenha todo o ano um setor turístico forte”, disse aos jornalistas o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Jorge Botelho, após a reunião, que durou cerca de duas horas.
Por seu turno, o presidente da ENMC, Paulo Carmona, garantiu que antes de 2020 nunca haverá exploração de hidrocarbonetos em Portugal, “mesmo que se descobrisse alguma coisa no próximo ano” e também, caso se verifique nas sondagens haver petróleo. Se o estudo de impacte ambiental for negativo, não se avança para a exploração, sublinhou.
“Se o estudo de impacto ambiental for negativo não se pode avançar para a exploração e o contrato tem resolução imediata”, afirmou, acrescentando ainda não estar prevista, em Portugal, a utilização da técnica de fraturação hidráulica, também conhecida como “fracking”, para extrair gás ou petróleo do subsolo, publica a Lusa.
Paulo Carmona sublinhou que as técnicas de sondagem utilizadas são as convencionais e semelhantes àquelas utilizadas para sondar a existência de água no subsolo, embora para a prospeção de hidrocarbonetos sejam feitas a maior profundidade.
Segundo aquele responsável, entre as sondagens e o momento da exploração decorre, no mínimo, um período de quatro anos, prevendo-se que as prospeções se realizem no próximo ano, em junho e em setembro.
“Se há ou não petróleo no Algarve ninguém sabe, o concessionário desse contrato vai verificar se há ou não petróleo, se houver, terá que apresentar estudos e terão que ser feitas consultas públicas e aos autarcas”, resumiu.
De acordo com informação publicada no site da ENMC, em mar alto, no Algarve, foram adjudicadas quatro concessões, atualmente todas detidas pelo consórcio Repsol/Partex.
As concessões, classificadas como “deep offshore” (em mar alto), estão distribuídas pelas áreas denominadas “Sapateira” e “Caranguejo”, no Barlavento (Oeste algarvio), e nas áreas “Lagosta” e “Lagostim”, no Sotavento (Leste).
Para a prospeção e eventual exploração de petróleo em terra (“onshore”), foram assinados em setembro passado contratos para duas áreas de concessão, Aljezur e Tavira, com a empresa Portfuel, Petróleos e Gás de Portugal Lda.