AHRESP condena chumbo da reposição do IVA nos 13%
Para a associação, esta decisão vai, a curto prazo, destruir o sector da restauração.
Marta Barradas
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A AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal considera que o chumbo da reposição do IVA na restauração para os 13%, que foi a votação esta sexta-feira em Assembleia da República, irá destruir o sector e colocar em causa as metas de crescimento do PIB previstas pelo Governo para este ano.
Ao Publituris, José Manuel Esteves, director-geral da associação, referiu que “esta é a 14ª quarta vez que, desde que o IVA foi aumentado, a 1 de Janeiro de 2012, que a AHRESP promoveu a contestação para que seja descido o valor desta taxa.”
No entanto, destaca o responsável, “num acto de bom senso e de alguma compreensão pelo esforço de reajustamento no combate à dívida, não estamos a lutar pela justa equiparação em relação aos concorrentes, estamos antes a pedir a reposição da anterior taxa de 13%.”
José Manuel Esteves recordou ainda os números lançados pelo Instituto Nacional de Estatística, em que “no último trimestre de 2014, foram extintos 26400 postos de trabalho no sector da restauração e hotelaria, quase menos 10% de profissionais” e que “mais de 60% das empresas estão em risco elevado de falência, o que representa mais de metade do sector em portugal”, face à sua incapacidade de investimento.
O director-geral da AHRESP afirma que, com esta decisão, “as empresas têm que fazer um esforço financeiro, uma vez que não podem baixar os preços” e Portugal torna-se, assim, o país “com a taxa de IVA mais elevada da Zona Euro no sector da restauração”, o que “nos tira capacidade competitiva e de concorrência”.