Coimbra terá centro de congressos em 2015
Espaço pretende reforçar o posicionamento da cidade como um destino para a realização de eventos e congressos, sobretudo de cariz científico e cultural.

Raquel Relvas Neto
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Em Dezembro de 2015 nasce aquele que será o principal centro de congressos e eventos da cidade de Coimbra. Localizado na margem oeste do rio Mondego, em Santa Clara, este novo espaço conta com um investimento de mais de 32 milhões de euros de investimento público nacional e de fundos comunitários FEDER.
O futuro equipamento, cuja reconversão é da autoria do arquitecto João Luís Carrilho da Graça, é composto pelo antigo Convento de São Francisco, um edifício do século XVII, e um conjunto de novas estruturas. O centro vai estar dotado de um grande auditório de 1150 lugares; um espaço para conferências e/ou artes performativas (espaço da Igreja, que estará a cargo do arquitecto Gonçalo Byrne) com 450 lugares; salas de conferências e reuniões adaptáveis a 180, 120 ou 80 lugares; uma sala estúdio com 160 lugares; uma área de 2300 m2 destinada a um centro internacional de arte contemporânea; um espaço de café-concerto e um restaurante de 120 lugares. Conta ainda com uma praça central exterior para concertos e outros eventos de rua e um parque de estacionamento com 550 lugares. Na área em intervenção há ainda 35000 m2 a dar lugar a serviços diversos.
Segundo Manuel Machado, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, o novo equipamento constitui “uma mais-valia para a cidade, aumentando a sua capacidade para grandes eventos culturais e científicos”. O responsável explica que o programa para o Convento de São Francisco basear-se-á em conferências internacionais, seminários e eventos académicos e científicos, principalmente no domínio da saúde e da medicina. “A importância de Coimbra nesta área é indiscutivelmente reconhecida e este equipamento poderá corresponder a uma dinâmica mais intensa no que diz respeito a eventos científicos nacionais e internacionais”, sustenta. O futuro centro de congressos e eventos irá contribuir “reposicionar Coimbra na agenda cultural nacional, e internacional enquanto cidade do conhecimento, da criatividade e cultura”, além de proporcionar “maior transversalidade entre estes sectores, promovendo a inter-relação entre as diferentes áreas de intervenção na sociedade, a educação, os territórios culturais ou o património arquitectónico e ambiental”.
No que diz respeito a programação artística e cultural, Manuel Machado conta que sepretende dinamizar as artes performativas, com especial relevância para a música, dança/bailado, ópera e novo circo. Será também um lugar privilegiado para exposições, através de um centro internacional de arte contemporânea e, através de um serviço educativo permanente. “Pretende-se que o Convento desenvolva uma relação estreita com a comunidade e com os agentes da cidade, sejam escolas, estruturas artísticas, bairros periféricos, etc”, indica.
O presidente da autarquia considera que, “pela sua própria localização e relação com a história, o Convento irá actualizar e incentivar um novo roteiro turístico patrimonial da cidade, aliado à programação cultural e paralelo à dinâmica de eventos científicos. Ou seja, pretende-se que o São Francisco seja um elemento central na cidade, na articulação do potencial cultural, artístico, patrimonial e turístico pré-existente, com novas valências e funções de carácter académico e científico. É um complexo ao serviço de uma nova dinâmica cultural e cosmopolita para a cidade perante o exterior, sem perder de vista a relação com a sua comunidade mais próxima”.
Para já, o modelo de governança do novo equipamento será da responsabilidade da Câmara Municipal de Coimbra, contudo o modelo de gestão a adoptar, que será definido no primeiro semestre do próximo ano, vai ter em consideração as necessidades específicas de recursos humanos e a respectiva flexibilidade pública contratual.