SAMSUNG DIGITAL CAMERA
Ryanair compromete-se a reabrir base de Ponta Delgada em oito anos se governo aceitar plano com condições
Michael O’Leary, CEO do Grupo Ryanair, este esta quarta-feira, 5 de fevereiro, em Lisboa para dar a conhecer as novidades da Ryanair para o verão de 2025.
Inês de Matos
Companhias aéreas pagarão mais 234 milhões de euros pelo uso de SAF em Espanha
TAP transportou mais de 16M de passageiros em 2024 com destaque para a América do Norte
2024: AirHelp diz que 34% dos 34M de passageiros que partiram de aeroportos portugueses tiveram perturbações
PLAY Airlines passa a voar para a Madeira também no verão
A Ryanair compromete-se a reabrir a base de Ponta Delgada, nos Açores, num prazo de oito anos, se o Governo português aceitar um plano que prevê a duplicação do tráfego da companhia aérea em Portugal, mas que conta também com condições específicas, revelou esta quarta-feira 5 de fevereiro, Michael O’Leary, CEO do Grupo Ryanair, numa conferência de imprensa em Lisboa.
“Assim que o Governo português adote o nosso plano de duplicação de tráfego, nos próximos oito anos reabriremos a base de Ponta Delgada”, disse o responsável em resposta a uma questão do Publituris.
Michael O’Leary começou por afirmar que a base açoriana não era “uma das mais rentáveis” para a Ryanair, sendo até difícil para a companhia aérea manter aviões ali baseados, mas mas mostrou-se disposto a reabrir Ponta Delgada, caso o Governo português aceite um plano com condições específicas.
“Uma das propostas que fizemos ao Governo português foi que, se aumentasse a capacidade na Portela, e persuadisse a ANA a reduzir o seu monopólio de taxas elevadas e sempre em crescimento, retribuiríamos com um crescimento de 100%, duplicaríamos o nosso tráfego em Portugal nos próximos oito anos e isso envolvia a reabertura da base de Ponta Delgada”, revelou o responsável.
O CEO do Grupo Ryanair aproveitou para criticar a opção do Governo português por Alcochete em detrimento do Montijo para o novo aeroporto, considerando que a escolha empurra a chegada da infraestrutura para 2040 ou 2050 e essa, disse, “não é a solução”.
“Entretanto, não há crescimento”, acrescentou, pedindo a abertura imediata do aeroporto do Montijo e a ampliação da capacidade da Portela, que diz estar a ser limitada por “restrições artificiais” para proteger a TAP, assim como o fim do “monopólio de taxas elevadas da ANA – Aeroportos de Portugal”.
O plano da Ryanair que prevê a reabertura da base de Ponta Delgada, estima um crescimento do número de passageiros transportados em Portugal de 13 para 27 milhões até 2030, assim como a duplicação de rotas para mais de 320, incluindo a abertura de 16 novas ligações, e ainda a aposta em aeroportos regionais para gerar crescimento na época baixa.