GEA aponta futuro com foco nos vetores comercial, suporte, produto exclusivo e consultoria
Como o próprio tema da sua 20ª Convenção indica “Upgrade our value – Gerar valor, criar futuro”, a GEA Portugal vai olhar o futuro apostando em quatro vetores – comercial, suporte, produto exclusivo, ao lado do seu braço armado (TravelGEA), e consultoria, mas o objetivo é apenas um só, criar valor acrescentando aos seus associados, permitindo que tenham maior rentabilidade e que possam servir cada vez melhor os seus clientes.
Carolina Morgado
Com os olhos postos no futuro, os administradores da GEA Portugal, Carlos Baptista e Pedro Gordon não deixaram de fazer aos jornalistas, à margem da sua 20ª Convenção que decorreu este fim de semana em Troia, um balanço do que é este 2024 quase a terminar. Até outubro, a rede contabilizou um crescimento de 7,2% no que se refere à produção, com um aumento ainda maior da rentabilidade das suas agências de viagens associadas, numa estratégia sempre focada em parcerias estratégicas, sejam com operadores turísticos, companhias aéreas, seguradoras e bedbanks, entre outros.
Assim, para a GEA Portugal, em termos de produção, de acordo com os seus administradores, nos primeiros 10 meses deste ano, as vendas de cruzeiros são as que mais crescem, bem como as centrais de reservas, o que neste último item demonstra “o aumento de vendas de pacotes próprios”. Mas, mesmo assim os operadores turísticos representam a maior fatia, “entre 60% a 65%” das vendas das agências do grupo.
Ainda no que diz respeito às vendas, a GEA destacou, na conferência de imprensa que, entre os parceiros MundiGEA, empresas com acordos mais vantajosos, a Newblue, a Tour10 e a Soltour foram as marcas que se posicionaram no Top3 no que diz respeito ao volume de vendas das agências de viagens do grupo.
Outros números avançados aos jornalistas: o número de contratos com companhias aéreas passou de sete para 16, criando um aumento de rentabilidade de 300% em relação a 2022, enquanto os rappels para as suas agências de viagens subiram 10%.
Se em 2023, na sequência da entrada do grupo Newtour no capital social da GEA, o foco foi criar projeto, tendo concentrado os esforços no fortalecimento do ecossistema da rede, desenvolvendo ferramentas que visam aumentar a comunicação e a eficiência das agências, o 2024 foi tempo para os consolidar, mas o futuro, de acordo com Carlos Baptista é “de lançar uma nova dinâmica em termos de rede” ou seja “uma nova fase daquilo que acreditamos que são os grupos de gestão”.
É neste âmbito que a GEA Portugal vai dar mais atenção a quatro vetores que considera fundamentais e que passam pelo comercial, suporte, produto exclusivo e consultoria, numa lógica de permitir que a rede tenha maior rentabilidade. A estimativa é que, até ao final do ano, o número de empresas associadas seja superior a 476 e de balcões possa chegar às 600. Já contabilizadas, este ano, a GEA contabilizou 90 novas adesões. “Estamos ativos no mercado” evidenciaram.
“Estamos a fechar esta GEA 4.0 com estes quatro pilares, estamos a fechar uma interação 360 com as nossas agências de viagens, no fundo, vamos apoiar as nossas associadas em todas as suas fases de implementação”, disse Carlos Baptista, para reforçar que, “enquanto agrupamento estamos a criar uma visão e uma estratégia de futuro e a ajudar a que os nossos agentes de viagens tenham melhores condições comerciais, melhores ferramentas, melhor produto e melhor apoio para poderem entregar também todo esse valor ao cliente final”.
A GEA Portugal não descora a formação e capacitação das suas associadas, tendo realizado este ano mais de 20 ações, que totalizaram 89 horas, ao qual participaram quase 500 formandos, mas segundo Carlos Baptista, “é um projeto para crescer com mais músculo”.
Mas cientes da falta de mão de obra para este setor da distribuição turística, o grupo olha o amanhã com outra visão, tendo celebrado uma parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo do Porto para criar uma agência interna que utiliza as ferramentas e o ecossistema da GEA. “Este é um primeiro passo, mas queremos alargar o projeto a outras instituições de ensino, com o objetivo, de preparar melhor os futuros profissionais para a incorporação nas agências associadas, em primeiro plano”.
A GEA Portugal está também de olhos postos na inovação e, conforme revelaram os dois administradores, está a desenvolver um agente de Inteligência Artificial que visa compilar e facilitar o acesso à informação pelas agências de viagens, previsto para fevereiro. A ideia é “ajudar as agências a serem mais eficientes na entrega de informação aos seus clientes”.
Outras ferramentas para as suas associadas passam pela criação de serviços agregados, como os cartões eSIMs, que poderão ser revendidos pelas agências, proporcionando novas fontes de rendimento, bem como novas parcerias na área de pagamentos, incluindo cartões de crédito com cashback para as agências e soluções que simplificam processos de compra em moeda estrangeiras, sem esquecer a GEA TVs, com mais de 300 televisões instaladas, e mais de 120 websites de marca branca, plataformas que permitem à agências de viagens do grupo criar produtos próprios e interagir nas redes sociais e com os seus clientes.