Viagens dos residentes voltam a descer no 2.º trimestre de 2024
Os dados do INE indicam que, entre abril e junho, as viagens dos residentes mantiveram a tendência de descida que já se verificava desde o primeiro trimestre, com as viagens ao estrangeiro a apresentarem mesmo o primeiro decréscimo desde o segundo trimestre de 2021.

Inês de Matos
Autarca de Gouveia perfila-se também como candidato à presidência do Turismo do Centro
As qualidades que indicam que seria um dealer ideal para casinos online
Nações Unidas destacam “preparação para enfrentar crises” no Dia Mundial da Resiliência do Turismo
TUI Portugal com três pacotes para descobrir a Tailândia
Ilha do Sal vai melhorar toda a infraestrutura turística de suporte, garante novo ministro do Turismo e Transportes
Berta Cabral: “A ruralidade dos Açores é um dos maiores ativos identitários da Região”
Prime da eDreams ODIGEO ultrapassa 7 milhões de membros
Comissão Executiva do TPNP debate estratégias de desenvolvimento e promoção do turismo na região
Aer Lingus com voo exclusivo para Faro em agosto através do programa “Avios-Only”
PROVERE vai beneficiar projetos das Aldeias Históricas de Portugal e das Aldeias do Xisto
No segundo trimestre do ano, os residentes em Portugal realizaram 4,9 milhões de viagens, número que ficou 13,4% abaixo do registado em igual período de 2023, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgou esta segunda-feira, 28 de outubro, os dados relativos à procura turística dos residentes, entre abril e junho.
“No 2.º trimestre de 2024, as viagens dos residentes em Portugal mantiveram a trajetória de decréscimo iniciada no 1.º trimestre de 2024, -13,4% (-7,8% no 1ºT 2024), totalizando 4,9 milhões”, lê-se no comunicado do INE que acompanha os dados e que diz que as viagens dos residentes em Portugal caíram tanto a nível nacional como ao estrangeiro.
Segundo o INE, as viagens em território nacional a recuaram 15,4%, atingindo os 4,1 milhões e representando 83,7% do total, enquanto as viagens com destino ao estrangeiro desceram 1,5% e registaram o primeiro decréscimo desde o segundo trimestre de 2021, totalizando 799,9 mil, o que representa 16,3% do total.
“O número de viagens diminuiu em abril e maio (-36,7% e -2,7%, respetivamente), mas aumentou em junho (+4,4%)”, revela o INE, indicando que o “lazer, recreio ou férias” manteve-se como a principal motivação para viajar, com 2,4 milhões de viagens, ainda que estas tenham descido 12,2% face ao mesmo período do ano passado.
As viagens a “lazer, recreio ou férias” representaram, no segundo trimestre do ano, 49,0% do total, o que traduz uma subida de 0,6 p.p. face ao mesmo período do ano passado, seguindo-se a “visita a familiares ou amigos”, que também registou um decréscimo de 12,1%, com 1,9 milhões de viagens e representando 38,4% do total, o que indica um aumento de 0,6 p.p. face a trimestre homólogo do ano passado.
Já as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” decresceram 16,8%, totalizando 375,0 mil deslocações entre abril e junho, que corresponderam a 7,7% do total, o que revela uma descida de 0,3 p.p. face ao segundo trimestre de 2023.
O INE diz também que o “lazer, recreio ou férias” foi a principal motivação dos residentes para viajarem “quer em território nacional (45,5% das deslocações nacionais, 1,9 milhões de viagens) quer nas deslocações ao estrangeiro (peso relativo de 66,9%, 535,0 mil viagens)”, seguindo-se a “visita a familiares ou amigos”, com 42,6% do total das deslocações em território nacional (1,7 milhões de viagens) e 16,7% das deslocações ao estrangeiro (133,8 mil viagens).
Os motivos “profissionais ou de negócios”, por sua vez, foram a terceira principal razão dos residentes para viajar, quer nas deslocações nacionais (6,3% do total; 259,7
mil viagens) quer nas deslocações ao estrangeiro (14,4%; 115,3 mil viagens).
A aumentar esteve a marcação prévia das viagens, que foi utilizada em 43,1% das viagens dos residentes entre abril e junho, com destaque para as deslocações com destino ao estrangeiro, onde foi “dominante” (94,2%; +2,9 p.p.), ao contrário das viagens nacionais, em que foi utilizada apenas em 33,1% (+4,5 p.p.).
“No processo de organização das viagens, o recurso à internet foi utilizado em 30,0% das deslocações (+4,4 p.p.), tendo maior representatividade na organização de viagens ao estrangeiro (67,6% do total, +2,8 p.p.) do que nas viagens território nacional, em que a utilização deste recurso representou 22,7% do total (+3,6 p.p.)”, acrescenta ainda o INE.
Quanto ao tipo de alojamento, os dados do INE mostram que o “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento, representando 58,3% do total e tendo acolhido 10,1 milhões de dormidas nas viagens de residentes no segundo trimestre deste ano.
“Este tipo de alojamento teve maior prevalência nas viagens motivadas pela “visita a familiares ou amigos” (86,3% do total) e nas deslocações em “lazer, recreio ou férias” (42,9%)”, apurou o INE, indicando que os “hotéis e similares” foram a segunda principal opção de alojamento, concentrando 26,4% das dormidas (4,6 milhões).
Segundo o INE, os “hotéis e similares” foram “a principal opção nas dormidas em viagens por “motivos profissionais ou de negócios” (44,6%), tendo sido a segunda opção nas dormidas em viagens motivadas por “lazer, recreio ou férias” (38,4%)”.
Menos turistas mas com viagens mais longas
Os dados do INE mostram também que, face ao segundo trimestre de 2023, cada viagem teve uma duração média de 3,52 noites, o que traduz um aumento face às 3,36 noites contabilizadas em trimestre homólogo do ano passado.
A duração média mais longa foi registada em junho, chegando às 3,98 noites quando em junho de 2023 estava nas 3,84 noites, enquanto a mais baixa aconteceu em abril, com 3,19 noites, ainda assim acima das 3,17 de abril de 2023.
Os dados do INE mostram ainda que, entre abril e junho, houve uma menor proporção de residentes a realizar viagens turísticas, uma vez que este valor desceu 2,7 p.p. face ao mesmo período ano passado, com apenas 21,9% dos residentes a realizaram pelo menos uma deslocação turística.
Numa análise mensal, acrescenta o INE, “a proporção de residentes que realizou pelo menos uma viagem diminuiu em abril e maio (-5,2 p.p. e -0,1 p.p., respetivamente), tendo aumentado em junho (+0,6 p.p.)”.